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O Ministério Público de São Paulo denunciou nesta segunda-feira, 25, nove ex-funcionários da Fundação Casa por crimes de tortura, violência arbitrária e falsidade ideológica praticados contra internos da unidade 'Casa Paulista', situada na Vila Maria. O ex-diretor da unidade, Christian Lopes de Oliveira, é acusado dos crimes de tortura, violência arbitrária e falsidades ideológicas. A Promotoria narra oito fatos criminosos, denunciando ainda ex-ocupantes das funções de coordenador de equipe, agente de apoio socioeducativo, psicólogo, assistente social e agente educacional.

A imputação de tortura envolve as agressões a um adolescente de 17 anos que cumpria medida socioeducativa na Fundação Casa. Segundo a denúncia, o jovem foi atingido com socos, cotoveladas e tapas no rosto e no corpo, além de joelhadas em suas costelas e costas. Os denunciados chegaram a algemar o adolescente, que tentava se esquivar dos golpes, para continuar a agredi-lo. Além disso, deram uma 'gravata' do adolescente, que quase desmaiou.

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Após o que o MP chamou de 'sessão de tortura', o adolescente foi levado ao refeitório da Casa Paulista, 'com rosto deformado e desfigurado pelas agressões'. A Promotoria diz que as agressões se deram não só para 'castigar' o jovem, mas também 'ameaçar e amedrontar os demais adolescentes, que poderiam também ser espancados caso desobedecessem às ordens, ainda que arbitrárias, do então Diretor de Unidade'.

Na ocasião, o então diretor da 'Casa Paulista' ainda desferiu golpes contra o rosto de um outro interno, 'além de ofendê-lo e acusa-lo de incitar os demais internos contra sua administração, no que também o submeteu a vexame e a constrangimento ilegais'.

A Promotoria narra também que, após a tortura, os denunciados 'passaram a confeccionar uma série de documentos públicos com conteúdo ideologicamente falso para garantir a impunidade do gravíssimo crime por eles praticado'. A denúncia sustenta que foram registrados um registro de ocorrência e um boletim de ocorrência com conteúdo falso. Segundo o MP, foram omitidas informações sobre as lesões existentes em um dos adolescentes e dados falsos foram inseridos também em documentos referentes ao atendimento de saúde.

Ainda de acordo com a denúncia, com base em tais documentos falsos, o então diretor da unidade submeteu o adolescente que fora espancado a uma Comissão de Avaliação Disciplinar, acusando o jovem, 'de forma ilegal e mentirosa, de ter cometido faltas de incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou disciplina internas e praticar agressão física contra autoridades'.

"Certo é que todos os documentos acima indicados, nos termos do próprio relatório da Corregedoria da Fundação Casa, "foram vergonhosamente elaborados de forma fraudulenta, tentando a todo momento mascarar e/ou encobrir a situação verdadeira ocorrida em 26 de julho de 2018" (fls. 272 do PAD 1749/18), com participação de todos os denunciados, se valendo do seu cargo, na edição de documentos públicos com conteúdo ideologicamente falso para assegurar a impunidade dos crimes praticados no interior da Casa Paulista", registra a peça apresentada à Justiça.

A Promotoria entende que os crimes 'se revestem de gravidade em concreto elevada' uma vez que foram praticados por agentes públicos, no interior de unidade da Fundação Casa, 'cujos intuitos pedagógico e socioeducativo foram subvertidos por meio de violência praticada contra adolescentes pelas pessoas que tinha o dever de garantir e preservar seus direitos, e com envolvimento de outros funcionários que, por ação ou omissão dolosas, contribuíram para maquiar a realidade em documentos falsos e, garantir assim, a impunidade sobre os fatos do dia 26 de julho de 2018'.

Em cota apresentada junto da denúncia, a Promotoria ainda defende que, no caso dos quatro ex-servidores denunciados por tortura, não cabe acordo de não persecução penal ou suspensão condicional do processo. Na avaliação do Ministério Público, os crimes praticados 'envolvem violência extrema em face de adolescentes, no interior de unidade da Fundação Casa, cujo intuito pedagógico e socioeducativo foi por eles deturpado, tornando-se local de espancamento, constrangimento e tortura, justamente por funcionários que detinham poder e dever de garantir sua segurança'.

