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O deputado evangélico Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) disse ter sido violado e "estuprado" seu direito de concorrer à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara. "Tenho aqui que fazer uma denúncia que o PT e o governo, com a manutenção do acordo de liderança, violou, estuprou os partidos que têm liderança nessa comissão", disse o deputado na primeira sessão da CDHM após a eleição do petista Paulo Pimenta (RS) para presidi-la.

Sóstenes afirmou que houve uma manobra, pois o PT identificou que a bancada dele teria maioria na comissão para elegê-lo. Disse ainda que não desistiu do "sonho" de presidir a CDHM neste que é seu primeiro mandato como deputado federal. Ele também criticou a retirada de titularidade do deputado evangélico Anderson Ferreira (PR-PE) da comissão, para evitar também a sua candidatura.

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Aliado do deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP), Sóstenes elogiou a gestão do colega de bancada na comissão em 2013 e se disse vítima do "preconceito" do governo petista contra evangélicos e contra cristãos. "O PT, esse governo, tem preconceito contra cristãos, isso é inadmissível", bradou.

O deputado do PSD apontou que separava a imagem do PT e de Paulo Pimenta, dizendo respeitar o presidente recém-eleito. Ainda assim, Pimenta rebateu a colocação de Sóstenes. "Vossas Excelências sabem que não ficaram como titulares porque havia acordo partidário que previa que esta comissão seria presidida pelo PT. Houve um procedimento das lideranças como em qualquer outra comissão, fossem os senhores evangélicos ou não."

Após ver frustrada a tentativa de indicar Sóstenes e Ferreira - autor do polêmico projeto do Estatuto da Família (que define o conceito de família a partir da união entre um homem e uma mulher) - para a presidência da CDHM, a bancada evangélica, por meio de Feliciano, fez um acordo para compor a comissão no cargo de vice-presidência. Como Jean Wyllys (PSOL-RJ), defensor da causa LGBT e adversário político dos evangélicos, também estava designado nessa composição para assumir uma das três vice-presidências, houve divergência entra os deputados evangélicos. O imbróglio deve ser resolvido nas próximas semanas com a eleição para primeiro, segundo e terceiro vice-presidentes.

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