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O desembargador Kassio Nunes Marques, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que há uma "pacificação social" sobre direitos da comunidade LGBT como casamento homoafetivo e adoção de crianças por casais do mesmo sexo. Em sabatina no Senado, o magistrado evitou se colocar como um juiz ativista nas pautas morais.

Durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Marques foi questionado pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES) sobre seu posicionamento em relação a temas demandados pela comunidade LGBT: casamento, adoção, reconhecimento de união estável e de nome social, criminalização da homofobia e direito de doar sangue.

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"Minha opinião, como operador do Direito, é que esses limites foram atingidos, ou seja, há certa pacificação social no que diz respeito a isso. Agora, compete ao Congresso Nacional - e eu reconheço as dificuldades que vossa excelência mencionou - fazer a transformação dessa jurisprudência em norma", afirmou o indicado.

Em outro momento da sabatina, o desembargador foi questionado pelo senador Marcos Rogério (DEM-RR) sobre o ativismo judicial em pautas morais. O senador criticou a decisão do Supremo que equiparou a homofobia ao crime de racismo, previsto na legislação penal.

O magistrado não se manifestou concretamente sobre o tema, mas se colocou em uma posição intermediária entre o juiz ativista e aquele que chamado de "boca da lei", que só repete as normas escritas. "O garantista busca garantir direitos aplicando as leis e a Constituição", afirmou Marques, colocando-se nesse perfil.

Com a presença da cantora Daniela Mercury e diversos representantes de entidades do movimento LGBT, além de uma bandeira com arco-íris, o plenário da Câmara dos Deputados recebeu nesta segunda-feira, 24, uma sessão solene pelos 50 anos do Levante de Stonewall. O evento histórico agora lembrado foi uma série de manifestações de membros da comunidade LGBT contra uma invasão da polícia de Nova York que aconteceu em 1969 em um bar da cidade.

Daniela Mercury foi uma das homenageadas da sessão de iniciativa dos deputados Erika Kokay (PT-DF) e David Miranda (PSOL-RJ), entre outros. "Vamos fazer várias rebeliões inspiradas em Stonewall todos os dias até que esse Congresso faça as leis necessárias", disse Daniela Mercury. "Eu era casada com um homem, e quando casei com Malu (Verçosa, jornalista esposa de Daniela), perdi todos os meus direitos", disse

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A ex-deputada Iara Bernardi (PT-SP), autora do projeto de lei que criminaliza a homofobia, também foi uma das homenageadas.

Nesta terça-feira, 25, tem início o "16º Seminário LGBT do Congresso Nacional". O evento é promovido pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, com a participação das comissões de Legislação Participativa; de Cultura; de Direitos Humanos e Minorias; de Seguridade Social e Família; e de Educação.

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