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Para dar fôlego ao mercado de veículos após o colapso causado pela pandemia, o governo Lula anunciou um programa de descontos na compra do carro zero ainda no primeiro semestre de 2023. O objetivo de destravar o setor repercutiu na alta procura por carros populares e a medida acabou antes do esperado.

O programa financiado pelo governo federal ofereceu descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil para carros de até R$ 120 mil. A estimativa é que cerca de 125 mil veículos foram vendidos em menos de um mês, sendo 95 mil para pessoas físicas.

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A previsão era que os carros populares ficassem mais baratos por quatro meses, mas os recursos destinados ao programa esgotaram em menos de um mês. A alta demanda por descontos fez o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio de Serviços, Márcio Rosa, classificar a medida como “sucesso absoluto”.

O projeto se estendeu de junho a julho devido à alta demanda e, de acordo com o vice-presidente Geraldo Alckmin, última semana de junho foi o período de maior venda de veículos leves na última década, alcançando a marca de 27 mil carros emplacados no dia 30, índice considerado o maior já registrado.

Durante a vigência, as vendas de carros novos subiram em 24,46%. É o que aponta o levantamento da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). Em junho, 142.017 unidades foram vendidas, enquanto 176.742 foram emplacadas em julho. Comparados os meses de julho de 2022 e 2023, houve o aumento de 30%.

O governo federal investiu R$ 800 milhões em recursos públicos para a indústria automobilística. Desses, R$ 500 milhões fomentaram a compra de carros zero por pessoas físicas, R$ 160 milhões facilitaram a aquisição para empresas e R$ 150 milhões foram usados para cobrir a perda de arrecadação em impostos.

Ainda de acordo com a Fenabrave, 1.720.834 automóveis novos foram vendidos no ano passado. O índice representa o aumento de 9,13% em relação a 2022, quando foram vendidas 1.576.902 unidades. Somados os carros leves e comerciais leves, foram vendidos 2.179.363 automóveis novos em 2023. O comparativo com 2022 indica o aumento de 11,3% em vendas.

A federação se mostra confiante para 2024 e projeta o crescimento de 12% do mercado de veículos novos. A expectativa é que 2.440.887 unidades sejam emplacadas ao longo do ano. 

As vendas de veículos novos caíram 0,41% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2022, informou nesta segunda-feira, 4, a Fenabrave, associação que reúne as concessionárias. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 207.717 unidades foram vendidas no mês passado, quase mil a menos do que em agosto do ano anterior (208.577).

Na comparação com julho, quando foram emplacadas 225.597 unidades, as vendas caíram 7,93% na série sem ajuste sazonal. O recuo ocorreu após o fim do impulso gerado pelos descontos patrocinados pelo governo nos carros, que abateram de R$ 2 mil a R$ 8 mil dos preços de veículos com custo de até R$ 120 mil.

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"As Medidas Provisórias foram muito importantes para aquecer, momentaneamente, o mercado, mas o resultado de automóveis em agosto, agravado pela piora na oferta de crédito, já deixa clara a necessidade de uma política de fomento industrial de longo prazo", afirmou o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, no relatório de divulgação dos dados.

Segundo o executivo, o resultado de agosto só não foi pior porque algumas marcas ainda tinham oferta de veículos com descontos patrocinados. Hoje, a Fenabrave estuda alguns projetos que podem ser propostos ao governo federal com o objetivo de estimular as vendas de automóveis e comerciais leves ao consumidor de menor renda.

As vendas de veículos novos acumulam alta de 9,41% de janeiro a agosto de 2023, na comparação com o mesmo período de 2022.

"Mas devemos lembrar que os emplacamentos tiveram um desempenho abaixo da média histórica no primeiro semestre do ano passado, devido a uma série de fatores (escassez de peças e componentes, guerra na Europa, alta nos combustíveis), e se recuperaram no segundo semestre", destacou Andreta Júnior.

As vendas de veículos tiveram crescimento de 6,5% no mês passado, frente ao mesmo período de 2022, refletindo o impulso ao mercado dos descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil patrocinados pelo governo no preço dos automóveis. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, foram vendidos 189,5 mil veículos zero quilômetro em junho, conforme balanço divulgado nesta terça-feira (4) pela Fenabrave, a associação que representa as concessionárias.

Na comparação com maio, as vendas subiram 7,4%. Pela primeira vez no ano, o ritmo diário bateu a marca de 9 mil veículos. Apesar da corrida dos consumidores às lojas, dada a tendência de esgotamento rápido dos bônus autorizados pelo governo, a espera das locadoras pela liberação dos descontos nas compras de empresas, o que só ocorreu no último dia do mês, limitou o desempenho no mês. As locadoras respondem por três em cada dez carros vendidos no País.

