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Uma graduação destinada a formar professores. Esse é o papel da pedagogia, curso superior com nível de licenciatura. Após formado nela, o profissional estará habilitado a atuar na educação infantil até o 5° ano do ensino fundamental, sendo responsável integralmente pelo currículo daquela série. Além disso, o pedagogo é responsável por atuar na gestão escolar, podendo exercer papéis de coordenação, supervisão e direção.

Segundo dados o Censo da Educação Superior de 2017, 714.345 estudantes realizaram matrículas na graduação. Desse total, pouco mais de 124 mil foram em instituições de ensino superior públicas, enquanto mais de 590 mil se candidataram às privadas. Somente em 2018, foram oferecidas, levando em consideração faculdades estaduais, federais e privadas, 512,707 vagas. A quantidade de inscritos na disputa por essas oportunidades foi praticamente o dobro, alcançando o total de 1.009.398.

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Em 20 de maio, é comemorado do Dia do Pedagogo, sancionado pela Lei nº 13.083/2015 pela então presidente Dilma Rousseff. A data tem o objetivo de “promover a discussão do papel da família e das escolas no desenvolvimento das crianças, delimitando as responsabilidades de cada um”, segundo informações disponibilizadas no site do Ministério da Educação (MEC).

Área de atuação

Muito além da sala de aula, quando licenciado a atuar na área, após a formação no curso superior, o pedagogo tem um grande leque de oportunidades. A primeira e uma das mais conhecidas é a supervisão escolar. Nela, o profissional atua coordenando e supervisionando as ações escolares, seja em uma escola ou até mesmo um curso preparatório para vestibular ou concurso.

De acordo com a coordenadora do curso de pedagogia da UNINABUCO - Centro Universitário Joaquim Nabuco, Belkiss Gulard, o leque de oportunidades de atuação é grande para os graduados na área. “Ele [o pedagogo] está apto a ser professor, está apto a ser diretor de escola, a trabalhar na área de recursos humanos, ele está apto a ajudar em projetos [...] Ou seja, ele pode trabalhar em qualquer lugar”, salientou a docente.

Graduação

Geralmente com quatro anos de duração, composta de oito períodos, a graduação em pedagogia exige muita leitura do estudante. “Um pré-requisito é que o aluno goste de ler. O grande mal dessa geração é não dar valor à leitura”, posicionou-se a professora Belkiss Gulard.

Ainda de acordo com a docente, a pedagogia oferece uma visão diferenciada sobre as pessoas. “Do curso, o aluno pode esperar muita leitura, muita saída para as partes práticas e uma visão muito ampla sobre o ‘ser’ - e isso é a grande importância. Hoje, a gente vê que as pessoas precisam ter, cada vez mais, uma visão do outro”, salientou Gulard.

Além das atividades dentro de sala, o aluno tem a oportunidade de experimentar as vivências em escolas. São comuns estágios em gestão de colégios, além de docências em educação infantil e nos primeiros anos do ensino fundamental. “Dentro desse campo, a gente pode pontuar a pedagogia convencional, que é a escolas, como também, por exemplo, a pedagogia prisional, que vai trabalhar com pessoas detentas e em regime de privação de liberdade”, explicou o professor Francisco Alexandrino.

O docente ainda pontua a necessidade, cada vez mais presente, da participação de um pedagogo nas novas e conectadas gerações. “O campo de trabalho para o pedagogo é cada vez mais amplo, tendo em vista as possibilidades do homeschooling e as possibilidades também da educação a distância. Ela tem a relação com o ensino híbrido, onde eu tenho a possibilidade de um contato online e um contato offline. Então todo esse manejo, todo esse traquejo de uma sociedade que pluga conhecimento de várias gerações, é imprescindível a presença desse pedagogo, dessa pedagoga”, incrementa Alexandrino.

No último período de pedagogia, a estudante Taciana Oliveira escolheu o curso porque sempre se viu como docente. “Eu gostava de ensinar minha bonecas, sempre tive o gosto por ensinar, então fiz o magistério e agora estou terminando pedagogia”, contou a jovem.

Taciana ainda revela a existência de um mito envolvendo a graduação. “Quando a gente começa, a gente pensa assim: ‘vou aprender a ensinar’, ‘vou aprender a como passar os ensinamentos para nossas crianças’. Mas não é só isso. Com o passar do tempo, a gente foi vendo que o curso, ele nos prepara e nos capacita não só para ensinar, ele nos ensina também a receber conhecimento”, opina.

