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Erguido pela resistência e amor dos seus mais de 53 milhões de filhos, o Nordeste conquista admiradores como um símbolo de orgulho e é homenageado neste dia 8 de outubro. Reconhecida por suas expressões culturais, paisagens maravilhosas e culinária peculiar, a região atrai turistas de todo o mundo na busca por uma experiência única no Brasil. 

Constituído por nove estados, Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Sergipe, Bahia, Rio Grande do Norte, Maranhão, Ceará e Piauí compartilham costumes similares ao passo que preserva as particularidades do seu povo em cada esquina.

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Sendo o Brasil mais próximo da África e da Europa, o Nordeste carrega os traços mais marcantes da mistura das culturas estrangeiras com os povos originários e entrega uma cultura popular legitimamente brasileira. 

O LeiaJá foi ao Mercado de São José, centro de comércio popular no Recife, para saber dos pernambucanos porque o nordestino tem tanta admiração por sua região. 

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Em 21 de maio de 2002, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu a Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento, como maneira de celebrar a declaração da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), definido a importância de respeitar e apreciar as diversas culturas espalhadas pelo planeta. 

No Brasil existe uma ampla diversidade cultural, como as indígenas, europeias, negras e quilombolas. “Também temos uma ampla sociobiodiversidade cultural, que abrange povos oriundos de outros países que vieram ao Brasil. Essa dinâmica é muito importante, e, recentemente, também recebemos os bolivianos e venezuelanos, que contribuem de maneira incrível com a nossa cultura brasileira”, explica o professor, ensaísta, pesquisador de literatura e cultura,e autor do livro “Cultura e literatura: diálogos” (2008), Valmir de Souza. 

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Apesar do Brasil ser lar de diversas culturas, Souza destaca que ainda existe uma falta de conhecimento por parte da população, em relação à aceitação destes povos e costumes. “Existe uma aceitação parcial, assim como as culturas negras e as religiões afro-brasileiras, que não são vistas por muitos, como práticas legítimas de religiosidade. Em relação a povos como o bolivianos, ainda há pouco entendimento das práticas cotidianas desses imigrantes que chegaram recentemente ao país”, explica o professor. 

Souza lembra ainda que é possível analisar diversos preconceitos no Brasil,  como os em torno dos estereótipos que cercam os povos indígenas. Muitos os descrevem e reduzem a pessoas que usam cocar, arco e flecha e andam seminus. “Sabemos que na verdade, existem muitas etnias indígenas no Brasil, mais de 200 povos e línguas, há uma grande diversidade entre eles”, relata.

Além disso, o professor pontua que o preconceito também se faz presente no mercado de trabalho e, muitas vezes, os candidatos são discriminados em processos seletivos por conta de suas etnias. “Em alguns momentos o preconceito se manifesta de maneira sútil, mas às vezes ele é escancarado. Por isso, precisamos debater e combater essas práticas em suas diversas modalidades”, pontua.

Para que diferentes povos possam conviver sem serem vítimas de preconceito, Souza afirma que o principal caminho seria por meio da educação, que possibilita a expressão de diferentes pontos de vistas culturais, como o dos indígenas ou dos negros, sem que elas sejam forçadas a se integrarem aos padrões europeus ou ocidentais. 

Segundo o professor, nos dias de hoje, existem movimentos e coletivos que buscam apresentar suas culturas para a sociedade, o que pode contribuir para que todos possam conviver com esses costumes, mas sobretudo com a tolerância à alteridade. De acordo com Souza, embora a sociedade brasileira seja considerada cordial e pacífica, ela também possui manifestações preconceituosas violentas contra religiosidades e práticas diferentes.   

 Punições para atos de preconceitos culturais

Professora universitária e advogada sócia do escritório Trajano Ferro Advogados,  Maria Claudia Trajano explica que o artigo 215 da Constituição Federal determina que o Estado garantirá a proteção, incentivo e prática das atividades culturais. Além disso, a Lei 7.716/89 prevê como crime a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Essas mesmas práticas são tratadas como injúria racial,  no parágrafo terceiro do Código Penal. 

A advogada destaca que, de acordo com a Lei 7.716/89, a pena para preconceitos culturais pode resultar em até cinco anos de reclusão e multa. Já o parágrafo terceiro, institui que a punição pode alcançar três anos e multa, mas já se discute aumentar esta pena. “O PL 3054 de 2020 pretende  aumentar a pena para prática dos crimes nele previstos para até seis anos mais multa”, comenta Maria. 

