Com estreia marcada para esta sexta (7), Depois do Mundo conta a história de Kitai Rage (Jaden Smith) é um jovem bastante esforçado, que sonha em seguir os passos do pai Cypher Raige (Will Smith), comandante da Força Ranger Unida e um dos principais líderes de Nova Prime, planeta em que os humanos passaram a viver mil anos após serem forçados a abandonar a Terra.
Cypher é um fantasma, espécie de patrulheiro destemido que consegue passar despercebido pelas Ursas - bestas criadas para farejar o medo e assassinar os humanos. Por sua vez, Jaden vive em meio a traumas não superados do passado que o fazem sentir medo, principalmente de seu próprio fracasso na corrida para aceitação de seu pai.
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Com a sugestão de Faia (Sophie Okonedo), mãe e esposa dedicada, os dois partem em uma expedição após a reprovação do garoto no teste de cadete para a Força. Uma chuva de meteoros atrapalha os planos e desvia a nave da rota, os levando de volta ao planeta natal da raça humana. Pai e filho são os únicos sobreviventes da tripulação e precisam se unir para superar os traumas, medos e problemas causados por um acontecimento no passado.
Longe de ser um filme brilhante, Depois da Terra é uma boa opção para quem procura divertimento fácil e gosta de passar por momentos de tensão. Pontuado por cenas carregadas de emoção e outras com muita ação, o longa de Will Smith decepciona principalmente no quesito atuação. A estrela de MIB - Homens de Preto passa batida diante de um personagem subaproveitado.
Jaden parece ter sido reprovado para o elenco de apoio da novela vespertina Malhação, confirmando que para poder protagonizar outro filme precisa, no mínimo, adquirir mais experiência e conhecimento. A deficiência de interpretação é tamanha que, em uma das cenas mais impactantes da produção, a criança grita suas mágoas com o pai ausente a plenos pulmões, porém com o olhar vazio e completamente inexpressivo, resultando em um momento embaraçoso que foge completamente da prerrogativa da situação.
Apesar dos problemas, Depois da Terra passa rápido e envolve. Destaque para a trilha sonora incidental, capaz de empolgar mais que os próprios atores em cena. O suspense e a tensão provocada por ela podem ser exagerados em alguns momentos, porém ajudam a dar a tônica necessária para se manter o ritmo necessário para a trama. Os cenários futuristas e o figurino também promovem um bom divertimento visual.