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Como já tinham reforçado os estoques em maio, as montadoras seguiram anunciando paradas de produção após o anúncio de que os descontos durariam pouco tempo. Com o resultado de junho, o primeiro semestre terminou com 998,3 mil veículos emplacados, volume 8,8% superior ao dos seis primeiros meses do ano passado. Vale lembrar que no ano passado as vendas foram comprometidas pela falta de carros no mercado em razão da crise no fornecimento de componentes eletrônicos.

A Fenabrave, entidade que representa as concessionárias de automóveis, informou nesta terça-feira, 13, que o movimento nas revendas chegou a mais do que triplicar - aumento superior a 200% - na primeira semana de descontos de 1,6% a 11,6% patrocinados pelo governo nos preços dos carros. Segundo a entidade, os créditos tributários autorizados pelo governo - de no máximo R$ 500 milhões - não devem durar muito mais do que 30 dias.

A Fenabrave obteve retorno de 54 filiadas em uma consulta sobre a reação do mercado à medida, em vigor desde a terça-feira da semana passada. Na maioria dos casos, os presidentes das associações de revendas relataram grande aumento no fluxo das lojas. O movimento aumentou, principalmente, nas concessionárias que representam marcas com maior número de modelos de entrada no portfólio, uma vez que o incentivo é concedido a carros que custam no máximo R$ 120 mil.

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"O aumento de passagem variou entre 30% a mais de 260%, em alguns casos, o que mostra o sucesso do projeto", afirma o presidente da Fenabrave, José Mauricio Andreta Junior.

O representante do setor de distribuição de veículos acrescenta que um aumento no aporte de recursos federais seria "oportuno" para ampliar o sucesso do programa lançado para incentivar o setor, que vem de vendas abaixo das expectativas desde o início do ano. Isso porque, segundo a Fenabrave, é possível que os bônus de R$ 2 mil a R$ 8 mil liberados para redução nos preços dos carros não superem muito os próximos 30 dias.

"Já podemos sentir que os recursos devem acabar rapidamente, o que mostra como a população estava ávida por uma oportunidade como essa", diz Andreta Jr.

As vendas de motos somaram 110,5 mil unidades no mês passado, mostrando uma alta de 23,2% frente a janeiro de 2022. Contra dezembro, quando as vendas são tradicionalmente mais altas, o setor teve queda de 16,4%.

Os números foram divulgados nesta quinta-feira, 2, pela Fenabrave, a entidade que representa as concessionárias de veículos.

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Líder do segmento de duas rodas, a Honda foi a marca de 69,6% do total de motos vendidas em janeiro. A vice-líder Yamaha ficou com 19,5%.

Como resultado da expansão dos serviços de entrega (delivery) e da busca do consumidor por veículos não só mais baratos, mas também mais econômicos no consumo de combustível, as vendas de motos mostraram crescimento de 17,7% no ano passado. O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (5) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

No total, 1,36 milhão de motocicletas foram vendidas nos 12 meses de 2022.

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Só em dezembro, as vendas somaram 132,1 mil unidades, com alta de 17,6% frente ao mesmo mês de 2021. Na comparação com novembro, o crescimento foi de 7,2%.

As vendas de motos tiveram alta de 24% em outubro frente ao volume de igual mês do ano passado, chegando a 120,3 mil unidades. Na comparação com setembro, mês com um dia a mais de venda, houve leve queda de 2,7% no mercado de motocicletas novas, informou nesta quinta-feira (3) a Fenabrave, associação que representa as concessionárias.

Nos dez primeiros meses do ano, 1,1 milhão de motos foram vendidas no Brasil, o que corresponde a uma alta de 17,9% frente a igual período de 2021.

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Ao comentar o balanço, o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr., observou que o mercado segue aquecido, com espera de consumidores em algumas categorias, apesar da seletividade dos bancos nas análises de crédito. "O mercado de modelos de até 250 cilindradas está bastante aquecido. São, em sua maioria, veículos usados para o trabalho e deslocamentos urbanos e que têm tido boa procura nas concessionárias", afirmou o executivo.

Máquinas agrícolas

As vendas de máquinas agrícolas, entre tratores e colheitadeiras, tiveram crescimento de 19,9% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo a Fenabrave. No total, 6,2 mil unidades foram entregues a produtores rurais em setembro, o que, na comparação com agosto, representa uma alta de 12,3%.

Ao contrário das vendas de carros, que podem ser atualizadas diariamente com base nos licenciamentos diários de veículos, os números de máquinas agrícolas precisam ser levantados pela Fenabrave com os fabricantes. Por isso, as estatísticas têm defasagem de um mês em relação ao balanço das vendas de carros, cujos resultados divulgados hoje pela associação já são relativos a outubro.

Nos nove primeiros meses do ano, as vendas de máquinas agrícolas somaram 49 mil unidades, alta de 23,1% em relação a igual período do ano passado.

