Tópicos | eleições 2012

Mesmo conquistando mais de 13 mil votos e sendo o terceiro candidato a vereador mais votado no Recife, Edilson Silva (PSOL) não foi eleito. Em contrapartida, candidatos que obtiveram números bem inferiores, a exemplo de Eduardo Chera (PTN), com pouco mais de 4 mil votos, conseguiram se eleger. O resultado pegou muitos recifenses de surpresa, já que é comum atrelar a quantidade de votos ao processo de eleição.

O que faz um candidato ser eleito com 4, 10, ou 15 mil votos é o chamado quociente eleitoral. A fórmula é calculado da seguinte maneira: divide-se o número de eleitores de uma cidade que votaram pelo número de vagas que há na Câmara dos Vereadores. No caso do Recife, o quociente eleitoral gira em torno de 20 mil. Essa é a quantidade de votos que um candidato ou uma coligação precisa ter para garantir uma cadeira na Câmara.

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A coligação da qual Edilson Silva fazia parte era composta pelo PSOL e pelo PCB, partidos considerados de pequena representação. Com poucos candidatos lançados e poucos votos conquistados, a chapa não conseguiu atingir o quociente eleitoral, que determinaria a eleição de ao menos um representante.

A situação do vereador Eduardo Chera é justamente a inversa. Apesar de ter obtido poucos votos, se comparado a Edilson Silva, Chera fazia parte da coligação Frente Popular do Recife, que reuniu 14 partidos: PSB, PCdoB, PTB, PTC, PMDB, PRP, PTN, PRB, PR, PSD, PSC, PV, PSL e PDT. A forte coligação elegeu 24 vereadores na cidade, garantindo uma quantidade de votos que permitiu a conquista dos candidatos.

Se fosse eleito, Edilson Silva seria o primeiro representante do PSOL a ocupar uma cadeira na Câmara dos Vereadores do Recife.

 

Na manhã desta quinta-feira, o candidato a prefeito de Ipojuca, Pedro Eugenio (PT) fez uma visita ao lixão do município que fica localizado entre os Engenhos de Água fria e Caetés. Ele denunciou que os trabalhadores de reciclagem não recebem nenhum apoio por parte da prefeitura, os catadores levam seus filhos para o lixão e não usam material adequado como máscaras e luvas ficando expostos à contaminação por lixo hospitalar descartado de forma irregular entre outros materiais. A proposta do petista para melhorar a vida dos trabalhadores e otimizar o sistema de coleta de lixo, gerando mais empregos e renda para todos que estão envolvidos, será apresentado na noite de sábado (22), no Clube Oense, em Nossa Senhora do Ó.

“Vamos estimular a coleta seletiva do lixo para facilitar o trabalho dos catadores. É preciso também fechar o lixão e criar um aterro sanitário para garantir que não haja poluição, organizando uma cooperativa e os catadores trabalhem no processo de reciclagem. Também vamos dar prioridades aos programas Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida, onde essa categoria tenha dignidade ao realizar a tarefa que tanto contribui para nosso meio ambiente e sustentabilidade”, defendeu Pedro Eugênio.

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Segundo a acessória, o catador Antônio José dos Santos que há cerca de sete anos vai ao lixão, falou sobre os principais problemas de quem trabalha com reciclagem. "Ninguém da prefeitura nunca veio aqui para conhecer como os catadores trabalham. A única visita que já recebemos foi de pessoas dizendo que não podemos ficar, que temos que sair. Em novembro vamos a uma audiência na Justiça para ver o que está acontecendo, quem é que quer nos tirar daqui”, contou Antônio Santos.

O projeto de transformar o lixão em aterro sanitário já é conhecido pelos catadores,mas não saiu do papel. O lixo de Ipojuca escorre para praia como Porto de Galinhas, entre outras que ficam nessa região. A Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab) confirmou que recebeu recursos da Funasa e garantiu ter prestado contas dos valores recebidos para a execução do sistema de resíduos sólidos (aterro sanitário) no município.

Os recursos foram repassados em 2005 à Cehab e de acordo com o contrato a obra deveria ser executada em 150 dias corridos. No atual governo, após constatar que a obra não havia sido executada, os valores foram devolvidos ao Governo Federal.

Na tarde desta terça-feira (21), o candidato a Prefeito de Ipojuca, Pedro Eugênio, realizou pelas ruas da comunidade de Salinas, em Porto de Galinhas, um porta a porta e escutou vários depoimentos da população sobre os problemas sofridos, como a falta de saneamento básico.

“A comunidade de Salinas, mesmo sendo no paraíso de Porto de Galinhas, vive uma realidade bem diferente da praia, que já foi eleita dez vezes consecutivas como a melhor do Brasil. Em várias ruas podemos ver o esgoto a céu aberto, que vem causando além de transtornos de mobilidade, mau cheiro e doenças à população”, enfatizou Pedro Eugênio.

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De acordo com a assessoria do candidato, uma das ruas por onde a caminhada passava foi impossível de continuar, o trajeto teve que ser interrompido pois a rua estava totalmente alagada. “Não podemos deixar que a comunidade de Salinas seja prejudicada por aqueles que tiveram chance de fazer e, até hoje, não fizeram nada. A população merece e vai ter muitas mudanças em nosso governo, começando pela ampliação do saneamento básico, que vai contemplar todo o município", pontuou Pedro Eugênio.

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