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Cidade do México - A Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) espionou Felipe Calderón quando ele era presidente do México, entre 2006 e 2012, disse neste domingo ( 20) a revista alemã Der Spiegel. A revista citou documentos revelados pelo ex-analista da NSA Edward Snowden, atualmente asilado na Rússia.

Segundo a Der Spiegel, os documentos descrevem uma "operação líquido raso", que teria invadido o domínio na internet da Presidência do México, usado não só pelo presidente como também pelos membros de seu ministério. A Escola de Governo Kennedy, da Universidade Harvard, onde Calderón agora é um pesquisador, não respondeu a pedidos para que comentasse o caso.

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Outro documento da NSA revelado anteriormente, datado de junho de 2012, mostrou que a agência norte-americana também lia os e-mails do sucessor de Calderón, o atual presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, antes de ele ser eleito. Peña Nieto declarou que esse ato, se confirmado, é ilegal. O México exigiu que o caso seja investigado.

O presidente do México, Felipe Calderón, reconheceu nesta segunda-feira que o governo cometeu erros na luta contra o narcotráfico, embora tenha afirmado que eles foram a exceção e que sua presidência contribuiu para evitar que a criminalidade organizada tomasse conta do Estado mexicano. Calderón fez hoje seu sexto e ultimo discurso "estado da União". O mandatário passará em 30 de novembro o cargo ao presidente eleito, Enrique Peña Nieto. Calderón disse que os cartéis do narcotráfico provocaram um dano "incalculável" ao México, em particular por causa dos assassinatos e desaparecimentos.

"Certamente foram cometidos erros e em alguns casos abusos, mas foram a exceção e não a regra...por alguns casos isolados não podem ser julgadas as instituições", disse Calderón. Grupos mexicanos e estrangeiros de defesa dos direitos humanos mexicanos têm denunciado nos últimos anos abusos - incluídos assassinatos e estupros - cometidos por alguns integrantes das forças federais, polícia e militares, que participam desde 2006 da luta contra os cartéis do narcotráfico.

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Calderón é um político do conservador Partido de Ação Nacional (PAN) que governou o México desde 2000. Peña Nieto, o presidente eleito, é do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que governou o país de 1929 a 2000 e volta ao poder.

"Jamais recorri ao Estado de exceção" disse Calderón, em referência ao fato de nunca ter ordenado o estado de sítio ou ter suspendido as garantias constitucionais para combater o crime. Desde dezembro de 2006, quando foi lançada a guerra ao narcotráfico, dezenas de milhares de pessoas foram mortas no México. Calderón desejou boa sorte a Peña Nieto e pediu a todos os mexicanos que apoiem o novo presidente. Calderón disse que o governo "deve seguir no combate ao crime, com firmeza".

As informações são da Associated Press.

As urnas foram abertas para eleger o novo presidente do México, onde eleitores exaustos da violência parecem preparados para devolver o poder ao partido que governou o país por sete décadas seguidas.

Enrique Peña Nieto, que concorre pelo Partido Revolucionário Institucional (PRI), obteve folgada maioria nas pesquisas de intenções de voto contra seus oponentes, o ex-prefeito da Cidade do México que perdeu por pouco as eleições presidenciais anteriores, Andrés Manuel López Obrador do Partido da Revolução Democrática (PRD), e a candidata do governante Partido da Ação Nacional (PAN), Josefina Vázquez Mota, que participou do impopular governo do presidente Felipe Calderon.

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A pesquisa mais recente permitida por lei foi feita na quarta-feira e mostrou Peña Nieto com uma vantagem de 10 a 17 pontos.

Entretanto, Andres Manuel Lopez Obrador insiste que o número mostra que pode obter a vitória. Lopez Obrador perdeu as eleições em 2006, por menos de 1% dos votos e disse que sua vitória foi roubada. O resultado foi seguido por semanas de manifestações, paralisando a Cidade do México.

O presidente é eleito por maioria simples para um termo de seis anos e não pode ser reeleito. Reeleições consecutivas são também proibidas para todas as outros posições de governo. A eleição é de turno único.