As vendas de veículos novos somaram 180,9 mil unidades em outubro, resultado 6,7% menor do que o do mês anterior. Foi a segunda queda seguida após o melhor resultado mensal do ano obtido em agosto, de 208,6 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus vendidos no País.

Em relação a igual mês do ano passado, as vendas aumentaram 11,5%. No acumulado do ano, somam 1,65 milhão de unidades, queda de 5% em relação aos números do mesmo período de 2021.

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Falta de semicondutores para algumas marcas - e consequentemente de alguns modelos -, juros altos para financiamento e expectativas em relação aos resultados das eleições podem ter afastado os consumidores das concessionárias no mês passado.

Os dados do mercado são preliminares. Os oficiais devem ser divulgados nesta quinta (3) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Meta

Esse resultado pode dificultar o setor a atingir a meta de encerrar o ano com vendas totais de 2,14 milhões de veículos previstos pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No mês passado, o presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, ressaltou que para chegar a esse número seriam necessárias vendas médias mensais de 212 mil unidades no último trimestre do ano.

O segmento de automóveis e comercias leves somou vendas de 169,2 mil unidades, 6,8% abaixo de setembro e 12,3% melhor do que em outubro de 2021. No ano, foi vendido 1,57 milhão de veículos dessas categorias, volume 3,4% inferior ao de um ano atrás.

A consultoria Bright Consulting ressalta que a participação de vendas diretas no mercado total foi de 51%, ou seja, metade dos negócios no mês passado foi para locadoras e frotistas, fatia que vem se mantendo nessa média nos últimos meses.

Varejo

As vendas no varejo (para pessoas físicas) se mantiveram em níveis similares aos de setembro, com média diária de 4.253 unidades, informa a Bright. Modelos elétricos e híbridos seguem representando 2,5% das vendas totais.

No ano, a Fiat, marca do grupo Stellantis, segue liderando as vendas de automóveis e comerciais leves, com 21,9% de participação. Na sequência das cinco maiores marcas estão General Motors (14,8%), Volkswagen (13,2%), Hyundai (9,9%) e Toyota (9,7%).

Na lista de modelos mais vendidos, a picape Fiat Strada segue na frente, com 94 mil unidades. Seguem Hyundai HB20 (79,8 mil), Chevrolet Onix (68,3 mil) e Onix Plus (59,2 mil) e Fiat Mobi (56,8 mil).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As vendas de motos tiveram alta de 15,4% em agosto frente ao volume de igual mês do ano passado, chegando a 118,5 mil unidades. Na comparação com julho, houve crescimento de 10,2% no mercado de motocicletas novas, informou nesta sexta-feira (2) a Fenabrave, associação que representa as concessionárias.

Nos oito primeiros meses do ano, 862,9 mil motos foram vendidas no Brasil, o que corresponde a uma alta de 17,8% frente a igual período de 2021.

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Ao comentar o balanço do mês passado, o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr., observou que o mercado continua aquecido, como reflexo da expansão dos serviços de entrega (delivery) e da demanda por veículos financeiramente mais acessíveis, tanto em preço quanto em consumo de combustível.

"Não fosse a escassez de motocicletas, ocorrida em alguns meses do ano, os resultados poderiam ser ainda melhores", afirma o presidente da Fenabrave.

Líder com folga desse mercado, a Honda respondeu por 76,1% de todas as motos vendidas no Brasil entre janeiro e agosto. Vice-líder, a Yamaha ficou com 16,2%.

As vendas de motos tiveram alta de 20,8% em maio frente ao volume do mesmo mês do ano passado, chegando a 133,4 mil unidades. Na comparação com abril, houve crescimento de 23,8% no mercado de motocicletas novas, informou nesta quinta-feira (2) a Fenabrave, associação que representa as concessionárias.

Ao comentar o balanço, o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, disse que, entre os segmentos do mercado automotivo, as motos são, "de longe", as que apresentam melhor resultado neste ano, apesar das restrições nas aprovações de crédito no segmento

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A inflação dos combustíveis ajudou a dar um impulso às vendas de motos, já que o veículo é mais econômico. Além disso, o consumo é alimentado pela expansão dos serviços de entrega (delivery).

Nos cinco primeiros meses do ano, 515,8 mil motos foram vendidas no Brasil, o que corresponde a uma alta de 25,6% frente a igual período de 2021.

Ranking

Líder com folga desse mercado, a Honda respondeu por 76% de todas as motos vendidas no Brasil entre janeiro e maio. Vice-líder, a Yamaha ficou com 16,8%.

As vendas de veículos novos no País terminaram o mês passado com volume próximo ao registrado em março, mas como abril teve três dias a menos de emplacamentos, o desempenho pode ser visto como um sinal de reação do setor. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 147,2 mil unidades foram entregues em abril, um leve aumento de 0,3% na comparação com março, segundo balanço divulgado nesta terça-feira (3) pela Fenabrave, a associação das revendas.

