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O presidente americano Donald Trump disse nesta sexta-feira que teve uma "conversa muito boa" com seu colega chinês Xi Jinping sobre uma resolução parcial da enorme guerra comercial entre os dois países.

Trump tuitou que a China "já começou em grande escala" os aumentos nas compras de produtos agrícolas dos Estados Unidos, em linha com o acordo obtido.

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No entanto, ele não deu uma data para quando o chamado "contrato de primeira fase" será realmente assinado.

"Assinatura formal sendo acertada", disse ele.

A "primeira fase" é uma resolução parcial em que se espera que a China aumente as importações de produtos agrícolas e outros bens americanos, enquanto Washington diminuiu tarifas sobre as importações chinesas.

No entanto, está muito longe das mudanças fundamentais nas políticas comerciais chinesas que Trump buscava e que agora serão adiadas para uma segunda fase.

Trump disse que ele e Xi também discutiram sobre a Coreia do Norte, que está resistindo à pressão liderada pelos americanos para desmantelar seu programa nuclear cada vez mais sofisticado, e também sobre a agitação pró-democracia em Hong Kong, onde Trump observou que houve "progressos".

O mercado financeiro viveu um dia de mau humor generalizado nesta quarta-feira (2). Os principais índices de Wall Street sofreram as quedas mais acentuadas em seis semanas, após dados de desemprego e manufatura dos Estados Unidos sugerirem que as consequências da guerra comercial iniciada pelo governo de Donald Trump contra a China estão atingindo ainda mais a economia americana.

Somando-se às preocupações comerciais, os EUA obtiveram, na quarta, aprovação da Organização Mundial do Comércio (OMC) para impor tarifas sobre US$ 7,496 bilhões em produtos europeus, resposta aos subsídios ilegais concedidos pela União Europeia à Airbus, o que ameaça iniciar uma guerra comercial retaliatória transatlântica.

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No Brasil, esse movimento foi impulsionado pela votação conturbada da reforma da Previdência no Senado e a decepção com a aprovação de um dos destaques do texto que reduziu em R$ 76,4 bilhões a economia esperada pelo governo com a reforma. A Bolsa paulista, B3, perdeu em um único dia quase todo o ganho acumulado ao longo do mês de setembro, quando fechou como o principal investimento do mês em rentabilidade. O Ibovespa encerrou o dia com queda de 2,90%, aos 101.031,44 pontos, a maior queda desde 14 de agosto, quando o índice de ações caiu 2,94%.

Em Nova York, o índice Dow Jones teve prejuízo de 1,86%, enquanto o S&P 500 perdeu 1,79%. Com o S&P 500 e o Dow Jones caindo abaixo de suas médias móveis de 100 dias pela primeira vez em cerca de um mês, muitos investidores acreditam significar que os índices tendem a cair ainda mais. Na Europa, o FTSE 100, principal indicador britânico, desabou 3,23%, a maior queda desde 2016, reflexo de dados econômicos modestos na Europa e do cenário de dificuldades para o Reino Unido conseguir um acordo no processo de saída da União Europeia (Brexit).

Os mercados chineses estão fechados pelo feriado para celebrar o 70.º aniversário da República Popular.

O Relatório Nacional de Emprego da ADP mostrou que o crescimento da geração de vagas no setor privado americano não teve desempenho tão forte quanto previamente esperado em agosto, afirmando que os "negócios se tornaram mais cautelosos em contratações", com pequenos empreendimentos "hesitantes".

Os dados reforçaram temores gerados na terça-feira, quando um relatório mostrou que a atividade industrial dos EUA contraiu para seu menor nível em mais de uma década em setembro. "Se a China compra menos produtos nossos, temos menos para fabricar e menos pedidos para cumprir. Esse dado está indicando que não estamos imunes à disputa comercial, ela está nos afetando tanto quanto à China", disse Sam Stovall, estrategista-chefe de investimentos da CFRA Research.

Ficou melhor

Na opinião dos analistas do mercado financeiro, o tombo do Ibovespa poderia ter sido pior não fosse a aprovação da reforma da Previdência em primeiro turno no Senado com a rejeição de cinco propostas de alterações - os chamados destaques - que poderiam reduzir a potência fiscal em até R$ 283 bilhões. No fim, a economia esperada com a versão aprovada em primeiro turno no Senado ficou em R$ 800,3 bilhões, mais de R$ 100 bilhões menor do que o previsto no texto que saiu da Câmara. "Essa economia menor já estava no preço. A escorregada na votação acabou acendendo um sinal de alerta e trazendo um componente a mais de volatilidade para o dia", afirma o sócio-gestor da RJI Gestão & Investimentos, Rafael Weber. "No fim das contas, de zero a dez, o exterior respondeu por sete do que a gente viu de volatilidade no Brasil", diz Rodrigo Franchini, sócio da gestora Monte Bravo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Donald Trump declarou neste domingo (25) que sua guerra comercial com a China não causa tensão na cúpula do G7, apesar das preocupações expressas por vários outros líderes.

