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Depois de 12 dias de paralisação da Polícia Militar da Bahia, respresentantes do setor de hotelaria garantem que a venda dos pacotes turísticos se manteve em nível relatiavamente bom. De acordo com  Luiz Blanc, gerente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia – ABIH para a equipe do Portal Leia já, “os 70%%, média, ou mais pacotes vendidos antes da greve estão assegurados, e agora se faz um esforço de fechamento dos 20% à 30% restantes. Mas em alguns casos vários hotéis já fecharam  em 100%”.

Luiz acredita que a equipe da ABIH irá a alcançar a média histórica de 85% a 90% de ocupação no carnaval. Os números redondos serão divulgados no final deste mês. Para ele, a semana do Carnaval ficou “blindada" quando houve poucas desistências, que ainda poderão ser recuperadas.

Vivemos em uma sociedade baseada no consumo, influenciada pelo marketing das empresas. Como o Brasil está em pleno desenvolvimento, nada mais normal do que o mercado oferecer uma quantidade maior de ofertas em relação à demanda.  Em uma fase onde esta ocorrendo um amplo desenvolvimento industrial, e por via de conseqüência, econômico, tornou-se mais difícil vender do que fabricar produtos.  A partir daí, surgiram as estratégias de marketing, na grande maioria sedutoras, como a facilidade de crédito, para impulsionar o número de vendas.

 

Não devemos confundir o consumo com o consumismo. Consumo significa adquirir bens e produtos para satisfazer reais necessidades. Comprar roupas, por exemplo, é uma necessidade porque precisamos nos vestir para vivermos numa sociedade que não aceita a nudez, ou porque vivemos em uma sociedade extremamente vaidosa.  O consumismo, por outro lado, é o ato, ou hábito, de adquirir produtos, na maioria das vezes, supérfluos e de maneira muitas vezes compulsiva.

Ampliando o quadro de considerações, asseveramos que recentemente foi divulgado uma pesquisa que coloca os jovens de classe C pernambucana como os principais consumidores de serviços de telefonia, tanto na modalidade de telefonia fixa quanto móvel. Eles ocupam cerca de 25% desse mercado.  Esses dados não seriam preocupantes se não fosse o fato desses mesmos jovens representarem a maior taxa de inadimplência do setor: quase 29%, pasmem!

Com efeito, possuir carro do ano, notebook de última geração, TV Full HD e outros itens supérfluos para alguns, necessários para outros, não é mais um privilégio para os ricos. Muitas famílias podem ter tudo isso graças à vasta oferta de crédito existente no mercado. O problema grave está no acúmulo das dívidas, que acabam comprometendo mais da metade da renda familiar, gerando o que os especialistas chamam de “superendividamento”.

Registre-se que o acesso ao crédito é essencial para a vida socioeconômica e o impedimento causado pela privação do mesmo (a inclusão do nome na lista do Serviço de Proteção ao Crédito, SPC e no SERASA) pode trazer muitos transtornos, basta saber que não é possível assumir cargos públicos quando se tem o “nome sujo” no mercado.

Outrossim, o problema da sociedade consumista brasileira está diretamente ligada, na maioria das vezes, ao (des)controle financeiro individual. A título ilustrativo, frisamos que no Recife, os homens com idade entre 31 e 40 anos e renda mensal de até 2 salários mínimos, representam o maior número de devedores, com 50,6%. Mas, em 2010, esses dados já foram ocupados pelas mulheres. De forma geral, as causas da inadimplência não mudam muito em razão da renda, faixa etária e sexo. A maioria dos inadimplentes assume a posição depois que perdem o emprego.

À guisa de arremate, sublinhamos que a melhor saída para evitar o endividamento é  deixar de ser consumista. Uma outra ferramenta importantíssima consiste no controle dos gastos da família. Elaboração de planilhas com gastos fixos e com anotação das parcelas de financiamento já feitas, etc. No caso de já existir a dívida, o melhor é renegociar os valores juntos aos credores na tentativa de congelar ou diminuir os juros. O mais importante é lembrar que se já existem dívidas, não se deve criar novas até a quitação das mesmas, além de ser necessário economizar em outros pontos, como lazer e gastos supérfluos, para, enfim, viver sem dores de cabeça.

Começamos 2012 com novo recorde nas vendas de automóveis no Brasil. Apesar de uma queda em relação a dezembro de 2011, janeiro fechou com alta de 9,8% em comparação ao mesmo período do ano passado. Hoje, o Brasil tem mais de 65 milhões de veículos em circulação, mais de 2 milhões deles estão em Pernambuco e 1 milhão se concentram apenas na Região Metropolitana do Recife.

Nesse contexto, atualmente, o Estado tem emplacado entre 1 mil e 1.300 veículos por dia. E a tendência é cada vez mais aumentar o número de  automóveis nas ruas, já que as vendas são impulsionadas pela facilidade de prazos e condições  de pagamentos, financiamentos longos, taxas de juros e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados, IPI. A frota da capital pernambucana é que representa uma preocupação maior em relação às demais capitais da região Nordeste, analisando Recife, Salvador e Fortaleza, as três cidades mais importantes econômica e politicamente da Região, a capital de Pernambuco é a que apresenta a maior relação carro/população.

Considerando todos os habitantes da cidade, mesmo aqueles abaixo de 18 anos e que não possuem carteira de habilitação, o percentual de moradores com carros chega a 31,9% da população. Nada comparado, entretanto,  à cidade de São Paulo,  que recebe cerca de 800 novos veículos por dia. Porém, é preciso lembrar que nossa estrutura viária também não pode ser comparada a capital paulista, haja vista que  possuímos um limitado espaço viário.

