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A Prefeitura de São Paulo liberou parcialmente a Ponte do Jaguaré no início da madrugada desta terça-feira (25) dias após um incêndio atingir a estrutura. Parte das pistas foi aberta apenas para veículos leves; permanece proibida a circulação de caminhões, ônibus e outros veículos pesados.

A pista que foi liberada, disse a Prefeitura, funcionará, no pico da manhã, com duas faixas sentido bairro-centro e uma no sentido centro-bairro. No pico da tarde, haverá uma inversão, com duas faixas sentido centro-bairro e uma no sentido bairro-centro.

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"A outra parte da ponte continuará interditada para a realização de novos testes na estrutura. Foram inconclusivos os testes de resistência de materiais no concreto e nas ferragens", informou em nota a gestão Bruno Covas (PSDB).

A estrutura, localizada na zona oeste da capital, foi interditada após um incêndio na madrugada da sexta-feira (21). Desalojados após o incêndio, moradores acampados provisoriamente em uma praça em frente ao local recusam a oferta de vagas em albergues da cidade. Eles pedem que a subprefeitura consiga um lugar que possa abrigar toda a comunidade.

O Corpo de Bombeiros faz na manhã desta sexta-feira (21) o rescaldo ma ponte do Jaguaré, na Marginal do Pinheiros. Um incêndio atingiu a parte de baixo da estrutura, no sentido de Interlagos. O capitão dos Bombeiros Marcos Nogueira informou que 29 viaturas com 75 bombeiros atuaram no combate ao incêndio.

Por volta das 8h, a corporação informou que o fogo estava controlado. Nas imagens era possível observar madeiras e até veículos antigos queimados. Nogueira informou que havia 40 moradias no local e que cerca de 100 pessoas moravam em barracos.

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"Não há informes de vítimas. Quando chegamos, havia pessoas tentando tirar pertences, mas não tinha ninguém no ponto principal do incêndio."

Possíveis danos estruturais na ponte serão avaliados pela Defesa Civil, que deve iniciar a análise após o fim do trabalho dos bombeiros. As causas do incêndio serão apuradas.

A ponte fica localizada perto da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), na zona oeste da cidade.

Famílias que moravam no local estão reunidas no entorno e equipes da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) fizeram o cadastro das pessoas afetadas pelo incêndio, segundo os desabrigados. Há muitas crianças, idosos e gestantes entre os afetados pelo incêndio.

A agricultora Micaele Apolinário, de 25 anos, estava dormindo quando ouviu os gritos dos vizinhos. Ela, que morava no local com o filho de 5 anos e o marido, caiu durante a fuga e machucou as pernas.

"Estava com o meu menino no colo e caí. Eu me levantei sozinha e continuei correndo. Meu filho não se machucou."

Ela conseguiu salvar apenas alguns documentos. "Só consegui pegar os meus e os do meu marido. Os documentos do meu filho ficaram lá."

Com a filha de 3 meses no colo, o borracheiro Maurício Feli Cavalcante, de 41 anos, foi avisado pelo primo quando as chamas começaram a se alastrar. A mulher dele, a dona de casa Diana Cristina de Souza, de 30 anos, saiu com ele, mas voltou para buscar pertences do bebê e documentos.

"Peguei a bolsa da minha filha, mas perdemos tudo. Só sinto por não ter conseguido trazer as fraldas dela. Tinha uns dez pacotes em casa."

O chamado foi registrado às 6h. Além do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a Polícia Militar (PM) também auxiliaram na ocorrência. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a concessionária de energia Enel foram acionadas.

Um incêndio atingiu a parte debaixo da ponte do Jaguaré, na Marginal do Pinheiros, no sentido de Interlagos, na manhã desta sexta-feira (21). Segundo o Corpo de Bombeiros, 12 viaturas foram encaminhadas para atender a ocorrência.

Ainda não há informações de vítimas e as causas do acidente serão apuradas. A ponte fica localizada perto da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), na zona oeste de São Paulo.

