Já se contam mais de 30 dias de incerteza quanto ao futuro do Paço do Frevo, um dos mais emblemáticos museus instalados no Bairro do Recife, que surgiu como ferramenta de fomento e salvaguarda do frevo, uma das expressões culturais símbolo de Pernambuco. Desde o dia 13 de novembro, o equipamento cultural funciona 'pela metade' e novos prazos para o retorno de suas atividades seguem sendo descumpridos pela Prefeitura do Recife. O Paço havia sido prometido, novamente, para o dia 16 de dezembro, último domingo, porém, a situação do museu segue na mesma.
Nesta terça (18), a reportagem do LeiaJá apurou que o funcionamento continua sendo parcial. Segundo uma funcionária, o museu ainda está abrindo apenas pela parte da tarde, das 13h às 17h, com entrada gratuita, e este horário deve permanecer até o fim de dezembro. A funcionária também confirmou que o elevador do museu continua quebrado e que só deve ser consertado quando uma nova empresa assumir a gestão do lugar.
##RECOMENDA##A situação do Paço já foi motivo de protestos na internet e fora dela. No dia 2 de dezembro, artistas e pessoas que admiram o frevo desenvolveram atividades na frente do museu e deram um abraço simbólico nele. No dia seguinte, a Prefeitura do Recife (PCR) emitiu uma nota oficial informando de que no dia 16 de dezembro o museu voltaria ao seu funcionamento normal. Este seria um segundo prazo, já que o primeiro prometia a volta do Paço para o dia 1° do mês.
Agora, uma nova data foi estipulado pela PCR para o museu: a segunda semana de janeiro de 2019. Questionada pelo LeiaJá, a Prefeitura prometeu regularizar o funcionamento do equipamento cultural apenas no próximo ano, através de nota oficial. O comunicado, porém, não respondeu sobre o motivo da demora na concretização do novo contrato de gestão do Paço do Frevo com o IDG nem sobre a manutenção do elevador. Confira na íntegra.
“A Prefeitura do Recife e a Organização Social Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), após assinarem novo contrato de gestão do Paço do Frevo, válido pelos próximos dois anos, asseguram o pleno funcionamento do espaço de salvaguarda da mais pernambucana das manifestações culturais a partir da segunda semana de janeiro. Os próximos dias serão de recomposição de equipe e formatação de serviços e programações para o museu, que permanece aberto diariamente para visitação”.
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