Embora seja uma das finalidades do curso, Taciana revela que um dos maiores desafios da graduação para ela está no ensinar. “É um aprendizado diário porque querendo o não, de certo modo, você vai impor uma regra, uma ordem, um limite. Você vai dizer ‘vamos até aqui’ e sempre vai haver aquele aluno que quer um pouco mais”, explica Taciana.

Confira a seguir o vídeo com mais detalhes do curso de pedagogia:

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Gostar de estar movimento. Essa é a atitude-chave para quem quer ser um profissional da área de educação física, segundo estudantes e docentes da área. Muito além de trabalhar em academias e escolas, o educador físico tem um papel fundamental na contribuição para o bem estar das pessoas. Por meio dele, é trabalhada a saúde preventiva, com o mínimo de intervenções externas possíveis.

Segundo o Censo da Educação Superior de 2017, levantamento realizado pelo Ministério da Educação (MEC), em 2017, 334.452 estudantes realizaram matrículas nos 1.318 cursos de graduação dentro do espectro da educação física. No Brasil, são eles: educação física; formação de professor de educação física; formação de professor de educação física para educação básica; formação de técnicos e treinadores esportivos; e gestão desportiva e de lazer.

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Atleta de basquete, Mariana Farias, 20 anos, decidiu fazer educação física por conta do esporte. “Escolhi por conta do movimento, por conta do esporte, por sempre gostar de estar em movimento e ser ativa”, explicou a estudante. Quando concluir a graduação, a jovem pretende seguir na área em que já está estagiando, em academias e natação infantil, como também adquirir experiência em treino funcional e gestão. “Além disso, quero a docência porque ensinar é um dos meus maiores prazeres”, revelou Mariana.

Já o personal trainer Valdir Pereira, 33, escolheu iniciar a graduação em educação física porque teve sobrepeso. “Me interessei por atividades físicas, passei por um processo em que perdi 30 quilos, então isso me despertou uma curiosidade dentro dessa área”, revelou o profissional. Já graduado, Valdir conta que seguiu para o ramo das academias por conta do mercado de trabalho favorável. “Quis experimentar o mercado e vi que tinha uma crescente muito grande. Então comecei a prestar serviços para uma academia e serviços de personal trainer”, contou.

Área acadêmica e atuação profissional

Para ser um profissional de educação física, é preciso que o estudante escolha entre as graduações de bacharelado ou licenciatura. É possível, também, fazer uma conjugada, com as duas titulações, com um acréscimo no tempo de formação. Segundo a coordenadora do curso de educação física da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, Cristiane Tomazi, é importante que o profissional faça a formação nas duas vertentes. “Uma vez que um aluno consegue contemplar as duas áreas, ele tem uma formação e uma atuação de campo de mercado mais extensa para atuar”, explica.   

Dentro da graduação, o estudante de educação física vai ter aptidão para desempenhar diversas funções. Isso se deve ao fato do amplo conhecimento da saúde humana. “O aluno aprende desde ensinar a malhar [risos] até como ter uma concepção total do corpo humano. A gente consegue ter um entendimento de como é que corpo funciona. E aí vem um leque de conhecimento que a gente consegue desfrutar durante a graduação porque a gente começa a ter um entendimento no sistema nervoso central até o ato de execução de ação e reação do comportamento da gente ”, pontua a professora Cristiane Tomazi.

Diferentemente do que está no senso comum da população, o profissional de educação física tem atuação muito mais abrangente do que apenas dentro de uma academia ou ensinando alunos de escolas. “Dentro de licenciatura e bacharelado, o educador físico poderá atuar dentro de academias, escolas, clubes, spas, hotéis, laboratórios de pesquisa, a parte de performance humana, dentro da própria saúde pública”, ressalta a docente.

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Com 15% do total de dentistas no mundo, o Brasil é país com o maior número de profissionais da saúde bucal. Mesmo assim, o número ainda não é reflexo de bons quantitativos odontológicos. Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 22 milhões de brasileiros nunca foram ao dentista e 75% dos idosos não têm nenhum dente. Por isso, ainda assim é importante que mais estudantes alcancem a graduação de odontologia e consigam voltar seus tratamentos a atender a população mais necessitada.

No décimo e último período do curso superior de odontologia, Rejina Alves vê a profissão como construtora de sorrisos. “Minha contribuição social é poder devolver sorrisos, tirar dor de pacientes, ajudar o próximo, principalmente em pessoas carentes”, conta a jovem. Dentro da odontologia, o objetivo da estudante é se especializar na área de próteses e, no futuro, abrir um consultório. “Ainda preciso angariar mais conhecimentos”, explica.

