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O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou pelo Twitter que apoia a postura do Grupo de Lima de buscar uma solução pacífica para a crise na Venezuela.

"Saudamos que os países do chamado Grupo de Lima rejeitem a intervenção militar na Venezuela. Como irmãos latino-americanos, devemos encontrar a solução para nossos assuntos sempre a partir do diálogo com respeito à vida. A América Latina é uma zona de paz com dignidade e soberania", escreveu ele, neste sábado, em sua rede social.

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Após reunião nesta sexta-feira (03), o Grupo divulgou nota pedindo reunião com a União Europeia, o Uruguai, o México, e a Bolívia. O Grupo também defendeu a inclusão de Cuba nas negociações.

Apesar de o governo dos Estados Unidos afirmar que não descarta ações militares, os países latino-americanos ainda não se mostraram dispostos a apoiar uma intervenção na Venezuela.

O Grupo de Lima pediu nesta segunda-feira à comunidade internacional que siga impondo sanções contra o governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ao mesmo tempo em que pediu a China, Cuba, Rússia e Turquia o apoio a um processo de transição no país sul-americano, após considerar que o apoio dessas nações a Maduro tem um impacto negativo na região.

Horas antes da divulgação de uma declaração de 17 pontos - firmada por Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai e Peru -, o governo canadense anunciou a imposição de mais sanções contra o governo do presidente Maduro, que considera "ilegítimo". A ministra das Relações Exteriores canadense, Chrystia Freeland, afirmou que as sanções afetam 43 altos funcionários venezuelanos, entre eles governadores regionais, por estar implicados no enfraquecimento das instituições democráticas. O Canadá já havia imposto sanções contra outras 70 pessoas ligadas ao governo do líder socialista. As sanções incluem o congelamento de ativos e a proibição de que canadenses possam realizar qualquer transação financeira com essas pessoas.

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Em seu comunicado, o Grupo de Lima ainda pediu que o chamado Grupo de Contato - formado por países europeus e alguns latino-americanos, como México, Uruguai e Bolívia, além de outros membros da comunidade internacional - concorde em agir para "exigir o fim da usurpação e a celebração de eleições livres, justas e transparentes, com acompanhamento e observação internacional".

O Grupo de Lima reiterou seu reconhecimento e apoio ao oposicionista Juan Guaidó como líder legítimo do país. O encontro do grupo ocorreu 48 horas após um giro do secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, por Chile, Paraguai, Peru e Colômbia, com o quadro na Venezuela em pauta.

A próxima reunião do Grupo de Lima deve ocorrer na Guatemala, em data ainda a definir. Fonte: Associated Press.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, iniciou, nesta sexta-feira (4), a sua participação na reunião de chanceleres do Grupo de Lima para discutir a situação na Venezuela. É o primeiro teste da nova diplomacia brasileira adotada pelo presidente Jair Bolsonaro, mais crítica ao regime de Nicolás Maduro e alinhada ao pensamento do presidente americano Donald Trump.

Antes da reunião, Araújo participou de uma reunião na residência do embaixador chileno em Lima que reuniu com outros cinco ministros das Relações Exteriores do continente. Segundo a reportagem apurou, foi discutida a situação da Nicarágua e tudo relacionado à Unasul. O Grupo de Lima se encontra no Palácio de Tagle, em Lima. Ao todo, se reúnam chanceleres e representantes dos quatorze países do continente que compõem o Grupo Lima, incluindo Argentina, Colômbia, Chile e México.

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"Nós admiramos aqueles que lutam contra a tirania da Venezuela e de outros lugares", disse Araújo ao tomar posse como chanceler na quarta-feira.

Maduro será reconduzido ao cargo de presidente da Venezuela em 10 de janeiro depois de vencer as últimas eleições. O encontro acontece no momento em que chanceleres da América Latina discutem a crise política, econômica e humanitária que a Venezuela enfrenta. Araújo atribui a crise à ruptura da ordem democrática naquele país.

Além disso, prevê-se a discussão de medidas de coordenação regionais para tentar restaurar a democracia na Venezuela, segundo uma fonte da embaixada brasileira. E, também, para tratar a onda migratória de cidadãos venezuelanos a outros países da região.

Espera-se que os ministros das Relações Exteriores e representantes dos países do Grupo de Lima emitiram uma declaração conjunta após o encontro.

Grupo de Lima

O Grupo Lima, criado por iniciativa peruana é composta por Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia.

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