Passado o período de férias de verão, festas de final de ano e com a retomada das aulas escolares, cerca de 200 mil veículos voltam a circular em Recife, trazendo à tona os problemas com os congestionamentos nas principais vias da cidade. Para quem mora ou trabalha no Recife e região metropolitana e precisa deslocar-se,  seja de carro ou através de transporte público por vias onde não há faixa exclusiva para ônibus, as notícias sobre os congestionamentos não têm sido muito animadoras. A cada dia, a imagem  de trânsito parado nas ruas, avenidas e BRs tem feito parte da paisagem.

As vias existentes já não suportam o crescente número de veículos. Culturalmente, não  temos o hábito de usar a bicicleta ou  caminhar. Por outro lado, utilizar  transporte público torna-se quase inviável em face do tempo de espera e da superlotação. Inúmeros projetos sobre mobilidade estão em discussão atualmente: construção de viadutos, expansão das linhas de metrô e alargamentos de ruas. Mesmo se realizadas essas ações, que esperamos imensamente que ocorram,  provavelmente, elas  não serão suficientes para comportar o crescimento econômico que o estado está  vivendo. 

Com efeito, em alguns anos, seguindo a estatística de crescimento anual de 7% para veículos e superior a 16% para motos, Recife deverá repetir o retrato de São Paulo, com rodízio de veículos e pagamento de pedágios.  Antes disso, precisamos lembrar que, daqui a apenas 2 anos, receberemos número recorde de turistas para a Copa do Mundo de Futebol.

Caro leitor e atenta leitora, o fato é que, para seguirmos as lições dos países de primeiro mundo, precisamos parar de colocar a culpa dos engarrafamentos na fila dupla das escolas, na falta de viadutos ou na falta de sincronização dos semáforos e começar a pensar no coletivo. Hoje, temos uma taxa de ocupação de 1,5 ocupantes por veículo. Medidas simples, como rodízio  entre pais para levar os filhos à escola, ou de colegas de trabalho para ir ao escritório; melhoria na qualidade de transporte público, com maior número de veículos, mais opções de linhas e corredores exclusivos; além de qualidade na segurança pública e incentivo a utilização de bicicletas são medidas simples e que se desenvolvidas  poderão ser  capazes de reduzir o número de veículos nas ruas, trazendo mais qualidade de vida e proporcionando menos estresse à população.

Antes, cabia apenas ao Estado o estabelecimento da ordem. Reservavam-lhe, portanto,  a tarefa de generalizar, classificar, definir e separar categorias. Hoje, há outras mãos ao leme. As forças de mercado estão com a mão ao leme no processo de estabelecimento da ordem. Ou seja, a responsabilidade pela situação humana foi privatizada, também. Existe, por conseguinte, maior complexidade para se responder o que contribui para o subdesenvolvimento de um país. Mas tornar o mais possível ativa sua população é o necessário. O indivíduo inercial é nossa opção incorreta.   

Em países subdesenvolvimentos, os pobres são  “pessoas exploradas” que produzem para o Estado o produto excedente a ser, posteriormente, transformado em capital. Também podem ser vistos como  “exércitos de reserva da mão de obra”, que há de ser reintegrado na próxima melhoria econômica. Em países emergentes, há fundos sociais expressivos, além da preocupação em potencializar o trabalhador para o consumo. Em países desenvolvidos, surpreendemo-nos com discursos de campanha contextualizando o aumento de impostos – promessa de campanha nos discursos de Obama, hoje. Isto, antes, inconcebível.  Obama não é o único a fazê-lo no momento. De fato, há vozes na voz desses candidatos. Existem mais mãos ao leme. Não há como ignorar forças se fundindo: o público e o privado. Não se diria isso em campanha eleitoral, se tudo já não estivesse assentado em estruturas sistêmicas revisadas e atualizadas para o mundo à nossa frente.

Descrever, hoje, as sociedades modernas da Europa ocidental é compreender que grupos humanos buscam legitimar as diferenças entre os seus componentes, encadeando-as nas convenções da sua particular organização, rearticulando solidariedades étnicas, formas pré-capitalistas de produção, vida rural ou estamentos sociais com a imagem de Estado-nação, com capitalismo, com forma empresarial de organização, com convivências transnacionais  e consequentes valores jurídicos imbricados.  As pessoas precisam mais e mais participar  desses processos. E corretamente estão participando.

Não é mais possível restringir-se a fronteiras ou limitar-se a paralelismos ultrapassados e simplistas como exploradores e explorados.  Fixar-se nesse espelho é uma escolha incorreta. A política de campanha, por exemplo, é atraente como forma de substituir as manifestações de movimento.  Estar preso a manifestações ideológicas ultrapassadas que nos deixam apenas como explorados diante do espelho é a escolha errada. Essas ideologias  partem de premissas simplistas e arcaicas. País subdesenvolvido é país com seu povo sem demarcar identidades. É país de nômades. Disse-nos Edmond Jabes que nesse lugar-sem-lugar ( de nômades ) “não há avenidas, bulevares”. Existem apenas “vestígios, passos rapidamente apagados e negados como o que se encontra em desertos”.

Enquanto os trens de países subdesenvolvidos correm  em círculos (como os de brinquedo), os de países avançados rompem fronteiras. Definições são inatas, mas identidades são constituídas. O mundo não nos quer fixos. Deve-se negar a fixação de identidade.   O tempo já não estrutura o espaço. O que conta é a habilidade que o indivíduo tem de movimentar-se. Adequar-se, ter capacidade de assimilar experiências quando elas surgem. Potencializar-se através de investimentos educacionais é escolha prudente, por exemplo.

O carnaval no Nordeste, especialmente em Pernambuco, não é apenas um período de festas. A economia pernambucana neste período fica bastante aquecida pela quantidade de turistas que visitam o Estado, além do crescimento do comércio local. A diversidade de ritmos e festas que envolvem o carnaval pernambucano, mundialmente conhecido pelas festas de rua que arrastam milhares de pessoas, ao som de orquestras de frevo e acompanhadas de passistas, começam bem antes da semana oficial do reinado de momo.