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O chamado foi registrado às 6 horas da manhã. Além do Corpo de Bombeiros, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a Polícia Militar (PM) também auxilia na ocorrência. A preocupação com danos à estrutura não está descartada. A Defesa Civil, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a concessionária de energia Enel foram acionadas.

O motorista que passa pela região precisa manter a cautela, em razão de interdições na região.

Quem atravessa todos os dias a ponte do Jaguaré reclama da má conservação da passarela de pedestres. A reportagem do blog Blitz Estadão constatou ainda um ponto de descarte de lixo irregular embaixo da ponte. Na época, a Prefeitura Regional da Lapa informou que havia encaminhado um técnico para avaliar a ponte com base nas reclamações recebidas.

Segundo a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) a circulação de trens não foi prejudicada. A linha 9- Esmeralda funciona normalmente entre Osasco e Grajaú.

Em novembro de 2018, um viaduto cedeu e causou a interdição do trânsito em trecho da pista expressa da Marginal do Pinheiros, perto do Parque Villa-Lobos e da Ponte do Jaguaré. Pelo menos cinco carros passavam pela via, mas não houve feridos graves.

Após analisar laudos periciais, as armas envolvidas no crime e ouvir testemunhas, a Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo afirma que não houve confronto armado na ocorrência registrada no dia 6 de outubro, no Jaguaré, zona oeste de São Paulo, em que quatro adolescentes foram mortos por policiais militares após uma perseguição. Para a Ouvidoria, há "indícios fortes" de que os adolescentes foram mortos sem atirar contra os policiais.

A Secretaria Estadual da Segurança Pública foi questionada sobre as informações pela reportagem, e informou que está apurando o caso. Na ocorrência, os policiais afirmaram perseguir um carro roubado e que seus ocupantes atiraram diante da aproximação dos agentes.

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O relatório preliminar da ouvidoria foi enviado nesta segunda-feira, 5, à Corregedoria da Polícia Militar e ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), órgão da Polícia Civil que atua em casos em que pessoas são mortas por policiais em supostos confrontos. Os três policiais envolvidos -- um sargento, um cabo e um soldado da Força Tática do 23º Batalhão da PM -- estão afastados das ruas desde o dia das mortes.

O documento da ouvidoria cita os laudos balísticos feitos nos corpos dos adolescentes mortos, dois de 16 e dois de 17 anos. Em um deles, que levou três tiros, um dos disparos foi dado de cima para baixo. Outro, que recebeu quatro disparos, tinha tiros nos braços e antebraços e nas regiões lombar e glúteas, indicando tiros pelas costas. O terceiro morto recebeu também disparos nos braços e de cima para baixo. O último corpo analisando também foi atingido no glúteo.

"Tiros de cima para baixo são condições que não batem com uma situação de confronto", disse o ouvidor das polícias, Benedito Mariano, que assina o relatório.

A ouvidoria ouviu também três testemunhas do crime, também interrogada pelos órgãos de investigação civil e militar. Duas delas disseram que os relatos do bairro são de que os jovens se renderam, foram mortos e que, depois disso, os policiais simularam um confronto.

A terceira testemunha é uma adolescente de 17 anos que estava no carro com os jovens. Ela "afirma que estavam desarmados e que se renderam e teriam sido mortos pelos policiais militares, os quais a ameaçaram se contasse a verdade". Segundo o documento, a jovem "sobreviveu por fingir-se de morta e ficar embaixo de um dos rapazes mortos" no dia da ocorrência.

A jovem contou que o grupo a buscou na Estação Presidente Altino da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) no dia do crime e que eles combinavam de ir até uma choperia em Osasco. Ela afirmou ainda que não havia visto nenhuma arma em poder dos demais adolescentes. O veículo em que eles estavam era um carro roubado, um Ford Focus.