Apesar da melhora de ritmo na margem, as vendas caíram 15,9% se comparadas a abril de 2021. Quando se compara os volumes registrados em igual mês de cada ano desde 2006, as vendas do mês passado só são melhores do que as de abril de 2020, quando as concessionárias fecharam em razão da chegada da pandemia e o mercado totalizou menos de 60 mil veículos.

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Desde o início do ano, 552,8 mil veículos foram vendidos no Brasil, queda de 21,4% frente aos quatro primeiros meses de 2021 e o volume mais baixo, entre iguais períodos, dos últimos 16 anos.

O corte concedido pelo governo no fim de fevereiro no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) tem sido até agora tímido em estimular o consumo de automóveis. Após sucessivos aumentos de preços há mais de um ano, e agora pressionada pela escalada dos juros, a demanda perde força, o que se traduz em aumento dos estoques de carros.

Na abertura por segmento, as vendas de carros de passeio e utilitários leves, como picapes e vans, recuaram 16,8% em abril ante o mesmo mês do ano passado, somando 136,3 mil unidades. Líder do mercado, a Fiat é a marca de 22,2% dos carros vendidos desde o início do ano. Na sequência, aparecem General Motors (14%), Toyota (11,1%) e Hyundai (10,7%).

As paradas de produção por falta de componentes prejudicaram as vendas de caminhões, cuja queda na comparação interanual foi de 4,4%, para 9,4 mil unidades no mês passado. Já as vendas de ônibus - 1,5 mil unidades no mês passado - subiram 9% frente ao total registrado em abril de 2021, mostrando que o setor, fortemente afetado pela pandemia, segue a retomada permitida pela imunização.

No segundo melhor resultado do ano, as vendas de veículos novos no País tiveram alta de 7,7% na passagem de abril para maio, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (2) pela Fenabrave, associação que representa as concessionárias de automóveis.

No total, 188,7 mil unidades foram vendidas, entre carros de passeio, utilitários leves, como picapes e vans, caminhões e ônibus. O número é mais do que o triplo (alta de 203%) em relação aos 62 mil veículos de maio do ano passado, quando as concessionárias estavam, em grande parte, fechadas no início da crise sanitária.

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Sem tantas interrupções de montadoras, dada a recomposição mínima de estoques de peças nas semanas de paralisação das fábricas entre o fim de março e começo de abril, e com o relaxamento de restrições que permitiram o retorno de concessionárias fechadas por restrições da segunda onda da pandemia, o resultado ficou próximo do melhor resultado, até agora, de 2021: março, quando houve comercialização de 189,4 mil veículos.

Mesmo assim, o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, diz que as entregas de veículos ainda não atingiram o equilíbrio, dada a falta de componentes, principalmente eletrônicos, o que mantém a situação de represamento de vendas.

"Nos resultados de maio, notamos que uma parcela dos emplacamentos se refere às vendas realizadas em meses anteriores. Como consequência da menor oferta, os estoques de veículos, para todos os segmentos, se mantêm em um nível muito baixo", comenta Alarico.

No acumulado de janeiro a maio, 891,6 mil veículos foram vendidos, levando para 31,9% o crescimento na comparação com os cinco primeiros meses do ano passado, período em que o setor foi surpreendido pela pandemia e não contava com as soluções digitais, adotadas nesta quarta, para atendimento de consumidores fora das revendas.

Do total vendido desde o início do ano, a Fiat ficou com 21,4%, liderando o mercado. Na sequência, aparecem Volkswagen (17%), General Motors (13,5%) e Hyundai (9,4%).

De acordo com dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a venda de carros usados foi cinco vezes maior do que a de modelos novos no país em março. O levantamento mostra que foram comercializados 915 mil veículos de segundo mão e 177 mil automóveis 0 km.

Os números apresentados mostram uma tendência de alta. Em janeiro foram vendidos 869 mil carros usados, e em fevereiro 876 mil. Assim, o primeiro trimestre do ano teve mais de 2,6 milhões negociações de modelos de segunda mão. Se comparado com o mesmo período de 2020, o crescimento foi de 13,88%, quando foram registrados cerca de 2,3 milhões de usados vendidos.

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Segundo especialistas, a pandemia tem sido o agravante na comercialização de veículos 0 km, uma vez que diversas montadoras precisaram paralisar as operações de montagem e fabricação, como Fiat, Chevrolet, Honda e Toyota. A cotação do dólar também influencia nesse registro, pois apresenta índices cada vez maiores desde o último ano e eleva o preço dos componentes eletrônicos dos carros novos de fábrica.

