Tópicos | Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos anunciou novas medidas de corte de gastos para reverter o prejuízo de R$ 4 bilhões acumulado nos últimos 2 anos. Os Correios suspenderam a concessão de férias, de maio deste ano até abril do ano que vem. A medida só vai poupar quem estiver com férias vencidas e, de acordo com a empresa, representa uma economia de R$ 800 milhões no período. A empresa vai cortar as horas extras para os empregados que eram convocados em horário de repouso para reforçar a equipe e rever ou suspender contratos de trabalho temporário.

A Fentect, federação que representa 31 dos 36 sindicatos ligados aos Correios, criticou as medidas e disse que os funcionários estão sendo penalizados. Para a secretária de imprensa da Fentect, Suzy Costa, as ações fazem parte de um projeto de desmonte dos Correios para justificar uma futura privatização. A Fentect destaca que o público que usa os serviços postais será o maior prejudicado pelo corte de gastos. Em nota, os Correios informaram que as medidas não vão prejudicar os prazos de entrega ou a qualidade do serviço.

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Em janeiro, os Correios cortaram funções comissionadas e anunciaram o fechamento de pelo menos 250 agências em todo o país, em cidades com mais de 50 mil habitantes. 60 agências já baixaram as portas e os funcionários foram remanejados. A empresa informou que mantém agências em todos os municípios do país.

O corte de gastos nos Correios começou no ano passado, quando a empresa suspendeu todos os patrocínios culturais e manteve apenas 20% dos patrocínios esportivos. Os Correios patrocinam atletas de rugby, handebol, tênis e de desportos aquáticos.

A greve dos funcionários dos Correios ganha mais um novo capítulo, nesta sexta-feira (7). O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Márcio Eurico Vitral Amaro, concedeu uma liminar que determina a necessidade de a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) garantir uma atuação mínima de profissionais em cada unidade da empresa. 

A decisão veio após os Correios encaminharem um pedido ao TST para tornar ilegal a mobilização dos sindicatos por todo o Brasil. Esta é outra determinação judicial contra os sindicatos, já que a Justiça proibiu os movimentos do Amazonas, da Paraíba, do Piauí e do Rio Grande do sul de impedirem o acesso dos empregados aos locais de trabalho. 

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Multas diárias de R$ 50 mil podem ser aplicadas aos sindicatos que não atenderem à determinação de proverem um efetivo mínimo em atividade nas agências. Mais uma vez, os Correios divulgaram um balanço, neste sexta (7), no qual mostram que 95% do efetivo não aderiram à paralisação (equivalente a 119.218 trabalhadores). 

A informação passada pela empresa é que há atraso de cartas e encomendas nos locais onde há greve deflagrada, pois o movimento está concentrado entre os carteiros. O órgão promete realizar um mutirão nos 13 estados com paralisação, a fim de colocar em dia a carga atrasada. 

Greve é mantida em Pernambuco – De acordo com o diretor de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos de Pernambuco (Sintect-PE), Luciano Batista, os profissionais mobilizados no Estado ainda não foram notificados sobre a determinação e mantêm a paralisação.

“Não chegou nada pra gente ainda, não fomos informados pela Federação. A greve continua. A programação da próxima segunda-feira (10) é a realização de piquetes nas agências, pela manhã, e uma nova assembleia à tarde, às 16h”, garantiu Batista. 

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