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Deputados da bancada de oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) fizeram uma visita ao Instituto de Medicina Legal (IML) na manhã desta sexta-feira (11). Os deputados encontraram ambientes sujos, máquinas quebradas e ouviram reclamações dos funcionários. A crítica situação do IML já havia sido mostrada em uma matéria do LeiaJá, que chegou a flagrar restos mortais em sacolas ao ar livre.
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A ideia agora é realizar uma audiência pública até o final de setembro. “Estamos cobrando uma solução emergencial do governo”, disse o deputado estadual Silvio Costa Filho (PTB). “Encontramos aqui uma situação de desrespeito. O IML está totalmente desestruturado. Os médicos e funcionários estão trabalhando com muita dificuldade, num grau de estresse permanente”, completa.
Para o diretor do IML, Antônio Barreto, não há descaso no instituto. “A gente tem uma sala aprovada pelo Ministério Público. A família é recebida sentadinha, com ar condicionado. A questão é que a demanda é grande, porque nós cobrimos toda a região metropolitana. Existe projeto 80% pronto em Palmares, uns 60% pronto em Caruaru. Tem projeto em Salgueiro e reforma para já em Petrolina”, ele comenta.
O diretor revela também que recebe apenas R$ 1300 por mês para pagar todo custeio e manutenção do prédio. Equipamentos e máquinas estão sem funcionar desde o início do ano, pois precisam de refrigeração. Os aparelhos de ar condicionado já chegaram, mas a direção diz que não tem condições de pagar a instalação dos mesmos.
“O problema principal aqui é que a Polícia Científica como um todo é subordinada à Polícia Civil. A gente deveria ser um órgão subordinado à SDS e ser uma unidade gestora, como é a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros. Deveríamos ter um orçamento próprio, para decidir as questões mais importantes do ponto de vista da Polícia Científica”, Antônio conclui.
Ainda segundo o diretor, a falta de equipamentos básicos é responsabilidade da empresa terceirizada, que cuida do serviço de limpeza e dos maqueiros. Na sala de necrópsia, o odor era angustiante, fazendo com que alguns jornalistas que acompanhavam a vistoria passassem mal. Corpos em estado avançado de putrefação se misturam com corpos recém chegados e o equipamento de ventilação não funciona. Barreto diz que a segunda sala já está com a estrutura pronta, com 20 leitos, faltando a ajuda financeira do Governo de Pernambuco para deixá-lo operante.
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