Não há mais ofertas de automóveis 0 km abaixo de R$ 40 mil no Brasil, e aqueles que podem arcar com o custo precisam aguardar em fila de espera até a entrega da documentação e o veículo em si. Já na venda dos usados, os preços de mercado variam entre R$ 25 a R$ 35 mil, e o processo burocrático e financeiro está nas mãos de pessoas físicas, sem interferência de fábrica.

No ranking dos dez carros com mais unidades vendidas no mês de março está o Volkswagen Gol (69.388), seguido do Fiat Palio (42.880), Fiat Uno (40.441), Fiat Strada (26.404), Chevrolet Celta (25.291), Chevrolet Onix (22.752), Volkswagen Fox (22.389), Ford Ka (20.894), Toyota Corolla (20.676) e Ford Fiesta (20.117).

Por Thaiza Mikaella

No pior fevereiro em três anos, as vendas de veículos novos no País caíram no mês passado 16,7% se comparadas ao volume do segundo mês de 2020, quando o mercado ainda funcionava sem as restrições da pandemia. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 167,4 mil unidades foram comercializadas, o que na comparação com janeiro representa uma queda de 2,2%.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (2), pela Fenabrave, entidade que representa as concessionárias, e mostram que o mercado segue perdendo ritmo em meio à limitação da oferta de carros nas revendas, dada a falta de componentes que leva a atrasos de produção e paralisações de montadoras.

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Desde 2018, quando foram vendidos 156,9 mil veículos no segundo mês do ano, o setor não tinha um fevereiro tão fraco.

Em meses consecutivos, o último resultado foi o menor desde junho, confirmando assim o esfriamento do mercado após a arrancada, com a flexibilização das quarentenas, que levou os volumes mensais para acima de 200 mil veículos nos meses de setembro a dezembro.

No acumulado dos dois primeiros meses do ano, 338,5 mil veículos foram vendidos no Brasil, 14,2% abaixo do volume registrado no mesmo período de 2020.

No primeiro bimestre, a Fiat liderou as vendas, com 20,1% do total. Na sequência, aparecem Volkswagen (16,6%), General Motors (16,1%) e Hyundai (9,4%).

Com 85,8 mil unidades emplacadas, as vendas de motos novas no Brasil recuaram 6,4% em janeiro, na comparação com o mesmo período de 2020. Frente a dezembro, a queda foi de 13,1%, de acordo com balanço da Fenabrave, entidade que representa as concessionárias de veículos.

O resultado de janeiro foi influenciado por limitações da produção de motocicletas, concentradas no polo industrial de Manaus, onde o sistema de saúde entrou em colapso, levando o governo estadual a restringir o funcionamento das fábricas a 12 horas diárias de segunda a sexta-feira, incluindo o tempo de deslocamento dos funcionários.

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Além disso, como todo oxigênio está sendo direcionado aos hospitais, no tratamento de pacientes com covid-19, as fábricas estão ficando sem gás industrial, agravando o quadro de falta de insumos.

A Honda, líder com folga do mercado de duas rodas, interrompeu a produção na segunda-feira da semana passada, dando férias coletivas aos operários e funcionários de áreas administrativas.

Ao comentar o resultado, o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, informou que o estoque de motos nas concessionárias está "extremamente baixo", sendo que a espera de clientes por alguns modelos chega a 60 dias.

"A demanda segue aquecida, fomentada pela consolidação da motocicleta como veículo de transporte pessoal e de carga, dado o incremento das vendas do e-commerce, além da boa oferta de crédito pelas instituições financeiras, que estão aprovando 45% das propostas apresentadas", afirmou o executivo em nota.

Com 225 mil unidades emplacadas, novembro renovou o melhor mês do ano na comercialização de veículos zero quilômetro. Na comparação com outubro, recorde anterior de 2020, as vendas subiram 4,65%. Ainda assim, o volume ficou 7,12% abaixo do total vendido no mesmo mês do ano passado, uma queda em parte explicada por restrições de oferta, já que, apesar da fila de espera de clientes frotistas como as locadoras, as montadoras ainda aguardam sinais mais claros de que a recuperação não se limita a uma demanda reprimida para reabrir turnos de produção fechados na pandemia. A produção também vem sendo limitada pela insuficiência de insumos.

No acumulado desde janeiro, as vendas recuam 28,15%, num total de 1,81 milhão de unidades licenciadas nos 11 primeiros meses do ano.

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Divulgados pela Fenabrave, entidade que representa as concessionárias de automóveis, os números englobam carros de passeio, utilitários leves, como picapes e vans, caminhões e ônibus.

Ao comentar o desempenho do setor no mês passado, o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, disse que a produção, principalmente por falta de peças nas linhas de montagem, não retornou aos patamares de antes da pandemia, o que causa "problemas" de oferta de alguns modelos.

Segundo ele, os consumidores estão mais confiantes na tomada da decisão de compra e aproveitaram até os últimos dias de novembro a isenção do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no financiamento de automóveis.

