Tópicos | Doenças Sexualmente Transmissíveis

A ampla divulgação de que a aids é uma doença que tem tratamento eficaz dá às pessoas, principalmente aos jovens, a falsa sensação de proteção e faz com que elas não se protejam corretamente contra essa e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). A afirmação é da infectologista do Comitê de HIV/Aids da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Tânia Vergara.

A especialista alerta que essa percepção de “pouco risco de morte” por aids é equivocada e não pode ser confundida com uma segurança de exposição indiscriminada ao vírus. “A cura da aids não é uma realidade ainda. E se não se trata corretamente essa doença, que tem um potencial alto de mortalidade, ela vai ocorrer. O desenvolvimento natural da doença sem controle é para a morte”.

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Segundo dados do Ministério da Saúde, de 2007 a junho de 2016 foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 136.945 casos de infecção pelo HIV no Brasil. A maioria (52,3%) dos casos ocorre em pessoas na faixa etária de 20 a 34 anos. Nos últimos cinco anos, o Brasil tem registrado uma média anual de 41,1 mil casos de aids.

A infectologista da SBI explica que, embora os tratamentos para aids sejam eficazes, a pessoa infectada fica dependente do uso diário de medicação. “Então, é uma falsa noção de que se tratar ele vai ficar bem”, disse. Segundo Tânia Vergara, o tratamento exige acompanhamento médico regular e tem efeitos colaterais.

Sífilis e hepatites

A única forma segura e eficaz de se prevenir contra as ISTs é com o uso da camisinha, segundo a especialista, que ressalta que as pessoas lembram da aids, mas se esquecem de outras doenças como sífilis e hepatites virais. “Estamos em uma grande epidemia de sífilis há dois anos”, destacou. Segundo Tânia, mesmo contraindo a sífilis várias vezes, manifestada por feridas, corrimentos ou verrugas ano genitais, as pessoas continuam se expondo à infecção por não se protegerem.

No período de 2010 a junho de 2016 foram notificados no Sinan 227.663 casos de sífilis adquirida. Entre 2014 e 2015, houve um aumento de 32,7% nos registros da doença. Em 2015, o número total de casos notificados de sífilis adquirida no Brasil foi de 65.878. Naquele ano, observou-se que 55,6% desses casos eram da faixa etária de 20 a 39 anos.

Segundo Tânia Vergara, a desproteção também está relacionada à ideia de que o prazer é a coisa mais importante. “O sexo é muito ligado à emoção, tem muito instinto ligado a isso. E não aprendemos que linguagem usar para as pessoas entenderem [a importância da prevenção contra as ISTs]”, disse. Ao mesmo tempo, segundo ela, se fala muito pouco sobre sexualidade com os jovens. “Está cada vez mais na escura. Estamos precisando falar o que está acontecendo”, ressaltou.

No caso das hepatites virais, de 1999 a 2015, foram notificados no Sinan 514.678 casos confirmados no Brasil. Destes, 161.605 (31,4%) são referentes à hepatite A; 196.701 (38,2%) de hepatite B; 152.712 (29,7%) de hepatite C; e 3.660 (0,7%) de hepatite D.

No Brasil, a taxa de incidência da hepatite A foi maior nos anos de 2004 e 2005. A taxa de detecção das hepatites B e C apresenta tendência de aumento, sendo que a hepatite B apresentou maiores taxas em relação à hepatite C em todo o período. As menores taxas são observadas para a hepatite D.

Testes

A orientação da infectologista é que pessoas que não têm o hábito de usar preservativos nas relações sexuais façam exames regularmente para identificar eventuais infecções e impedir sua disseminação. “Mas o exame não é curativo. O exame só diagnostica a doença, não previne que se pegue. A importância do exame é para se tratar mais cedo e reduzir a cadeia de transmissão”, alerta.

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Um ônibus do programa estadual “Prevenção para Tod@s” entrou em circulação nesta quarta-feira (26). O veículo auxiliará em ações de testagem, diagnóstico e sensibilização sobre AIDS e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). 