"Violaram-se deveres humanitários básicos, bem como disposições constitucionais basilares. A devida responsabilização penal, com sancionamento proporcional à gravidade dos fatos, é a única medida adequada e suficiente para repressão e prevenção penais", registra a peça.

Com relação aos demais acusados, o Ministério Público também diz ser 'incabível qualquer benefício', uma vez que não houve confissão formal ou circunstancial e considerando que eles 'contribuíram para a tentativa de maquiar, por meio de documentos ideologicamente falsos, o crime de tortura praticado no interior da Casa Paulista, de forma a assegurar sua impunidade'.

COM A PALAVRA, A FUNDAÇÃO CASA

A Fundação CASA não tolera qualquer tipo de desrespeito aos direitos humanos dos adolescentes em atendimento, assim como repudia quaisquer práticas de maus-tratos que servidores venham a realizar nos centros socioeducativos. Sobre o caso envolvendo funcionários do Complexo da Vila Maria, ocorrido em 2018, à época, a Instituição tomou todas as providências cabíveis, com a investigação e o processamento administrativo dos envolvidos por meio de sua Corregedoria Geral. No final, três servidores foram demitidos por justa causa e dez suspensos.

Na ocasião, a própria Corregedoria da Fundação CASA designou que todas as informações do processo administrativo disciplinar fossem encaminhadas ao Ministério Público, responsável pela persecução penal dos envolvidos. A denúncia em curso, pelo Ministério Público, recai diretamente sobre os servidores denunciados, não sobre a Fundação CASA.

A Fundação CASA investe continuamente na capacitação de seus servidores quanto ao atendimento humanizado e sem violência, por meio de cursos a distância oferecidos pela Universidade Corporativa da Fundação CASA. São tanto formações pontuais quanto continuadas, que abordam temas como as bases legais do sistema socioeducativo, manejo da raiva, como evitar agressão entre adolescentes na internação, cultura de paz, comunicação não violenta, dentre outros.

O número de adolescentes internados e atendidos nas unidades da Fundação Casa em São Paulo caiu pela metade entre 2013 e o ano passado. A quantidade de jovens infratores saiu de 8,7 mil há oito anos, com pico de 10,5 mil 2014, para cerca de 4,5 mil no fim do ano passado. A tendência tem feito com que o governo paulista feche parte das unidades. Cinco tiveram as atividades encerradas na semana passada, elevando para 30 o número de centros desativados.

A fundação atribui a queda a quatro fatores: melhora geral dos indicadores de criminalidade no Estado; adoção de medidas alternativas pelo Judiciário; envelhecimento da população; e atividades para reduzir a reincidência, como capacitar jovens para o mercado de trabalho. Especialistas destacam ainda a pandemia, com isolamento social e menor circulação nas ruas. Além disso, ponderam que é difícil prever se o cenário de diminuição acentuada se manterá após a covid-19 e temem que as unidades fechadas façam falta no futuro.

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A internação é a pena máxima que pode ser aplicada a adolescentes condenados por atos análogos a crimes graves - vai até três anos. O perfil dos jovens da fundação mostra que a maioria (48,37%) está lá por tráfico de drogas, seguido de roubo qualificado (34,32%).

"Antigamente, a gente tinha a Febem com unidades com grande quantidade de jovens, com rebeliões e agressões", disse ao Estadão o presidente da Fundação Casa e secretário da Justiça do Estado, Fernando José da Costa. "Isso foi completamente alterado na Fundação Casa. Deixamos de ter grandes centros para termos pequenos centros."

As últimas cinco unidades fechadas foram uma de São Vicente, que tinha 41,7% de ocupação; outra em Iaras, com 54,7%; uma unidade de semiliberdade Ibituruna, com 22,7%; além da Casa de Semiliberdade de Franca, com 35%, e outra do mesmo tipo em São Mateus, zona leste paulistana, com 25%. A rede da Fundação Casa conta com 7.582 vagas, em 47 cidades paulistas. A taxa de ocupação atual é de 60%.

Segundo Ariel de Castro Alves, advogado e membro do Instituto Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, por trás da queda há uma mudança no fluxo da atuação policial por causa da pandemia e um novo entendimento do Judiciário, que "tem internado menos e aplicados mais medidas alternativas, como a liberdade assistida e a prestação de serviços à comunidade".