"Mesmo com novembro tendo um dia útil a menos (20 dias), em relação a outubro (21 dias), a trajetória de alta do mercado se manteve", destacou Assumpção Júnior.

Desagregando o balanço por segmento, as vendas de carros de passeio e utilitários leves tiveram no mês passado alta de 4,4% em relação a outubro e queda de 7,2% no comparativo anual.

Ranking

No total, 214,3 mil carros foram licenciados em novembro, quando a Fiat liderou o mercado, com 18,42% das vendas totais, seguida por General Motors (18,3%), Volkswagen (16,03%) e Hyundai (8,42%). No acumulado do ano, as vendas de carros registram queda de 28,62%, num total de 1,72 milhão de unidades em 11 meses.

Caminhões

Já as vendas de caminhões, um total de 9 mil unidades no mês passado, subiram 13,23% frente a outubro e recuaram 1,55% na comparação com novembro de 2019. O resultado leva as vendas de caminhões acumuladas desde janeiro para 79,6 mil unidades, com queda de 14,81%.

Ônibus

No mercado de ônibus, foram emplacados 1,74 mil veículos no mês passado, o que representa uma queda de 5,32% em relação a outubro. Na comparação com novembro de 2019, as vendas de coletivos recuaram 21,76%. Desde janeiro, um total de 16,7 mil ônibus foram vendidos no Brasil, 32,68% a menos do que nos 11 primeiros meses de 2019, como reflexo do impacto da pandemia na circulação de pessoas.

A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) informou hoje (2) que foram emplacados 328.233 veículos, em setembro. Com os registros, o acumulado do ano chegou a 2.132.549, quantidade 27,77% menor que a de 2019.

Em relação a agosto, a variação foi positiva, de 9,55%, indicando recuperação. Na contagem, são considerados automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários, entre outros.

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O que se observou foi um crescimento em apenas duas categorias: a de motocicletas (3,77%) e a de automóveis e comerciais leves (14,56%). Ao todo, foram vendidas 99.623 motocicletas e 198.792 unidades de automóveis e comerciais leves. Na comparação com setembro de 2019, os índices apresentaram, respectivamente, alta de 13,55% e queda de 10,92%.

Sobre o segmento de caminhões, a Fenabrave disse, em nota, que, "mesmo com a demanda aquecida, continua enfrentando um gargalo na produção". Pela explicação da entidade, foi esse o fator que ocasionou a diminuição de 8,29% no volume de emplacamentos, ante agosto, fazendo com que setembro fosse encerrado com 7.411 unidades. O desempenho foi bastante inferior ao de setembro de 2019, de queda de 20,31%.

Dificuldades na esteira de produção

Conforme afirmou o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, um dos principais percalços da produção é a falta de componentes. Na sua avaliação, um dos pontos que têm contribuído para a melhora nos números do segmento de caminhões é a concessão de créditos. Segundo ele, houve, no período, "uma boa oferta", com oito a cada dez solicitações de crédito sendo deferidas. O financiamento foi mais fácil do que os relativos à aquisição de motocicletas, seção em que somente 4,2 pedidos foram aprovados.

A demanda de implementos rodoviários também caiu, no mês passado. Em agosto, havia registrado emplacamento de 6.523 unidades, passando para 6.408 unidades em setembro, gerando uma diferença de 1,76%. Houve, porém, alta de 22,83%, quando a referência é setembro de 2019 (5.217 unidades).

O relatório da Fenabrave destaca também que, em setembro, os emplacamentos de ônibus tiveram uma retração de 13,62%, na comparação com agosto, totalizando 1.535 unidades, contra 1.777 do mês anterior. Quanto a setembro de 2019 (2.323 unidades), o volume foi 33,92% menor. Tomando como parâmetro o acumulado do ano, a queda foi de 34,03%.

Máquinas agrícolas

De acordo com a Fenabrave, o segmento de tratores e máquinas agrícolas tem, como os demais setores, enfrentado problemas de produção. Isso, diz a entidade, tem impedido as montadoras de suprir a demanda.

'Em agosto, as vendas (3.983 unidades) registraram queda de 9,83%, na comparação com o mês de julho (4.417). Ante agosto de 2019, a queda foi de 6,96% – quando o segmento registrou 4.281 unidades comercializadas. No acumulado do ano, de janeiro a agosto, a queda foi 5,17%, contra o mesmo período de 2019. Em 2020, foram comercializadas 26.662 unidades, contra 28.117, em 2019", detalha a Fenabrave, salientando que, por não serem emplacados, os tratores e as máquinas agrícolas apresentam dados com um mês de defasagem, que são fornecidos pelos fabricantes.

