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O governo federal está conduzindo um acordo entre empresários do setor hoteleiro e a FIFA para tentar conter as tarifas abusivas durante a Copa do Mundo. Quem fez uma pesquisa de preço antes de confirmar a reserva para a Copa das Confederações pôde sentir o peso que os eventos esportivos trazem na cobrança das diárias.

Das seis cidades que irão receber os jogos da Copa das Confederações, Brasília é a que tem as tarifas mais caras. De acordo com um levantamento preliminar feito pela Embratur, a diária custa em média R$ 485. Como muitos hotéis no centro da cidade e próximos ao Estádio Nacional Mané Garrincha não têm mais vagas, os estabelecimentos com leitos disponíveis acabam aumentando os preços. Em alguns hotéis, a diária de um quarto duplo chega a R$ 750, além dos 10% da taxa de serviço.

No geral, todas as cidades terão um aumento no valor das tarifas durante o período das competições. O que até é aceitável para o Ministério do Turismo, já que os empresários têm contratado mais funcionários e aprimorado o serviço para agradar aos turistas. No entanto, abusos preocupam o governo federal porque mancham a imagem do Brasil e causam reclamações dos visitantes, assim como ocorreu durante a Rio+20, realiado no Rio de Janeiro, no ano passado.

Num acordo firmado nesta semana, ficou definido que as tarifas da Match Services, empresa oficial da FIFA para assuntos relacionados a acomodações nos campeonatos mundiais de futebol, servirão de base para o governo e o setor hoteleiro do país. Nos próximos dias, os hoteleiros deverão divulgar os patamares aceitáveis para as tarifas. “Estabelecemos o caminho do diálogo com os empresários para evitar que a esperteza de poucos prejudique a imagem de todo o país. Essa é a posição do governo”, comentou o ministro do Turismo, Gastão Vieira.

De acordo com presidente da Embratur, Flávio Dino, a ideia não é prejudicar o setor hoteleiro. “Não vamos intervir nas leis de mercado, mas também não podemos permitir abusos”, frisou. A Embratur continuará a  monitorar a cobrança de tarifas nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo.

O presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, garantiu que os empresários estão de acordo com as medidas adotadas. “Não há dois lados nessa questão. Também entendemos que o país passa por um momento importante e somos contra práticas abusivas de mercado, que, de maneira alguma, refletem a atitude majoritária dos nossos empresários”, salientou.

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