São inúmeros os bailes a fantasias pré-carnavalescos que contribuem com o comércio das lojas de fantasias e acessórios locais. Alguns lojistas do ramo estão aproveitando o bom momento da economia nacional para investir na exportação desses produtos para países como os Estados Unidos, que adquirem  fantasias para as festas de Halloween, em outubro.

De acordo com dados divulgados pela Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), em 2010, o carnaval gerou uma receita de R$ 370 milhões de reais, com cerca de 800 mil visitantes no estado. Em 2011, a rentabilidade aumentou em 54%, atingindo R$ 570 milhões deixados por cerca de um milhão de visitantes, um registro de 96% de ocupação da rede hoteleira. Os resultados também foram positivos em todos os pólos do Estado. Bezerros, com os tradicionais Papangús, Águas Belas,  Nazaré da Mata e Vitória de Santo Antãoregistraram 100% de ocupação nos hotéis.

O Galo da Madrugada, considerado o maior bloco de carnaval do mundo, aparece como um grande motivador para atração de visitantes. Entre os principais emissores de turistas, 14,5% são do próprio estado, 40,9% do Nordeste, 38,6% do restante do Brasil e 6% são de origem internacional, principalmente dos Estados Unidos, Itália, França e Argentina.

O Governo do Estado de Pernambuco está investindo no carnaval 2012 um total de R$ 20 milhões, mesmo valor que o ano passado, porém abrangendo mais cidades do interior. A expectativa é de um carnaval maior e mais democrático, com aumento entre 8% e 10% no número de turistas no estado. 

 A Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL) também acredita que o comércio apresentará uma expansão de 6% nas vendas de carnaval deste ano. Considerando que as festas de momo pernambucanas tem aprovação de mais de 95% dos foliões que comparecem ao estado e que pesquisas feitas pela Empetur revelam que 82% dos entrevistados tem intenção de voltar no carnaval seguinte, o carnaval deve continuar sendo uma oportunidade de divulgação da nossa cultura e qualidade das nossas produções.

Apesar de todos os dados positivos, não podemos negar que ainda há muito que melhorar no carnaval de Pernambuco. Precisamos aumentar o número de oferta na rede hoteleira, melhorar a qualidade do transportes públicos para atender não apenas os foliões e investir na segurança, para continuarmos sendo referência como um dos melhores carnavais do mundo e para que cada ano nossas festas atraiam muito mais turistas e rendimentos para o Estado.

O carnaval no Nordeste, especialmente em Pernambuco, não é apenas um período de festas. A economia pernambucana neste período fica bastante aquecida pela quantidade de turistas que visitam o Estado, além do crescimento do comércio local. A diversidade de ritmos e festas que envolvem o carnaval pernambucano, mundialmente conhecido pelas festas de rua que arrastam milhares de pessoas, ao som de orquestras de frevo e acompanhadas de passistas, começam bem antes da semana oficial do reinado de momo.

São inúmeros os bailes a fantasias pré-carnavalescos que contribuem com o comércio das lojas de fantasias e acessórios locais. Alguns lojistas do ramo estão aproveitando o bom momento da economia nacional para investir na exportação desses produtos para países como os Estados Unidos, que adquirem fantasias para as festas de Halloween, em outubro.

De acordo com dados divulgados pela Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), em 2010, o carnaval gerou uma receita de R$ 370 milhões de reais, com cerca de 800 mil visitantes no Estado. Em 2011, a rentabilidade aumentou em 54%, atingindo R$ 570 milhões deixados por cerca de um milhão de visitantes, um registro de 96% de ocupação na rede hoteleira. Os resultados também foram positivos em todos os pólos do Estado - Bezerros, com os tradicionais Papangús, Águas Belas, Nazaré da Mata e Vitória de Santo Antão registraram 100% de ocupação nos hotéis.

O Galo da Madrugada, considerado o maior bloco de carnaval do mundo, aparece como um grande motivador para atrair visitantes. Entre os principais emissores de turistas, 14,5% são do próprio estado, 40,9% do Nordeste, 38,6% do restante do Brasil e 6% são de origem internacional, principalmente dos Estados Unidos, Itália, França e Argentina.

O Governo de Pernambuco está investindo no carnaval 2012 um total de R$ 20 milhões, mesmo valor que o ano passado, porém abrangendo mais cidades do interior. A expectativa é de um carnaval maior e mais democrático, com o aumento entre 8% e 10% no número de turistas no Estado.

A Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL) também acredita que o comércio apresentará uma expansão de 6% nas vendas do carnaval deste ano. Considerando que as festas de momo pernambucanas tem a aprovação de mais de 95% dos foliões que comparecem ao Estado, e que pesquisas feitas pela Empetur revelam que 82% dos entrevistados tem intenção de voltar ao carnaval do ano seguinte, a festa deve continuar a ser uma oportunidade de divulgação da nossa cultura e qualidade das nossas produções.

Apesar de todos os dados positivos, não podemos negar que ainda há muito que melhorar no carnaval de Pernambuco. Precisamos aumentar o número de ofertas na rede hoteleira, melhorar a qualidade dos transportes públicos e investir na segurança, para continuarmos a ser referência como um dos melhores carnavais do mundo e para que, a cada ano, nossas festas atraiam muito mais turistas e rendimentos para o Estado.

É no capitalismo que a democracia liberal se desenvolve, sendo o trabalho onipresente – descrição comum em nossos dias. Portanto, as pessoas se lançam a atividades produtivas para o consumo.  Mas a exigência do exercício da liberdade individual das pessoas, ou seja, a livre iniciativa acautela a intervenção do Estado no dia a dia dos indivíduos e fragiliza vozes absolutistas que tentam gritar ainda “O Estado sou eu” . 