RECOMENDAÇÕES

Em 2020, decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin estabeleceu limites para medidas judiciais socioeducativas contra adolescentes para impedir eventual superpopulação nos centros de recuperação. Se não houver espaço adequado, conforme a decisão, os adolescentes devem ter "internação domiciliar". Também naquele ano, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recomendou a revisão emergencial de processos de pessoas privadas de liberdade, diante do risco de transmissão da covid-19 em presídios e unidades de internação.

Conforme Walter Godoy, juiz auxiliar da presidência do CNJ, as norma nacionais e internacionais observadas pelo Brasil consideram a privação de liberdade de adolescentes medida excepcional, que deve ser pelo menor tempo possível. "Além disso, com uma ocupação mais racional das unidades de internação, Judiciário e Executivo podem ter uma atuação mais qualificada no acompanhamento desses adolescentes e investir em métodos alternativos de responsabilização que se fizerem necessários", aponta. Segundo ele, o decréscimo de jovens internados é visto em outros Estados - os cadastros nacionais não permitem fazer séries históricas.

"São vários os fatores que provocam essa redução da internação", afirma Mariana Chies-Santos, professora de Direito do Insper e pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP). Segundo ela, a curva de alta de internações, que vinha desde 1990, mudou a partir de 2016. "Não sabemos ainda explicar porque isso demanda pesquisa em profundidade em todas as áreas do fluxo do sistema de Justiça, da apreensão ao julgamento final e adoção das medidas."

ENXUGAMENTO

O secretário Costa diz que a ideia do governo é manter a redução de custos para investir em outras áreas do sistema. "A pedido do governador João Doria, reduzimos as diretorias regionais de 11 para 8, encerramos parcerias com ONGs e reduzimos também o número de servidores, com programas de demissão incentivadas. Tínhamos 11,5 mil servidores para 10,5 mil jovens internados. Hoje não precisamos mais desse volume. Já baixamos em mil servidores e temos um novo programa de demissões incentivadas para mais mil, para chegar a 9,5 mil funcionários."

Segundo a fundação, todos os adolescentes atendidos nos locais desativados foram transferidos para outros centros socioeducativos mais próximos de sua casa. A instituição diz que não haverá prejuízo aos servidores e afirma que a maior parte foi realocada em centros preferencialmente próximos às suas residências, de acordo com processo de escolha, possibilitando a todos a manifestação de seu interesse.

Ariel de Castro Alves lembra que a lei prevê que o adolescente deve ficar internado perto de onde vive a família. Para ele, a transferência de unidades pode dificultar a ressocialização. "Tememos que a diminuição seja temporária, em razão da pandemia, mas que, depois, a fundação precise reabrir as unidades", diz. "Se ela se desfizer dos imóveis, terá dificuldade de reabertura e podemos ter a volta da superlotação de algumas unidades."

Uma das novas ações no setor é o programa Minha Oportunidade, da ONG Rede Cidadã, com foco em preparar internos para o mercado de trabalho. "Temos cerca de 800 adolescentes sendo capacitados, em 90 turmas", detalha Fernando Alves, fundador e diretor executivo da Rede Cidadã, que começou a atuar na Fundação Casa no último dia 24.

O programa envolve 244 profissionais treinados pela Rede Cidadã, entre analistas de desenvolvimento humano, psicólogos, assistentes sociais, para aplicar a metodologia socioemocional criada pela Rede. Até agora, 142 profissionais atuam diretamente na capacitação e 41, no acompanhamento.

O programa adotado em São Paulo já atende adolescentes de Minas há quatro anos, e foi usado no Ceará, de acordo com o dirigente da Rede Cidadã. Segundo o secretário de Justiça, a Rede Cidadã foi escolhida para o trabalho entre seis propostas. A ONG vai operar por 22 meses. O investimento do Estado é de cerca de R$ 25 milhões para a organização estudar quais empresas podem atender os egressos em parceria com a fundação.

A psicóloga Elaine Straub da Rocha, que trabalha com adolescentes em Sorocaba, encaminhou denúncia ao Ministério Público em que alega tentativa de "terceirização" das atividades da fundação, o que o órgão estadual nega. O documento afirma que os servidores sofrem com os impactos de transferências de locais de trabalho. Elaine critica ainda o custo-benefício dos convênios contratados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Neste ano, 47 jovens que cumprem medida socioeducativa em 25 centros da Fundação Casa no estado de São Paulo foram aprovados no Programa Universidade para Todos (Prouni), que oferece bolsas de estudo em universidades particulares.