Perspectivas para 2020

No comunicado, a Fenabrave complementa o balanço com projeções para o fechamento deste ano. Em julho, estimava-se queda de 35,8%. Porém, com a recuperação verificada, o índice foi revisado para 25,3%.

No início do ano, imaginava-se que o segmento de automóveis e comerciais leves fosse alcançar um crescimento de 9%. Em julho, a previsão tornou-se de queda de 37,1%. Agora a estimativa é de que a redução seja de 29,4%, enquanto aquelas esperadas para caminhões, ônibus e motocicletas são de 14,9%,  33,1% e 17,7%. Os implementos rodoviários, por sua vez, deverão fechar o ano com alta de 2,9%.

As vendas de veículos novos registraram uma queda de 13,67% em agosto em comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foram emplacadas 299,6 mil unidades em agosto. O número representa um crescimento de 7,35% em relação a julho.

No acumulado dos primeiros oito meses do ano, a comercialização de veículos apresentou queda de 31%, com a venda de 1,8 milhão de unidades. No período de janeiro a agosto de 2019, foram 2,6 milhões.

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O segmento de automóveis e veículos comerciais leves registra, de janeiro a agosto, uma retração de 35,7%, com o emplacamento de 1,02 milhão de unidades. Em agosto, a queda ficou em 24,7%, em comparação com o mesmo mês de 2019, com a venda de 173,5 mil automóveis.

Caminhões e motos

No setor de caminhões, a redução nas vendas foi menor, 15,7% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram vendidas no período 8 mil unidades. Nos oito primeiro meses do ano, as vendas de caminhões totalizaram 55,2 mil unidades, uma queda de 15,6% em relação ao período de janeiro a agosto de 2019.

Os emplacamentos de motocicletas tiveram alta de 8,29% em agosto em relação ao mesmo mês de 2019, com a venda de 96 mil veículos de duas rodas. No acumulado do ano, o setor registra queda de 25% em relação ao período de janeiro a agosto do ano passado, com a comercialização de 531,4 mil unidades.

Demanda reprimida e juros baixos

Para o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, a alta nas vendas de motos atende a uma demanda reprimida dos meses em que as montadoras paralisaram a produção. “Com a retomada de parte da produção, pelas montadoras, os volumes de emplacamentos vêm crescendo para atender à demanda reprimida. Contudo, ainda permanecem problemas de produção, pela falta de peças e componentes”, ressaltou.

Sobre os resultados de agosto em relação aos veículos em geral, Assumpção acredita que os números mostram que “o mercado vem retomando patamares mais altos de volume e se ajustando ao ‘novo normal’”.

De acordo com o presidente da Fenabrave, as taxas de juros estão atrativas e as pessoas têm comprado carros como forma de se locomover com mais segurança durante a pandemia de coronavírus. “A manutenção da taxa Selic [taxa básica de juros], em níveis baixos, assim como a pandemia, têm estimulado a compra de carros para o transporte individual das pessoas. Além disso, os financiamentos ficaram mais acessíveis”, disse.

Com apenas 55,7 mil veículos novos vendidos em abril, o mercado brasileiro registrou o pior resultado mensal para o setor desde fevereiro de 1999. No mês passado, o primeiro completo de medidas restritivas por causa da pandemia do coronavírus, os negócios caíram 76% em relação a abril do ano passado e 66% ante março, quando começaram as limitações para indústria e comércio.

Nos primeiros quatro meses do ano, as vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus caíram 27% na comparação com o mesmo período de 2019, com 613,8 mil unidades. "Voltamos aos números de 28 anos atrás; isso é de machucar", diz o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Alarico Assumpção Júnior.

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Segundo ele, o baixo desempenho das vendas é resultado do fechamento das concessionárias, principalmente em São Paulo, que há um ano respondia por 26% do mercado de veículos no País. Em abril, essa participação foi de 0,9%. "Se essa situação se manter, cerca de 30% das revendas vão falir", prevê. O setor contabiliza 7,3 mil lojas, incluindo as de motos e máquinas agrícolas.

Assumpção afirma que os concessionários têm condições de seguir todas as regras previstas para evitar a contaminação pelo coronavírus. Questionado se os consumidores não teriam receio de comprar automóveis nesse momento de incertezas, ele responde que, "com portas abertas será trabalho nosso buscar clientes".

O executivo ressalta que, apesar dos esforços de todas as empresas para promover as vendas online, "o consumidor brasileiro ainda prefere ir à revenda, olhar e tocar no carro".

Só o segmento de automóveis e comerciais leves teve queda de 77% nas vendas do mês passado ante o mesmo mês de 2019. No acumulado do ano a retração é de 27%.

Retrocesso

Ricardo Bacellar, responsável no Brasil pela área automotiva da consultoria KPMG, ressalta que, nos últimos dois meses, as vendas de veículos no País caíram 50%, mais do que em dois anos - entre 2014 e 2016, no auge da crise que levou ao impeachment da então presidente Dilma Rousseff, a queda foi de 30%.