A sociedade é conduzida -  e cada indivíduo, sobretudo - a uma correria sem fim, “da qual não mais são senhores e da qual a produção é a manifestação mais evidente”, diz-nos o sociólogo francês Michel Maffesoli.  Mas os indivíduos vão com pés acomodados em confortáveis sapatos que não deixam calos e não lhes roubam o prazer do consumo em acelerados meses do ano.

A democracia, inicialmente, tinha como característica fundamental  a prática da participação popular. Sendo, agora, a liberdade sua bandeira, a democracia provocou a expansão comercial na Europa no século XIV,  possibilitando  a origem de estados modernos e o fim de regimes ditatoriais. Mais adiante, surgiu a democracia liberal. Não nos esqueçamos de que liberdade de pensamento e livre discussão são valores últimos do liberalismo. E a democracia liberal teve como hóspede o capitalismo. É no capitalismo que a democracia liberal se desenvolve.

E com essa liberdade as instituições existentes puderam ser julgadas durante os anos que se sucederam. Revisadas e modificadas, legitimam costumes  e valores novos.  O tempo dos ponteiros do relógio se foi. Obsoletos objetos ainda há, mas na mão de colecionadores. Estácio, por exemplo, traz alguns protegidos sob seis ou setes panos, em caixas de aroeira e de cerejeira. A ideia de De Masi ( ócio criativo ) foi seu grande equívoco.  O trabalho é o significante maior, manifestando constantemente a presença do homem.  Onipresente, de fato, o trabalho.  E, com isso, tudo o mais se renova em sociedade.

Capitalismo e democracia, caro leitor e atenta leitora, são compatíveis?  Embora as  variadas crises do capitalismo estejam levando  diversos intelectuais e políticos a afirmarem que o capitalismo não contribui para o fortalecimento da democracia, essas asseverações são incorretas. Crises capitalistas ocorrem e continuarão a ocorrer, pois elas fazem parte da dinâmica desse sistema.  Por outro lado,  como bem demonstra a história, essas crises são passageiras, em razão das ações do Estado.

Os indivíduos são peças que integram e fazem funcionar as dinâmicas do capitalismo e da democracia. Suas impressões digitais não negam isso. A essência da prática individual no capitalismo e na democracia é o exercício da liberdade. Quem, por alguma razão, desejar tornar completamente PRIVADA a existência humana, talvez esteja equivocado hoje. Mas, seguramente, a mais privada de todas as atividades humanas ( a do trabalho ) chegou expressivamente com o capitalismo, permitindo às pessoas privatividade de seus bens e, claro, em alguns casos, quando lhe for negada, permitindo a oportunidade de transformar sua propriedade em apropriação para seu próprio usufruto. Mas não lhe é tirado o gozo do capital, do consumo e do usufruto. Não ignorar a economia em campanhas políticas e em gestão pública é representação prudente e inteligente. Criatividade não combina com ócio. Democracia, também não.

Não é de hoje que Pernambuco vem se destacando nas pesquisas nacionais relacionadas ao crescimento econômico. Desta vez, nosso Estado é destaque pela geração de empregos com carteira assinada em 2011, como mostram os dados divulgados recentemente pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Pernambuco gerou um total de 89.607, sendo 66.021 na Região Metropolitana do Recife, o que representou um aumento de 8,29% comparado ao ano de 2010. Essa expansão se deve ao aumento das vagas nos setores de serviços, construção civil - que vem aquecida há alguns anos devido ao grande número de empreendimentos na região-, comércio e indústria de transformação.

Nesse contexto, é  auspicioso registrar que nosso Estado é o líder do desenvolvimento do Nordeste, com crescimento de renda, grandes investimentos públicos e privados, aumento do nível de educação e diminuição da violência, embora já estivemos no topo da lista dos mais violentos. O crescimento do Estado se deve, inicialmente, às obras  estruturadoras como a Refinaria Abreu e Lima, a Petroquímica de Suape, o Estaleiro Atlântico Sul, a construção da Transnordestina, a Siderúrgica de Suape e a Fiat. Juntas, essas obras  estão trazendo um investimento de mais de R$ 40 bilhões para Pernambuco.

Ademais, importa assinalar que o Brasil registrou um total de quase 2 milhões de novos empregos em 2011. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foi o segundo melhor número da histórica do Caged, inferior apenas ao ano de 2010,  quando foram registradas 2.543.177 vagas.  A explicação para a queda está no aumento de juros e na adoção de medidas para segurar o crédito que foram objetivadas  no ano passado.

Na média nacional, o setor de serviços foi que mais cresceu, chegando a contratar mais de 900.000 pessoas. Seguido pelo comércio, com pouco mais de 452.000 contratações; construção civil, com cerca de 222.000 vagas; e a indústria da transformação, com 215.472 empregados. Aqui em Pernambuco,  Recife concentrou o maior número de vagas com 37.749, seguido por Ipojuca, que abriu 8.372 vagas, a maior parte delas voltada para a construção civil.

Ampliando o quadro de análise, se nos voltarmos para falar do além mar,  temos quase 200 milhões de desempregados, segundo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), situação que se agravou ainda mais depois da crise com o Euro. E são os  jovens que  continuam entre os mais atingidos pelo desemprego. 

Por fim,  é particularmente alegre enfatizar que no Estado de Pernambuco, a expectativa para 2012 e 2013 é que o crescimento continue ocorrendo, mas, na nossa ótica, mister se faz  pensar em formas de interiorizar esse crescimento e de levar desenvolvimento para o interior  para que o estado cresça como um todo. As obras da transposição do Rio São Francisco e da Transnordestina são apenas alguns passos para essa descentralização.

Entretanto, sabemos que a descentralização não acontecerá de um dia para o outro, por esse motivo,  é preciso investir cada vez mais em qualidade na educação para o interior, com oportunidades de cursos de capacitação e qualificação, além de estratégias para atrair investidores e grandes indústrias para o interior do Estado.

