A portaria 13.53 de 2011 do Ministério da Saúde diz que a orientação sexual não deve ser usada como critério para barrar possíveis doadores de sangue. Entretanto, na prática, essa não é uma realidade. Atualmente, duas normas vinculadas à ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e outra ao Ministério da Saúde, vetam a doação de sangue por homens que tenham tido relação sexual com outros homens, no período de 12 meses.
De acordo com o IBGE, 101 milhões de homens vivem no país e, desse total, 10,5 milhões se declara como homo ou bissexual. Levando em consideração que um homem pode doar até quatro vezes no ano, isso revela o desperdício de quase 19 milhões de litros de sangue por esse grupo ainda considerado de risco. Uma ação de 2016 em curso no STF pretende suspender essa barreira, alegando que ela ofende a dignidade da pessoa humana por impedir que elas sejam como são.
Para compreender melhor esse cenário, o LeiaJá conversou com homens que vivenciaram essa restrição, além da coordenadora do IHENE (Instituto de Hematologia do Nordeste), um dos maiores centros de capatação de sangue da região. Confira a reportagem a seguir:
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