O brasileiro Pietro Fittipaldi vai seguir na Fórmula 1 na temporada 2023. O neto de Emerson Fittipaldi vai completar sua quinta temporada como piloto reserva e de testes da equipe Haas, na qual já obteve a oportunidade de pilotar em duas corridas do principal campeonato de automobilismo do mundo, em 2020.
A renovação do seu contrato com o time americano foi confirmada nesta terça-feira. "Estou muito feliz em continuar com a Haas, uma equipe que eu considero uma família. Será minha quinta temporada na Fórmula 1 como piloto reserva e de testes, e eu estou super animado por estar entrando em 2023, saindo de uma temporada muito competitiva", comentou o brasileiro.
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Com o acerto, Pietro poderá receber novas oportunidades tanto em treinos livres quanto em corridas, caso necessário. Em 2020, ele fez sua estreia numa prova da F-1 ao substituir Romain Grosjean, então titular da Haas. O francês havia sofrido grave acidente e não pôde disputar as duas últimas corridas daquele ano.
Pietro, então, foi titular nos GPs de do Bahrein e de Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos. E ganhou elogios do chefe da Haas, Günther Steiner, que voltou a exaltar o brasileiro nesta terça. "Continuidade e consistência são a chave para o sucesso na Fórmula 1 e Pietro permanecer com a equipe em 2023 me faz acreditar que temos bases sólidas", comentou o dirigente.
"Na F-1, você precisa ser capaz de reagir com a menor margem possível a qualquer cenário, e Pietro tem desempenho comprovado e está pronto para pilotar a qualquer momento, como fez duas vezes em 2020. Na última temporada, ele participou de testes de pré-temporada, duas sessões de treinos livres e testes pós-temporada no VF-22 e, surpreendentemente, ao contrário de muitos pilotos do grid, ele disse que este carro combina com seu estilo agressivo, o que é música para meus ouvidos, ainda mais quando o tempo de pista é tão limitado. Ele é um trunfo para a nossa equipe", completou.
Com a nova chance, Pietro mantém suas esperanças de se tornar titular na F-1, apesar da forte concorrência. Na temporada passada, surgiram duas chances para o brasileiro, que acabou sendo preterido. No início de 2022, a Haas demitiu o russo Nikita Mazepin pela forte ligação do piloto titular com o principal patrocinador do time, que também foi dispensado, na esteira das retaliações do Ocidente à Rússia pela invasão à Ucrânia.
O brasileiro era o reserva imediato, mas a Haas preferiu contratar o experiente dinamarquês Kevin Magnussen. No fim do ano, novamente a experiência pesou e o time contratou o alemão Nico Hülkenberg para a vaga do seu compatriota Mick Schumacher. Pietro, contudo, indicou que não vai desistir.
"Nosso trabalho é todo dia, não paramos. Não temos a mesma estrutura de outros pilotos em termos de orçamento. Mas é certo que vamos trabalhar 24 horas por dia, vamos trabalhar mais do que todo mundo. Não vamos parar até atingirmos os nossos sonhos", disse o brasileiro, na companhia do seu irmão, Enzo, no Autódromo de Interlagos, no último GP de São Paulo de F-1.
Neste ano, Pietro vai acumular a função de reserva da Haas na F-1 com a participação em dois competições de Endurance: o IMSA WeatherTech SportsCar e o Mundial de Endurance (WEC).