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O procurador-geral da República Augusto Aras voltou a defender ao Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade de trechos da Lei de Planejamento Familiar que restringem a esterilização de homens e mulheres. Lei aprovada pelo Congresso já havia derrubado a exigência de consentimento do cônjuge para a realização do procedimento, mas o chefe do Ministério Público Federal ainda questiona o fato de a norma estabelecer que apenas homens e mulheres maiores de 21 anos ou com pelo menos dois filhos vivos podem passar por vasectomia e laqueadura.

Aras sustenta que as restrições ligadas à faixa etária e à quantidade de filhos ‘ofendem a liberdade individual e constituem indevida interferência estatal na autonomia privada do cidadão’. O PGR vê ‘interferência estatal na livre decisão de ter ou não ter filhos’. Para o chefe do Ministério Público Federal, a lei ‘deslegitima a opção de uma pessoa plenamente capaz não querer gerar descendentes’.

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"O controle da própria fecundidade, pelo meio lícito que se considere mais adequado, integra o rol de direitos consolidados no princípio da dignidade da pessoa humana, vinculando à potencialidade de autodeterminar-se, sendo com eles incompatível a restrição legal ao seu exercício por pessoa plenamente capaz", afirma.

O posicionamento foi externado no bojo de uma ação ajuizada pelo PSB. A legenda também questionou o fato de que a lei exigia consentimento do cônjuge para a realização da esterilização, mas tal item já foi derrubado por lei publicada neste ano. Aras aponta que o questionamento do PSB está prejudicado com relação a esse ponto, mas reforça o argumento de que outros trechos da Lei de Planejamento Familiar são inconstitucionais.

Com relação a imposição de idade mínima de 21 anos para realização do procedimento, Aras sustenta que o texto ‘destoa do restante do ordenamento jurídico’, considerando que a maioridade civil e penal é atingida aos 18 anos. O PGR ainda vê ‘interferência indevida na autonomia privada dos cidadãos’ em trecho da lei que impõe quantidade mínima de filhos vivos para que menores de 21 anos passem pela esterilização.

Ex-pastores da Igreja Universal do Reino de Deus garantem que foram forçados a passar por 'esterilização' para participar da instituição e que cirurgias de vasectomia foram realizadas em mutirões. Uma ação na Justiça do Trabalho foi movida.

Segundo os denunciantes, as práticas garantiam permanência e ascensão nos quadros da igreja, já que os sacerdotes teriam mais disponibilidade para mudar de cidade. Em entrevista à Folha de São Paulo, o ex-pastor Clarindo Oliveira, de 44 anos, relatou que foi esterilizado aos 18 anos em uma clínica paulista. Segundo ele, todos os custos foram pagos pela igreja liderada por Edir Macedo.

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Uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-2), no dia 7 de maio, determinou que a Universal arque com a indenização de R$ 115 mil por danos morais e materiais a Clarindo. A desembargadora Silvana Ariano afirmou que há a confirmação da "prática de imposição de vasectomia" pela igreja. Para ela, o ato "se constitui em grave violação ao direito do trabalhador ao livre controle sobre seu corpo e em indevida intromissão do empregador na vida do trabalhador".

Em comunicado, a Universal caracterizou as denúncias como "ações movidas por duas pessoas cheias de rancor, que, talvez, tenham sido estimuladas por gananciosos, a embarcar em aventuras jurídicas que não terminarão bem para eles".

Em menos de uma semana de mandato, a vereadora do Recife Goretti Queiroz (PSC) tem sido ativa no trabalho em prol dos animais. A parlamentar, suplente do então vereador Wanderson Florêncio (PSC), que conquistou uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), já apresentou e executou três programas de campanha sendo eles o “Encontro do Mandato Coletivo”, “Programa Castração É O Bicho” e “Programa Ração É o Bicho”.

De acordo com Gorretti, que há mais de 10 anos luta pela causa animal, os projetos têm como objetivo “ajudar os protetores independentes e ONGs e abrigos de animais da capital pernambucana, bem como trazer as pessoas para o seu gabinete a fim de ouvir sugestões para a criação de políticas públicas”. 

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A vereadora já se encontrou com o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), para tratar sobre os programas e outros assuntos relativos ao tema. A vereadora expôs ao pessebista a importância de ser criado um Fundo Municipal de Proteção Animal com repasse de verbas provenientes de crimes ambientais, também, para proteção animal e ONGs do Recife, bem como a compra de um castramóveis para a cidade. 

Aproveitando esse gancho, a Câmara Municipal do Recife vai presidir um encontro com os protetores da causa animal, nesta quarta-feira (13), a partir das 10h, no Plenarinho da Câmara Municipal. 

