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O apoio emocional e psicológico durante as diversas fases que envolvem a gestação é fundamental, especialmente na vida da mulher, visto que as mudanças são incontáveis. Com o objetivo de oferecer auxílio, confiança e conforto à parturiente e à sua família, as doulas acompanham a gravidez, o parto e o puerpério, 

Pensando nisso, a Amazônida Produtora e o Coletivo MãeDalas criaram o primeiro curso de formação para doulas e educadoras perinatais da Amazônia, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) e com estágio supervisionado na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). O curso, presencial, tem estrutura curricular essencialmente regional, para uma formação humanizada das raízes amazônicas, valorizando os profissionais técnicos da área da saúde local e os conhecimentos tradicionais das mestras de saberes populares e das parteiras que ainda vivem nos interiores do Estado.

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O curso “A Arte de Doular” é realizado a partir das diretrizes da Federação das Doulas do Brasil e é certificado pelo MEC. Segundo a doula Marluce Araújo, uma das idealizadoras, o curso de formação surge com o objetivo de ampliar o número de doulas e mostrar o papel e a importância dessas profissionais na gestação, parto e puerpério. Além disso, é uma forma de incentivo para que o serviço chegue ao Pará de forma gratuita às gestantes que não possuem condições financeiras de contratá-lo.

“O curso vem dessa necessidade de ampliar essa rede de mulheres que servem outras mulheres e que trazem poesia e arte para compor esse cenário que muitas vezes se torna pesado e desafiador”, diz Marluce.

Marluce pratica a arte de doular há nove anos e diz que a decisão de se tornar doula veio logo após o parto de seu primeiro filho, tendo a presença da profissional naquele momento e que fez toda a diferença para ela, deste a gestação, até o momento do parto. “Ela me apoiou e realmente me ajudou muito nos momentos mais delicados do meu trabalho de parto”, afirma.

A atuação da doula considera todo o apoio científico e holístico adquirido em curso preparatório. A profissional oferece apoio físico, psicológico e emocional para a gestante e sua família, como uma forma de passar mais segurança para todos que vivenciarão a experiência, especialmente a gestante.

“A doula é a profissional que, no cenário do parto, vai ser a primeira a chegar e a última a sair. É a mulher que serve outra mulher, apoiando, auxiliando, informando, empoderando para que ela possa compreender esse processo fisiológico do parto; o que é uma intervenção; qual a necessidade, se há ou se não há necessidade de intervenção. É a guardiã da mulher e da nova vida que está para chegar”, complementa.

As doulas atuam com diversas técnicas para facilitar o momento do parto, como escolher as posições que vão ser eficazes para ampliar o corpo, utilização de óleos essenciais e bolsa térmica. Um dos instrumentos utilizados, chamado de “rebozo”, é um tecido para fazer fricções na pélvis, ajudando a aliviar a dor das contrações e auxiliar na descida do bebê. Além disso, danças e chá de bênçãos são usados como uma forma de encorajar a gestante.

Sendo um pilar fundamental para o trabalho das doulas, a Naturopatia – medicina natural que utiliza práticas integrativas e holísticas em tratamentos para a saúde – não atua diretamente durante o trabalho de parto, mas auxilia no período gestacional e no momento de preparação para a chegada do bebê com cuidados naturais, por meio de óleos essenciais e chás. Danielle Souza, naturopata há nove anos e produtora do curso, vem de uma família que acredita no poder da natureza e especializou-se em ginecologia natural, assistindo mulheres desde a menarca – primeira menstruação – ao climatério – período entre a fase fértil e a última menstruação.

“Na Naturopatia, trabalhamos, por exemplo, com shantala [técnica de massagem indiana que serve para acalmar o bebê]; banhos de ervas para o recém-nascido, para prevenir cólicas; cuidados de chás e banhos, para auxiliar no ginecológico da mulher; absorventes de chá gelado, para diminuir o inchaço no pós-parto; banhos de assento e, principalmente, no caso de mulheres que passam pela cesárea, alguns tipos de técnicas que auxiliam, inclusive, nesse pós-operatório, como tinturas que são desinflamatórias, pomadas que são cicatrizantes naturais”, esclarece Danielle.

A naturopata fala sobre a importância da presença da doula no parto, o que possibilita à mulher e à família uma chance de viver a ocasião de forma segura e respeitosa. Danielle aponta que a profissional repassa muito mais que informações técnicas, levando em consideração a sensibilidade que um nascimento possui e a preparação necessária para seu acontecimento, agregando conhecimento acerca dos procedimentos e fases.

Danielle salienta o quão primordial é a presença dessas profissionais no período de pós-parto – assim como durante a gestação e o parto – para as puérperas, uma vez que existem doulas especializadas nessa etapa para oferecer o vital apoio afetivo e emocional. A naturopata destaca que, principalmente em quadros de baby blues – período temporário de oscilação emocional, que dura, geralmente, duas semanas – e depressão pós-parto, o acompanhamento é essencial.

“A doula, muitas vezes, é essa profissional que identifica que a puérpera precisa de acompanhamento psicológico. O limiar entre processos que são puerperais e processos da saúde mental, de adoecimentos mentais, são muito próximos”, assinala.

Cronograma do curso

11 e 12 de Junho

25 e 26 de Junho

13 e 14 de Agosto

10 e 11 de Setembro

Setembro e Outubro: Visita técnica e Estágio Supervisionado

31 de Outubro: Trabalho de Conclusão

Por Isabella Cordeiro, Juliana Maia e Lívia Ximenes (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Uma mulher foi multada ao dar à luz a sua primeira filha em um motel, em São Paulo. Devido ao número de pessoas no quarto, os papais receberam a multa de R$ 1.082 por orgia. Antes de dar entrada no estabelecimento, Priscila Bomfim chegou a ir ao hospital, mas não tinha dilatação suficiente e foi mandada para casa.

