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A vitamina D pode proteger contra resfriados, gripes e outras infecções respiratórias, aponta um estudo publicado nesta quinta-feira (16), que reabre o debate sobre a utilidade dos suplementos nutricionais.

Um estudo sobre 25 testes clínicos realizados em 14 países, alguns dos quais apontaram resultados contraditórios, descobriu "a primeira prova definitiva" da relação entre a vitamina D e a prevenção da gripe, afirmaram pesquisadores na revista British Medical Journal (BMJ).

Os efeitos são maiores nas pessoas que têm baixos níveis deste nutriente, que se encontra em alguns alimentos e é absorvido pelo corpo quando a pele se expõe à luz ultravioleta.

Muita gente, principalmente de países com climas frios e nublados, não tem vitamina D suficiente.

Durante anos, os estudos científicos defenderam conclusões opostas sobre este tema. Alguns deles demonstram que as pessoas com níveis baixos desta vitamina têm mais risco de sofrer fraturas ósseas, doenças cardíacas, câncer de cólon, diabetes, depressão ou Alzheimer. Para outros, não existe uma prova que corrobore este risco.

Este novo estudo, realizado pelos pesquisadores da Universidade Queen Mary de Londres com base em uma amostra gigantesca com 11.000 participantes, esclarece por que os suplementos parecem funcionar em alguns testes e não em outros.

"A conclusão é que os efeitos protetores dos suplementos de vitamina D são mais fortes nas pessoas que têm níveis mais baixos de vitamina D, e também quando o suplemento é fornecido diariamente ou a cada semana, mais que em doses espaçadas", disse o diretor da pesquisa, Adrian Martineau, em um comunicado.

- Uma hipótese -

A vitamina D protege contra infecções respiratórias, incluindo a bronquite e a pneumonia, ao aumentar os níveis de peptídeos antibióticos nos pulmões, segundo os cientistas.

Isto coincide com a observação de que resfriados e gripes são mais comuns no inverno e na primavera, quando os níveis de vitamina D são mais baixos.

Também explica por que a vitamina D protege contra os ataques de asma, acrescentaram.

Em um editorial publicado com o estudo, os especialistas Mark Bolland e Alison Avenell afirmam que as conclusões devem ser consideradas como uma hipótese que requer uma confirmação científica.

Louis Levy, chefe de ciência nutricional do Public Health England (PHE), uma agência do serviço nacional de saúde britânico, compartilha a cautela da equipe de pesquisa.

"Este estudo não fornece provas suficientes para aconselhar a vitamina D como redutora do risco de infecções respiratórias", afirmou.

Outros especialistas são, no entanto, mais otimistas. O caso dos suplementos de vitamina D, ou outros complementos nutricionais, "agora é indiscutível", concluiu Benjamin Jacobs, do Royal National Orthopaedic Hospital.

Em todo o Brasil, a Campanha de Vacinação Contra a Influenza tem início nesta segunda-feira (24). Em Pernambuco, mais de 2 milhões de pessoas devem ser imunizadas contra os três tipos da doença. O medicamento é direcionado a crianças de 6 meses a 5 anos, idosos, gestantes, população do sistema prisional, funcionários de saúde, pacientes de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, como diabetes. 

Contraindicações existem apenas para aqueles alérgicos a ovo e que tenha hipersensibilidade a algum dos componentes da vacina. Pessoas com febre moderada ou alta devem esperar melhorar o quadro clínico para receber a dose. Mais de 10 mil pontos de vacinação estarão mobilizados em Pernambuco, entre unidades de saúde e postos móveis. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), a expectativa é imunizar, ao menos, 80% do público contra três vírus da Influenza (dois da sazonal – gripes comuns – e o da H1N1). 

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No ano passado, a campanha imunizou 1,7 milhão de pernambucanos, cerca de 91% do público estimado. A vacina tem durabilidade de aproximadamente um ano; portanto é necessário, mesmo para quem já tomou na campanha passada, receber a dose neste novo período de imunização. “A imunização contribui para prevenção da gripe nos grupos vacinados e isso tem um importante impacto na redução de internações hospitalares, gastos com medicamentos para tratamento de infecções secundárias e na diminuição dos casos de morte”, explica a coordenadora do Programa Estadual de Imunização (PEI) da SES, Ana Catarina de Melo.

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