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Rejina ainda aponta para uma realidade bastante importante da graduação: é preciso que o profissional tenha um contato humano com o paciente. “A partir do momento que você sai da graduação, você não é mais aquela pessoa que está aprendendo, você é um profissional que precisa fazer o melhor e ser o perfeito para o seu paciente”, declara a estudante.

Com cinco anos de graduação, o estudante de odontologia passa por diversas fases dentro do curso. Ao contrário do que muitos ingressos acham e querem, o lidar com os paciente só é possível após muita teoria adquirida. “Primeiramente os estudantes têm disciplinas básicas como anatomia, fisiologia, entre outras, para depois entrar na parte cirúrgica”, explica o professor e dentista Fernando Martorelli.

Na graduação também é preciso que o aluno tenha ou desenvolva algumas habilidades. “No curso de odontologia, a gente vai trabalhar com coisas pequenas, onde a gente vai exigir da nossa visão e vai precisar reproduzir para poder reestruturar aquele elemento dentário”, explica o docente. O conselho, segundo Martorelli é, durante a graduação, praticar essa competência manual.

CRO

Após a formação, em uma instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), é preciso que o dentista tenha registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO) do Estado onde trabalha. Com ele, o cirurgião-dentista recebe uma carteira provisória, válida por dois anos, para exercer a profissão. Após o período, o bacharel em odontologia passa a ter sua certificação definitiva.

O Conselho atua na fiscalização do trabalho de dentistas, bem como na disciplina do funcionamento de estabelecimentos da área. Quando há alguma infração do profissional, o CRO julga os processos, por meio da comissão de ética e de plenário próprios. O Conselho Regional de Odontologia também é o responsável por aplicar sanções aos profissionais, que podem chegar à cassação do registro por cinco anos.

Áreas de atuação

Após os cinco anos de graduação, o dentista vai escolher qual área seguir. Ele pode cuidar da vaidade bucal das pessoas, com a odontologia estética; da saúde dos dentes de leite de crianças, com a odontopediatria ou até mesmo ser mais generalista, atuando na área de cirurgia geral. Confira abaixo nove oportunidades possíveis de caminhos específicos dentro da odontologia.

Cirurgia geral

Nesta função, o cirurgião-dentista irá ser generalista e tratar todas os procedimentos básicos e essenciais para manutenção de uma boa saúde bucal. O profissional será responsável por cuidar de dentes, lábios, língua, gengiva, examinar radiografias, fazer limpeza, aplicar flúor e fazer pequenas cirurgias.

Ortodontia

Nesse ramo, o dentista é o responsável pelo desenvolvimento da arcada dentária. É como ortodontista que o profissional poderá colocar aparelhos ortodônticos para corrigir a formação dos dentes de um paciente.

Saúde coletiva

Aqui, o dentista terá a função de promover a saúde preventiva da população. O profissional que deseja atuar em saúde coletiva pode trabalhar com planos de saúde e cooperativas, além de assistência a postos e unidades básicas.

Implantodontia

Para quem precisa colocar implantes dentários, o dentista especializado em implantodontia é o profissional responsável por inserir uma peça de titânio no interior do tecido ósseo, onde houve a perda do dente. Em seguida realiza a cirurgia de implante de próteses fixas ou removíveis, unitárias ou totais.

Traumatologia e cirurgia bucomaxilofacial

Nesta função, o dentista é o responsável por corrigir problemas e traumas da boca do paciente. Ele faz o diagnóstico de lesões, traumatismos e anomalias nas boca, face e no sistema de mastigação. Para corrigi-los, é preciso realizar cirurgias, implantes e enxerto para recuperação dos dentes.

Odontopediatria

Cuidar e preservar os dentes de leite é a principal função do odontopediatra, que trabalha com a saúde bucal de crianças. Um dos requisitos principais para atuar nessa área é ter paciência e saber lidar com os pequenos, para que eles aceitem o tratamento com tranquilidade e sem traumas.

Periodontia

Esse especialista cuida das gengivas e dos ossos que sustentam os dentes. O trabalho é de extrema importância, pois, assim, os periodontistas podem evitar problemas que afetam a estrutura da boca e podem causar inflamações de origem bacteriana.

Endodontia

Quem já precisou fazer um tratamento de canal, com certeza necessitou do serviço de um endodontista. Essa área está relacionada ao cuidado e tratamento de problemas relacionados à polpa dentária e raiz dos dentes.

Odontologia estética

Ter o sorriso mais branco e os dentes alinhados é o desejo de muitas pessoas. Mas além disso, o profissional que atua com estética também restaura a forma e função dos dentes, com uso de resinas, facetas, peelings gengivais, entre outros.

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