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O governador Geraldo Alckmin (PSDB) justificou como "vandalismo ou sabotagem" uma pane de cinco horas ocorrida na manhã desta sexta-feira (4) na Linha 9-Esmeralda, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que cruza a Marginal do Pinheiros. Um trem que seguia em direção a Osasco se enroscou na rede elétrica aérea e precisou ser rebocado, novamente superlotando as estações.

A pane começou às 4h40 e só terminou às 9h30. Quase meio milhão de pessoas usam a linha todos os dias. Na versão do governador, alguém conseguiu arremessar, da Ponte do Morumbi, um cabo de vassoura em direção aos trilhos. Quando o trem passou, o pantógrafo - espécie de "garfo" que conecta o trem à rede - se enroscou nos fios, causando a pane.

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Alckmin exibiu fotos dos trilhos, com os cabos de vassoura no chão, durante evento na manhã de sexta-feira na zona sul. "Vejam aqui: madeira, cabo de vassoura, tudo em cima da linha. Foi destruído o sistema. É óbvio que o trem, por segurança, para. Isso não é geração espontânea: ou é vandalismo ou sabotagem", disse. "Infelizmente, isso não foi ocasionado por falha nem do trem, nem do sistema, nem da rede elétrica."

As declarações foram criticadas por representantes de funcionários da CPTM. "Foram 156 panes na CPTM no ano passado, uma a cada dois dias. Já fizeram acusações de sabotagem antes, mas nunca comprovaram nada. Se desta vez foi sabotagem, no mínimo mostra a fragilidade da rede", diz Everson Crazeiro, presidente do Sindicato dos Ferroviários da Zona Sorocabana.

Na tarde desta sexta-feira, um blog de um funcionário da companhia publicou um relatório interno da CPTM sobre a pane. O texto diz que o pantógrafo se enroscou na fiação - uma falha que já aconteceu em outras situações - e não cita os cabos de vassoura.

A CPTM diz, em nota, que o relatório apenas descreve a ocorrência, "sem a necessidade de constar a conclusão dos técnicos sobre o fato". A nota diz que o áudio entre o maquinista do trem acidentado e a central de controle, na hora do acidente, "aponta a existência de um objeto na rede aérea que se chocou com trem". Tanto o trem quanto a rede aérea naquele ponto são novos, ainda segundo a nota.

Um inquérito foi aberto no Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC). Foram recolhidos dois pedaços de cabo de vassoura, amarrados a um pedaço de fio marrom. No local, não há câmeras de vigilância para ajudar a investigação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou, em seu discurso na transmissão de cargo do prefeito paulistano Fernando Haddad (PT), que os interesses da cidade estão acima dos interesses partidários, numa referência à disputa entre os partidos de ambos. "Você poderá sempre contar com o apoio do governo do Estado naquilo que for de competência e interesse de São Paulo. Interesses de São Paulo que não conhecem e estão acima dos interesses de partidos", disse Alckmin.

Alckmin afirmou que o desafio dos prefeitos paulistas é "ultrapassar as dificuldades que atingem a qualidade de vida da população" e citou o empenho do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD). "Governar a cidade de São Paulo é um enorme desafio, é por isso que é tão estimulante", completou Alckmin, antes de citar números que mostram o tamanho do município, o qual responde por 12% do Produto Interno Bruto (PIB) e por 28% da produção científica do Brasil.

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Derrotado no primeiro turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno (PRB), marca sua volta à televisão na próxima segunda-feira (26), e já adiantou que será candidato em 2014 pelo partido. Ele, no entanto, disse que ainda discute com a cúpula que cargo pleiteará nas próximas eleições.

"Sou candidato em 2014. O cargo que vou ocupar ainda não está definido", afirmou Russomanno ao Estado. Segundo interlocutores, o projeto político do PRB é lançar a candidatura de Russomanno a uma vaga na Câmara dos Deputados para puxar votos para a sigla e não lançá-lo para disputar o governo do Estado.

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A postura do PRB pode ser um gesto de apoio do partido à reeleição do governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB) em 2014 - o PRB compõe a base governista da presidente Dilma Rousseff (PT) com o Ministério da Pesca. Os tucanos também acreditam que Russomanno não saia como candidato ao governo nas próximas eleições. Na corrida em São Paulo, Alckmin quer evitar que Russomanno e o seu capital político, adquirido durante a campanha deste ano, apoiem o PT. Russomanno confirmou ter se encontrado com o governador no começo de outubro, mas afirmou não ter falado sobre política, ou negociado cargos.

Defesa do consumidor - Em seu retorno à TV, Russomanno reassume o quadro 'Patrulha do Consumidor', a partir da próxima segunda-feira veiculado no Programa da Tarde, da Rede Record. Antes de se candidatar, o quadro integrava o programa Balanço Geral, transmitido pela manhã.

Nesta semana, Russomanno postou uma foto no Facebook com a seguinte mensagem: "Estou voltando com força total! Agora com meus amigos do Programa da Tarde da Record. Quem está feliz como eu, curte a foto e compartilha!", escreveu.