A aprovação desses jovens se deu por meio das notas obtidas por eles no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para Pessoas Privadas de Liberdade (PPL), aplicado em 2018. Além disso, sete dos 47 adolescentes já estão matriculados em universidades paulistas.

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A Fundação Casa informou ao LeiaJá SP que os jovens aprovados em cursos de modalidade de ensino à distância (EAD) realizam as aulas no próprio centro. Já no caso dos jovens que se classificam para cursos presenciais, para que ele cumpra a graduação, é necessário que funcionários da fundação os acompanhem até a universidade e os esperem até o final da aula para retornar aos centros.

O governo do Estado informou que o resultado positivo pode ser atribuído a iniciativa feita pela equipe da área escolar da Fundação Casa, que tem como objetivo preparar os jovens para ingressar no ensino superior.

Cem jovens da Fundação Casa de Guarulhos terminaram a 3ª fase de cursos de educação profissional. Dentre os cursos oferecidos estão Recepção de Eventos: Operação e Procedimentos, Noções a Informática Windows e Office, Criação de Roteiros e História em Quadrinhos, Rotinas Básicas de Marketing, Preparo de Hambúrguer, Criação de Roteiros e História em Quadrinhos, Recepção de Eventos: Operação e Procedimentos, Básico em Excel e foram ministrados por profissionais do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial).

“O objetivo é iniciar a qualificação profissional dos adolescentes e aproximá-los de profissões que possibilitem gerar uma melhor perspectiva de vida”, disse a gerente de Educação Profissional da Fundação Casa, Ana Maria da Silva.

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As aulas têm duração de três meses e ocorrem duas vezes por semana nos próprios centro educativos, resultando em 50 horas de carga horária.

A grife de roupas “A Mulher do Padre” (AMP) retirou de circulação das lojas uma coleção de camisetas que tinham na estampa o logotipo da Febem (Fundação para o Bem-Estar do Menor), atual Fundação Casa. O produto foi duramente criticado na internet.

Várias pessoas divulgaram imagens da camiseta nas redes sociais alegando a grife de estar simulando o uniforme da fundação.

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Em nota oficial, a marca se desculpou pelo produto e explicou que a ideia era fazer uma homenagem ao passado: "A AMP vem se desculpar pela inclusão de uma camiseta com logo da extinta Febem na sua linha LOST&FOUND. A LOST&FOUND é uma marca de camisetas de uniformes de companhias aéreas, instituições, concertos musicais e muitas outras que remetem a um passado distante. Consideramos que foi um erro a colocação de uma marca como a da Febem nessa linha, retiramos as camisetas imediatamente das lojas, e pedimos desculpas a todos que se sentiram ofendidos".

A primeira versão da nota oficial também foi criticada, pois dizia "é uma marca de camisetas de uniformes de companhias aéreas, instituições, concertos musicais e muitas outras que remetem a um passado distante que fez parte das nossas vidas de alguma forma".

Internautas comentaram a nota alegando que o trecho que diz “fez parte das nossas vidas” é ofensivo quando relacionado à Febem. Outros internautas alegam que a marca sequer sabe o que realmente foi a fundação.

A Febem foi criada em 1976 e foi acusada de maus-tratos e tortura com os adolescentes. A fundação também enfrentou um histórico de violência e rebeliões. Em 2006, a Febem foi substituída pela Fundação Casa. 

A Justiça de São Paulo condenou hoje (11) dez funcionários da antiga Fundação do Bem-Estar do Menor (Febem), atual Fundação Casa, a dez anos de prisão por tortura. Os crimes foram praticados em janeiro de 2015, na unidade da Vila Maria, envolvendo mais de 100 adolescentes. Dois funcionários foram condenados a um ano e seis meses de detenção por omissão. O restante dos envolvidos no caso foi absolvido.

O juiz responsável pelo caso, Fernando Cesar Carrati, disse na sentença que os menores fizeram relatos ao Ministério Público sobre os abusos sofridos que condizem com as investigações e perícias feitas durante o processo, o que “comprovou a configuração do crime de tortura”. Em outra parte da sentença, o magistrado declarou que “há indícios de que outros funcionários compareceram à unidade na data do ocorrido (...) sendo que a identificação desses funcionários ficou dificultada por conta do extravio do livro de ocorrências da unidade”.

