A inteligência artificial é encarada como um problema para o mercado de produções artísticas em todo o mundo. No Brasil, o lançamento de Alice no País das Maravilhas, pela editora Novo Século, deixou os leitores insatisfeitos por ser ilustrada com IA.
O clássico da menina que conhece um mundo fantástico depois de perseguir um coelho foi anunciado pela Novo Século como uma "edição de luxo", prevista para chegar às prateleiras por R$ 59,90, a partir do dia 7 deste mês. As ilustrações abusam das cores e chamaram atenção dos interessados em adquirir a publicação, que desconfiaram do uso de IA.
##RECOMENDA##Dois dias após a pressão nas redes sociais, a editora admitiu que as imagens do livro foram produzidas por um computador. No modelo, um software é ensinado a produzir as ilustrações após ser alimentado com os trabalhos de diversos artistas e entrega uma combinação dos padrões desses artistas.
Em seu perfil no Instagram, a editora justifica a própria obra 'disruptiva' de Lewis Carroll para utilizar IA e cita as mudanças da arte. A postagem foi rebatida com críticas nos comentários, mas, como ainda não há regulamentação sobre o tema, a editora não tem obrigação legal de indicar quando usa materiais criados por inteligência artificial.