A partida entre Santa Cruz e Rio Branco-ES, nesta quarta-feira (6), no Arruda, teve como protagonista o marasmo. Sem nenhum destaque técnico em campo, as equipes terminaram no 0 a 0. Cenário de tédio que, no entanto, foi o suficiente para classificar os corais à segunda fase da Copa do Brasil. Como os tricolores haviam vencido o jogo inicial por 1 a 0, fora de casa, qualquer empate garantiria a equipe anfitriã na etapa seguinte da competição nacional. Agora, Milton Mendes e seus comandados esperam o resultado do encontro entre Náutico e Vitória da Conquista, que, após igualdade sem gols na ida, voltam a duelar, nesta quinta-feira (7), às 19h30, na Arena Pernambuco.
O ritmo do jogo no primeiro tempo foi proporcional ao movimento nas arquibancadas – apenas 2690 torcedores compareceram ao reduto coral. Apesar do equilíbrio, o caráter parelho se deu com base na monotonia demonstrada por ambos os times. Jogando em casa, o Santa Cruz não conseguiu se impor no volume de jogo, falhando nas tentativas de penetração em meio à defesa adversária e medindo forças com o oponente na linha intermediária, onde a pouco qualificada disputa se desenhou na maior parte da etapa.
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Em suma, nos primeiro 45 minutos, os tricolores tentaram fazer valer o peso da camisa e a teórica superioridade técnica, mas esbarraram na falta de organização e no sumiço dos jogadores que a torcida esperava que fizessem a diferença nos lances individuais. Especialmente Raniel, que pouco mostrou sua habilidade e foi vaiado pela torcida ao ser substituído por Pedrinho Botelho; Léo Moura, longe de expor o dinamismo outrora reconhecido nacionalmente; e Daniel Costa ausente no comando da articulação.
No retorno do intervalo, sem aumento na inspiração das equipes em campo, o que chamou atenção, aos 12 minutos, foi a saída do atacante estreante Ítalo Borges, que chegou ao Santa Cruz em janeiro e somente agora foi acionado. A alteração foi, inclusive, benéfica para o time coral. Mas o curioso é que o ofensivo havia entrado aos 37 do primeiro tempo, na vaga de Everton Sena – atuando, assim como o atleta sacado, no corredor direito do campo –, e terminou sendo substituído pelo meia-atacante Lelê, que assumiu a mesma função.
Foi uma verdadeira avalanche de ‘alternatividade’ do técnico Milton Santos. Em uma só partida, fez o diferente, ao promover uma mudança, por escolha própria, ainda na etapa inicial. No entanto, demonstrou insegurança ao tirar ítalo Borges, que teve pouco mais de 20 minutos para mostrar a que veio. No fim das contas, para alívio dele e ânimo da torcida coral, Lelê conseguiu trazer mais movimentação para a equipe. O placar, porém, permaneceu inalterado.
Craque LeiaJá
Edson Kolln (Santa Cruz): Estreante, o goleiro, que chegou ao clube coral no começo do ano, demonstrou segurança quando acionado, o que sua posição exige. É bem verdade que ele foi pouco exigido, mas não oscilou na defesa da meta tricolor, terminando o jogo sem levar gols.
Bola murcha LeiaJá
Everton Sena (Santa Cruz): Inoperante como lateral-direito, ele foi substituído ainda no primeiro tempo.
FICHA DO JOGO
SANTA CRUZ
Edson Kolln, Everton Sena (Ítalo) (Lelê), Alemão, Néris e Tiago Costa; Wellington, Daniel Costa, Leandrinho, Léo Moura e Raniel (Pedrinho Botelho); Bruno Moraes. Técnico: Milton Mendes.
RIO BRANCO
Walter, Ivan, Alexandre, Santiago e Murilo (Ramon Alves); Marco Antônio, Ramon, Leonardo, Rodriguinho (Emerson Balotelli) e Bruninho; Cleiton (Felipe Capixaba). Técnico: Duílio.
Data: 06/04/2016.
Local: Arruda (Recife/PE).
Torneio: Copa do Brasil (primeira fase).
Árbitro: Eduardo Tomaz de Aquino Valadão (GO).
Assitentes: Leone Carvalho Rocha (GO) e Adaílton Fernando Menezes (GO).
Cartões amarelos: Ítalo Borges, Léo Moura e Lelê (Santa Cruz); Santiago, Alexandre e Léo Oliveira (Rio Branco).
Público: 2.690.
Renda: R$ 25.920,00.