Líder das pesquisas de intenção de voto durante quase todo o primeiro turno, a campanha de Russomanno sucumbiu após brechas deixadas em sua proposta de introduzir uma tarifa proporcional à distância percorrida no transporte público da capital. Elas foram usadas como munição de adversários, como o PT, do prefeito eleito Fernando Haddad - então candidato.

O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o coordenador da campanha de José Serra, deputado federal Edson Aparecido (PSDB), defenderam na noite de hoje a tese de que "o segundo turno é outra eleição" e de que os eleitores são livres para escolher seus candidatos, independente do apoio dos partidos que não avançaram ao segundo turno.

"O eleitor é muito livre e nós temos um candidato preparado, com capacidade de inovar e amor a São Paulo. Nesse segundo turno, nós vamos falar com todos os eleitores, as lideranças políticas e a sociedade civil. Vamos unir o máximo que pudermos em torno de um programa de propostas de governo", disse o governador Alckmin.

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Questionado se buscaria o apoio do peemedebista Gabriel Chalita, que já foi seu secretário da Educação, o governador preferiu não responder e insistiu na tese de que o eleitor é livre.

O mesmo discurso foi adotado pelo coordenador da campanha de José Serra, o deputado federal Edson Aparecido. "As alianças têm que ser em torno de uma tese, têm que ser programáticas, contar com os partidos e com a sociedade civil", defendeu.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pretende se reunir com o ex-governador de São Paulo José Serra, neste feriado de carnaval, para saber se ele pretende mesmo disputar a sucessão da Prefeitura de São Paulo. No encontro, que deve ser realizado no Palácio dos Bandeirantes, Alckmin pretende arrancar do seu antecessor um indicativo de que ele pretende ingressar na disputa municipal e, assim, buscar, em conjunto, uma saída honrosa para a decisão de realizar prévias para a escolha do candidato tucano em São Paulo. "O governador só pretende iniciar uma discussão dentro do PSDB, a respeito da candidatura, após ouvir o ex-governador, o que deve ocorrer neste feriado de carnaval", informou um aliado próximo do governador de São Paulo.

Em conversas privadas, aliados de Geraldo Alckmin avaliam dois meios de viabilizar uma eventual candidatura de José Serra à Prefeitura de São Paulo. Um deles, considerado pouco provável, é de que, por meio de uma brecha jurídica, o ex-governador de São Paulo fosse inscrito na prévia do partido para a escolha do candidato tucano, marcada para março. A segunda alternativa, tida como a mais provável, é a negociação de uma "saída honrosa" para o vencedor das prévias, que abriria mão da disputa municipal em nome da candidatura de José Serra. O fim da disputa interna, um terceiro caminho possível, já teria sido descartado pelo governador de São Paulo, que teme criar uma saia-justa com a militância tucana favorável ao processo de escolha partidário.

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Nos bastidores, aliados do governador de São Paulo estudavam compensações aos quatro pré-candidatos do PSDB para que abrissem mão do processo, criando condições para o ex-governador entrar na disputa. Em razão da reação dos pré-candidatos, bem como da militância, o partido recuou e manteve, por enquanto, o processo de escolha, evitando assim um custo político maior. Ontem, em evento na capital paulista, o governador garantiu que as prévias estão mantidas e que, se o ex-governador decidir entrar na disputa eleitoral, o partido vai discutir a questão.

Manifestações organizadas pelas redes sociais passaram a ser monitoradas pelo Palácio dos Bandeirantes. A medida, adotada pelo governo de Geraldo Alckmin (PSDB), é uma forma preventiva para deter os protestos nas agendas públicas do Estado.

Nos últimos seis dias, o governador de São Paulo não compareceu a dois eventos em que estava certa sua presença. Cogita-se que o motivo do descumprimento da agenda estaria ligado à descoberta feita pelas cúpulas da Casa Civil e da Comunicação do Palácio de atos contra o governo.

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Em nota, a assessoria de imprensa do governo negou que Alckmin tenha cancelado as agendas.

O desabafo da presidente Dilma Rousseff, que qualificou de "uma barbárie", no Fórum Social de Porto Alegre, a forma de desocupação de Pinheirinho, no fim de semana, foi reforçado ontem pelo secretário de Articulação Social do Palácio do Planalto, Paulo Maldos, para quem a operação violou direitos humanos e mostrou o desprezo das autoridades paulistas pelo diálogo.

"Para mim, estava em jogo a opção entre civilização e barbárie", disse o secretário. "Eles preferiram a violência, a exclusão social e o confronto", enfatizou. A postura do governo federal, pela negociação e não criminalização de movimentos sociais, é vista como um contraponto à opção legalista do governo tucano de Geraldo Alckmin, no contexto da delimitação de terreno ideológico da disputa eleitoral que o Planalto pretende acirrar em São Paulo. A responsabilidade pela ação foi assumida integralmente pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, mas o ônus político ficou com o governo tucano, ao qual pertence a maior parte das tropas mobilizadas.

