Tópicos | exclusão das empresas públicas

Lembrados como traidores da classe trabalhista, poucos políticos participam da manifestação que acontece, nesta quarta-feira (15), no Recife, contra o Projeto de Lei (PL) 4330 que regulamenta a terceirização no país. No ato, até o momento, só foram vistos representantes do PT e do PSOL, como o vereador Jurandir Liberal (PT) e o ex-candidato a governador de Pernambuco, José Gomes (PSOL). 

Sob a ótica de Jurandir, o PT tem por obrigação ir às ruas defender os trabalhadores, pois é esse o principal objetivo do partido. “A terceirização é uma forma de privatizar os trabalhadores e precarizar o serviço público. Além de parlamentar tenho origem no movimento sindical, conheço a luta do trabalhador e esse projeto é uma aberração”, disparou. 

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Corroborando o petista, José Gomes afirmou que o PSOL irá pressionar o Congresso Nacional até que o PL seja barrado.  “Vamos fazer muita pressão contra a aprovação deste projeto. Somos contra no Congresso e por isso estamos nas ruas”, argumentou o ex-candidato. Tanto os parlamentares do PSOL quanto os do PT votaram contra o projeto na Câmara.

O protesto já deixou a concentração na Avenida Cruz Cabugá e passa, neste momento, pela Rua do Hospício. Depois seguirá pela Avenida Conde da Boa Vista e seguirá em direção ao Palácio do Campo das Princesas, onde fica localizada a sede do governo estadual. De acordo com Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE) 12 mil pessoas participam do ato. No entanto, a Polícia Militar não divulgou o quantitativo de participantes do ato. 

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Centenas de pessoas se concentram neste momento em frente a sede da Federação das Indústrias de Pernambuco, no bairro de Santo Amaro, no Recife para protestar contra o Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização no Brasil. A mobilização é organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE) e a previsão é de que eles saiam em caminhada pelas principais ruas da cidade por volta das 16h30.  

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Com parte da Avenida Cruz Cabugá interditada, os manifestantes trazem faixas, cartazes e banners. Entre as sinalizações estão críticas ao Governo do Estado, aos deputados federais pernambucanos que votaram a favor no PL, entre outras reivindicações. Segundo o presidente da CUT em Pernambuco, Carlos Veras, a concentração já reúne cerca de cinco mil pessoas e a expectativa é dobrar este número. “Vamos fazer o enfrentamento contra este projeto organizando grandes atos”, cravou o dirigente ao Portal LeiaJá.

Ainda sob a ótica de Veras, apesar da exclusão das empresas públicas das regras da matéria não há avanços, “o que interessa é a reprovação total do projeto”.  “É uma tentativa de desmobilizar e dividir os trabalhadores. Os servidores públicos não vão se dividir do restante do conjunto dos trabalhadores, porque se hoje eles forem individualistas e aceitarem que arrebentem com a vida dos trabalhadores privados lá na frente vão arrebentar com a vida dos servidores públicos e a iniciativa privada não dará força a eles”, argumentou. “Precisamos continuar unificados. Se for preciso virá uma greve geral no país”, acrescentou. 

Semana passada a CUT realizou um ato semelhante a este, porém o de hoje se fortalece com a adesão de vários movimentos sociais e outros sindicatos, como os dos Bancários e dos Rodoviários. Outra categoria presente são os professores que aderiram à greve no Estado desde assembleia na última sexta-feira (10).

*Com informações de Élida Maria

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