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O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) decidiu manter liminar que decretou a indisponibilidade de bens e valores dos engenheiros José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, e Agenor Franklin Magalhães Medeiros, do administrador de empresas José Ricardo Nogueira Breghirolli e da empresa Coesa Engenharia Ltda, réus em uma ação de improbidade administrativa no âmbito da Operação Lava Jato. As informações foram divulgadas pela Assessoria de Comunicação Social do TRF-4.

O Ministério Público Federal ingressou na Justiça Federal com uma ação cautelar de indisponibilidade de bens com pedido de liminar contra os acusados, além de Mateus Coutinho de Sá Oliveira, Fernando Augusto Stremel Andrade e João Alberto Lazzari, e as empresas OAS Engenharia e Participações SA e Construtora OAS Ltda.

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A cautelar estava relacionada a uma ação principal de improbidade administrativa contra todos os réus decorrente dos desdobramentos cíveis da Lava Jato.

Na ação principal, eles foram acusados de praticar crimes contra o sistema financeiro nacional, contra a ordem econômica e contra a administração pública, além de lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.

O processo por improbidade administrativa requereu condenações de efeito patrimonial, incluindo o ressarcimento solidário por parte dos acusados pelos danos causados ao patrimônio da Petrobras em decorrência de vantagens indevidas repassadas ao ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa (Diretoria de Abastecimento) e a agentes públicos e também o pagamento de multa civil de até três vezes o valor do dano.

A ação cautelar objetivou a indisponibilidade dos bens dos réus "para dar efetividade às sanções de ressarcimento ao erário e de multa civil, resultantes dos atos de improbidade administrativa praticados".

Para isso, o Ministério Público Federal requisitou que fosse concedida em caráter liminar a indisponibilidade de bens e valores dos denunciados, em caráter solidário, na quantia de R$ 282.494.839, além de juros e correção monetária.

A 5ª Vara Federal de Curitiba deferiu parcialmente o pedido decretando a indisponibilidade apenas aos acusados Léo Pinheiro, Medeiros, Breghirolli e a Coesa Engenharia Ltda.

A Justiça Federal paranaense considerou na liminar que esses foram os acusados que aparentemente "concorreram para que houvesse a caracterização dos atos de improbidade". Os réus afetados pela medida recorreram ao TRF-4, mas o recurso foi julgado improcedente, de forma unânime, pela 3ª Turma.

Em seu voto, a relatora do agravo de instrumento na Corte, desembargadora federal Vânia Hack de Almeida, ressaltou que "a indisponibilização de bens determinada na origem encontra amparo expresso no artigo 7º da Lei n. 8.429/92, sendo certo que, de acordo com o entendimento firmado no Superior Tribunal de Justiça, a medida constritiva pode ser acolhida sempre que o julgador entender presentes fortes indícios de responsabilidade na prática de ato lesivo ao patrimônio público".

Segundo a magistrada, o MPF "demonstrou de forma suficiente a existência de indícios de improbidade por parte dos acusados e, portanto, é justificado manter a decisão liminar de indisponibilidade de bens".

"Dessa forma, entendo que aguardar o trânsito em julgado de eventual sentença de procedência para só então buscar patrimônio suficiente para fazer frente às condenações mostra-se conduta pouco cautelosa, pois no ínterim os bens e recursos financeiros poderão ter sido ocultados e até mesmo dilapidados", concluiu desembargadora Vânia Hack de Almeida ao negar provimento ao recurso.

Defesas

A reportagem tentou contato com a OAS e está tentando localizar as defesas de Léo Pinheiro, da Coesa Engenharia e de outros citados. O espaço está aberto para as manifestações.

Os dados epidemiológicos sobre doenças de notificação compulsória, como dengue, ficaram indisponíveis por pelo menos três meses. Pesquisadores que procuraram as informações no site do Ministério da Saúde não tiveram acesso aos números desde novembro - mês em que a pasta declarou situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e determinou a notificação imediata dos casos de microcefalia.

As informações só voltaram a ficar disponíveis na tarde de ontem, depois que o Estado procurou o ministério. A assessoria informou que o sistema estava fora do ar para "atualização de segurança". O cadastro de doenças de notificação compulsória tem informações sobre mortalidade, incidência da doença e cobertura assistencial, que permitem aos pesquisadores avaliar surtos e epidemias. Nenhuma nota técnica foi publicada para explicar o problema.

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Pesquisadores da Associação Brasileira de Saúde Coletiva chegaram a cobrar formalmente o ministério, mas não receberam explicação. "Foi a partir desses grandes dados que acendeu a luz amarela para a microcefalia", ressaltou a pesquisadora Ilara Hämmerli, da Escola de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O epidemiologista Roberto Medronho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), explicou que as informações permitem aos pesquisadores acompanharem a evolução de doenças infecciosas no País. "Essa ausência traz dificuldades para desenhar estudos ecológicos, em que se tenta cruzar os dados de doença de notificação compulsória, com dados climáticos, dados de chuva", afirmou. A professora Sandra Maria Gomes, de Saúde Pública da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, tenta obter dados desde novembro. "Tudo sobre aids pode ser consultado, mas de outras doenças, não." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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