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De acordo com o juiz, “a tortura foi caracterizada pela inflição de tormentos e suplícios que ampliaram o sofrimento das vítimas, com atos de desnecessária, abusiva e inaceitável crueldade”. Os condenados poderão recorrer em liberdade.

Doze anos depois de serem denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) por uma violenta surra a menores infratores atendidos pela antiga Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor (Febem) - atual Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Fundação Casa) de São Paulo -, 12 acusados pela agressão foram condenados pela Justiça paulista por crime de tortura.

Os crimes ocorreram em 2005. Em nota, a Fundação Casa informou que, na época, todos os envolvidos foram demitidos, mas que, por decisão judicial, dois deles tiveram de ser reintegrados ao quadro de servidores. No comunicado, a instituição afirmou que “não tolera qualquer tipo de violência e desrespeito aos direitos humanos”.

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De acordo com a Fundação Casa, a unidade onde os adolescentes foram agredidos, no bairro de Vila Maria, na zona norte da cidade, foi extinta em 2007. No local, atualmente,  64 jovens internos recebem atendimento socioeducativo.

Em sua decisão, o juiz Fernando Cesar Carrari, da 26ª Vara Criminal do Fórum Barra Funda, considerou que os agressores agiram com “extrema crueldade”, averiguada em provas periciais.

Para dez dos 12 condenados, ele determinou pena de dez anos e seis meses de prisão em regime, inicialmente, fechado. Outros dois réus pegaram penas mais leves, de um ano e dois meses de detenção em regime inicial aberto. Em todos os casos ainda cabe recurso.

Promotoria

Para o promotor Alfonso Presti, do MPE, as punições foram brandas. “Acho que as penas foram insuficientes”, disse.

Ele já entrou com recurso pedindo a revisão das penas e também das absolvições. No processo de mais de 1,1 mil páginas, foram arrolados 55 réus – a maioria foi absolvida.

Presti observou que na denúncia do MPE foram listadas 111 vítimas, quantidade bem acima da avaliada pela Justiça (85). Segundo ele, a Justiça entendeu que os menores não promoveram uma rebelião, mas estavam em condição de vulnerabilidade.

Além de um vídeo, o conjunto de provas inclui exames de corpo de delito em que podem ser constatadas lesões por espancamentos no dorso, na cabeça e nos braços, “indicando um comportamento de defesa e não de ataque, pois se assim fosse as lesões estariam nos punhos“.

Vinte e seis dos 47 internos fugiram da unidade Novo Horizonte da Fundação Casa, em Guaianases, na zona leste de São Paulo, na noite da terça-feira (11). O grupo teria escapado após fazer um buraco em um dos muros, segundo a Fundação Casa.

A Polícia Militar faz buscas na região para recapturar os fugitivos. Até o momento, cinco jovens foram encontrados.

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Em casos como este, a Corregedoria-Geral da Fundação Casa instaura uma sindicância para apurar os fatos e, posteriormente, aplica medidas disciplinares aos jovens.

A Polícia Militar recapturou 11 dos 35 adolescentes que fugiram da unidade da Fundação Casa, em Guaianazes, zona leste da capital paulista. A fuga ocorreu na tarde dessa terça-feira (15).

Segundo a fundação, os recapturados passarão por uma Comissão de Avaliação Disciplinar para determinar as possíveis sanções. “O Judiciário e os familiares dos jovens serão informados da ocorrência”, diz a nota da entidade.

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No centro, 50 adolescentes cumpriam medida socioeducativa. A Fundação Casa informou que a corregedoria vai instaurar sindicância para apurar os motivos da fuga.

Sete internos da Fundação Casa atacaram dois agentes e fugiram da unidade 4, no fim da noite de sábado (13), em Sorocaba, no interior de São Paulo. Eles conseguiram escalar um muro e se embrenharam em uma mata existente nas imediações.

Os funcionários, que tentaram impedir a fuga, sofreram ferimentos leves. Eles receberam atendimento médico e foram liberados. A Polícia Militar deslocou viaturas da Força Tática para evitar fuga em massa, mas os policiais não precisaram adentrar a unidade. Foram realizadas buscas na região até o início da madrugada.