O Programa Opinião Brasil da semana fala sobre Economia internacional e intercâmbio e recebe, no estúdio, o economista Djalma Guimarães e a coordenadora educacional Liz Mendonça.

O Opinião Brasil é uma produção da TV LeiaJá em parceria com o núcleo de Comunicação Social da Faculdade Maurício de Nassau e, nesta edição, contou com a apresentação de Paulo Oliveira.

As Zonas de Processamento de Exportação (ZPE) são áreas delimitadas e destinadas à instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados no exterior, que gozam de incentivos tributários e cambiais, sendo consideradas zonas primárias para efeito de controle aduaneiro. Surgidas em 1959 na Irlanda, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior brasileiro, atualmente existem 3.500 ZPE em 135 países, gerando cerca de 68 milhões de empregos diretos.

Pensadas como forma de atrair novos investimentos externos através do aumento das exportações, que devem atingir o mínimo de 80% do total da produção, as ZPEs contribuiriam para impulsionar o progresso tecnológico, diminuir os desequilíbrios regionais e reduzir a migração para o Sudeste do país, já que, inicialmente e preferencialmente, as zonas estariam situadas nas regiões Norte e Nordeste.

Décadas se passaram sem que nenhuma ZPE fosse criada no Brasil. Em 1988, Pernambuco recebeu autorização do governo federal (Decreto nº 97.407, de 22/12/1988) para implantar uma ZPE que chegou a ser licitada, mas o processo não seguiu em frente. Em 2010, o governo federal retomou o programa das ZPEs baseado numa nova legislação e com o propósito de incluí-las na atual política industrial de desenvolvimento do país.

Nessa perspectiva, importa assinalar que atualmente o Brasil conta com 23 Zonas de Processamento de Exportação autorizadas a funcionar. Dessas, seis estarão prontas para operar ainda em 2012. A ZPE de Senador Guiomard, no Acre, ficou pronta em 16 meses e entrará em operação ainda em janeiro deste ano, com investimentos de iniciativa privada de aproximadamente R$ 40 milhões vindos da empresa chinesa Universal Timber.

Em Pernambuco, a primeira ZPE será construída em Jaboatão dos Guararapes e será chamada de Cone Suape, devido à proximidade com o Complexo Industrial de Suape. Com investimento de R$ 1,4 bilhão em iniciativa pública e privada, a previsão é de abrigar mais de 90 empresas nos próximos cinco anos, contribuindo para o desenvolvimento industrial local nos segmentos de navindústria, navipeças, tecelagem, farmacoquímico e metalmecânico.

Entretanto, para que uma ZPE se concretize, e isso é válido para qualquer estado, mais do que visão de negócios, são essenciais itens como logística e gestão. Mais uma vez, os olhos do país se voltam para Pernambuco. Na análise de vários especialistas, a ZPE/Suape será uma das principais do Brasil: o estado vem crescendo mais que o país em termos de investimentos e aliado a isto, está a modelagem da parceria público-privada para gestão e a logística privilegiada, uma vez que se localizará no pólo logístico de Pernambuco.

Outrossim, países como Cingapura, Coreia do Sul, Taiwan, Índia e China, que emprega 40 milhões de pessoas em ZPEs, apresentam projetos bem sucedidos de desenvolvimento voltados para exportação. Os Estados Unidos, por exemplo, tem 150 ZPEs em seu território, dados estes que nos levam a acreditar que estamos atrasados em relação ao mundo.

Por fim, importa registrar que a implantação das ZPEs no Brasil pode ser considerada a chance para muitas empresas investirem em qualificação de produtos e mão de obra, graças às facilidades fiscais, promovendo, assim, a competitividade e poder de comercialização. O Brasil precisa exportar mais e esta oportunidade pode estar nas Zonas de Processamento de Exportações, já que o país tem uma carga tributária alta frente a outros países.

Pernambuco é conhecido como um dos maiores polos carnavalescos do Brasil. Todo ano, milhares de foliões chegam aos estado para aproveitar a diversidade que marca a festa de Momo. Só o Recife atraiu no ano passado 700 mil visitantes, de acordo com a prefeitura. Já Olinda abrigou 60 mil turistas do Sábado de Zé Pereira até a Quarta-feira de Cinzas, de acordo com dados da Secretaria de Turismo, Desenvolvimento Econômico e Tecnologia de Olinda.

A economia também ganha com a festa. No Recife, a movimentação financeira passou dos R$ 500 milhões, envolvendo excursões, transporte, shows, alimentação e fantasias. Já na terra dos bonecos gigantes, o Carnaval gerou cerca de 60 mil empregos temporários. 

O período de festança traz lucros extras para autônomos, funcionários e donos de estabelecimentos. É o caso de Nanci Oliveira, proprietária da Flicks Fantasia. A loja abre durante o ano todo, mas tem um aumento significativo no Carnaval. Segundo Nanci, as vendas crescem 70% em fevereiro e são comercializadas mais de mil fantasias. A procura começa nas últimas semanas do mês de janeiro, mas durante os dias de festa é preciso dobrar o expediente para atenter à demanda. “Nos dias de carnaval, a procura é tanta, que chegam pessoas de última hora procurando fantasia e, às vezes, temos até que fechar as portas, se não viramos a noite”, conta. 

A estimativa da Secretaria de Turismo de Olinda, é que no carnaval desse ano, o número de visitantes aumente de 10% a 15%, podendo chegar a 70 mil pessoas, aumentando, assim, os lucros. Ainda segundo o órgão municipal, ainda é possível fazer reservas em alguns hotéis e pousadas localizadas na cidade, mas a expectativa é de que todas as vagas sejam preenchidas até o unício de fevereiro. O gerente do Hotel 7 Colinas, Jailson Silva, confirma a previsão de lotação. Todos os leitos já foram reservados desde outubro. “Estamos com o hotel lotado e ainda há fila de espera, mas não temos mais onde acomodar os hóspedes, então indicamos outras pousadas”, afirma.

