Tópicos | Greenwald

Em comentário veiculado ao vivo pela Globo News, a jornalista Thaís Oyama disse que o norte-americano Glenn Greenwald não “é jornalista”. A comunicadora deu opinião durante fala sobre a suposta censura de uma reportagem desfavorável a Joe Biden que teria motivado o vencedor do Prêmio Pulitzer - o mais relevante reconhecimento na área do jornalismo - a deixar o The Intercept, do qual é fundador. Em suas redes sociais, Greenwald questionou: “Quem é ela para decretar que não é um jornalista (sic)?”.

“Incrível: Thaís Oyama se acha a sumo sacerdote do jornalismo, que decreta quem é e quem não é jornalista. Vou perguntar de novo: quais são as grandes conquistas desse Jovem Pan comentarista que a convenceu de que decide isso?”, publicou Gleenwald.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Em sua fala, Oyama também julgou que Greenwald brigou pela reportagem para favorecer o presidente norte-americano Donald Trump. “Eu tenho muitas reservas em relação a esse senhor Glenn Greenwald, inclusive pelo fato de ele se identificar como jornalista, jornalista ele não é. Ele gosta de ser visto como militante da esquerda, mas também há dúvidas sobre isso. [...] Agora ele diz que brigou com o Intercept porque não deixaram ele publicar uma reportagem contra Biden e se era contra Biden, favoreceria o Trump. Não é a primeira vez que ele funciona como aliado de Trump”, comentou Oyama.

O jornalista norte-americano Glenn Greenwald participa de audiência na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados a partir das 15h desta terça-feira (25).

Greenwald é editor do site The Intercept e o responsável pelo vazamento da troca de mensagens entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e procuradores da Operação Lava Jato.

##RECOMENDA##

O debate desta terça foi proposto pelos deputados Camilo Capiberibe (PSB), Carlos Veras (PT), Márcio Jerry (PCdoB) e Túlio Gadelha (PDT). O encontro acontecerá no plenário 10 da Câmara.

De acordo com os parlamentares, as reportagens assinadas pelo jornalista, "jogam dúvidas contundentes sobre a imparcialidade na atuação do Juiz Sérgio Moro e de outros juízes e procuradores".

Advogados do parceiro do jornalista norte-americano Glenn Greenwald contestaram na corte suprema britânica nesta quarta-feira a legalidade de sua recente detenção no aeroporto de Heathrow, em Londres, com o argumento de que o uso pela polícia de poderes de combate ao terrorismo violou os direitos fundamentais de seu cliente.

Greenwald, ex-repórter do jornal britânico Guardian, escreveu este ano uma série de matérias sobre atos de espionagem pela Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês), dos EUA, com base em informações vazadas pelo ex-funcionário terceirizado Edward Snowden.

##RECOMENDA##

Em agosto, o parceiro de Greenwald, David Miranda, um universitário brasileiro de 28 anos, foi detido e questionado no Heathrow por quase nove horas por supostos crimes terroristas. Na ocasião, Miranda viajava para o Brasil após visitar a Alemanha, onde havia se encontrado com Laura Poitras, uma cinegrafista norte-americana que trabalhou com Greenwald nas matéria sobre a NSA. Fonte: Associated Press.

O governo do Brasil espera resposta de um ofício enviado nesta terça-feira, 20, à administração britânica que cobra a devolução do material do brasileiro David Miranda, apreendido quando o companheiro do jornalista Glenn Greenwald, do jornal The Guardian, foi detido no aeroporto de Heathrown, em Londres. Nesta terça-feira, o ministro das Relações Exteriores do País, Antônio Patriota, afirmou que, apesar do "forte repúdio" do Poder Executivo nacional à detenção de Miranda, não deve haver retaliações.

"Nossa expectativa é de que tenha sido um fato isolado, que não volte a se repetir", afirmou Patriota, para quem então não seriam necessárias medidas contrárias à Grã-Bretanha. A relação entre as duas nações, no entanto, passou por um momento complicado. O ministro das Relações Exteriores do Brasil deixou claro que o País acha que a Inglaterra perdeu espaço para fazer críticas sobre Direitos Humanos e liberdade de imprensa.

##RECOMENDA##

"Comentei (com o chanceler britânico William Hague) que é um tipo de atitude contraproducente até contra o alegado objeto que é o combate ao terrorismo e que não contribui para uma ação internacional coordenada", disse nesta terça Patriota. "Também comentei que no Brasil há um compromisso muito forte com os direitos civis e liberdades individuais e que isso não pode ser subestimado."