De acordo com a advogada, o preconceito se apresenta de maneira expressiva no Brasil. Muito disso pode ser visto pelos registros históricos, que demosntram as agressões sofridas por negros, mulheres, homossexuais e grupos pertencentes às religiões de matriz africana. “O preconceito se perpetua pela educação -ou pela  falta dela- quando há omissão quanto aos debates sobre educação intercultural,  capazes de promover práticas que privilegiem a heterogeneidade social e cultural”, explica. 

Por outro lado, a advogada lembra que nos últimos anos a conversa sobre os preconceitos tem ganhado espaço nas rodas de conversas. “O debate é fundamental para o crescimento da conscientização. O enfrentamento da tragédia que o preconceito causa passa pela conversa, pela admissão de que ele existe e tem potencial destruidor”, finaliza.

O Festival Cena Brasil, que é realizado há mais de 14 anos na cidade considerada matrimônio cultural do país, Olinda, contou com a participação de mais de 400 artistas em suas edições anteriores. A edição deste ano de 2016 será realizada na Praça do Carmo - também conhecida como Praça da Preguiça -, nos dias 26 e 27 dste mês, a partir das 16h. A entrada é gratuita.

Com mais de 300 candidaturas, o Festival promove o diálogo entre ritmos e estilos musicais, abrindo espaço para os novos talentos do Estado. O cantor e artista local Cannibal, além do cantor de música moderna regional, Juliano Holanda, e o reggae afro-brasileiro com influências indígenas do grupo Vibrações (AL) serão algumas das atrações. 

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O evento da cultura popular também ficará por conta dos movimentos dançantes do batuque do Maracatu Leão das Cordilheiras (PE), Maracatu Estrela da Jacy (PE), além do Mestres do Coco Pernambucano. O festival apresenta ainda Café Preto (PE); Julio Samico (PE); Mestres do Coco Pernambucano; Coco dos Pretos (PE); Tambor da Terra (PE); Vibrações (AL); DJ Jedson Nobre - Abeokuta (PE); e DJ da Mata (PE).  

Uma série de atividades ainda compõe a programação nos dois dias de evento. Haverá a Feira Social de Economia Criativa, a ala da Gastronomia de Terreiros, Oficinas Gratuitas de Rádio e Fotografia para os alunos das escolas públicas, além da tradicional Marcha da Consciência Negra, que será realizada no domingo (27), saindo do Mercado da Ribeira percorrendo as ruas da Cidade Alta, até a Praça do Carmo - local do evento -. Confira as atrações da programação:

Sábado, 26 de Novembro às 16h:

Maracatu Estrela da Jacy

Magnatas da Beira Mar

Sasquat Man

Aliados CP

Etnia

Juliano Holanda

Café Preto

E nos intervalos, DJ DaMata.

Domingo, 27 de Novembro às 16h:

Maracatu Leão das Cordilheiras

Mestres do Coco Pernambucano

Tambor da Terra

Julio Samico

Coco dos Pretos

Vibrações

E nos intervalos, DJ Jedson Nobre (Abeokuta djs).

Serviço: 

14º Festival Cena Brasil 2016

Praça do Carmo, Olinda -PE.

26 e 27 de novembro | 16h.

Marcha da Consciência Negra 

Mercado da Ribeira

27 de novembro | 15h  (27) 

A Capoeira Angola no Estado e a relação entre a Capoeira e a Mulher, o Corpo, a Dança e Autonomia, enquanto princípio educacional, são temas relevantes para a história cultural de Pernambuco. Neste sábado (12) e no dia 26 de novembro será lançado, às 10h e às 19h, no Museu do Homem do Nordeste e no Centro Cultural Grupo Bongar Nação Xambá, o registro audiovisual  "Jogo aberto: Conversas sobre a Capoeira Angola do Recife e de Olinda”. O projeto foi realizado pela professora mestre Gabriela Santana em colaboração com 12 mestres (as) e professores (as) de Capoeira do Recife e Olinda. A ideia do filme foi retomar os assuntos debatidos ao longo dos últimos anos e mostrar a sociedade pernambucana essa diversidade artística e musical. A entrada é gratuita.

O projeto teve início em 2013 por meio de aulas e rodas realizadas no Centro de Artes e Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (CAC- UFPE), através do programa de extensão Capoeira no Cac que desenvolve uma série de atividades como seminários, oficinas e bate-papos entre alunos do curso de dança e alguns mestres (as). O lançamento será aberto ao público e contará com a presença dos Mestres de Capoeira de Recife e Olinda, além de um coffee break e uma roda de celebração. 