Ela disse que os jovens perceberam que estavam sendo seguidos pela PM e se assustaram, tentando fugir para a Favela do Areião, no Jaguaré. Ela disse que, em determinado momento, o carro parou e os adolescentes desceram, todos se deitando no chão para se render. "Na sequência, a testemunha ouviu vários disparos de armas de fogo, repetidos e uma das vítimas começou a gemer de dor." A jovem foi encaminhada ao Programa Estadual de Proteção a Vítimas e Testemunhas (Provita).

"O laudos periciais conversam mais com a versão apresentada pela testemunha do que com o relato feito pelos policiais", disse o ouvidor das polícias.

Benedito Mariano também analisou imagens de celulares filmados por moradores, em que é possível ouvir disparos com o carro da polícia e o veículo roubado ocupado pelos jovens já estacionado, o que sugere uma simulação de tiroteio.

Na versão apresentada pelos policiais, os disparos feitos pelos jovens foram com o carro em movimento. O ouvidor ressalta ainda que as armas que seriam dos jovens, apresentadas pelos policiais, "não apresentam condições de se estabelecer o confronto alegado".

O ouvidor afirma que os policiais "usaram força desproporcional" contra as vítimas. Portanto, esta ocorrência traz indícios fortes de intervenção policial sem confronto armado".

"A ocorrência é extremamente grave porque não condiz com o procedimento operacional da Polícia Militar, que adota o método Giraldi há 20 anos", diz o ouvidor. Esse método de atuação é um conjunto de ações que prevê o que o disparo do policial contra civis só deve ocorrer em situações determinadas, de forma proporcional à ameaça feita à vida do policial e depois de avaliada à necessidade.

"O que esperamos é que seja dada a importância que o caso requer", diz o ouvidor, que aguarda os resultados das investigações da Corregedoria e do DHPP sobre as mortes dos adolescentes.

A garota de 17 anos que testemunhou a morte de quatro adolescentes, no sábado (6), em um suposto confronto com policiais militares no Jaguaré, na zona oeste de São Paulo, foi encaminhada ao Programa Estadual de Proteção a Vítimas e Testemunhas (Provita), da Secretaria Estadual da Justiça.

O caso está sendo investigado pela Corregedoria da PM e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), além de ser acompanhado pela Ouvidoria das Polícias de São Paulo, por causa da suspeita de que os rapazes foram mortos após se render.

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A secretaria agendou uma entrevista com ela e parentes para o acolhimento no programa, que providencia a transferência dos atendidos para um local protegido, a preservação de sua identidade e apoio financeiro, psicológico, médico e jurídico. A jovem foi encaminhada após relatar, em depoimento no DHPP, que os rapazes, com idade entre 15 e 17 anos, haviam se rendido, se ajoelhado, colocado as mãos na cabeça e gritado para os policiais "Perdemos!", antes de serem mortos.

A jovem contou que sobreviveu porque o corpo de um dos amigos caiu sobre o dela. E ela se fingiu de morta até a chegada de mais testemunhas.

Ela disse ter sido ameaçada pelos PMs, que queriam que gravasse um vídeo contando que houve confronto. Segundo o advogado Ariel de Castro Alves, do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), a chegada de mais testemunhas ao local, uma viela próxima da Avenida Presidente Altino, impediu que os PMs a matassem - na delegacia, a jovem disse que a mãe também ouviu dos PMs que ela seria morta, caso negasse a versão de que houve tiroteio.

O caso vem sendo investigado desde sábado. Os cinco adolescentes estavam em um Ford Focus roubado, que foi abordado por policiais da Força Tática. Os policiais envolvidos, afastados das funções pela Corregedoria da PM desde segunda-feira, afirmaram que as mortes ocorreram depois de o quarteto atirar. Eles apresentaram quatro armas na delegacia.

Laudo

O ouvidor Benedito Mariano afirmou ter solicitado laudos ao Instituto de Criminalística sobre o tiroteio. Ele planeja concluir até quarta-feira um relatório sobre o caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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