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) abriu nesta terça-feira (12) sindicância para investigar a conduta do médico que fez laqueadura em Janaína Aparecida Quirino, de 36 anos, após decisão judicial. A Defensoria Pública afirma que ela foi esterilizada sem ter sido ouvida, o que é ilegal.

Presa com o marido em novembro, em Mococa (SP), sob acusação de tráfico de drogas, Janaína já teve oito filhos, mas perdeu a guarda de quatro - três crianças já foram adotadas e a quarta espera o processo.

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Após a prisão, Janaína, grávida de seis meses, foi mandada para a Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu (SP). Em fevereiro, após dar à luz, foi encaminhada, em condução coercitiva, para a realização de laqueadura na Santa Casa local.

O pedido para que Janaína fosse esterilizada partiu do promotor Frederico Barruffini sob o argumento de que só um procedimento do tipo seria "eficaz para salvaguardar a sua vida".

A solicitação foi aceita pelo juiz Djalma Moreira Gomes Junior, que considerou o fato de os filhos de Janaína somarem passagens por abrigos do município e não poderem ficar com ela por causa do consumo de "álcool e outras drogas". Diante da decisão, a prefeitura foi obrigada a realizar a cirurgia. A esterilização aconteceu após o parto, o que contraria o artigo 10 da Lei de Planejamento Familiar, e antes do julgamento em segunda instância do caso, após a prefeitura de Mococa recorrer.

O jornal O Estado de S. Paulo levantou uma série de documentos sobre o caso, mas não localizou nenhuma declaração da mulher favorável ou contra a laqueadura. O juiz afirma que ela "estava de acordo".

Uma equipe da Defensoria Pública de São Paulo deve ir à penitenciária onde Janaina está presa para ouvi-la e lhe oferecer assistência. "Vamos verificar se ela sabia que ia fazer a laqueadura no momento do parto. O mais grave que poderia ocorrer com ela já foi feito", disse a defensora Paula Machado Souza. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também a ouvirá.

Em nota, o Tribunal de Justiça disse que "não se manifesta sobre processos em andamento" e que o caso foi encaminhado para apuração da Corregedoria-Geral da Justiça. O Ministério Público Estadual afirmou que o procedimento foi realizado com base em decisão judicial e que a Corregedoria instaurou reclamação disciplinar para apurar o caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Autoridades da Índia afirmaram neste sábado que as mortes de 13 mulheres que passaram por procedimentos de esterilização ocorreram em função de remédios adulterados. Segundo Amar Agarwal, secretário de saúde do Estado de Chhattisgarh, resultados preliminares mostram que os remédios foram contaminados com fosfato de zinco, que também é usado como veneno de rato. A contaminação aconteceu na fábrica que produziu os medicamentos, cujo dono já foi preso.

Segundo outra autoridade, as autópsias realizadas nos corpos das vítimas não indicam falhas nos procedimentos cirúrgicos. O médico que realizou as cirurgias, R.K. Gupta, continua preso. Ele tem sido acusado de promover muitos procedimentos no mesmo dia, mas nega responsabilidade pelas mortes e atribui a culpa aos medicamentos. Mesmo assim, ele confessou que costumava realizar até dez vezes mais cirurgias por dia do que o indicado pelos protocolos do governo.

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Na sexta-feira, a polícia prendeu o diretor da farmacêutica Mahawar Pharma, Ramesh Mahawar, e seu filho. Eles são acusados de fraudar as exigências feitas pela Administração de Drogas e Medicamentos. Fonte: Associated Press.

O Parlamento da Dinamarca revogou nesta quarta-feira (11) uma lei que obrigava os que desejam fazer uma mudança de sexo legal a se submeter a uma cirurgia, que envolvia a sua esterilização.

A partir de 1º de setembro, os dinamarqueses poderão pedir uma mudança de sexo legal simplesmente solicitando-a e após um período de reflexão de seis meses, explicou o governo.

"Atualmente abandonamos a esterilização obrigatória para os transsexuais que precisam de um novo número de Segurança Social no âmbito de sua mudança de sexo legal", ressaltou em um comunicado a ministra da Economia e do Interior, Margrethe Vestager.

"Isto tornará a vida mais fácil e mais digna para estas pessoas, quando, por exemplo, pedem um documento de identidade", acrescentou a ministra, em referência aos que adotaram uma aparência diferente da de seu sexo de nascimento, mas que decidiram não se submeter a uma operação de mudança de sexo.

Segundo o governo, a mudança de legislação se inscreve em uma tendência internacional para "facilitar as condições de mudança de sexo legal". O direito a mudar de sexo sem colocar fim à possibilidade de ter descendência é um longo combate dos transsexuais, que denunciam um atentado aos seus direitos fundamentais.

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