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Maldos estava em Pinheirinho no dia da reintegração de posse da área e foi ferido por uma bala de borracha disparada por policiais militares. Na operação, feita de surpresa às 6h domingo, sem qualquer aviso às autoridades federais e estaduais que ainda negociavam uma solução pacífica, cerca de 6 mil pessoas foram retiradas à força de suas casas e levadas para alojamentos públicos. Os moradores resistiram e, no confronto, 18 pessoas saíram feridas, uma delas com munição real.

O secretário disse que foi desrespeitado na condição de representante do governo federal e que a Polícia Militar estava instruída apenas a bater, atirar e não dialogar. "(Os policiais) Trataram o povo como inimigo, como se fosse uma operação de guerra", relatou Maldos, repetindo a definição dada ao episódio pelo ministro Gilberto Carvalho (chefe da Secretaria Geral da Presidência), a quem ele representava nas negociações. "Ninguém perguntava ou respondia nada, apenas atacavam", resumiu.

Apesar disso, o secretário disse que o diálogo do governo federal não está rompido com as autoridades estaduais e as negociações para a solução do impasse serão retomadas em breve. Ontem, ele coordenou no Planalto uma reunião técnica com representantes do Ministério das Cidades, da Secretaria Especial de Direitos Humanos e da Advocacia Geral da União (AGU), para levantar um conjunto de alternativas para solução das famílias desabrigadas com a desocupação de Pinheirinho.

Uma das medidas em estudo é assentar parte dos moradores desalojados no próprio terreno de Pinheirinho. Para isso, a AGU ficou de levantar a dívida com a União da massa falida da empresa Selecta, do investidor Naji Nahas, a quem pertence o terreno. Essa dívida seria convertida em desapropriação de parte da área para a construção de um condomínio vertical, dentro do programa de habitação social. O dinheiro seguiria as normas do programa Minha Casa Minha Vida. Outras pendências de devedores da União também podem entrar na negociação de terras para os desabrigados.

Serão levantados ainda os terrenos da União na redondeza, como os que pertenciam à Rede Ferroviária Federal, situados em volta da antiga estação ferroviária de São José dos Campos e nas margens da ferrovia, no perímetro central da cidade. As medidas, que serão fechadas em nova reunião, na próxima quinta-feira (2), serão discutidas com o governo paulista e a prefeitura de São José dos Campos, numa futura rodada de negociações.

O prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury (PSDB), onde fica o terreno conflagrado, pediu desculpas a Paulo Maldos, extensivas ao governo federal. "O pedido foi aceito, claro, mas persiste a nossa divergência quanto ao método usado para a desocupação, sem qualquer respeito aos direitos humanos", afirmou Maldos. "Ele me disse que não queria que o desenlace fosse violento. A ideia dele, como a nossa, era de que a negociação se estendesse por ao menos 15 dias", garantiu. "Mas a PM e o TJ paulista ficaram com a opção pior: o ataque à população civil e a exclusão social".

O deputado federal e ex-governador de São Paulo Paulo Maluf (PP) não poupou elogios ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) durante solenidade que marcou a sanção da lei que cria a Região Metropolitana do Vale do Paraíba, realizada na manhã de hoje, no Palácio Boa Vista, residência oficial de Inverno do Governo do Estado, em Campos do Jordão, a 140 km de São Paulo.

Maluf foi um dos principais adversários políticos do governador Mario Covas (1933-2001), de quem Alckmin é herdeiro político. O discurso, no entanto, pode ter relação com o desejo do governador de aproximar-se do PP de Maluf para garantir mais espaço de TV para o futuro candidato tucano à prefeitura de São Paulo.

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"Hoje temos um governador com 'G' maiúsculo sob o aspecto da ética e da eficiência administrativa", cortejou Maluf. Dizendo-se amigo de Alckmin, ele o chamou de "sacerdote que trabalha em favor dos pobres" e disse que o governador é um exemplo de ética. Ética que infelizmente não vemos em outros setores desse País".

O parlamentar também fez referências indiretas aos pleitos eleitorais de 2014 e 2018, quando Alckmin pode disputar a reeleição e a Presidência, respectivamente. "Que 2014 lhe seja leve, governador, e 2018 não está tão longe", afirmou.

Maluf arrancou risos da plateia formada na sua maioria por prefeitos e políticos da região - entre eles antigos correligionários como o ex-prefeito local, Fausi Paulo - quando afirmou ter lembrança do atual governador como prefeito de Pindamonhangaba. "Ele ainda era jovem e cabeludo", destacou. Da mesma forma chamou o secretário de Assuntos Metropolitanos "broto", provocando novos risos.

Ele chegou discretamente ao local da solenidade, acompanhado de José Papa Junior, antigo companheiro de política, mas logo foi cercado por políticos antigos e da nova geração, ávidos em serem fotografados ao seu lado. "Não sou de seu partido, mas o admiro muito", disse um dos prefeitos que pediu para não ser identificado, antes de posar junto ao ex-governador.

Ao discursar, o governador Geraldo Alckmin apenas agradeceu os elogios de Maluf e apenas referiu-se à safra de prefeitos à qual pertenceu. "Fomos tão bons prefeitos, que o povo prorrogou nosso mandato por mais dois anos", referindo-se ao fato de ter o mandato prorrogado para coincidir com as eleições presidenciais de 1982.

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