O hotel recebe, em sua maior parte, estrangeiros, artistas nacionais e internacionais. A gerência oferece pacotes de carnaval com acomodações, café da amanhã, jantar e camarote para assistir aos desfiles dos blocos, durante os cinco dias de festa. Ainda segundo Jailson, o movimento cresce em 40% nesse período, por isso é necessário aumentar o quadro de funcionário. Além dos 45 colaboradores fixos da casa, são contratadas, temporariamente, mais 15 pessoas para ajudar com serviços gerais e como garçom. 

As idas e vindas dos foliões para as festas satisfaz outra categoria profissional, a dos taxistas. Com as limitações de acesso aos polos da festa e a aplicação da lei seca, o serviço é muito requisitado. No período, aliás, os foliões reclamam da dificuldade de conseguir um táxi livre. Há três anos no ramo, Jorge Eduardo Gomes, afirma que é o melhor período do ano e o mais cansativo também, já que é preciso, muitas vezes, dobrar o horário de trabalho. “Durante os cinco dias, conseguimos juntar dinheiro referente a um mês de trabalho”, informa. O lucro gerado vai totalmente para o funcionário, já que as empresas de táxis recebem uma mensalidade fixa para prestar os serviços de atendimento. Nessa semana, os taxistas deixam de lado a lei que proíbe veículos de um determinado município fazer ponto de outros lugares. “É uma guerra que vale a pena”, frisa.

Serviço:
Flicks Recife - Modas e Fantasias
Av. Conselheiro Aguiar, 851 – Boa Viagem - Recife/PE
Telefone: (81) 3326-6212

Hotel 7 Colinas
Ladeira do São Francisco, 307, Carmo - CEP 53120-070 - Olinda - PE
Telefax: (81) 3493-7766


Rio de Janeiro - Embora os gastos do governo com bens e serviços de saúde tenham aumentado em ritmo mais intenso entre 2007 e 2009, as famílias continuam contabilizando despesas mais elevadas nesse setor. Entre os dois anos, as famílias brasileiras responderam, em média, por mais da metade (56,3%) desses gastos, o que representou cerca de 4,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em todo o período. Já os gastos da administração pública aumentaram sua participação no PIB de 3,5% para 3,8% entre os dois anos.

Os dados fazem parte da pesquisa Conta Satélite de Saúde, divulgada hoje (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento traz informações sobre a produção, o consumo e o comércio exterior de bens e serviços relacionados à saúde, além de dados relacionados ao trabalho e à renda nas atividades que geram esses produtos.

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De acordo com o estudo, as famílias gastaram, em 2009, R$ 157,1 bilhões em bens e serviços de saúde, enquanto a administração pública desembolsou R$ 123,6 bilhões com o mesmo setor. Já as instituições sem fins lucrativos a serviço das famílias gastaram R$ 2,9 bilhões (0,1% do PIB).

Dessa forma, o consumo de bens e serviços de saúde naquele ano representou 8,8% do PIB total do país, alcançando R$ 283,6 bilhões.

Em 2009, as principais despesas de consumo final das famílias foram com outros serviços relacionados com atenção à saúde, como consultas médicas e odontológicas, exames laboratoriais (36,3% do total) e com medicamentos para uso humano (35,8%).

No caso da administração pública, 66,4% do total foi gasto com saúde pública. As despesas em unidades privadas contratadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) responderam por 10,8% e os medicamentos para distribuição gratuita representaram 5,1% dos gastos.

 

Estudo realizado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) em seus 187 países-membros colocou no papel o que todos nós já estávamos sentindo na prática: o custo de vida no Brasil está fora da realidade. E para se ter uma ideia disso, viver por aqui está mais caro que nos EUA. O que é estranhíssimo, pois países emergentes costumam ter custo de vida mais barato que os países desenvolvidos – com exceção para aqueles onde a hiperinflação destrói o poder de compra da população, o que não é mais o nosso caso.

Os países desenvolvidos geralmente têm produtos baratos (em sua maioria) e serviços caros. Isso porque os preços dos produtos tendem a convergir internacionalmente em economias abertas. O que pega aí são os impostos de importação. Como muita coisa que compramos vem de fora, morremos na mão da alfândega e na ganância dos importadores. Já os serviços no chamado primeiro mundo costumam pesar porque os salários, que têm participação significativa nessa atividade, são bem maiores.

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Foi anunciada oficialmente nesta quinta-feira (12) a chegada da WHB à cidade de Glória do Goitá, na Mata Norte pernambucana. A empresa é um player do segmento de autopeças brasileiro e deve gerar 1,8 mil postos de trabalho até 2018. O início da operação da fábrica acontece em julho próximo e a WHB será fornecedora da Fiat. Com sede em Curitiba, a empresa está investindo R$ 300 milhões na planta pernambucana, a segunda do grupo.

A fábrica ocupará uma área total de 350 mil metros, dividida em três etapas. A primeira, com as obras civis iniciadas no final de novembro passado, terá 40 mil metros de área construída. O prazo para que a unidade fabril esteja operando com carga total é de até oito anos, quando atuará em quatro frentes de produção.

A WHB começa a operar fabricando virabrequins – eixo de manivelas que compõe o motor. A capacidade inicial é de 2 mil peças por dia. Cabeçotes, bielas e bloco motor serão os outros produtos fabricados no estado. Além da Fiat, estão na cartela de clientes da empresa curitibana a Volkswagem e a GM Motors. Teodoro faz planos para a planta pernambucana. “Daqui a dois ou três anos vamos inverter a rota e exportar para as indústrias automotivas da China”, disse.