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Na manhã deste domingo (13) a varredura foi retomada na região do bairro de Aparecidinha, onde a unidade está instalada, mas nenhum dos fugitivos tinha sido encontrado até o fim da tarde.

A Fundação Casa informou que o módulo tinha dez menores infratores, dos quais sete escaparam. Os outros três também tentaram fugir, mas foram contidos. A Corregedoria da Fundação abriu sindicância para apurar a fuga.

Um agente foi morto e dois ficaram feridos durante uma rebelião na unidade da Fundação Casa, na noite desta terça-feira (4), em Marília, cidade do interior de São Paulo. Os internos tomaram cinco agentes e três membros de uma congregação evangélica como reféns. Os servidores sofreram agressões, mas um deles foi atacado violentamente com cabos de vassoura e acabou morrendo.

A rebelião começou por volta das 21h. O motim se espalhou por toda a unidade e 18 internos aproveitaram para fugir. A Polícia Militar (PM) cercou o prédio e conseguiu dominar a rebelião, cerca de duas horas depois. O funcionário morto foi identificado como Francisco Calixto, de 51 anos. Dois agentes feridos foram levados para a Santa Casa de Marília. Os membros da congregação não ficaram feridos.

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Até a manhã desta quarta-feira (5) pelo menos oito fugitivos tinham sido recapturados. As buscas continuavam. Dois internos, identificados como autores da agressão ao servidor morto, foram transferidos para uma unidade da Polícia Civil. Corregedores da Fundação Casa viajaram para Marília a fim de avaliar a situação.

Em nota, a instituição informou que os internos envolvidos na agressão e nos tumultos serão submetidos a uma Comissão de Avaliação Disciplinar que vai avaliar possíveis sanções. A fundação informou ainda que presta toda assistência aos servidores feridos e à família do agente morto. A Corregedoria Geral da Fundação Casa vai abrir sindicância para apurar as causas do motim . A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as agressões e a morte do agente.

Quarenta e dois internos da Fundação Casa de Santos, no litoral paulista, realizaram uma fuga em massa na noite desta segunda-feira, 12. O centro socioeducativo atendia 64 jovens e o número de fugitivos representa mais da metade dos jovens detidos. Até o momento, nenhum deles foi recapturado.

A fuga aconteceu por volta das 21h30. Os menores teriam rendido funcionários, trocado tiros com policiais militares e escapado de barco para uma comunidade da região. Desde a fuga, a PM faz buscas pela área mas ainda não conseguiu localizar nenhum dos adolescentes. A Fundação Casa não confirma se algum menor infrator ou funcionário ficou ferido.

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Em nota, a instituição afirma que a Corregedoria Geral da Fundação Casa instaurou sindicância para apurar o caso. "Caso sejam recapturados, uma Comissão de Avaliação Disciplinar (CAD) irá analisar as sanções disciplinares a serem aplicadas. O Judiciário e os familiares do adolescente serão informados da ocorrência", diz a nota.

A unidade da Fundação Casa foi inaugurada em Santos em junho do ano passado, com custo de R$ 6,5 milhões.

Histórico

Nos últimos dias, a Fundação Casa tem registrado repetidos episódios de insegurança. Na semana passada, jovens infratores fizeram quatro funcionários de refém por mais de quatro horas durante uma rebelião na Fundação Casa de Pirituba, na zona norte da capital paulista.

Antes, 39 menores realizaram uma fuga em massa após uma rebelião na unidade de Lorena, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo. Em setembro, foram cinco fugas em unidades da capital e da Região Metropolitana.

Depois de uma fuga na unidade de Guaianases, na zona leste, no mês passado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), admitiu que algumas unidades passam por problemas após a empresa contratada para atuar na segurança faliu. Isso obrigou agentes socioeducativos a serem adaptados para exercer função de vigilantes.

Para tentar conter a insegurança nas unidades e evitar novas fugas, o governo estadual quer que policiais militares de folga trabalhem na segurança externa das unidades.

Jovens infratores fizeram quatro funcionários de refém por mais de quatro horas durante uma rebelião na Fundação Casa de Pirituba, na zona norte da capital paulista, entre a noite de quinta-feira (8) e a madrugada desta sexta (9).

O tumulto começou por volta das 21h20. Após negociações entre a equipe da Superintendência de Segurança e os menores, os reféns foram liberados por volta da 1h40. Nenhum deles ficou ferido, diz a Fundação Casa.