O presidente dos Estados Unidos também afirmou em Biarritz (sudoeste da França) que não pretende tomar outras medidas contra Pequim neste momento.

"Eu acho que eles respeitam a guerra comercial. Ela deveria acontecer", disse Trump a repórteres antes de uma reunião com outros líderes do G7, incluindo Emmanuel Macron, Angela Merkel e Shinzo Abe.

Questionado sobre possíveis críticas de seus colegas sobre o assunto, ele insistiu: "não, de forma alguma. Eu não ouvi isso".

Muitos líderes expressaram preocupações sobre o impacto negativo deste conflito comercial sobre a economia global e os mercados. Como o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que declarou claramente a Donald Trump que é "a favor de uma paz comercial" e que "não gosta de impostos alfandegários".

Os mercados financeiros caíram após o anúncio de taxas adicionais americanas sobre um total de 550 bilhões de dólares em importações chinesas, em resposta a um novo aumento das tarifas chinesas.

O presidente americano admitiu ter algumas dúvidas sobre a conveniência de intensificar sua guerra comercial. Ele apontou que se absteria, no momento, de declarar um estado de emergência nacional que permitiria, segundo ele, ordenar que as empresas americanas deixem a China.

"Eu tenho o direito, se eu quiser. Posso declarar estado de emergência nacional. Mas não tenho essa intenção por enquanto", disse ele.

Em contrapartida, o republicano garantiu que está "muito perto" de concluir um "grande" acordo comercial com o Japão. Washington e Tóquio "trabalham nesse acordo há cinco meses", disse, antes de se reunir com Boris Johnson.

Na sexta-feira, Donald Trump ameaçou Pequim com medidas drásticas, tuitando que "as empresas americanas têm ordens para começar imediatamente a procurar uma alternativa à China".

Apesar de seus comentários mais sutis neste domingo, Trump defendeu sua estratégia em relação à China, a quem ele acusa de "roubo de propriedade intelectual da ordem de 300 a 500 bilhões de dólares por ano".

"Estamos perdendo um total de cerca de US$ 1 trilhão por ano. E, sob muitos aspectos, é uma emergência", disse ele.

Como vem dizendo há meses, o presidente americano reafirmou que a China acabará cedendo às demandas e mudando sua relação comercial com os Estados Unidos. "Estamos em discussões, eles querem um acordo tanto quanto nós", assegurou.

O secretário do Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, confirmou nesta segunda-feira (19) que o governo do país estenderá por 90 dias a licença para a Huawei comprar suprimentos de empresas americanas, como havia sido noticiado por meio de fontes no fim de semana.

Em entrevista à emissora Fox Business, Ross sustentou que as companhias dos EUA entendem os riscos à segurança das suas tecnologias de se fazer negócios com a Huawei, mas ponderou que "ninguém gosta de perder um bom cliente".

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Quando questionado sobre se espera algum efeito negativo sobre a economia americana a partir da entrada em vigor, em 1º de setembro, das tarifas de 10% sobre uma nova lista de importações chinesas, o membro o governo de Donald Trump buscou argumentar que, até agora, "não há base para dizer" que as cobranças adicionais já impostas tenham impactado o consumo no país.

Em relação aos temores mais difundidos na última semana de que uma reviravolta negativa na economia dos EUA possa estar mais próxima do que se pensava, Ross disse que "eventualmente haverá uma recessão, mas a inversão da curva de rendimentos (dos Treasuries) não é tão confiável como as pessoas pensam".

As manifestações em Hong Kong também foram trazidas à tona na entrevista, uma vez que o presidente Donald Trump já as vinculou ao andamento das negociações com a China de um acordo comercial. Para Ross, é "muito difícil" imaginar que Pequim use "força" contra manifestantes pacíficos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que não está pronto para fazer uma acordo com a China, mas que seu governo tem conversas "muito, muito substanciais" com o país asiático. "Os chineses querem fazer um acordo, vamos ver o que acontece", declarou o republicano a repórteres.