Durante o discurso, Eduardo Campos ressaltou a desconcentração da produção automotiva a partir de Pernambuco e o reflexo disso na economia. Ainda este ano, o município de Glória do Goitá receberá outra fábrica: a da Nissin, que entra em operação em outubro. Antes do início do evento da WHB, Eduardo visitou as obras da fabricante de macarrão instantâneo. Ele estima que com as duas indústrias operando “mais de 10% da população do município estará trabalhando no setor industrial”.

Cursos - Para qualificar a mão de obra local para as vagas ofertadas pela empresa, a WHB abriu uma escola profissionalizante. O curso tem duração de cinco meses com carga horária diária de oito horas. As aulas começam nesta segunda-feira e terão conteúdos de português e matemática, além dos específicos em mecânica. 

             No próximo ano, a WHB dará início ao Programa de Formação de Menores Aprendizes, quando serão destinadas vagas para jovens a partir de 14 anos. Parentes dos funcionários da empresa serão o público-alvo, dando continuidade à inclusão dos pernambucanos nas oportunidades de trabalho. “Eles fazem um curso de mecânica e saem com a vaga garantida”, afirmou o presidente da companhia, Teodoro Hubner.

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A economia da Alemanha provavelmente teve contração de 0,25% no quarto trimestre do ano passado, depois de ter crescido 0,5% no terceiro trimestre, segundo dados preliminares do escritório federal de estatísticas, o Destatis. O número ofuscou o cálculo de expansão de 3% em todo o ano de 2011, que ficou em linha com as previsões e havia sido considerado bom.

O resultado trimestral sugere que mesmo a maior economia da zona do euro não está imune ao enfraquecimento da demanda global e aos efeitos da crise de dívida da região. O governo acredita que o crescimento econômico do país neste ano vai se desacelerar e prevê expansão de 1,0%. O Bundesbank, banco central alemão, no entanto, espera uma contração de 0,6%.

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Em um comunicado, o Ministério da Economia do país afirmou que a atividade econômica alemã vai ganhar ritmo em meados deste ano. "Os efeitos negativos deverão perder força gradualmente depois da metade do primeiro semestre e o desempenho econômico vai se acelerar", disse. As informações são da Dow Jones.

 

São Paulo – A taxa de brasileiros que estão otimistas quanto à situação econômica do país ficou em 67,2% em dezembro, 3,5 pontos percentuais a mais do que em novembro e maior do que o apurado no mesmo período de 2010 (64,6%). Segundo o Índice de Expectativa das Famílias (IEF) divulgado hoje (5), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 78,2% das famílias indicaram estar melhor financeiramente atualmente do que há um ano, número maior do que o analisado no mês anterior (74,7%).

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A pesquisa revelou ainda que 86,6% das famílias têm expectativas positivas para a situação familiar este ano. Outras 57,4% acreditam que o momento é ideal para adquirir bens de consumo, enquanto 39,2% consideram que não é o momento de ir às compras.

De acordo com o presidente do Ipea, Márcio Pochmann, o otimismo das famílias brasileiras deve-se à confiança de que o país continua crescendo mesmo que em um ritmo menor e que, ainda assim, o crescimento registrado permitiu a ampliação dos postos de trabalho, além da elevação da renda, principalmente nos segmentos que constituem a base da pirâmide social.

“Ao mesmo tempo, dezembro é um mês em que se recebe o décimo terceiro salário e em que se ampliam as vagas de trabalho temporárias, dando a perspectiva de que esse tipo de situação possa ter continuidade ao longo do ano de 2012”.

Pochmann ressaltou que as pessoas com maior grau de escolaridade são as mais otimistas enquanto as de menor grau de escolaridade são as mais pessimistas. Os dados indicam que, entre os otimistas, 73% possuem grau superior, acima dos 63,2% registrados no mês de novembro. Entre os pessimistas, estão 57,7% que não têm escolaridade, menos do que no mês anterior (59%). A classe sem escolaridade teve crescimento das expectativas negativas, para os próximos 12 meses, de 26,4%, registrados em novembro, para 30,3%, em dezembro.

O presidente do Ipea disse também que o segundo semestre do ano passado foi um momento em que as famílias decidiram fazer ajustes quanto ao seu endividamento. Os dados mostraram que, em dezembro, 56,1% das famílias afirmaram não ter dívidas, mais do que o registrado no mês anterior (55,6%). “A elevação da taxa de juros no ano passado, de certa maneira, serviu como processo educativo para as famílias não tomarem tanto crédito quanto vinham tomando”, observou Pochmann.

De acordo com os números, 92,3% das famílias não planejam tomar empréstimo ou financiamento para adquirir algum bem nos próximos três meses. Em novembro, esse índice era de 89,8%.

O índice de confiança do consumidor da França permaneceu baixo em dezembro, em torno de níveis vistos pela última vez durante a recessão no país em 2008 e 2009, segundo dados do instituto nacional de estatísticas, o Insee. O índice geral ficou estável em 80. A última vez que o índice caiu abaixo de 80 foi em outubro de 2008, depois do colapso do Lehman Brothers.

O instituto revisou a metodologia do índice de confiança do consumidor, o que levou a pequenas mudanças nos dados dos meses anteriores, como o de novembro - que foi revisado de 80 para 79. O Insee calcula que a França entrou em mais uma recessão no quarto trimestre de 2011, que prosseguir nos três primeiros meses deste ano. As informações são da Dow Jones.

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Brasília - Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) reduziram a projeção para o crescimento da economia em 2011 e neste ano. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas produzidas no país, caiu de 3,4% para 3,3%, em 2012. Para o ano passado, a projeção foi reduzida pela sexta semana seguida, ao passar de 2,9% para 2,87%. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará o resultado do PIB de 2011 em março deste ano.