A partir de 2017 o setor vinha se recuperando e esperava voltar à casa de 3 milhões de unidades vendidas, marca que alcançou pela última vez há cinco anos. Agora, executivos das montadoras preveem um mercado entre 25% e 40% inferior ao do ano passado, que teve vendas de 2,78 milhões de veículos. "Em dois meses o mercado passou a marca registrada no acumulado de dois anos", afirma Bacellar.

Linha especial

O presidente da Fenabrave informa ainda que aguarda medidas urgentes de socorro ao setor automotivo, que opera sem liquidez. Juntamente com dirigentes das Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes (Sindipeças), ele tem se reunido com representantes do Ministério da Economia, do BNDES e do setor financeiro público e privado para discutir uma linha de crédito especial.

"Precisamos de capital de giro para atravessar essa pandemia", afirma Assumpção. Ele diz que o governo tem se sensibilizado com a situação e espera medidas em breve. O setor também reivindica postergação de pagamento de impostos federais e parcelamento dos débitos quando as empresas retomarem atividades.

Bacellar, da KPMG, também acredita que haverá convergência entre empresas e governo em relação a um programa de socorro. Ele lembra que a indústria automotiva como um todo respondeu por um terço da arrecadação dos impostos do governo federal em 2019 e emprega mais de 1 milhão de pessoas. "Ninguém tem interesse que o setor vá à bancarrota."

Assumpção afirma que, por enquanto, as revendas estão mantendo os funcionários e a maioria delas adotou medidas previstas na MP 936, como redução de jornada e salários.

Se somar as vendas de motocicletas e máquinas agrícolas, a Fenabrave contabiliza 930,9 mil unidades vendidas de janeiro a abril, ante 1,244 milhão nos mesmos quatro meses de 2019. "Isso demonstra o resultado da chamada parada súbita de nossa economia e da inoperância da maior parte das concessionárias em decorrência da quarentena, decretada pelos Estados", afirmou o executivo.

Retomada da produção

Algumas montadoras começam a retomar as atividades de forma parcial, assim como fabricantes de autopeças. Na semana passada voltaram a operar as fabricantes de caminhões e ônibus Scania e Volkswagen/MAN.

Na segunda-feira, 4, foi a vez das montadoras de automóveis Renault e BMW e das marcas de caminhões DAF e Volvo (que também faz ônibus) reabrirem as fábricas.

Ao longo deste mês estão previstos os retornos de Audi, FCA Fiat Chrysler, Hyundai, Mercedes-Benz, Nissan e Volkswagen. Ford, General Motors, Honda, Jaguar Land Rover, PSA Peugeot Citroën e Toyota marcaram a volta dos trabalhadores às linhas de montagem ao longo de junho.

Na próxima sexta-feira a Anfavea vai divulgar dados de produção - provavelmente os piores da história do setor, pois 63 das 65 fábricas do País estavam com as portas fechadas desde meados de março -, empregos e exportações.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Outubro teve o melhor resultado em vendas de veículos novos em 12 meses, com um total de 253,4 mil unidades. O número é 7,9% maior que o de setembro, mas 0,5% inferior ao de igual mês de 2018, que teve vendas de 254,7 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.

No ano, as vendas somam 2,282 milhões de veículos, alta de 8,7% ante o mesmo intervalo de 2018, segundo dados divulgados ontem pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

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O presidente da entidade, Alarico Assumpção Júnior, diz que "o ritmo de crescimento permanece moderado e estável, e positivo no acumulado, o que é muito importante para os resultados do setor em 2019". A alta de outubro ante setembro se deve, em grande parte, ao fato de o mês ter dois dias úteis a mais.

"Se considerarmos apenas os dias corridos, o mercado permaneceu praticamente estável, com pequena retração de 0,43%", diz Assumpção, se referindo à média diária de vendas.

 

Férias

 

Apesar do desempenho positivo em vendas ao mercado interno, montadoras estão dando férias coletivas em razão da queda das exportações para a Argentina ou abrindo programas de demissão voluntária (PDV) para adequar a produção à demanda do mercado.

Cerca de 1,2 mil trabalhadores da Volkswagen de Taubaté (SP) estão em casa desde segunda-feira e só retornam no dia 18. A fábrica já tinha dispensado parte do pessoal por dez dias em setembro e em dezembro vai dispensar todos os 3,1 mil funcionários para férias de fim de ano.

A General Motors abriu PDV na fábrica de São José dos Campos (SP), mas não revela metas. Apenas informa que fará um remanejamento de mão de obra para adequar a produção.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a produção de motores será reduzida e funcionários do setor serão transferidos para as linhas da S10 e do Trailblazer. A planta emprega 5 mil pessoas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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