"A China precisa mais de um acordo do que os Estados Unidos", afirmou, acusando chineses de serem "muito orgulhosos enquanto sua economia está com problemas".

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Contudo, o líder da Casa Branca disse que a Huawei, gigante chinesa da área tecnológica, é uma empresa com a qual os americanos não devem fazer negócios, "por questões de segurança nacional".

Trump ressaltou que o presidente da China, Xi Jinping, tem capacidade para resolver o que chamou de "problema de Hong Kong" - referindo-se aos protestos na região, que se arrastam há meses -, mas ponderou que será "mais difícil" fazer um acordo comercial com o país asiático em caso de ação violenta sobre os manifestantes.

Economia dos EUA

O presidente americano não entende que os EUA terá uma recessão. "Nossa economia está indo melhor do que qualquer outra do planeta", afirmou.

A China revidou o ataque da semana passada do governo americano de Donald Trump com novas armas: política cambial e suspensão de compra de produtos agrícolas dos Estados Unidos. O Banco do Povo da China (PBoC), o banco central chinês, permitiu que a moeda perdesse valor e atingisse a barreira psicológica de sete yuans por dólar, valor que não era registrado desde 2008.

O temor de que a escalada da guerra comercial inclua também um embate cambial desestabilizou o mercado em todo o mundo. Em Nova York, os recuos nas Bolsas ficaram entre 2% e 3%. No Brasil, o Ibovespa (principal índice da Bolsa) caiu 2,51% e fechou a 100 mil pontos. Já o dólar avançou 1,66% e atingiu R$ 3,96 - a maior cotação desde 30 de maio.

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Na quinta-feira passada, o presidente americano, Donald Trump, anunciou a imposição de uma tarifa de 10% sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses, fazendo com que quase todas as mercadorias da China exportadas para os EUA sejam taxadas. Tanto na quinta quanto ontem, Trump criticou Pequim por desvalorizar sua moeda artificialmente para tornar os produtos chineses mais baratos, alavancando as exportações.

O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, designou a China como "manipuladora cambial" e anunciou que vai se reunir com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para "eliminar a vantagem competitiva injusta criada pelas ações mais recentes da China".

No início da manhã de terça-feira (horário da China), 6, o Ministério do Comércio chinês afirmou em nota que as medidas de Trump "são uma séria violação do encontro entre os chefes de Estado da China e dos Estados Unidos" na cúpula do G-20, no fim de junho.

O banco chinês afirmou que a taxa de câmbio está em "nível apropriado" e que não usará o câmbio como ferramenta para lidar com disputas comerciais, em meio à tensão recente no comércio entre as duas potências.

Para economistas, o aumento das tensões entre os dois países indica que as negociações estão longe de ser concluídas - ao contrário do que muitos pensavam - e que o freio na economia global vai ser ainda mais forte. No fim de julho, o FMI já havia reduzido a previsão de crescimento para este ano de 3,3% para 3,2%. No ano passado, a economia global registrou expansão de 3,6%.

"No curto prazo, haverá uma desaceleração da economia adicional", diz Livio Ribeiro, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV). "O que estamos vendo não é apenas uma guerra comercial, mas uma discussão geopolítica de quem vai dominar o mundo nos próximos 50 anos. Talvez estejamos em uma nova guerra fria", acrescentou.

Ribeiro destacou que ainda é cedo para saber se as medidas chinesas são um evento isolado ou uma mudança no tom das respostas que o país vinha adotando, sempre mais moderadas quando comparadas com as americanas.

Impacto. Além de frear a economia global, a escalada da guerra traz uma preocupação extra para os países emergentes como o Brasil. Deve haver uma onda de aversão ao risco, fazendo com que investidores deixem os emergentes para apostar em países tidos como mais seguros. Segundo o economista-chefe do Modalmais, Álvaro Bandeira, nesse caso, o câmbio sofreria mais do que a Bolsa, dado que os investidores estrangeiros têm pouca presença no mercado acionário brasileiro.

Bandeira diz ainda que o fato de o Brasil estar avançando na agenda de reformas não o protege do cenário internacional. "Não dá para fugir (de uma desaceleração global) e pensar que vamos voltar em 2008, quando todos recuaram e o Brasil, não."

Economista-chefe da Rio Bravo Investimentos, Evandro Buccini afirma que o Brasil poderá, novamente, ampliar as exportações de produtos agrícolas para a China, mas, o impacto negativo com a desaceleração do comércio internacional será predominante.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após reunião neste sábado, 29, que durou aproximadamente duas horas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, anunciaram uma nova trégua na guerra comercial travada entre as duas maiores economias do mundo e apontaram pela continuidade das negociações comerciais entre os dois países.