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Serão distribuídas cópias da produção audiovisual em escolas de capoeira de Pernambuco, cinematecas, cursos superiores de dança e instituições no norte, nordeste, sul e sudeste do país. O valor artístico de "Jogo Aberto" está no conteúdo marcante para a história da capoeira Pernambucana e a linhagem da capoeira Angola. O vídeo foi pré-lançado em fevereiro de 2015 e recentemente contemplado pelo Funcultura, para finalização e reedição. 

Serviço

Lançamento "Jogo aberto: Conversas sobre a Capoeira Angola do Recife e de Olinda"

Museu do Homem do Nordeste

Av. Dezessete de Agosto, 2187 – Casa Forte 

12 de novembro | 10h

Centro Cultural Grupo Bongar Nação Xambá 

26 de novembro | 19h

Entrada Gratuita

O Festival Canavial 2014 tem início nesta sexta-feira (14) e chega a sua oitava edição celebrando a música rural e a consciência negra. Shows, oficinas, mostra de cinema, festival de gastronomia e seminários marcam a programação do festival nas cidades de Buenos Aires, Nazaré da Mata, Limoeiro, Olinda e Vicência. O evento segue até 13 de dezembro.

A cidade de Limoeiro é o palco de abertura do festival. A cantora Elba Ramalho se apresenta em Limoeiro, nesta sexta-feira (14), às 23h, no Pátio da Feira. Já o Quinteto Violado realiza sua apresentação em Nazaré da Mata, às 23h30, na Praça da Catedral. A cidade de Nazaré da Mata também recebe o Seminário sobre Cultura Rural e shows.

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Em 2014, uma das novidades é o Festival de Gastronomia que será realizado no Engenho Poço Comprido, em Vicência. O encontro vai reunir cursos, palestras, concursos e exibição de longas relacionados a gastronomia.

Programação de abertura:

NAZARÉ DA MATA

14 de novembro - Sexta-feira

Local: Praça da Catedral

21:00 – Orquestra Revoltosa e Guerreiros do Passo

21:30 – Caboclinhos 7 Flexas de Goiana

22:00 – Mano de Baé

23:00 – Maracatu Nação Pernambuco

00:00 – Quinteto Violado

15 de novembro - Sábado

Local: Praça da Catedral

21:00 - Orquestra Capa Bode e Guerreiros do Passo

21:30 - Coco Raízes de Arcoverde

22:30 - Xangai

23:30 - Ivanildo Vila Nova e Raulino Silva

00:00 - Elba Ramalho

LIMOEIRO

14 de novembro – Sexta-feira

Local: Pátio da Feira

21:00 – João Limoeiro e a Ciranda Brasileira

22:00 – Nádia Maia

23:00 – Ivanildo Vila Nova e Raulino Silva

23:30 – Elba Ramalho

15 de novembro – Sábado

Local: Pátio da Feira

21:00 – Coco de Umbigada

22:00 – Maracatu Estrela de Ouro de Aliança

22:30 – Quinteto Violado

23:30 – Cabras de Lampião

 

00:30 – Edy Carlos

A programação completa do evento pode ser conferida no site do Festival Canavial. 




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Conhecida como a capital do Maracatu de Baque Solto, o município de Nazaré da Mata também tem bloco de rua, trio elétrico e claro, o maracatu. Nesta terça-feira (4), foliões de várias idades curtiram o Carnaval da cidade, que mostra a diversidade cultural de Pernambuco.

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Segundo o prefeito Agrinaldo Coutinho, conhecido popularmente como Nado, a proposta é atender todas as gerações. "Aqui a festa começa de manhã e vai até a madrugada. Avós, pais e netos brincam juntos, mantendo a tradição da festa de Momo”, falou o gestor, que na ocasião também apresentou os polos do Maracatu e do Frevo.

Para a recifense Isabela Felix, Nazaré da Mata tem a mistura de ritmos. "Muito bom. Sempre consigo prestigiar o frevo, axé - dos trios e do marcatu", apontou a assistente financeira, que brinca a três anos no local.

"Gosto da festa porque é mais seguro e sem violência", ressaltou o pedagogo, Flávio Marcelo, que durante entrevista ao LeiaJá contou que desde pequeno sai nos blocos de rua. A cidade conta com o Polo de Maracatu e Frevo, além de dezenas de agremiações e trios elétricos.

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