Tópicos | inquérito civil público

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) divulgou que abrirá um inquérito civil público para investigar supostas irregularidades que podem indicar fraude em um concurso realizado pela Universidade de Pernambuco (UPE). A instauração do inquérito foi divulgada através da publicação de uma portaria no Diário Oficial Eletrônico do Ministério Público.

De acordo com algumas considerações da promotora Andrea Fernandes Nunes Padilha, que assinou a portaria, uma manifestação feita ao MPPE relatava problemas como a falta de fiscalização adequada no sentido de coibir a entrada de candidatos com celulares e pontos eletrônicos nos locais de prova, falta de detectores de metais e a ida de candidatos ao banheiro sem acompanhamento de fiscais. 

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De acordo com o texto, a maioria dos problemas denunciados foi explicado pela universidade através de um ofício enviado ao órgão, exceto a falta de detectores de metais. A portaria explica que, de acordo com a Lei n.14.538/2011, art. 23-A, inciso I, as empresas que organizam concursos e seleções públicas simplificadas têm a obrigação de utilizar “detector de metais a fim de fiscalizar o candidato quando da sua entrada à sala de realização das provas, bem como nas saídas e retornos do candidato ausente daquela sala por quaisquer motivos”. Esta irregularidade, segundo a portaria, é a razão que gerou “necessidade de investigações e coleta de informações para o esclarecimento dos fatos em apuração e adoção de eventuais medidas extrajudiciais e/ou judiciais para a solução dos problemas apontados”. 

O Reitor da Universidade de Pernambuco (UPE), Pedro Henrique de Barros Falcão, terá um prazo de 15 dias, contados a partir da publicação da portaria, para prestar informações acerca do efetivo uso de detectores de metais durante a aplicação do concurso, apresentando documentação comprobatória da quantidade de detectores utilizados e as salas em que cada um deles foi instalado. 

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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) divulgou, no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (5), a abertura de um inquérito civil público contra a Secretaria de Educação de Pernambuco, devido a contratações supostamente irregulares, realizadas em detrimento à nomeação dos candidatos aprovados no último concurso público realizado pelo órgão, em 2015. 

Uma das justificativas apresentadas pelo ministério para a abertura do inquérito é a Lei nº.14.547, de 21 de dezembro de 2012, que determina a proibição da realização de contratações temporárias para cargos de natureza permanente no serviço público. O ministério também cita, no texto publicado, que recebeu representações reclamando da “manutenção, pela Secretaria de Educação deste Estado, de contratos temporários de professores, apesar da existência de vários candidatos aprovados nos últimos concursos públicos aguardando as nomeações”, e que de acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, havendo a comprovação da necessidade de contratação de pessoal, deve-se nomear os candidatos aprovados no certame em vigor. 

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De acordo com Severino Barros, que trabalha no setor jurídico do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), na última reunião realizada pelo sindicato com o ministério foi informado que as representações junto ao MPPE foram realizadas por candidatos aprovados que aguardam as nomeações e o MPPE, afirmando necessitar de mais evidências para analisar os fatos, deu início ao inquérito. Além disso, o ministério público também determinou que a Gerente Geral de Desenvolvimento de Pessoas e Relações de Trabalho da Secretaria de Educação do Estado, Elizabeth Cavalcanti Jales, seja oficiada e envie  informações acerca de cada irregularidade noticiada dentro de 10 dias úteis, além de comparecer à sede do MPPE  no dia 27 de outubro  para prestar esclarecimentos. 

Procurado pelo LeiaJá, o Ministério Público de Pernambuco afirmou que “o inquérito civil foi recentemente instaurado, dando início às apurações, portanto não há ainda possibilidade do Ministério Público de Pernambuco se pronunciar sobre o assunto”. A Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco disse que ainda não recebeu a notificação e "não tem, portanto, como se posicionar".

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