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A Corregedoria Geral da instituição abriu sindicância para apurar as causas do tumulto. "Todos os jovens envolvidos passarão por uma Comissão de Avaliação Disciplinar (CAD) para análise de sanções disciplinares a serem aplicadas", afirma a Fundação Casa, em nota. "A comissão é formada por servidores de várias áreas do próprio centro socioeducativo. O Judiciário e os familiares dos adolescentes foram informados da ocorrência."

Recentemente, a Fundação Casa tem enfrentado repetidos episódios de insegurança. Na noite de domingo, 4, 39 menores realizaram uma fuga em massa após uma rebelião na unidade de Lorena, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo.

No mês passado, foram cinco fugas em unidades da capital e da Região Metropolitana. Considerando o ano inteiro, a Fundação Casa totaliza pelo menos nove casos em que internos escaparam. A maioria foi recapturada.

Depois de uma fuga na unidade de Guaianases, na zona leste, em setembro, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que algumas unidades passam por problemas de segurança após a empresa contratada para atuar na Fundação Casa faliu. Isso obrigou agentes socioeducativos a serem adaptados para exercer função de vigilantes.

Para tentar conter a insegurança nas unidades e evitar novas fugas, a instituição deve firmar um convênio com a Secretaria de Estado da Segurança Pública. A partir do acordo, policiais militares de folga vão poder fazer a segurança externa das unidades.

Pelo menos 39 menores internados pela prática de atos infracionais fugiram da Fundação Casa na noite desse domingo (4) em Lorena, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo. A fuga em massa aconteceu após uma rebelião na unidade, que tinha 64 internos e operava dentro da capacidade.

Os adolescentes começaram a chutar as portas e fazer algazarra. Enquanto os monitores tentavam controlar o tumulto, os menores fugiram por um buraco aberto na parede da unidade.

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Eles fugiram pela Estrada Chiquito de Aquino, que liga a cidade de Lorena ao bairro de Santa Lucrécia. A via pública chegou a ser bloqueada durante as buscas. De acordo com a Polícia Militar, oito dos fugitivos tinham sido recapturados até a manhã desta segunda-feira, 5. A Fundação Casa abriu uma sindicância para apurar o tumulto e a fuga.

Quatro pessoas foram presas pela Polícia Militar depois de resgatarem um interno da Fundação Casa, na manhã desta quarta-feira (5), em São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo. Segundo as investigações, o adolescente resgatado tem 18 anos e está cumprindo medidas socioeducativas na unidade do Brás, por tráfico de drogas.

A polícia informou que o plano do resgate foi elaborado por outro interno, que fugiu da mesma unidade, em 21 de julho. Ele e mais três pessoas, divididas em dois carros, cercaram o veículo dos agentes educacionais em frente ao Centro de Atendimento Psicossocial de São Miguel Paulista, onde o adolescente passaria por consulta, e o levaram.

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A PM foi avisada e os policiais localizaram os criminosos ainda próximos do local. Os dois internos foram recapturados e os demais acabaram presos. O caso está sendo registrado no 22º Distrito Policial.

Um jovem que havia fugido da Fundação Casa nos últimos dias foi recapturado na manhã desta sexta-feira, 12, por policiais de São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo. Com 18 anos recém-completados, ele é acusado de atirar no ouvido e queimar vivo o dono de uma lavanderia, Kiyoshi Murashima, de 77 anos, no ano passado. O adolescente está detido no 4º Distrito Policial (Riacho Grande) de São Bernardo do Campo e será encaminhado à Justiça.

O rapaz estava escondido na casa de familiares, segundo o delegado titular do 4º DP, Roberto Bueno Menezes. A captura ocorreu por volta das 6h.

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"Deu um trabalhinho esse rapaz. Fizemos diligências em quatro lugares até chegar à casa de parentes (em São Bernardo), onde estava escondido. O intuito dele era se evadir", disse Menezes.

O suspeito tinha 17 anos quando foi acusado de participar da morte do idoso e, por isso, estava na Fundação Casa. A morte de Murashima ocorreu no dia 10 de setembro do ano passado. Dois dias antes, o jovem teria participado de outro latrocínio com três maiores de idade, que resultou na morte do psicólogo José Valter Blanes Zagileto.

Funcionários da Fundação Casa estão, a partir desta quinta-feira (7), com as atividades paralisadas por tempo indeterminado. O Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança, ao Adolescente e a Família do Estado de São Paulo (Sitraemfa) pede reajuste salarial de 28% e melhorias nas condições de trabalho.

O Sitraemfa estimou que cerca de 30% dos mais de 15 mil funcionários da Fundação estejam de braços cruzados. A porcentagem não é confirmada pela Fundação, que deverá divulgar balanço no final do dia.

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A baixa adesão estaria ocorrendo em razão de uma liminar da Justiça em favor do órgão público que obrigou a presença de, no mínimo, 70% dos servidores nos postos de trabalho. O Sindicato informou que entrará com recurso para tentar derrubar essa obrigatoriedade.

Segundo o diretor de comunicação do Sitraemfa, João Faustino, a paralisação foi o meio encontrado pela categoria para cobrar melhorias. "Foi o nosso último recurso. Vínhamos tentando diálogo desde fevereiro, mas não fomos atendidos", disse. Ele afirmou que os trabalhadores estão desmotivados diante das condições do locais onde prestam serviço.

Ao todo, a pauta de reivindicações tem 64 itens, que passam pela melhoria da segurança nos centros de atendimento a adolescentes em conflito com a lei a direitos trabalhistas, como a garantia de licença-maternidade de seis meses para as funcionárias.

Questionado sobre a possibilidade de a paralisação afetar a segurança das unidades, Faustino foi enfático: "Isso não é problema nosso agora. É problema do governo. Claro que irá prejudicar o andamento das atividades normais da Fundação e estamos rezando para que não aconteça nada de mais grave."

Multa

A Fundação informou em nota que a pauta de reivindicações colocada pelo Sitraemfa está sendo analisada pelo governo de São Paulo. "O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, em medida liminar, determinou que, se deflagrada a greve, seja mantido o efetivo de 70% de servidores do quadro do dia em atividades em todos os setores da instituição. A decisão foi publicada na terça-feira (05 de maio). Em caso de descumprimento, o Sitraemfa pagará multa diária de R$ 100 mil", destacou o órgão.

A Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Casa) é uma instituição vinculada à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do governo paulista. Cabe ao órgão a aplicação das medidas socioeducativas, de acordo com as diretrizes previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase). A assistência é prestada a jovens entre 12 e 21 anos em todo o Estado.

Depois de uma rebelião na noite deste domingo, 11, 37 menores da Fundação Casa de Santos, no litoral paulista, fugiram da unidade, que fica localizada na área continental do município, nas proximidades da Rodovia Rio-Santos. De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, nove menores já foram recapturados até as 9h desta segunda-feira, 12.

A fuga aconteceu por volta das 21h. Um funcionário que tentou conter os rebeldes acabou ferido, mas sem gravidade. Os menores recapturados foram encaminhados à unidade de Guarujá, antes de serem reconduzidos à Fundação Casa de Santos, que foi inaugurada em junho do ano passado. É a primeira fuga registrada no local, que tem capacidade para 62 menores.

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A Corregedoria da fundação instaurou inquérito para apurar o que aconteceu e tem 90 dias para concluir a investigação.

Vinte e cinco jovens fugiram na noite desse sábado (6) da unidade Vila Conceição da Fundação Casa, em Guaianases, na zona leste da capital paulista. De acordo com a entidade, o local tem capacidade para 60 adolescentes. Até a fuga, 57 jovens ocupavam o espaço, ainda segundo a Fundação Casa.

A corregedoria do órgão instaurou uma sindicância para apurar os motivos da fuga. Até o início da tarde deste domingo (7), nenhum adolescente havia sido encontrado.

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Um grupo de 17 adolescentes internados na unidade São Bernardo do Campo 2 da Fundação Casa, no ABC Paulista, fugiu da unidade depois de uma confusão por volta das 21h deste sábado, 20. Até a manhã deste domingo, 21, três dos adolescentes haviam sido recapturados.

A Corregedoria da Fundação Casa abriu procedimento para investigar as causas da fuga, segundo a assessoria de imprensa da instituição. Depois que o grupo fugiu, os demais internos da instituição promoveram uma rebelião, mantendo seis funcionários reféns. As negociações duraram até as 22h40, quando o grupo concordou em libertar os funcionários.

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