Pedro Eugênio apresenta proposta a catadores de lixo
O candidato fará apresentação de seu programa de governo sobre reciclagem
Na manhã desta quinta-feira, o candidato a prefeito de Ipojuca, Pedro Eugenio (PT) fez uma visita ao lixão do município que fica localizado entre os Engenhos de Água fria e Caetés. Ele denunciou que os trabalhadores de reciclagem não recebem nenhum apoio por parte da prefeitura, os catadores levam seus filhos para o lixão e não usam material adequado como máscaras e luvas ficando expostos à contaminação por lixo hospitalar descartado de forma irregular entre outros materiais. A proposta do petista para melhorar a vida dos trabalhadores e otimizar o sistema de coleta de lixo, gerando mais empregos e renda para todos que estão envolvidos, será apresentado na noite de sábado (22), no Clube Oense, em Nossa Senhora do Ó.
“Vamos estimular a coleta seletiva do lixo para facilitar o trabalho dos catadores. É preciso também fechar o lixão e criar um aterro sanitário para garantir que não haja poluição, organizando uma cooperativa e os catadores trabalhem no processo de reciclagem. Também vamos dar prioridades aos programas Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida, onde essa categoria tenha dignidade ao realizar a tarefa que tanto contribui para nosso meio ambiente e sustentabilidade”, defendeu Pedro Eugênio.
Segundo a acessória, o catador Antônio José dos Santos que há cerca de sete anos vai ao lixão, falou sobre os principais problemas de quem trabalha com reciclagem. "Ninguém da prefeitura nunca veio aqui para conhecer como os catadores trabalham. A única visita que já recebemos foi de pessoas dizendo que não podemos ficar, que temos que sair. Em novembro vamos a uma audiência na Justiça para ver o que está acontecendo, quem é que quer nos tirar daqui”, contou Antônio Santos.
O projeto de transformar o lixão em aterro sanitário já é conhecido pelos catadores,mas não saiu do papel. O lixo de Ipojuca escorre para praia como Porto de Galinhas, entre outras que ficam nessa região. A Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab) confirmou que recebeu recursos da Funasa e garantiu ter prestado contas dos valores recebidos para a execução do sistema de resíduos sólidos (aterro sanitário) no município.
Os recursos foram repassados em 2005 à Cehab e de acordo com o contrato a obra deveria ser executada em 150 dias corridos. No atual governo, após constatar que a obra não havia sido executada, os valores foram devolvidos ao Governo Federal.