A desconfiança no sistema eleitoral mexicano é alta. As pesquisas pré-eleitorais mostram que 40% de quase 80 milhões dos eleitores não deverão comparecer as urnas. Uma pesquisa conduzida na sexta-feira pela Universidade Autônoma do México indicou que 71% dos mexicanos consideram factível a possibilidade de fraude nessas eleições.

As autoridades eleitorais têm trabalhado, por sua vez, para convencer os céticos de que as eleições serão limpas. "Esta será a eleição mais observada de nossa história", disse um funcionário do alto escalão do Instituto Eleitoral Federal.

Próximo de 1 milhão de mexicanos, assim como 700 observadores internacionais permanecerão nos postos de votação pelo país para observar o processo. Também nas urnas estarão 500 membro da Câmara dos Deputados, 128 membros do Senado e vários prefeitos e outros ocupantes de posições de governo. As informações são da Dow Jones.

O Anonymous fez sua reaparição ontem (18), quando invadiu o site do G20 enquanto acontecia a reunião do grupo, no México, que reúne os países mais ricos e industrializados do mundo e também os emergentes.

Os sites g20.org e g20mexico.org foram invadidos no momento da abertura do evento, quando Felipe Calderón, presidente do México, dava as boas vindas aos convidados e fazia o seu discurso de abertura. As páginas passaram vários minutos fora do ar, o que impediu que a transmissão ao vivo pudesse ser vista pelo público.

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O grupo hacker também emitiu mensagens de protesto que deixava claro que, para eles, o G20 tem responsabilidade no que se refere à pobreza do mundo.

O governo do México anunciou nesta quarta-feira que o número de mortos no país, desde que começou a guerra contra o narcotráfico no final de 2006, subiu para 47.515 até setembro de 2011. O número é inferior a estimativas feitas pelos jornais mexicanos La Jornada e Reforma, embora seja superior a uma contagem feita pelo jornal Milenio, publicou nesta quarta-feira o jornal El Paísda Espanha. O presidente do México, Felipe Calderón, lançou a guerra ao narcotráfico em dezembro de 2006, logo após assumir o cargo.

A Procuradoria Geral do México informou em comunicado nesta quarta-feira que o número de mortos na violência derivada da guerra ao narcotráfico, nos primeiros nove meses do ano passado, subiu a 12.903, em comparação aos 11.583 mortos no período entre janeiro e setembro de 2010.

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Os números foram divulgados após o Instituto Federal de Acesso à Informação Pública do México (IFAI) ter mandado um comunicado à Procuradoria, pedindo a publicação dos dados e ameaçando a instituição no caso de uma negativa. Antes de uma reunião dos conselheiros do IFAI nesta quarta-feira, o governo liberou os número à imprensa e eles mostram que houve um aumento no número de mortos na guerra às drogas. O número de mortes devido aos confrontos entre delinquentes cresceu 11,4% nos primeiros nove meses de 2011 em comparação a 2010.

Mas a mudança não foi tão dramática como em 2010, em comparação a 2009, quando o número de mortes cresceu 59%, passando de 9.614 para 15.273 nos respectivos anos.

"Foi o primeiro ano em que o crescimento da taxa de homicídios foi significativamente menor em comparação ao que foi observado nos anos anteriores", disse a Procuradoria em comunicado.

As cidades onde a violência se concentrou mais foram Ciudad Juárez, na fronteira com os Estados Unidos, com 1.206 homicídios; o balneário de Acapulco, no Pacífico, com 795 homicídios; e a cidade nortista de Torreón, com 476 mortes. Ciudad Juárez é considerada a cidade mais violenta do México. Mas lá o número de mortos pelo crime organizado caiu em cinco vezes entre janeiro e setembro de 2011, em comparação ao mesmo período de 2010, quando foram mortas 5.800 pessoas na cidade.

Estimativas dos jornais mexicanos sobre a praga da droga e da violência que afligem o país variam um pouco. La Jornada estima que foram mortas 51.918 pessoas entre 2006 e 2011, enquanto o Reforma diz que a guerra ao narcotráfico deixou 50.285 mortos. A estimativa do número de mortos do jornal Milenio é um pouco menor que as dos dois outros e também que a do governo. O Milenioestima que foram mortas 46.969 pessoas.

As informações são da Associated Press.

