Mesmo conquistando mais de 13 mil votos e sendo o terceiro candidato a vereador mais votado no Recife, Edilson Silva (PSOL) não foi eleito. Em contrapartida, candidatos que obtiveram números bem inferiores, a exemplo de Eduardo Chera (PTN), com pouco mais de 4 mil votos, conseguiram se eleger. O resultado pegou muitos recifenses de surpresa, já que é comum atrelar a quantidade de votos ao processo de eleição.
O que faz um candidato ser eleito com 4, 10, ou 15 mil votos é o chamado quociente eleitoral. A fórmula é calculado da seguinte maneira: divide-se o número de eleitores de uma cidade que votaram pelo número de vagas que há na Câmara dos Vereadores. No caso do Recife, o quociente eleitoral gira em torno de 20 mil. Essa é a quantidade de votos que um candidato ou uma coligação precisa ter para garantir uma cadeira na Câmara.
##RECOMENDA##A coligação da qual Edilson Silva fazia parte era composta pelo PSOL e pelo PCB, partidos considerados de pequena representação. Com poucos candidatos lançados e poucos votos conquistados, a chapa não conseguiu atingir o quociente eleitoral, que determinaria a eleição de ao menos um representante.
A situação do vereador Eduardo Chera é justamente a inversa. Apesar de ter obtido poucos votos, se comparado a Edilson Silva, Chera fazia parte da coligação Frente Popular do Recife, que reuniu 14 partidos: PSB, PCdoB, PTB, PTC, PMDB, PRP, PTN, PRB, PR, PSD, PSC, PV, PSL e PDT. A forte coligação elegeu 24 vereadores na cidade, garantindo uma quantidade de votos que permitiu a conquista dos candidatos.
Se fosse eleito, Edilson Silva seria o primeiro representante do PSOL a ocupar uma cadeira na Câmara dos Vereadores do Recife.