Miranda foi detido por nove horas em Londres com base na lei antiterrorismo britânica. Foi solto sem nenhuma acusação formal, mas a polícia reteve computadores, pen drives, hard drives, um smartphone e até um console de jogos eletrônicos que ele levava. A prisão foi considerada pelo jornal pelo Palácio Itamaraty como uma tentativa de pressão sobre Greenwald, que revelou a espionagem dos Estados Unidos sobre as comunicações de todo o mundo.

Os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, e do Reino Unido, William Hague, conversaram por telefone nesta segunda-feira à tarde sobre a detenção do brasileiro David Miranda no aeroporto de Heathrow, em Londres, durante nove horas. Patriota e Hague decidiram que representantes dos dois países permanecerão em contato na busca de uma solução para o impasse sobre o episódio. Miranda é companheiro do jornalista Glenn Greenwald, do diário inglês The Guardian, que divulgou informações sobre o esquema de espionagem do governo norte-americano.

De manhã, quando esteve no Rio, Patriota disse que a detenção de Miranda não se justifica. "Espero que não volte a acontecer", afirmou o chanceler.

##RECOMENDA##

"Continuamos a assistir a alguns desmandos e desvios nessa questão do combate ao terrorismo. Reconhecemos que é um combate legítimo, que precisa ser articulado de forma a impedir que vidas inocentes sucumbam a atos de violência gratuita, mas também precisa se inspirar nos ideais de multilateralismo, direito internacional e racionalidade", afirmou Patriota em discurso.

Entre os exemplos dos "desmandos e desvios" no combate ao terrorismo ele citou o enquadramento de pessoas, mesmo sem nenhuma justificativa para a suspeita de envolvimento delas com o terrorismo.

Pelo Twitter, o Ministério das Relações Exteriores também criticou a ação da polícia britânica. "Consideramos que não é justificável detenção com base em lei que se aplica a suspeitos de terrorismo", afirmou uma mensagem oficial.

Embaixada britânica

Em comunicado de dois parágrafos, a embaixada britânica em Brasília informou sobre a conversa entre os ministros, mas ressaltou que o assunto está sob responsabilidade da polícia londrina. "O ministro das Relações Exteriores britânico teve uma conversa particular com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, sobre a detenção de David Miranda. (...) Eles concordaram que representantes dos governos brasileiro e britânico permanecerão em contato sobre o assunto. Esta continua sendo uma questão operacional da Polícia Metropolitana de Londres", diz a nota.

A embaixada reiterou que as relações com o Brasil são intensas e de estreita parceria. "O Reino Unido e o Brasil têm uma forte relação bilateral. Nós trabalhamos em estreita parceria em diversas áreas, incluindo comércio e investimento, educação e energia. Continuamos a discutir uma vasta gama de questões de importância mútua para a política externa e para a agenda de segurança internacional", disse o embaixador britânico, Alex Ellis.

O brasileiro David Miranda, de 28 anos, desembarcou no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio, na manhã desta segunda-feira, 19, após ficar detido por quase nove horas neste domingo, 18, por oficiais da Scotland Yard no aeroporto de Heathrow, em Londres, na Inglaterra. Ele é companheiro de Glenn Greenwald, jornalista norte-americano radicado no Rio, que revelou em reportagens no jornal britânico The Guardian os métodos utilizados pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) para espionagem de cidadãos e governos de vários países, entre eles o Brasil.

As informações foram vazadas para Greenwald por Edward Snowden, ex-agente da Agência Central de Inteligência americana (CIA, na sigla em inglês), atualmente radicado na Rússia. "Eu fiquei numa sala, tiveram seis agentes diferentes, entrando e saindo, falando comigo. Fizeram perguntas sobre a minha vida inteira, sobre tudo, levaram o meu computador, videogame, celular, meus memory cards, tudo", contou Miranda à TV Globo, após desembarcar no Rio.

##RECOMENDA##

Miranda foi detido com base no artigo 7 da Lei Antiterrorismo britânica, de 2000, que permite a interceptação de indivíduos, pesquisa e aplicação de interrogatório em aeroportos, portos e áreas de fronteira. O brasileiro chegou ao aeroporto de Heathrow após sair de Berlim. Na Alemanha, ele havia se encontrado com a documentarista Laura Poitras, para dar prosseguimento ao documentário que Glenn Greenwald está fazendo sobre as informações da NSA. Na volta da Alemanha, ele faria uma escala de apenas duas horas em Londres.

Por volta das 8h30 de domingo (horário de Londres), Miranda foi informado de que passaria por um interrogatório. Sem qualquer acusação contra ele, foi liberado somente às 17h. Após se encontrar com o companheiro no aeroporto do Rio, Greenwald disse que a detenção de Miranda foi uma tentativa de intimidá-lo. "Agora vou ser mais radical com minhas reportagens no The Guardian. Tudo isso foi uma tentativa clara de intimidação."

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando