Tópicos | Francisco Dornelles

O presidente de honra do PP Francisco Dornelles morreu nesta quarta-feira, aos 88 anos, no Rio. Ele estava internado com problemas cardíacos. Dornelles foi vice-governador do Rio, senador, deputado e ministro. No governo de José Sarney, esteve à frente do Ministério da Fazenda. Ele também ocupou as pastas de Indústria, Comércio e Turismo e a do Trabalho e Emprego nas gestões de Fernando Henrique Cardoso.

"O Progressistas está em luto. Com profunda dor e tristeza, informamos o falecimento do nosso presidente de honra, Francisco Dornelles. Grande homem público, defensor da democracia e do diálogo em todos os momentos, nos deixa um legado de ética, responsabilidade, humildade e dedicação ao Brasil", diz nota divulgada pelo PP, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira. "Com um imenso vazio na política brasileira e no coração de cada filiado, o Progressistas apresenta sentidas condolências à família. Francisco Dornelles, que tanto nos ensinou com suas ações registradas em uma honrada e ilibada biografia, por seus incansáveis serviços ao país e ao Rio de Janeiro, passa hoje da vida à imortalidade. Deus o acompanhe, eterno presidente!"

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Dornelles nasceu em Belo Horizonte numa família de políticos. Era sobrinho de Tancredo Neves. Seu pai era primo de Getúlio Vargas e o tio, Ernesto Dornelles, foi governador do Rio Grande do Sul, além de ministro e senador.

Conhecido pelo pragmatismo e gentileza, tinha bom trânsito da direita à esquerda, embora tenha recebido ruidosas críticas do PT quando assumiu o Ministério do Trabalho no segundo governo de Fernando Henrique. Antes, em 1979, assumiu o comando da Receita Federal e lá se manteve até o fim do regime militar.

Em 2014 foi eleito vice-governador do Rio na chapa de Luiz Fernando Pezão. Assumiu o comando do Estado quando Pezão precisou se licenciar do cargo para tratar de um câncer, em 2016. Retomou a chefia do Executivo fluminense em novembro de 2018, após a prisão de Pezão na Operação Lava Jato.

Por maioria, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatou o recurso do Ministério Público Eleitoral (MPE) e determinou a cassação, com a consequente declaração de inelegibilidade, do ex-governador Luiz Fernando de Souza, o Pezão, do Rio de Janeiro, e de seu vice, Francisco Dornelles, por abuso de poder político e conduta vedada praticados nas eleições de 2014.

O TSE confirmou a aplicação da multa de R$ 53.205,00. A pena foi imposta pela prática de abuso de poder político por parte de Pezão e Dornelles, que concederam reajuste e remuneração básica a servidores efetivos, no período vedado pela legislação eleitoral.

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O julgamento dessa terça (9) foi retomado com a apresentação do voto-vista do ministro Admar Gonzaga. Ele acompanhou o entendimento do relator do processo, ministro João Otávio de Noronha.

Em fevereiro, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) tornou Pezão inelegível até 2022. A decisão foi tomada de forma unânime. Porém, Dornelles foi absolvido pela maioria.

Pezão foi condenado por abuso de poder político e econômico por conceder benefícios financeiros a empresas como contrapartida a doações posteriores para a campanha eleitoral de 2014.

O vice-governador do Rio, Francisco Dornelles (PP), teve alta no fim da tarde de sexta-feira, 22, do Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, zonal sul da capital, e poderá passar o Natal em casa. Ele deu entrada na unidade na quarta-feira, 20, com quadro de arritmia cardíaca.

Advogado e economista, Dornelles tem 82 anos e está na política desde a década de 1960. Foi ministro de Estado nos governos José Sarney e Fernando Henrique Cardoso, deputado federal e senador. Entre os meses de março e outubro de 2016, assumiu o lugar do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que se licenciou para tratar um câncer - justamente no período em que o Estado declarou estar em calamidade pública, por conta da crise financeira que enfrenta há dois anos.

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Apesar da idade, Dornelles participa de atividades públicas do governo desde que Pezão assumiu, em janeiro de 2015, sem demonstrar cansaço.

O vice-governador do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, deu entrada nesta quarta-feira (20) no Hospital Pró-Cardíaco, com arritmia cardíaca. De acordo com a assessoria do Palácio Guanabara, sede do governo do estado, Dornelles, de 82 anos, permanece internado e seu quadro de saúde é estável. Ele deve ter alta nesta sexta-feira (22).

No dia 28 de março do ano passado, Dornelles assumiu oficialmente o cargo de governador do estado, em razão da licença médica do governador Luiz Fernando Pezão. Pezão, quatro dias antes, foi diagnosticado com linfoma não Hodgkin, um tipo de câncer raro e agressivo. Pezão decidiu se licenciar por 30 dias, mas acabou se afastando do cargo por muito mais tempo para tratar da doença.

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Dornelles já assumiu vários cargos na vida pública. Ele iniciou a carreira política trabalhando com o tio paterno Tancredo Neves na Secretaria de Finanças de Minas Gerais em 1959. Durante o período de Tancredo como primeiro-ministro do país, de setembro de 1961 a janeiro de 1963, foi seu secretário particular. Foi também procurador-geral da Fazenda Nacional, secretário da Receita Federal, ministro do Trabalho, da Fazenda e da Indústria e Comércio, além de senador.

Uma semana depois de decretar calamidade pública nas finanças do Estado e obter a promessa de R$ 2,9 bilhões em recursos federais, o governador em exercício, Francisco Dornelles (PP), disse que destinará recursos para a conclusão da linha 4 do metrô não só para garantir o acesso à Barra da Tijuca, na zona oeste, local da maioria das competições da Olimpíada, mas para evitar a demissão de 7 mil operários. "As pessoas não podem ir para a rua", afirmou.

Os recursos federais serão destinados à segurança pública, que custa aos cofres estaduais R$ 940 milhões mensais. Com três meses de gastos com segurança garantidos, o governador remanejará recursos, além do metrô, para a Saúde, que está à beira do colapso, e para pagamento de servidores. Segundo Dornelles, os valores ainda não estão definidos. "Se não sair recurso mínimo para resolver o problema da segurança e da saúde no Estado, é o caso de chegar a Brasília e entregar a chave", disse o governador.

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O governador aguarda a edição de uma segunda medida provisória, do Ministério do Planejamento, que vai assegurar o crédito extraordinário para o Estado. "A burocracia está na cabeça dele", disse Dornelles, referindo-se ao ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira.

Os R$ 2,9 bilhões da União já deveriam estar na conta do Estado?

Eles deram prazo até dia 30 de junho. Porque, eu não sei. Têm de adaptar a exposição de motivos à questão da calamidade financeira. Fizeram uma medida provisória com crédito extraordinário para as eleições, no dia 8 de junho. Já houve o precedente, então não é problema com a medida provisória. Eles querem uma exposição de motivos mais forte, para não ter dificuldade.

Os recursos federais pagarão três meses de gastos com segurança. Para onde vão os recursos do Estado que estavam reservados para a segurança?

Vou alocar o dinheiro recebido na segurança. A parcela (de recursos estaduais) que ia para segurança vai para Saúde, mobilidade e uma parte vai cobrir pagamento de pessoal. Não vou usar a subvenção para pagar pessoal, nem posso fazer isso. A situação na área de segurança é de calamidade. A frota da polícia vai parar dentro de uma semana se não tiver recurso. A gasolina está limitada. Se não sair recurso mínimo para resolver o problema da segurança e da Saúde no Estado, é o caso de chegar a Brasília e entregar a chave. Se eu não pagar o metrô até esta semana, a obra para. Vamos ter sete mil trabalhadores na rua, já estão com aviso prévio. Além de fazer uma crise social enorme, as pessoas não terão metrô para chegar às competições dos Jogos Olímpicos. Empregos estão ameaçados, as pessoas não podem ir para a rua. Na Saúde, hospitais e UPAs estão fechando, um caos.

O Estado tem um pleito no BNDES de R$ 989 milhões para o metrô. O sr. tem expectativa de receber aval do Tesouro para esse empréstimo?

Está bloqueado, porque o Estado ficou inadimplente. O BNDES não pode fazer operações com Estados inadimplentes.

Como foi a negociação com o governo para receber esses R$ 2,9 bilhões?

A negociação foi feita pelo Pezão (Luiz Fernando Pezão, governador licenciado para tratamento de saúde). O Senado aprovou (no início do ano) resolução que nos dava R$ 3 bilhões para cobrir as perdas do petróleo. A gente contava com mais R$ 2 bilhões do BNDES. Na última hora o Nelson Barbosa (ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff) vetou, o secretário executivo da Fazenda, que hoje é ministro do Planejamento (Dyogo Oliveira), vetou. Não quiseram fazer isso no fim do governo da Dilma. Agora, prometeram a segunda medida provisória, dos créditos extraordinários, até o fim do mês. A primeira MP (que autorizou a liberação dos recursos) foi do ministro Henrique Meirelles (Fazenda) e do presidente (em exercício) Michel Temer. A outra MP é do ex-ministro da Dilma (Dyogo Oliveira), então a burocracia está na cabeça dele.

Como chegou à decisão de decretar calamidade?

Eu queria situação de emergência, mas a Constituição, para abertura de crédito extraordinário, prevê estado de calamidade. A questão era tão grave que havia notícias de rebelião entre coronéis dos bombeiros. Como tinham barrado aquelas duas operações, compensaram com subvenção. O governo tem responsabilidade e vamos fazer uma grande Olimpíada. Se falhar segurança e transporte, não tem Olimpíada.

A venda da Cedae é exigência do governo em contrapartida à ajuda financeira?

Não adianta confirmar ou desmentir, porque ninguém acredita. É a mesma coisa que falar em privatizar a Petrobrás. Nunca ninguém pensou em privatizar a Petrobrás, pensou em quebrar o monopólio e fazer concessão de áreas. Existem pessoas que acham que deve fazer um pacote de investimentos na água e esgoto. Outras acham que deve ser mantido o monopólio da Cedae. Como sempre, há debate.

Mas não existe uma exigência da União?

A mim ninguém fez. Isso só pode ser feito quando a Cedae estiver convencida de que é o melhor para ela.

Como será depois que os quase R$ 3 bilhões acabarem?

Nós pedimos R$ 10 bilhões, mas, como são muito mão aberta, deram R$ 2,9 bilhões. A situação do Estado é muito ruim, com queda de receita brutal. Vamos ver, se a economia crescer e eles tiverem mais dinheiro, pedimos mais.

O governador em exercício do Estado do Rio, Francisco Dornelles (PP), defendeu nesta segunda-feira, 30, a aplicação de pena de morte contra estupradores. Ele deu a declaração ao comentar o caso do estupro de uma adolescente de 16 anos na zona oeste da capital fluminense no fim de semana retrasado.

"Considero o crime de estupro o mais hediondo dos crimes. Se dependesse de mim, seria punido com a pena de morte. É um crime horrendo", afirmou Dornelles, após participar de evento na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

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O governador em exercício informou que teve no sábado, 28, uma reunião com o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso. "Pedi para que o Estado fosse profundo, para tomar todas as medidas pela punição mais violenta possível contra essas pessoas que desonraram o Estado do Rio de Janeiro", disse Dornelles, que preferiu não comentar sobre o andamento das investigações.

Pelo menos 79% de todos os recursos federais repassados ou empenhados (reservados no orçamento para pagamento posterior) desde 2006 para o Instituto Vida Renovada (IVR), associação civil ligada à Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD), foram obtidos mediante emendas do senador Francisco Dornelles (PP-RJ) ao Orçamento da União. O Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) mostra que o parlamentar destinou cinco emendas ao IVR desde 2006, no valor total de R$ 2,6 milhões. Destes, R$ 1,2 milhão já foram pagos, e os R$ 1,4 milhão restantes, empenhados. Conforme o jornal O Estado de S. Paulo noticiou domingo, 12, a ONG recebeu 1,9 milhão de verbas federais desde 2006.

A ADUD é presidida pelo pastor evangélico Marcos Pereira da Silva, de 56 anos, preso na terça-feira, 7, acusado de estuprar duas fiéis de sua igreja. Ele também é investigado por associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e quatro homicídios. O religioso nega todas as acusações.

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Procurado, Dornelles disse que o trabalho do IVR não pode ser prejudicado por causa das investigações sobre o pastor. Levantamento no Siafi feito pelo Contas Abertas a pedido do jornal revela que das cinco emendas, quatro foram para a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (no valor de R$ 1,6 milhão) e uma para o Fundo Nacional Antidrogas (R$ 1 milhão).

Outro lado

Dornelles defendeu investigação "profunda" das denúncias que envolvem o pastor Marcos Pereira, mas insistiu que a instituição que recebeu os recursos não deve ser prejudicada. O senador disse que decidiu propor a destinação de verbas federais ao IVR, depois de, a convite de um pastor da igreja, conhecer o trabalho de atendimento da instituição a dependentes químicos.

"Mando um porcentual pequeno (de emendas individuais) para entidades que atuam nessa área social. A ADUD faz um trabalho muito grande na recuperação de drogados. Acho que as denúncias têm que ser pesquisadas a fundo, é inconcebível que uma pessoa utilize a religião para essas práticas de que ele está sendo acusado. Mas também acho que não se pode condenar antes de julgar. E que não se pode prejudicar uma entidade que presta serviços porque um de seus componentes é investigado. Essas acusações têm que ser examinadas com a maior profundidade, respeitado o direito de defesa", afirmou Dornelles.

O senador disse que, há alguns anos - não soube precisar quando exatamente -, foi procurado por um pastor, de quem não se lembra o nome, que o levou a conhecer o trabalho da ADUD com dependentes de drogas. Essa mesma pessoa, segundo Dornelles, o apresentou ao pastor Marcos. "A instituição me pareceu séria e incluí (na lista de emendas), como incluo várias outras, inclusive católicas. Agora, não pode matar a instituição", afirmou Dornelles.

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