As bolsas norte-americanas devem começar a semana em alta, sinalizam os índices futuros. A expectativa é grande pela agenda agitada de eventos e divulgação de indicadores nos próximos dias. Às 10h15 (de Brasília), no mercado futuro, o Dow Jones subia 0,05%, o Nasdaq ganhava 0,17% e o S&P 500 avançava 0,09%.
Depois da semana passada morna em indicadores, os próximos dias terão os números mais esperados do mês e ainda a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) que começa na terça-feira, 29, e termina na quarta-feira, 30. No mesmo dia que acaba o encontro, será divulgada a primeira prévia do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA do segundo trimestre e a expectativa é de recuperação. Depois da queda de 2,9% no primeiro período de 2014, Wall Street espera um número positivo, com a média das previsões falando em expansão de 2,9%.
##RECOMENDA##Para fechar a semana, saem os dados do mercado de trabalho de julho na sexta-feira, 1º de agosto. As apostas dos economistas são de mais um mês com criação de emprego acima de 200 mil postos. No cenário geopolítico, a expectativa é da adoção de novas sanções contra a Rússia pela Europa e pela Casa Branca.
A semana carregada pode trazer volatilidade aos preços dos ativos, afirma a diretora da BK Asset Management, Kathy Lien, em um e-mail a clientes. A reunião do Fomc, que não será seguida de entrevista à imprensa, pode não trazer novidades, além do esperado novo corte de US$ 10 bilhões nas compras de ativos, mas a economista avalia que qualquer mudança de tom no comunicado pode mexer com os preços, com os investidores interessados em novas avaliações sobre a economia e os próximos passos da normalização da política monetária. Uma decepção com o dado do PIB, que indique uma recuperação aquém do esperado no segundo trimestre, também pode repercutir nos preços, destaca a diretora.
Se a semana terá agenda cheia de eventos importantes, a segunda-feira terá principalmente a divulgação de indicadores secundários. Após a abertura do mercado, às 10h45 (de Brasília) o instituto Markit divulga a primeira leitura do índice de atividade dos gerentes de compra (PMI) do setor de serviços. A aposta é que o índice caia dos 61,2 de junho para 61, de acordo com o jornal Barron's. Apesar da queda, o ritmo ainda segue forte, pois pela metodologia, dados acima de 50 indicam expansão do setor.
Logo após o PMI serão divulgadas as vendas pendentes de imóveis de junho, às 11h (de Brasília). Dados do setor imobiliário têm vindo mistos nas últimas semanas, o que torna a análise do setor mais complexa, destaca a economista do BMO Capital Markets, Jennifer Lee. No caso das vendas, as de imóveis usados cresceram 2,6% em junho, para o maior nível desde outubro, mas a de novas casas caiu 8,1%, ambos na comparação com maio. Para ela, é difícil entender neste contexto porque o índice de confiança do setor de construção vem subindo.
No noticiário corporativo, a agenda de divulgação de balanços trimestrais continua forte esta semana, com destaque para o setor de petróleo, com as duas maiores petroleiras dos EUA, Exxon-Mobil e Chevron, anunciando seus números, e farmacêutico, com Merck e Pfizer. No setor financeiro, os destaques são as bandeiras de cartões American Express e Mastercard, que devem atrair mais atenção dos analistas depois do resultado da Visa divulgado na semana passada não agradar.