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De olho no Governo de Pernambuco e na Presidência da República em 2018, o PSOL iniciou uma série de críticas à forma com que o PT vem conduzindo a esquerda e tem se colocado como uma “alternativa” aos petistas para o próximo pleito. Entretanto, a tese de que o PT seja adversário real do PSOL não é comungada por todos os membros do partido. Para o ex-deputado federal Paulo Rubem (PSOL), as críticas são legítimas, mas os principais antagonistas da legenda na conjuntura política atual são “a crise econômica, o patronato e os governantes que subtraem direitos da população”. 

“As críticas ao PT são parte de uma avaliação de críticas ao processo político. Na minha avaliação o PT não é o adversário principal do PSOL. Os próprios petistas que são mais independentes estão fazendo críticas ao PT. É preciso questionar o que foi feito ou não. O PT vai ter seu candidato, é legítimo e natural, mas não é o adversário principal do PSOL. O adversário do PSOL é a crise, o patronato, os dirigentes que subtraem direitos”, argumentou em conversa com o LeiaJá

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Indagado se a direção do PSOL em Pernambuco chegou a cogitar uma aliança com o PT  para a disputa, Rubem negou. “Não tem nenhuma aliança prevista. Há conversas frequentes dentro de uma conjuntura única para atos da Frente Povo Sem Medo e Brasil Popular, por exemplo, mas como o PT esta construindo uma candidatura própria à Presidência e ao Governo do Estado, certamente estaremos em palanques distintos”, frisou. 

Segundo o ex-deputado, o PSOL vê como “fundamental” ter chapas para a majoritária estadual e nacional em 2018. “Para o PSOL é fundamental uma candidatura ao Governo e a Presidência. Estou defendendo que a gente já inicie as caravanas no estado e no país porque não é um ano eleitoral e tira um pouco a disputa pelo voto, passa a ser uma disputa por idéias”, observou. 

“Os encontros vão trazer a possibilidade de a gente construir diretrizes para o programa que vamos propor a outros partidos e setores da sociedade. Estou vendo isto de forma muito promissora”, acrescentou.

O psolista também não poupou críticas a atuação do Governo do Estado. “Temos muitas questões e problemas a abordar. Pernambuco, por exemplo, vive a questão da seca e das enchentes. A consequência das enchentes é um puro e simples descaso. É o abandono de políticas públicas. É uma incompetência monstruosa”, disparou.

Já quanto ao cargo que pretende disputar, Paulo Rubem, que em 2014 foi candidato a vice-governador na chapa do senador Armando Monteiro (PTB) disse que está aguardando a conclusão da reforma política para definir. A expectativa é de que ele seja candidato a deputado federal. 

“Em 2018 a prioridade é aumentar a bancada. Há uma possibilidade de que partidos de outros partidos migrem para o PSOL, do PT e da Rede. Queremos dobrar a bancada federal, afinal uma bancada que tenha lastro faz um estrago”, concluiu.

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