"As negociações estão de volta aos trilhos. Tivemos uma reunião muito boa com o presidente Xi. Eu diria excelente até", disse Trump a repórteres após o encontro com o líder chinês, que ocorreu em Osaka, Japão, às margens da reunião de cúpula do G-20.

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Os EUA ameaçavam impor tarifas de 25% sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses que ainda não sofriam com barreiras comerciais. Caso as tarifas fossem impostas, praticamente todos os bens chineses importados pelos EUA seriam sobretarifados.

De acordo com a agência de notícias chinesa Xinhua, Trump concordou em não impor as tarifas adicionais e os dois lados se mostraram dispostos em reiniciar as negociações comerciais com base na "igualdade e respeito".

Além da retomada das conversas, Trump disse ter permitido que a gigante chinesa de telecomunicações Huawei pudesse voltar a comprar produtos americanos. De acordo com ele, as questões relativos à empresa serão resolvidas no fim das negociações comerciais. Em troca da trégua tarifária e das concessões à Huawei, Trump disse que os chineses comprarão ainda mais produtos agrícolas americanos. "Eles vão comprar tremendas quantidades de alimentos", disse o americano.

Quanto às novas negociações, o presidente dos EUA disse que o trabalho com a China começará "de onde paramos" com a finalidade de que um acordo entre as duas partes seja alcançado.

Nota

O comunicado final da reunião de cúpula do G-20 reconheceu a intensificação das tensões geopolíticas e comerciais e apontou que essas questões são riscos à expansão da economia mundial.

"O crescimento global parece estar se estabilizando e, em geral, prevê-se uma recuperação moderada no fim deste ano e ao longo de 2020. No entanto, o crescimento permanece baixo e os riscos estão inclinados para o lado negativo", diz o texto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma das mais importantes figuras da China nas finanças globais afirmou que o governo da nação asiática deveria pressionar os Estados Unidos a encerrar a disputa tarifária contendo exportações de produtos necessários para empresas americanas, segundo reportagens de hoje. As declarações foram dadas por Lou Jiwei, ex-ministro das Finanças e atual presidente do fundo soberano da China.

Também nesta segunda-feira, um jornal estatal afirmou que a China deveria adotar medidas mais agressivas contra os americanos. Pequim avalia o convite da semana passada de Washington para retomar o diálogo e evitar novas tarifas. Os EUA reclamam que a política tecnológica da China viola compromissos de abertura de mercado e pode prejudicar a liderança americana no setor. Ao mesmo tempo, o presidente americano, Donald Trump, decide se leva adiante uma ameaça de impor tarifas sobre mais US$ 200 bilhões em produtos chineses.

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Falando domingo em um fórum econômico, Lou disse que Pequim deveria prejudicar cadeias de produção de companhias americanas que dependem de produtos de baixo custo ou de componentes do setor manufatureiro chinês, de acordo com o site Sina.com. Segundo ele, isso levaria os EUA a negociarem seriamente. Atualmente, Lou comanda o Fundo Nacional de Seguridade Social da China, de 1,9 trilhão de yuans (US$ 290 bilhões).

O estatal Global Times, por sua vez, advertiu que a China vê a disputa em tecnologia como uma batalha prolongada. "A China escolherá o meio mais favorável e poderoso para contra-atacar", afirmou o jornal. Fonte: Associated Press.

Apesar das altas registradas neste ano na exportação de produtos brasileiros para China e EUA, mesmo os setores beneficiados criticam a guerra comercial entre os dois países por aumentar as incertezas no mercado. Ainda que identifiquem oportunidades, representantes dos exportadores e do governo são unânimes em dizer que preferem o comércio livre e que a disputa pode prejudicar as vendas brasileiras no futuro.

"No saldo líquido, o aumento de tensão comercial é negativo para o Brasil. Compromete o sistema multilateral de comércio, afeta a previsibilidade e a segurança jurídica e pode levar à redução do crescimento do comércio e da economia mundiais. Pode ter uma oportunidade em um ou outro setor, mas são pontuais", disse o secretário de Comércio Exterior do Mdic, Abrão Neto.

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A avaliação é de que, ao mesmo tempo que pode ganhar mercados na China e nos EUA, o Brasil também pode acabar perdendo espaço para concorrentes chineses e americanos em outros países. "Não estamos otimistas em relação à guerra comercial. Há um excesso de produção hoje e muitos países com medidas protecionistas. Temos uma grande preocupação de que o Brasil se transforme no lixo do resto do mundo", afirma o presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo Lopes.

O temor é compartilhado com outros setores. "Seria uma ótima oportunidade , mas o Brasil tem condições para competir mesmo sem a guerra comercial", ponderou o diretor geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais, Sérgio Mendes. Segundo Ricardo Santin, da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), mesmo com os ganhos em curto prazo, o setor não aprova a escalada protecionista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Conforme prometido, os Estados Unidos impuseram tarifas de 25% sobre mais US$ 16 bilhões em produtos chineses nesta quinta-feira, 23. O movimento foi confirmado em meio às negociações comerciais entre os dois países, em Washington. Logo em seguida, Pequim respondeu impondo sobretaxação a produtos americanos na mesma intensidade.

Automóveis dos EUA e maquinário industrial e componentes eletrônicos chineses estão entre os itens atingidos pelas novas taxas, que ocorrem após o aumento realizado em julho, que atingiu US$ 34 bilhões em importações.

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O governo chinês afirmou que o aumento por parte dos americanos viola as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Por isso, a China vai recorrer ao mecanismo de solução de controvérsias na entidade para defender seus interesses e as regras multilaterais do comércio.

Sem nenhum acordo à vista, economistas alertam que o conflito pode se espalhar e reduzir em 0,5 ponto porcentual o crescimento econômico global até 2020.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira que, ao contrário de relatos da mídia americana, ele não tem planos de tirar o país da Organização Mundial do Comércio (OMC).

"Isso não significa que nós não tenhamos sido tratado tão mal nos últimos anos", declarou. "Nós precisamos ser tratados de forma mais justa na questão comercial."

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Trump disse ainda que pretende entrevistar no final de semana no resort que ele tem em Bedminster, Nova Jersey, "um ou dois candidatos" para substituir Anthony Kennedy na Suprema Corte americana.

Segundo Trump, a lista completa dele tem cinco nomes, dos quais dois são de mulheres. Fonte: Dow Jones Newswires.

A China endureceu o tom e admitiu pela primeira vez de maneira oficial que está em "guerra comercial" com os Estados Unidos. Em comunicado no qual critica a nova ameaça de barreira feita pelo governo americano, o Ministério do Comércio chinês afirmou que Pequim terá de adotar "medidas abrangentes" se Washington prosseguir com o plano de tarifar em 10% o montante de até US$ 400 bilhões de mercadorias compradas do país.

Para a China, as "medidas abrangentes vão combinar quantidade e qualidade para se chegar a uma forte contramedida". "Os Estados Unidos violaram as leis do mercado, não entenderam a lógica de desenvolvimento do mundo, prejudicam empresas e a população não apenas de ambos os países como do mundo todo", afirmou nota do Ministério do Comércio da China.

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No texto, publicado em seu site, a autoridade comercial chinesa disse que o país vai continuar o ritmo estabelecido das reformas e da abertura, "independente de mudanças do cenário externo".

A escalada da tensão comercial entre Estados Unidos e China teve início na sexta-feira, quando Washington publicou a lista de produtos chineses que seriam alvo de tarifação de 25%. Parte da barreira sobre US$ 50 bilhões em produtos passa a valer a partir de 6 de julho. Pequim respondeu em igual medida, abarcando mercadorias como a soja e produtos automotivos.

Em reação, o presidente americano, Donald Trump, ordenou nesta segunda-feira uma investigação contra US$ 200 bilhões de produtos comprados da China, que podem ser alvo de tarifação adicional de 10%. Adiantando-se à retaliação de Pequim, o republicano disse que o volume em mercadorias pode ser elevado para US$ 400 bilhões.

A China demonstrou vontade de negociar com Washington, depois que o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, confirmou que está considerando uma viagem à China para discutir a crescente luta comercial entre os países.

O Ministério do Comércio da China, em uma declaração concisa, disse no domingo que Pequim recebeu a mensagem sobre o interesse dos EUA em chegar a Pequim para discutir questões econômicas e comerciais. A declaração, citando um porta-voz não identificado, disse: "A China recebe bem essa iniciativa".

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A manifestação ocorreu após as declarações de Mnuchin no sábado em Washington de que uma viagem à China está "sob consideração". Mnuchin, que não quis comentar sobre o momento da viagem, também disse estar "cautelosamente otimista" em relação a um acordo com Pequim. Um eventual acordo pode reduzir as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

O recomeço das negociações formais entre Washington e Pequim pode sinalizar um degelo em um impasse comercial que fez com que os dois lados reduzissem as tarifas de alguns bens. As tensões entre os governos já afetaram grandes empresas de tecnologia de ambos os lados.