O candidato a presidente do México pelo maior partido de esquerda nas últimas eleições presidenciais do país, Andrés Manuel López Obrador, disse nesta terça-feira que disputará novamente a presidência mexicana nas eleições de 2012, após uma pesquisa de intenção de voto interna mostrá-lo na frente para a corrida presidencial no Partido da Revolução Democrática (PRD). Seis mil eleitores partidários da esquerda foram entrevistados na pesquisa, encomendada pelo partido de Obrador, o PRD. Ex-prefeito da Cidade do México, Obrador tem 58 anos. Obrador deverá enfrentar o ressurgimento do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que governou o México durante décadas no século passado e voltou a crescer com o desgaste do governo conservador.

O atual prefeito da Cidade do México, Marcelo Ebrard, é um possível rival de Obrador dentro do PRD. Mas Ebrard disse que poderá desistir de uma possível candidatura para que Obrador, que perdeu por pouco as eleições de 2006 para o presidente Felipe Calderón, possa se candidatar. Calderón é do Partido de Ação Nacional (PAN), de direita. As próximas eleições presidenciais acontecerão em julho de 2012.

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"Uma esquerda dividida, como tem ocorrido até agora no país, levará o México para o precipício", disse Ebrard.

A eleição de Calderón foi contestada pela esquerda mexicana, que não se conformou com a derrota, por estreita margem, de Obrador. No final de 2006, partidário de Obrador ocuparam o Zocalo, principal praça da capital mexicana, e interromperam o tráfego na elegante avenida reforma durante semana.

Pesquisas mais amplas, contudo, mostram que quem está na frente na corrida presidencial é Enrique Peña Nieto, ex-governador do Estado do México e candidato do Partido Revolucionário Institucional (PRI), o qual governou o México desde o final da revolução, na década de 1920, até o ano 2000. Pesquisas indicam que o PRI também retoma lentamente o poder no interior do México, em parte devido ao desgaste dos 11 anos de governo do Pan e também à escalada da violência acelerada pela guerra ao narcotráfico, que Calderón lançou no final de 2006 e que já deixou cerca de 40 mil mortos desde aquele ano ao redor do país.

Mas o Partido da Revolução Democrática também perdeu força desde 2006, quando os simpatizantes de López Obrador contestaram a eleição de Calderón. O partido ficou dividido e perdeu eleitores mesmo nos Estados onde tinha votação mais expressiva. Pesquisas recentes mostram que o PRI pode derrotar o PAN e o PRD até mesmo na Cidade do México. O PRD governa a capital mexicana desde 1997.

A maioria dos mexicanos, mostram pesquisas recentes, são hoje centristas cujas maiores preocupações são a escalada da criminalidade e a situação da economia.

As informações são da Associated Press.

O presidente do México, Felipe Calderón, cancelou sua viagem a Honolulu (Havaí, EUA), onde participaria da reunião de cúpula da Apec (fórum de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico). Segundo um porta-voz, o cancelamento resultou do acidente de helicóptero que matou o ministro do Interior do México, Francisco Blake Mora.

As informações são da Dow Jones.

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O ministro do Interior do México, Francisco Blake Mora, e outras sete pessoas morreram nesta sexta-feira após o helicóptero em que viajavam ter caído ao sul da capital, de acordo com informações confirmadas pelo governo do México. O canal de televisão Milênio disse que o helicóptero caiu quando voava para Cuernavaca, cerca de uma hora ao sul da capital.

"Estamos investigando todas as possíveis causas deste trágico acidente", disse Alejandra Sota, porta-voz dos assuntos de Segurança do governo federal mexicano, ao Wall Street Journal.

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Blake, membro do Partido de Ação Nacional (PAN), do presidente Felipe Calderón, era o responsável pela segurança interna no México. O governo mexicano luta desde o final de 2006 uma guerra contra os cartéis do narcotráfico, que deixou mais de 43 mil mortos. O desastre com Blake ocorre apenas três anos após outro ministro do Interior, Juan Camilo Mouriño, ter morrido na queda de um pequeno avião na Cidade do México.

Blake ocupava o segundo cargo mais importante no executivo federal mexicano, atrás apenas do cargo de presidente da República.

As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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