Se os planos do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) se concretizarem, o uso pulverizado da telemedicina deve ser uma das grandes novidades das Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. A implementação já foi iniciada em Londres, somente com a delegação do Brasil.
Cada atleta brasileiro usa uma pulseira de borracha com um código individual. Colocado em um programa de uso médico, ele mostra todos os dados do competidor, como histórico cirúrgico e alergias, e permite um atendimento mais rápido e personalizado. Outra novidade que está sendo testada é a videoconferência pelo celular. A telemedicina ajuda no diagnóstico inicial dos esportistas com alguma lesão. O próprio atleta pode usar seu celular para mostrar o local da dor ao médico que pode estar em qualquer outro lugar.
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A tecnologia mais avançada é um robô, usado pela Universidade de Miami para tratar soldados que lutam na Guerra do Iraque, podendo ser controlado a distância. O equipamento têm uma eficiente câmera de vídeo que permite a equipes médicas, em diferentes partes do mundo, ajudar em um diagnóstico.
Segundo o médico brasileiro Antonio Marttos, diretor de Telemedicina do Centro de Trauma da universidade americana e responsável por levar a tecnologia ao COB, o objetivo é dar o melhor atendimento aos atletas. "Pelo robô, podemos ter imagens de radiologias, exames, ultrassonografias, câmeras remotas, acesso a exames. São três ferramentas para dar o melhor suporte possível aos atletas, em qualquer lugar e hora, tendo acesso aos melhores especialistas disponíveis."
Em Londres, o robô ajudou a diagnosticar a fratura sofrida ainda antes do início das Jogos pela ginasta Laís Souza, que acabou sendo cortada da delegação, e também em tratamentos de outros atletas que continuam competindo. Além da Universidade de Miami, os médicos que estão no Crystal Palace, centro de treinamento dos atletas brasileiros, trocam informações, por meio da telemedicina, com colegas de alguns hospitais do Rio de Janeiro.
Em 2016, o COB quer oferecer essas tecnologias às delegações de todos os países e também aos visitantes que estarão no Brasil para os Jogos Olímpicos. Para Antonio Marttos, esse tipo de recurso permite levar a medicina brasileira a um nível internacional. “As exigências de países são diferentes e o atendimento pode ser na mesma língua do paciente", destacou.