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Um estudo inédito, realizado pelo Núcleo de Pesquisa em Doenças Negligenciadas do Programa de Pós-Graduação de Mestrado e Doutorado na área de Enfermagem e Saúde da Universidade Guarulhos (UNG), mostra a eficácia no uso de própolis vermelha no tratamento de esquistossomose, doença popularmente conhecida como "barriga d’água". A pesquisa foi divulgada na publicação científica Journal of Ethnopharmacology.

A esquistossomose é uma doença que atinge, sobretudo, o fígado e o baço do ser humano, o que faz com que a barriga inche, causando uma série de problemas, como anemia, desnutrição e defasagem de aprendizado, em especial nas crianças. Estima-se que 300 milhões de pessoas contraiam a doença e 500 mil chegam a óbito todos os anos, especialmente em regiões de pobreza, como nas periferias brasileiras, e países da América Latina, África e Ásia.

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A pesquisa com a própolis mostrou, em estudos in vitro e com camundongos, ser eficaz já na fase inicial da doença, ou seja, quando o parasita ainda não se desenvolveu. Isso significa dizer que o tratamento precoce é efetivo assim que alguém contraia o verme para dentro do organismo, evitando, portanto, todos os problemas decorrentes.

"Os estudos in vitro nos mostraram que a própolis é capaz de matar o verme e evitar a sua reprodução. A partir daí partimos para análises com camundongos, e tivemos os mesmos resultados. Para nossa felicidade, a própolis teve um efeito antiparasitário muito positivo. A partir de agora, precisamos realizar os ensaios clínicos, isto é, encontrar um grupo de pessoas com a doença para avaliar a eficácia terapêutica da própolis", aponta o professor da UNG Josué de Moraes, que coordenou a pesquisa. Moraes é um dos pesquisadores mais influentes do mundo, segundo pesquisa conduzida pela Universidade de Stanford, da Califórnia, nos Estados Unidos, divulgada em novembro.  

Atualmente, só há um medicamento capaz de matar o verme, que se hospeda nos vasos sanguíneos e se alimenta de sangue e glicose. O problema desta medicação é que ela só pode ser usada na fase crônica da doença, ou seja, quando o verme já é adulto e está produzindo ovos dentro do organismo humano. Isso porque o medicamento (praziquantel) é administrado apenas 40 dias após o verme se hospedar no corpo humano.

"O problema deste fármaco é que ele não garante a eficácia no tratamento, uma vez que, ao medicar o doente com esquistossomose, o verme já está na fase adulta; consequentemente, os ovos, que são os responsáveis pela gravidade da doença, já estão depositados no organismo", adverte o pesquisador.

 

*da Assessoria de Comunicação

Pesquisa desenvolvida através do Núcleo de Pesquisa em Doenças Negligenciadas da Universidade UNIVERITAS/UNG descobriu que o medicamento utilizado para cólicas menstruais, o ácido mefenâmico, cujo nome comercial é Ponstan, pode ser eficiente para o tratamento da esquistossomose (doença causada pela infecção por vermes parasitas de água doce de países tropicais e subtropicais). A descoberta, realizada pelos pesquisadores Eloi Marcos Lago e Josué de Moraes, estuda o reposicionamento de fármacos, ou seja, novos usos para medicamentos já existentes.  

 

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A pesquisa mostrou que a substância reduziu em mais de 80% a carga parasitária em camundongos infectados com o verme Schistosoma mansoni. Segundo os pesquisadores da UNIVERITAS/UNG, esse percentual ultrapassa o “padrão ouro” estipulado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para novos medicamentos. Após análises em laboratório e experimentos com animais, serão necessários testes clínicos em humanos para que o anti-inflamatório possa ser receitado para combater a verminose. 

 

De acordo com Eloi Marcos Lago, pesquisador e reitor da UNIVERITAS/UNG, a esquistossomose é uma doença negligenciada, ou seja, é recorrente em locais sem saneamento básico porque é transmitida pelo contato de água com caramujos infectados pelo parasita Schistosoma Mansoni. “A doença afeta as populações mais pobres em sua maioria e o novo tratamento é uma alternativa mais barata e acessível”, explica o pesquisador. 

 

Segundo Josué Moraes, “no mundo, mais de um bilhão de pessoas são acometidas por uma verminose e, dentre essas doenças, a esquistossomose é a mais preocupante em termos de morbidade e mortalidade”. “Segundo a OMS, 240 milhões de pessoas têm a doença e anualmente essa população precisa ser tratada e nos dispomos de apenas um medicamento, que nem todas as pessoas respondem bem ao tratamento, sendo essa a única alternativa”, explica.  

 

“Para suprir essa demanda e a falta de opção, precisaríamos desenvolver uma nova droga e isso custaria em torno de seis bilhões de reais, valor superior ao orçamento anual de alguns estados brasileiros, além de demorar uma década para a conclusão. Associando apenas uma medicação para tratar milhões de pessoas e o tempo e custo elevado para desenvolver uma nova droga, optamos pelo reposicionamento de fármaco, que é pegar uma medicação que já está disponível no mercado e verificar se ela tem outra finalidade”, conclui.  

 

O estudo de reposicionamento de fármaco desenvolvido pelo Núcleo de Pesquisa em Doenças Negligenciadas da Universidade UNIVERITAS/UNG iniciou com a análise de 73 não esteroidais comercializados no Brasil e em outros países. O ácido mefenâmico foi o que apresentou resultados mais promissores como antiparasitário. A descoberta, que teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foi publicada na revista EbioMedicine, do grupo Lancet.

