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Jingles, bordões, os políticos fazem o possível para permanecer na cabeça do eleitorado. No fim da década de 80, uma frase ficou conhecida com o médico e então candidato à presidência pelo partido PRONA, Enéas Ferreira Carneiro. O bordão ‘Meu nome é Enéas’, sempre reproduzido no fim do pronunciamento do candidato durante suas aparições na mídia, ganhou as ruas do Brasil. Desde estão, era comum ver a população reproduzir a celebre frase de campanha, que não elegeu Enéas presidente da república, mas conseguiu proliferar pelo país e permanecer na mente dos brasileiros da época. Com essa brincadeirinha, Enéas Carneiro foi eleito deputado federal, em 2002, conquistando mais de 1 milhão e meio de votos.  Após a morte de Enéas, em 2007, a frase perdeu o sentido e ‘saiu’ de circulação. 

Um jingle de campanha 'famoso' foi o do ex-presidente Lula (PT): Lula lá – Brilha uma estrela. Lançada em 1989, a música começou a tocar no período em que Lula concorreu o segundo turno das eleições presidenciais com Fernando Collor. Mesmo derrotado, a canção ganhou força e foi levada até os demais pleitos disputados pelo petista. Até hoje o jingle é lembrado por alguns eleitores. Aos 77 anos, a aposentada Luiza de Souza, ainda recorda a músiquinha que era entoada na época. “ ‘Lula lá’ é antiga, mas ainda me lembro. Durante essa época (eleições), quando Lula era candidato, essa música ficava tocando direto e não saia da cabeça”, afirmou a aposentada.

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Em Pernambuco, alguns jingles de campanhas estão se perpetuando. É o caso da música do vereador André Ferreira (PMDB), utilizada nos pleitos de 2008 e 2012, que o ajudou ser eleito vereador do Recife. Hoje o candidato usa o mesmo hit na campanha para deputado estadual. Outro slogan-chiclete é o do parlamentar Cleiton Collins (PP). O deputado estadual conseguiu ocupar uma das cadeiras na Assembleia Legislativa de Pernambuco com a colaboração da música utilizada na sua propaganda eleitoral. Com a força do jingle, o deputado conquistou o primeiro mandato como um dos parlamentares mais votados, alcançando a marca de, aproximadamente, 90 mil votos. Em 2010, Cleiton Collins continuou  utilizando a sonora música  ‘Pastor Cleiton Collins xxxxx’ e foi eleito com uma votação expressiva, cerca de 140 mil votos.  O ‘sucesso’ foi tão grande que o parlamentar resolveu utilizar o mesmo hit na eleição deste ano. Segundo Cleiton Collins, o jingle caiu nas graças das pessoas, em especial das crianças, por isso resolveu apostar na música de sua autoria para tentar se manter no legislativo estadual. Apesar de ter o número alterado, a música permanece com duas dezenas repetidas, separadas pelo número 6.  

Alguns candidatos preferem parodiar canções que já grudaram na cabeça da população na versão original. O candidato ao governo de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), tem alguns hits do gênero espalhados pelas cidades do estado. A música Subidinha, da banda Garota Safada, foi parodiada e utilizada pela equipe do socialista. Outro jingle que também teve a letra alterada e passou a ser utilizado na campanha do candidato do PSB foi amúsica do ‘Pintinho Piu’, que virou febre no Youtube, em 2011, com a dublagem do cearense Dheymerson Lima, com apenas 11 anos na época. Na campanha de Câmara, a música engraçada e um tanto infantil, ganhou o número do candidato da Frente Popular. A garotada curtiu a investida e teima em  ficar cantarolando o jingle. Ana Júlia, com apenas 8 anos, insiste em repetir a canção parodiada. A mãe da menina, Sula Souza, afirmou que Júlia, assim que ouviu o hit, não para de cantar. “No começo, até achei engraçado, mas hoje cansa. É uma coisa repetitiva, mas ela gosta. Fazer o que?”, concluiu. 