No início deste mês, o anúncio do presidente Donald Trump de que estava considerando ampliar o escopo das penalidades para incluir mais US$ 100 bilhões em produtos chineses causou uma resposta veemente do Ministério do Comércio da China, que se recusou a negociar enquanto os EUA aumentassem a pressão sobre o comércio do país.

Os Estados Unidos esperavam que os grupos empresariais americanos liberassem agora os itens a serem atingidos pelas tarifas e vários lobistas de Washington com fortes laços com o governo disseram que a lista está em grande parte concluída. Atrasar a publicação da lista pode se tornar uma maneira de sinalizar a Pequim que os EUA estão interessados em negociações - e como forma de encorajar Pequim a manter a pressão sobre a Coréia do Norte sobre as armas nucleares.

"A China tem sido muito útil nas sanções com a gente", disse Mnuchin.

Mas está longe de estar claro quanto tempo a administração Trump continuará a ser restrita quanto às tarifas. O representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, que é responsável pelas tarifas, tem passado a maior parte do tempo ultimamente tentando obter um acordo preliminar sobre o Acordo de Livre Comércio da América do Norte. Esses esforços continuarão na próxima semana.

A China começou a negociar silenciosamente a abertura do mercado a produtos dos Estados Unidos, após uma semana de trocas de tarifação de importações de ambos os lados, segundo relataram fontes ligadas ao assunto à Dow Jones Newswires.

As conversações, que abrangem amplos segmentos, incluindo serviços financeiros e manufatura, estão sendo lideradas pelo economista Liu He, recém eleito vice-premiê chinês, pelo secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e pelo representante comercial americano, Robert Lighthizer.

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No final da semana passada, em uma carta assinada por Mnuchin e Lighthizer e endereçada a Liu, o governo Trump definiu pedidos específicos que incluem uma redução das tarifas chinesas sobre os automóveis americanos, mais compras chinesas de semicondutores americanos e maior acesso ao setor financeiro da China.

De acordo com as fontes, Mnuchin está considerando uma viagem a Pequim para prosseguir as negociações.

Um porta-voz do Tesouro reconheceu que houve contatos entre Mnuchin e Liu, mas sem dar mais detalhes. "O secretário Mnuchin ligou para Liu He para parabenizá-lo pelo anúncio oficial de seu novo cargo. Eles também discutiram o déficit comercial entre os dois países e se comprometeram a continuar o diálogo para encontrar uma maneira de reduzi-lo", afirmou o representante do Tesouro.

As discussões nos bastidores podem ser um alívio para os temores de guerra comercial que inundaram os mercados internacionais na semana passada. O anúncio de tarifação de importações aos EUA de produtos eletroeletrônicos chinesa - e a imediata retaliação de Pequim - levou os preços das ações dos EUA a um declínio acentuado. Fonte: Dow Jones Newswires.

O ministro de Economia da Alemanha, Peter Altmaier, iniciou uma viagem para Washington com a mensagem de que as tarifas dos Estados Unidos sobre as importações americanas de aço e de alumínio europeus podem levar a uma guerra comercial, o que não seria do interesse de ninguém.

Antes de deixar o território alemão neste domingo, o ministro disse à rede de TV ARD que queria evitar uma "espiral" de medidas e contramedidas. "Eu não quero que uma guerra comercial se desenvolva entre a Europa e os EUA", disse.

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A União Europeia já publicou uma lista de produtos americanos que planeja tributar caso o bloco não esteja isento das tarifas anunciadas pelo presidente americano, Donald Trump. A UE diz que segue práticas justas de comércio e o problema é com a superprodução da China.

Altmaier comentou que a Alemanha e os EUA devem ser capazes de produzir aço de forma competitiva, sem que outros o vendam em "preços de dumping". Fonte: Associated Press.

O governo alemão teme que a imposição de tarifas à Europa para importação de produtos solares da China se transforme em uma guerra comercial, de acordo com a revista alemã Spiegel, em um artigo que cita uma fonte próxima ao governo.

Segundo a revista, a chanceler Angela Merkel e seus ministros estão tratando do assunto. Um funcionário do ministério de economia afirmou que um dos receios é que de China estenda as tarifas a outros bens.

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Porta-vozes do governo não responderam imediatamente aos pedidos de entrevista. As informações são da Dow Jones.

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