 

* Da Assessoria de Imprensa

Um medicamento amplamente utilizado para cólicas menstruais, o ácido mefenâmico, cujo nome comercial é Ponstan, pode ser eficiente para o tratamento da esquistossomose. A descoberta é de pesquisadores da Universidade de Guarulhos, que estudam reposicionamento de fármacos, ou seja, novos usos para medicamentos já existentes. Após passar por testes em laboratório e experimentos com animais, faltam testes clínicos em humanos para que o anti-inflamatório possa ser receitado também para combater a verminose.

O estudo mostrou que o Ponstan reduziu em mais de 80% a carga parasitária em camundongos infectados com o verme Schistosoma mansoni. Segundo os pesquisadores, esse percentual ultrapassa o “padrão ouro” estipulado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para novos medicamentos. Atualmente, só existe um medicamento para o tratamento da esquistossomose, o praziquantel. A eficácia do ácido mefenâmico pode ser até maior do que o antiparasitário disponível, pois ele atuou também na fase larval do parasita.

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A esquistossomose atinge mais de 240 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da OMS. O professor Josué de Moraes, da Universidade Guarulhos, destaca que esta é uma doença negligenciada e, embora afete uma parcela significativa de pessoas, carece de estudos, vacinas e tratamentos mais avançados. “Estamos falando de doenças da pobreza. A indústria farmacêutica, quando olha para esse público, não vai querer desenvolver um novo medicamento”, disse o autor do estudo.

Produção

Segundo Moraes, a produção de um novo medicamento envolve pelo menos R$ 1,5 bilhão e dez anos de pesquisa e, como a doença atinge principalmente os mais pobres, não há interesse da indústria farmacêutica. “A vantagem do reposicionamento [de fármaco] é que se trata de algo que já existe, que já foi aprovado, já está disponível nas drogarias. E se a gente consegue descobrir que esse medicamento tem uma aplicação diferente daquela que era utilizada, vou eliminar essa etapa de tempo e custo”, explicou o professor.

O estudo de reposicionamento de fármaco desenvolvido na Universidade de Guarulhos começou com a análise de 73 não esteroidais comercializados no Brasil e em outros países. O ácido mefenâmico foi o que apresentou resultados mais promissores como antiparasitário. A descoberta, que teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foi publicada na revista EbioMedicine, do grupo Lancet.

A transmissão da esquistossomose está ligada a locais sem saneamento básico adequado e pelo contato de água com caramujos infectados pelos vermes causadores da doença. Os vermes Schistosoma mansoni se alojam nas veias do mesentério e no fígado do paciente. O indivíduo infectado não apresenta sintomas nas primeiras duas semanas, mas o quadro pode evoluir e causar problemas crônicos de saúde e morte.

Moraes aponta que, uma vez iniciados os testes clínicos em humanos, caso comprovada a eficácia do Ponstan para esquistossomose, em menos um ano as bulas podem ser alteradas e o tratamento recomendado. “É pegar uma região onde você tem pessoas com a doença e fazer o tratamento e monitorar o processo de cura. A única etapa que falta agora é esta. Todos os estudos que são necessários para desenvolver medicamento já foi feito”, disse.

As comunidades do município de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife,  receberão até o dia 8 de dezembro a campanha de enfrentamento a Esquistossomose. A ação teve início na última segunda-feira (4) na Escola Municipal Porto da Cidadania, em Lagoa das Garças, Regional Prazeres. O tratamento coletivo para a o controle da doença atenderá exclusivamente três locais: Novo Horizonte, em Barra de Jangada e em Lagoa das Garças.

O gerente de Vigilância em Saúde do município, Jadson Galindo, contou que a escolha dessas áreas é devido ao número de casos da enfermidade. Segundo ele, a meta é atender 95% da população desses bairros, que são assistidos por quatro unidades de saúde, beneficiando aproximadamente sete mil pessoas elegíveis.

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Ação consiste, primeiramente, na visita dos agentes comunitários de saúde (ACS) e de endemias, para orientá-los sobre os danos da esquistossomose. Caso o morador não receba a visita, ele pode se dirigir até uma Unidade de Saúde da Família (USF) mais próxima de sua residência.

Com informações da assessoria 

Ações de combate à doença da esquistossomose, popularmente conhecida como "barriga d’água", estão sendo realizadas pela Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, situada no Litoral Sul do Estado, através da Secretaria de Saúde desde segunda-feira (22). A medida é para prevenir, além de descobrir e tratar casos da doença.

Os moradores receberam palestras e material educativo para saber mais um pouco sobre a esquistossomose. "Se o paciente estiver com os sintomas da esquistossomose, ele será encaminhando para realizar os exames necessários. No caso de confirmação da doença, o paciente será tratado pela unidade de Saúde da comunidade”, relata a coordenadora do Programa de Esquistossomose do Cabo, Jociele Santos.

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A doença - As larvas da doença são originadas pelo parasita Schistosoma que ficam alojadas no caramujo, originárias dos ovos eliminados de fezes e urina da pessoa contaminada. A doença  pode ser detectada através de um exame.

Na fase mais grave, os sintomas podem ser febre, dor de cabeça, calafrios, suores, fraqueza, falta de apetite, dor muscular, tosse e diarreia. Na fase crônica, a pessoa pode apresentar emagrecimento e fraqueza acentuada, aumento do volume do abdômen, conhecido como barriga d'água.

Com informações de assessoria

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