Em todos os pleitos, seja qual for a disputa, é claro que os jingles de campanha serão marcas registradas dos candidatos. Alguns serão ‘sucessos’, outros podem beirar o  ‘fracasso’,  mas o eleitorado pode ter certeza que algo engraçado vai surgir para descontrair. Pegajosas ou não, as músicas têm o seu valor, pois tem o poder de fixar o nome e o número dos candidatos. De acordo com o analista político Maurício Romão, os hits podem influenciar a escolha do voto das pessoas que ainda não têm candidato definido. “O jingles é uma poderosa ferramenta de campanha que aproxima a imagem do candidato ao eleitor. Dependendo da forma que é musicado, facilita a memorização. Quem já tem uma opinião formada sobre a escolha do candidato, dificilmente vai se deixar influenciar pela música, mas para o eleitorado indeciso, pode ser fundamental”, pontuou o Analista. 

Romão ainda comentou que o nível de escolaridade da população pode revelar quem se deixará influenciar pelos jingles com mais facilidade. “Também há uma relação direta com o grau de instrução das pessoas, pois o eleitor que tem um nível de escolaridade mais elevado acaba sendo mais crítico na hora de diferenciar a melhor proposta política, do apelo de marketing utilizado na campanha. Logo, não se deixa  influenciar na escolha do voto com facilidade”, concluiu o analista. 

 

Com a disputa eleitoral acirrada, a candidata à presidência da República, Dilma Rousseff (PT), vai focar nos Programas federais para conquistar votos dos moradores de pequenos municípios brasileiros. A estratégia será atingir a massa, ressaltando que grandes Programas que têm contribuído para a realização de sonhos, como o habitacional minha casa minha vida, foram realizações do Partido dos Trabalhadores. 

Ciente do sucesso e abrangência do programa habitacional, do Mais Médico e a doação de máquinas às prefeituras, o partido ainda está estudando a melhor forma de chegar a esse eleitorado. Ainda não se sabe se essa mobilização será comandada pelos comitês estaduais ou pelo QG da campanha, em Brasília. 

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Desde a sua criação, o minha casa minha vida contratou 720 mil unidades com menos de 50 mil habitantes. As localidades mais vulneráveis receberam 14 mil profissionais para o atendimento básico na saúde. Através do PAC2, a União entregou 18.071 máquinas para todos os municípios com menos de 50 mil habitantes do País.

De acordo com a última pesquisa divulgada pelo Datafolha, no início de julho, Dilma conquista 47% das intenções de votos nos municípios com menos de 50 mil habitantes.Mas essa realidade não se mantém nas cidades com até 200 mil habitantes, pois caí para 39% o número de pessoas que pretendem manter a presidente no poder. Nas localidades que somam 500 mil moradores a queda é mais brusca, o PT conquista 27% das intenções de votos. Há uma leve recuperação nas localidades acima de 500 mil habitantes, que soma 32% do eleitorado.

O Partido dos Trabalhadores (PT) vai reunir, na próxima segunda-feira (12), em Brasília, os prefeitos da legenda para debater a organização de propostas visando à construção de um novo Pacto Federativo. O tema é um dos mais questionados pelos gestores municipais e será um dos focos na campanha presidencial deste ano. 

O evento será comandado pelo presidente nacional do partido, Rui Falcão, e pelo ministro de  Relações Internacionais, Ricardo Berzoini. A intenção do PT com o encontro é, a partir das ideias dos prefeitos, apresentar uma reforma tributária, durante o pleito, que reverta a atual situação financeira de estados e municípios.

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Segundo o IBGE, mais de 45% dos 5.565 municípios dependem quase que exclusivamente dos repasses financeiros da União por meio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que é composto pela arrecadação dos impostos  de Renda (IR) e  sobre Produtos Industrializados (IPI).

O governador de Pernambuco e pré-candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB), participa de uma maratona de eventos carnavalescos nesta segunda-feira (3). A agenda inicia em Nazaré da Mata, onde acontece o desfile dos Maracatus, a partir das 10h. Acompanhado pela comitiva que apadrinha - os candidatos ao governo de Pernambuco e o Senado Federal: Paulo Câmara (PSB), Raul Henry (PMDB) e Fernando Bezerra Coelho (PSB), respectivamente, - o governador vai participar, no início da tarde, do Encontro dos Maracatus na Casa da Rabeca, em Olinda.

O presidenciável também passará pelos municípios de Paudalho e Chã de Alegria, ambos na Zona da Mata. Desde a última sexta-feira (28), Campos tem apresentado Paulo Câmara e a chapa majoritária da Frente Popular para os pernambucanos que resolveram cair na folia. A estratégia é fazer com que o afilhado político dele esteja mais conhecido após a folia de Momo. 

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