O trabalho de um médico, independente da sua especialidade, é essencial para a manutenção da saúde das pessoas, bem como para a cura de doenças. No processo de identificação de uma enfermidade, o profissional de medicina, avaliando os sintomas do paciente, tem uma noção básica do que pode ser aquela doença. Todavia, ele precisa transformar uma hipótese em um diagnóstico clínico. Para que esse diagnóstico seja identificado, quem exerce um papel fundamental é o biomédico.
O profissional de biomedicina utiliza a ciência médica e laboratorial em prol da saúde pública e ambiental. São ideias biológicas ligadas à saúde. Grande parte da atuação do biomédico é feita em laboratórios, sejam eles de análises clínicas, em centro de pesquisas, entre outros espaços.
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Em um trabalho conjunto com os médicos, os biomédicos ajudam na identificação de doenças, estudam bactérias que podem ser boas ou ruins para o ser humano, pesquisa soluções para problemas ambientais, entre outras ações. Apesar de ajudar no processo de análise médica, o biomédico não pode descrever um laudo, porque essa é uma função exclusiva dos médicos.
Formação
Com duração de quatro anos, o curso de biomedicina cada vez mais apresenta nichos de atuação para quem consegue concluir a formação. No decorrer da graduação, o universitário conhece inúmeras vertentes de atuação. Análises clínicas, microbiologia, imaginologia, citopatologia, estética, acupuntura, ciência forense são algumas das áreas que podem ser seguidas após a formação.
Recentemente, uma especialização que vem ganhando destaque é a reprodução assistida. Nessa área, o biomédico ajuda pessoas que querem ter filhos e não conseguem, em que pesquisam probabilidades de fertilidade, por exemplo.
O coordenador do curso de biomedicina da UNINASSAU, Eduardo Maciel, explica que um indivíduo que almeja fazer a graduação precisa ter algumas características e habilidades. “Primeiro ele tem que ser muito curioso. A biomedicina gera questionamento e os alunos precisam ter um perfil pesquisador”, diz o coordenador. De acordo com Maciel, é importante que os universitários tenham afinidade com biologia, química e física de uma maneira geral.
Para o coordenador, o início do curso é mais difícil para os alunos. “É quando eles se deparam com a universidade e percebem que é muito diferente da escola. É nesse período que eles começar a ver as disciplinas básicas, como química, e muitos não têm uma boa base do ensino médio. Porém, com dedicação, é possível passar dessa fase com tranquilidade”, comenta.
Segundo Maciel, o quarto período da formação marca o início das disciplinas específicas. Disciplinas de laboratório, bioquímica clínica, hematologia, gestão laboratorial e microbiologia são algumas áreas trabalhadas como específicas.
A estudante do sexto período do curso na UNINASSAU, Jéssica Rodrigues da Silva, já no ensino fundamental tinha interesse em cursar direito. Entretanto, após ter algumas aulas de laboratório na escola onde estudava, ela tomou interesse por pesquisas. No ensino médio ela participou de um curso na área biomédica, e a partir daí, sua decisão foi tomada. “Foi amor à primeira vista. Gostei muito da experiência e resolvi fazer de vez o curso”, conta Jéssica.
Atualmente a universitária estagia na área de microbiologia e já deslumbra seu futuro. “Quero me especializar nessa área. É um trabalho em que eu me divirto e que gera empolgação”, afirma a jovem aos risos.
Atuação no mercado
De acordo com Eduardo Maciel, há diversas áreas de atuação para quem se torna um biomédico. O formado pode seguir a carreira de docência, atuar em centros de pesquisas em universidades, além dos laboratórios de pesquisas.
Ele salienta que existe uma grande rotatividade de profissionais na área, e por isso, para se destacar é necessária uma especialização. “Cursar uma pós-graduação é muito importante. É preciso se atualizar e se especializar. O mercado exige mão de obra qualificada”, orienta o coordenador.
Ainda segundo Maciel, a remuneração salarial do biomédico pode variar a depender da área de atuação. “Existe uma base que chega a R$ 1.200 para profissionais de laboratório de análise e sem especialização. Biomédicos com pós-graduação têm salários que chegam a R$ 7 mil”, comenta.
A biomédica Rosilma de Oliveira, desde o ano de 2002 resolveu seguir a área acadêmica. “A biomedicina foi a minha porta de entrada para a academia. Minha grande experiência não é com análises clínicas, e sim com o meio acadêmico”, conta.
Microbiologia é sua área de atuação e hoje ela já possui mestrado. “Estou fazendo também um doutorado em ciências biológicas. Existem muitas oportunidades na biomedicina, com inúmeras áreas de atuação”, afirma Rosilma.
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