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Um homem foi preso em Tancredo Neves, na Bahia, pelos crimes de estelionato e falsidade ideológica, após tentar se passar pelo ator global Chay Suede, durante uma tentativa de golpe contra uma agência bancária.

O suspeito foi preso na tarde da terça-feira (12), em uma ação das polícias Civil e Militar do estado. De acordo com os agentes, Alealdo Saraiva Silva, como foi identificado o preso, usou os dados e a imagem do ator para abrir uma conta por meio de aplicativo. 

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Apesar da farsa ter durado pouco, Alealdo chegou a realizar uma transferência via Pix de R$ 1 mil para a nova conta bancária. Porém, instantes depois, teve o acesso bloqueado pela instituição financeira. Segundo a delegada Marita Souza, com os documentos e uma conta no Banco Regional de Brasília, o golpista conseguiu R$ 200 mil de limite no cartão de crédito e R$ 25 mil no cheque especial. 

O suspeito foi levado pelos policiais da 35ª CIPM, autuado e detido para audiência de custódia. Nos registros dele, constam ao menos outras três tentativas de golpe, em outras instituições financeiras, através do mesmo método de falsidade ideológica.  

 

A jovem Kaith Monique Pereira de Souza, de 19 anos, moradora de Sorocaba, doou o filho de um ano e oito meses a um casal e simulou um sequestro para se justificar perante os familiares. Na denúncia feita à Polícia Civil, ela alegou que, após aceitar uma carona, havia sido dopada por um casal que fugiu com a criança. Ao ser abandonada quase inconsciente numa praça da cidade, ela ainda teria sido estuprada por um desconhecido. O caso foi esclarecido na sexta-feira, 17.

Uma equipe da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Sorocaba, incumbida de apurar o sequestro, descobriu que a mulher havia acessado um site de famílias interessadas em adotar crianças e trocara mensagens com um casal de Bragança Paulista. A criança supostamente sequestrada foi encontrada com o casal. Kaith havia assinado e autenticado em cartório um documento em que concordava em entregar o menino à nova família. Segundo a polícia, o documento não tem valor legal.

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O casal estava na fila de adoção de crianças e havia registrado o interesse num site. A polícia vai investigar as contas bancárias para verificar se houve algum pagamento pela adoção, o que caracteriza crime. A jovem responderá em liberdade por falsa comunicação de crime. Ela disse ter planejado a doação sem conhecimento da família. Os próprios familiares acreditaram na versão de Kaith e chegaram a distribuir fotos da criança e lançar apelos nas redes sociais. O menino foi encaminhada ao Conselho Tutelar e a justiça deve decidir seu destino.

O governo sul-africano está ciente de que o falso intérprete de sinais que participou da missa campal em homenagem a Nelson Mandela é acusado de homicídio e informou nesta sexta-feira que ele está sendo investigado.

Phumla Williams, funcionário da secretária de comunicação do governo, disse que as autoridades investigam a situação de Thamsanqa Jantjie e tentam determinar como ele foi selecionado para fazer erroneamente a tradução para surdos-mudos.

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No evento, Jantjie ficou perto do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e de outros líderes mundiais.

Mais cedo, o ministro de Cultura e Artes da África do Sul, Paul Mashatile, pediu desculpas pelo ocorrido e defendeu a implementação de reformas para que incidentes como o de terça-feira não se repitam. Fonte: Associated Press.

O falso intérprete da linguagem de sinais que atuou na cerimônia fúnebre em homenagem ao ex-presidente sul-africano Nelson Mandela negou nesta quinta-feira ser uma fraude, alegando ter sofrido um ataque de esquizofrenia e alucinações.

Thamasanqa Jantjie foi acusado de ser uma fraude por membros da comunidade sul-africana de surdos, que afirmaram que sua tradução durante os discursos de Barack Obama e de outros líderes mundiais não passou de gestos com os braços.

Jantjie insistiu nesta quinta-feira que era um intérprete qualificado, mas justificou seu comportamento por um súbito ataque de esquizofrenia, doença pela qual ele toma remédios. "Não havia nada que eu pudesse fazer. Eu estava sozinho em uma situação muito perigosa", declarou ao jornal The Star, de Johannesburgo, acrescentando que estava ouvindo vozes e alucinando.

"Eu tentei me controlar e não mostrar ao mundo o que estava acontecendo. Sinto muito. É a situação na qual me encontrei", acrescentou.

Mas a justificativa de Jantjie aparentemente suscitou tantas perguntas quanto respostas.

Organizações de surdos da África do Sul criticaram a alegação de que era um problema isolado, afirmando que já haviam se queixado anteriormente ao governo sobre Jantjie. Imagens mostraram o intérprete atuando em um discurso do presidente Jacob Zuma nas celebrações do aniversário de 100 anos do partido ANC, no poder, em 2012.

Problemas de segurança

O governo sul-africano admitiu nesta quinta-feira "que é possível que tenha ocorrido um erro a partir do momento em que outras pessoas não compreenderam o intérprete", reconhecendo que Jantjie "não era um intérprete de linguagem de sinais profissional".

"Mas eu não acho que ele tenha sido pego da rua", declarou Hendrietta Bogopane-Zulu, vice-ministra para as mulheres, crianças e pessoas com deficiência, afirmando que ele pode ter tido problemas com o inglês ou poderia estar cansado.

Bogopane-Zulu também admitiu que o governo não conseguiu rastrear a empresa na qual Jantjie trabalhou. "Nós falamos com eles buscando algumas respostas e eles desapareceram", declarou. "Parece que eles estiveram enganando o tempo todo", disse.

Estas revelações também levantam questões sobre como Jantjie, que estava em certo momento a pouco mais de um braço de distância de Obama e do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, foi examinado e recebeu autorização da segurança para entrar no local.

A Casa Branca direcionou todas as perguntas sobre o assunto ao governo sul-africano, mas declarou que seria lamentável se o incidente ofuscasse as "observações muito poderosas" de Obama na cerimônia. "Seria uma vergonha se uma distração sobre um indivíduo que estava no palco prejudicasse de alguma forma a importância do evento e a importância do legado do presidente Mandela", afirmou o porta-voz adjunto Josh Earnest a jornalistas em Washington.

As ações de Jantjie no memorial desencadearam indignação na comunidade surda e levaram à abertura de uma investigação pelo governo.

Cara Loening, diretora da organização Educação e Desenvolvimento da Linguagem de Sinais da Cidade do Cabo, afirmou que Jantjie era um completa fraude e parecia "que tentava espantar as moscas perto de seu rosto".

Perguntado sobre as razões pelas quais simplesmente não abandonou o palco, Jantjie disse que, dada a importância histórica do evento, ele se sentiu obrigado a ficar, mesmo que não conseguisse ouvir ou se concentrar adequadamente. "A vida é injusta. Esta doença é injusta", declarou. "Qualquer pessoa que não entenda esta doença vai pensar que eu estou inventando isso", acrescentou.

A tradução feita por Jantjie apareceu em completo desacordo com a apresentada pela emissora pública SABC, que era mostrada em uma pequena janela nas telas da rede de televisão.

O Instituto de Tradutores da África do Sul declarou na quarta-feira que já tinha certas reservas em relação a Jantjie. O presidente do instituto, Johan Blaauw, declarou que foram feitas queixas sobre o seu trabalho em ocasiões anteriores, mas que o partido do governo não tomou nenhuma atitude.

O governo, por sua vez, negou que o escândalo tenha prejudicado a reputação do país. "Estamos envergonhados como país? Eu não acho que seja a escolha certa das palavras", declarou Bogopane-Zulu.

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