Essas projeções para o crescimento da economia estão no boletim Focus, publicação semanal elaborada pelo Banco Central (BC). Essa pesquisa também traz estimativas dos analistas para outros indicadores econômicos, como a produção industrial, que tem projeção de crescimento de 3,43%, este ano. A estimativa para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB passou de 37,5% para 37,35%.

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A expectativa para a cotação do dólar continua em R$ 1,75, para o final de 2012. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi ajustada de US$ 18,28 bilhões para US$ 17,9 bilhões, em 2012. Para o ano passado, a estimativa passou de US$ 29 bilhões para US$ 28,1 bilhões. Hoje (2), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulga os resultados da balança comercial do ano passado.

Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa permanece em US$ 53 bilhões, em 2011, e passou de US$ 68,3 bilhões para US$ 68 bilhões, neste ano.

A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi ajustada de US$ 60,2 bilhões para US$ 63 bilhões, em 2011, e mantida em US$ 55 bilhões, em 2012.

Entra em vigor a partir de hoje (1º) o reajuste do salário mínimo, que passa de R$ 545 para R$ 622, um aumento de R$ 77. O novo salário mínimo corresponderá a R$ 20,73 por dia e o valor pago pela hora de trabalho será de R$ 2,83.

De acordo com cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o aumento de 14,13% vai injetar R$ 47 bilhões na economia brasileira. Descontada a inflação estimada para 2011, o aumento real do salário mínimo deve ser de 9,2%.

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Ainda segundo o Dieese, 48 milhões de pessoas têm sua renda vinculada ao valor do salário mínimo e, portanto, serão diretamente beneficiadas com o aumento. O governo também passará a arrecadar R$ 22,9 bilhões a mais devido ao aumento do consumo causado pelo reajuste.

O novo salário mínimo de R$ 622 terá impacto de R$ 23,9 bilhões nas contas públicas em 2012. De acordo com governo, a maior parte desse montante corresponde aos benefícios da Previdência Social no valor de um salário mínimo que serão responsáveis pelo aumento de R$ 15,3 bilhões nas despesas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O método de reajuste do salário mínimo foi definido por meio de medida provisória aprovada pelo Congresso. A lei que fixa a política de reajuste do salário mínimo estabelece que o valor será reajustado, até 2015, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.

Também começa a valer hoje o reajuste de 14,12% no valor do benefício do seguro-desemprego. Com isso, o valor máximo pago ao trabalhador passa de R$ 1.010,34 para R$ 1.163,76. O percentual de reajuste está em resolução do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador publicada no dia (30) no Diário Oficial da União.

O benefício é pago em, no máximo, cinco parcelas de forma contínua ou alternada. Quem, nos últimos três anos, trabalhou entre seis meses e 11 meses recebe três parcelas. Aqueles que trabalharam entre 12 meses e 23 meses recebem quatro parcelas e quem comprovar vínculo empregatício de, no mínimo, 24 meses, recebe cinco parcelas.

Tem direito ao seguro-desemprego o trabalhador dispensado sem justa causa, que tenha recebido salários consecutivos no período de seis meses anteriores à data de demissão e tenha sido empregado de pessoa jurídica por pelo menos seis meses nos últimos 36 meses.
O trabalhador tem do sétimo dia ao 120º dia após a data da demissão do emprego para requerer o benefício.

Os pernambucanos que possuem contas de água atrasadas terão uma grande oportunidade de saldar a dívida pagando ainda menos. A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) anunciou, nesta quinta-feira (29), a campanha “Fique legal com a Compesa”, que oferece condições especiais de negociação para quem deseja sair da inadimplência.

No pagamento à vista de contas em atraso até o dia 1° de março deste ano, os consumidores terão 80% de desconto. Para o pagamento parcelado a economia será de 40%. A campanha segue até o dia 31 de janeiro de 2012 e a partir desta sexta-feira (30) os clientes já podem procurar um dos 103 postos de atendimento da companhia espalhados por todo o Estado.

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Com a medida, a Compesa pretende recuperar R$ 104 milhões de um montante de R$ 570 milhões de dívidas acumuladas pelos clientes nos últimos 10 anos. Atualmente, cerca de 340 mil pessoas estão em débito com a companhia. Para  chegar até o cliente residencial inadimplente, a Compesa vai enviar 350 mil cartas informando da campanha e fazendo a convocação para a negociação. O projeto também será divulgada por emissoras de rádio.

A Compesa aproveitou a oportunidade para anunciar que a partir de 2012 a empresa vai premiar os clientes que pagam as contas em dia. Em março, a companhia fará uma aferição da matrícula dos clientes adimplentes das contas dos últimos seis meses, incluindo janeiro de 2012. A empresa realizará o sorteio em março e os prêmios (televisores, geladeiras e DVDs) serão entregues em abril.


CONDIÇÕES ESPECIAIS: O desconto de 80% é para o pagamento à vista de dívidas contraídas até 01/03/2011, e também exclui juros e multas dessa dívida. Quem optar pelo parcelamento, o desconto será de 40% do total do débito, sendo a entrada o valor da sua última fatura. Pagamento em até 24 parcelas, além dos 40%, os juros não será cobrados. Escolhendo quitar a dívida em até 48 meses, os juros cobrado será de 0,5% e em até 60 meses, a taxa será de 1,0%. O desconto se estende inclusive para os clientes da Tarifa Social.

OPORTUNIDADE PERDIDA: Com o encerramento da campanha no dia 31 de janeiro de 2012, a Compesa voltará a negativar o cliente no SPC e SERASA.  Serão incluídos aqueles que têm conta em atraso a partir de 30 dias e contas acima de R$ 26,23 (tarifa mínima). Por lei, os clientes da Tarifa Social não podem ser negativados. Outra medida será o corte e vale para o cliente também com conta de 30 dias de atraso e contas acima de R$ 5,61, que é o valor da taxa da Tarifa Social. A terceira ação será o envio de cliente para cobrança judicial.

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