Com investimento governamental de R$ 400 mil, o equipamento contará com uma equipe multidisciplinar, formada por enfermeiro, psicólogo, técnico de laboratório, farmacêutico e educadores de pares. Além da testagem, haverá aconselhamento ao paciente antes e após o exame. Em casos positivos, será feito o direcionamento para uma unidade de referência para o tratamento da doença. 

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Além disso, serão realizadas ações em áreas de concentração de populações mais vulneráveis, como pessoas privadas de liberdade, usuários de drogas, prostitutas, travestis e gays. 

Com informações da assessoria 

A partir da segunda-feira (10), estará disponível gratuitamente em todo o país a vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), em escolas públicas e privas e postos de saúde. O foco em 2014 é vacinação de meninas com idade entre 11 a 13 anos.

A vacina distribuída é quadrivalente, protegendo contra os quatro tipos mais comuns da doença: 6 e 11, responsável por 90% dos casos de verrugas genitais; 16 e 18, por 70% dos casos de câncer do colo do útero. A campanha foi vista a maus olhos por muitos pais, que consideraram a faixa etária baixa, e consequentemente, a vacina como um incentivador para o início das relações sexuais.

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“A vacina é uma forma de evitar que as doenças causadas pelo vírus, como o câncer do colo de útero, atinjam essas meninas futuramente. Em nenhum momento ela serve de indutor para a precocidade nas relações sexuais”, afirma a ginecologista Adriana Campaner, da Santa Casa de São Paulo.

O HPV é uma doença sexualmente transmissível, e o vírus, com características assintomáticas, pode ficar encubado por longos períodos, impedindo a manifestação e identificação da doença. È possível detectá-lo a partir de lesões resultantes do HPV, como o câncer do colo do útero e verrugas genitais, que podem atingir ambos os sexos. Outro exame ginecológico, o papanicolau, ajuda a confirmar a presença do câncer de colo do útero. Quando feito com acompanhamento correto, anualmente, é possível prevenir quase 100% dos casos de câncer. Mesmo quem não teve HPV, corre o risco de contrair a doença em algum momento da vida.

Para a campanha que tem início na segunda (10), serão distribuídas 15 milhões de doses nos 36 mil postos de saúde do país.

 

 

O IX Workshop de Enfermagem em Saúde da Mulher será realizado no dia 28 deste mês, no Recife. O evento é uma realização dos acadêmicos de enfermagem da Fundação de Ensino Superior de Olinda (FUNESO) e tem como tema doenças sexualmente transmissível.

A ação será realizada no Auditório Professor Jorge Logo, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Centro de Ciências Biológicas (CCB), no horário das 14h às 18h. O Campus Recife fica na Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária, na Zona Oeste da cidade.

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Entre os assuntos que serão trabalhados no encontro estão palestras sobre sexualidade na mulher, vivência da mulher trabalhadora, mitos e verdades sobre prótese de silicone, e violência contra a mulher. As inscrições podem ser feitas pelos telefones (81) 8746-2660, 8603-3282 ou 8620-5638 e os ingressos custam R$ 25.



Ações de cidadania, saúde, educação e arte integram a programação do Dia Internacional da Mulher em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife. A agenda, que teve início nesta quarta (6), segue até a sexta (8) com o show da cantora Fafá de Belém, às 19h, no centro de Ipojuca. A artista vai cantar os maiores sucessos do seu vasto repertório.

A agenda também inclui exames preventivos para o câncer de mama e o de útero e emissão de documentos. Além disso, orientações de proteção do consumidor, exposição de mulheres artesãs, palestras sobre a Lei Maria da Penha e Doenças Sexualmente Transmissíveis e espetáculos teatrais com personagens da cultura popular em escolas púbicas municipais também marcam a data.

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Confira a programação:

18h - Apresentação Teatral Mateus e Catirina em Nem com uma flor

Praça Getúlio Vargas (Centro – Ipojuca)

18h30 - Apresentação Teatral Mateus e Catirina em Nem com uma flor

19h - Show com a Cantora Fafá de Belém

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