No dia do parto, ela e o marido ficaram presos no trânsito e a doula que acompanhava a gestação sugeriu que entrassem em um hotel, mas no percurso encontraram apenas um motel. No local, o casal pediu um quarto com banheira.

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Na manhã do dia seguinte, após fortes contrações, a bolsa estourou e a pequena Chloe nasceu. A doula não conseguiu chegar a tempo e repassou as instruções para o parto via celular. "Era impossível chegar ao hospital, vai nascer", relembrou a mãe ao Vírgula.

 Por conta da quantidade de pessoas que chegaram ao quarto após o nascimento de Chloe - cerca de três - o casal recebeu a multa quatro vezes maior que o valor da estadia, por orgia e para higienização especial das dependências, no início do mês de setembro.

Uma professora de Educação Física, uma nutricionista, uma arquiteta e uma doula: o que essas quatro mulheres têm em comum? Além de amigas e mães, compartilham das mesmas inquietações quando o assunto é festa infantil. Em abril deste ano, elas criaram o projeto (RE)Fazendo a Festa para discutir caminhos para a construção de festas mais reais, simples, afetivas e felizes. Em sua segunda edição, o (RE)Fazendo a Festa está com inscrições abertas e acontece no dia 13 de julho, às 15h, no Nosso Bistrô, em Casa Forte.

O projeto surgiu quando a educadora física, Natália Barros, começou a organizar o primeiro aniversário do seu filho, João. A quantidade de lixo gerado numa festa tradicional, a comida oferecida e as brincadeiras sugeridas foram questões que a professora se viu motivada a mudar e desconstruir. “Me perguntava por que seguir todos aqueles protocolos de uma festa tradicional infantil, por que não pensar em uma decoração sustentável e uma festa que gerasse menos resíduos? Que oferecesse um cardápio mais saudável para as crianças e brincadeiras que fossem livres e guiadas por elas?”, lembra.

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A programação da segunda edição do (RE)Fazendo a Festa abordará os temas brincadeiras livres, com a educadora física Natália Barros; cardápio saudável, com a nutricionista Priscila Medeiros; lembrancinhas com afeto, com a doula Priscila Maia; e decoração sustentável, com a arquiteta Ísis Figueirôa. Os interessados em participar devem enviar e-mail para o endereço refazendoafesta@gmail.com. As vagas são limitadas e a inscrição custa R$ 30.

SERVIÇO | (RE)Fazendo a Festa (2ª edição)

Data: 13/07

Horário: 15h

Local: Nosso Bistrô (Rua Alfredo Fernandes, 61 - Casa Forte)

Inscrições: refazendoafesta@gmail.com

Valor: R$ 30

Da assessoria

A Comissão de Seguridade Social da Câmara vai reunir hoje profissionais de saúde para discutir a regulamentação da profissão de doulas, as assistentes de gestantes. Além de uma médica e de uma enfermeira obstetra, a audiência pública terá dirigentes das associações de doulas do Distrito Federal, Rio de Janeiro, Paraíba e Santa Catarina.

Um projeto de lei (PL 8363/17) da deputada Erika Kokay (PT-DF) define doula como a profissional habilitada em curso para apoio físico, informacional e emocional à gestante, sobretudo antes, durante e após o parto. O debate foi pedido pela relatora da proposta, deputada Benedita da Silva (PT-RJ), que busca subsídios para embasar seu parecer. Segundo a relatora, é preciso deixar claro que o trabalho das doulas não se confunde com o dos demais profissionais de saúde que atendem as gestantes.

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"A expectativa é a de que haja uma troca de informações para que não se tenha o receio de compreender o papel das doulas, que, de forma nenhuma, atropela o trabalho do médico e da enfermagem. E profissionalizar. Nós já temos no SUS um atendimento de doulas e é preciso uma ampliação desses serviços e que cada vez mais as mulheres que tomam a decisão de ter filhos possam se apoderar dessa qualidade de pessoas que são as doulas".

Benedita da Silva lembra que, no SUS, muitas gestantes chegam desacompanhadas na hora do parto. A deputada argumenta que as doulas têm papel fundamental no processo de parto humanizado. Uma audiência pública já debateu a regulamentação profissional das doulas no Rio de Janeiro. Um encontro nacional da categoria está previsto para este ano. A proposta de regulamentação profissional das doulas também vai passar pela análise das Comissões de Trabalho e de Constituição e Justiça da Câmara.

 Da Agência Câmara Notícias 

No próximo sábado (14), a organização não governamental Cais do Parto realiza curso de Preparação para o parto, voltado para profissionais da área de saúde. Podem participar também gestantes, companheiros e doulas. A ONG desenvolve trabalhos nas áreas de saúde, cidadania, educação, além de trabalhos e cursos de gestação, parto, pós-parto e na formação de doulas e parteiras tradicionais.

O curso dá um enfoque especial ao parto natural e nas dicas de como ter uma experiência de parto positiva. Serão abordadas as fases do trabalho de parto, como cronometrar as contrações, métodos farmacológicos e não farmacológicos para o alívio das contrações, respiração e relaxamento. 

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As inscrições são feitas através do email marlacais@gmail.com. O investimento é de R$ 130 para uma pessoa e R$ 170 para o casal. 

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