Tópicos | Dia do Surdo

Regina Casé e a filha, Benedita, deram uma aula contra o capacitismo, em uma publicação nas redes sociais. Neste sábado (26), data em que é celebrado o Dia Nacional do Surdo, as duas ensinaram como não tratar  pessoas com algum tipo dessa deficiência, a exemplo da própria Benedita, que tem uma perda auditiva severa. 

No vídeo, mãe e filha reproduzem algumas situações ainda comuns entre pessoas ouvintes e não ouvintes, como aqueles que tentam falar com os surdos dando-lhe as costas; os que se dirigem ao acompanhante da pessoa com deficiência e não diretamente a ela; e ainda alguns que falam gritando e tocando na pessoa tentando chamar-lhe a atenção. 

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Na legenda da publicação, Regina explica que a intenção é ajudar todos a se comunicarem melhor e entender a diversidade que há na surdez. Por fim, Regina e Benedita deixam claro que pessoas com deficiência não são dignas de pena ou lamentação. “Procure saber o que é capacitismo e daqui pra frente seja anti capacitista. Ela (Benedita) é linda e é surda”.

Na próxima quinta-feira (26) é comemorado o Dia Nacional dos Surdos. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 5,8 milhões de brasileiros possuem algum grau de deficiência auditiva. Porém, isso não significa que todas elas nasceram com a deficiência algumas pessoas podem perder a audição no decorrer da vida. “Entre as crianças que nascem deficientes auditivas, pode ser o caso de uma má formação ou lesão no aparelho auditivo. Pacientes que tiveram caxumba, por exemplo, podem ter perda auditiva ou quando consomem algum medicamento muito forte”, afirma a otorrinolaringologista Silvia Marine Fernandes Monteiro.

Uma das alternativas para os surdos são as próteses auditivas, que amplia os sons, hoje, eles podem ter conexão até com eletroeletrônicos como televisão, celular e notebook. Além do implante coclear, que são usados para perdas severas e profundas de audição. “Ele é um dispositivo eletrônico que fica parcialmente implantada e a outra parte fica externa. A audição é bem próxima ao fisiológico e é melhor que uma prótese auditiva” explica Silvia.

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A designer Andréa Cardoso, 34 anos é mãe das gêmeas Luiza e Clara, de 1 anos e 6 meses. As meninas são prematuras extremas, logo após a saída da UTI foi feito o exame da orelhinha quando foi identificado a deficiência auditiva profunda em ambas. Depois de vários exames, as meninas passaram por uma cirurgia de implante coclear, no mês de junho. Em seguida começaram os testes com o aparelho. “O médico otorrinolaringologista das meninas foi muito transparente comigo e com o meu marido sobre a cirurgia. O processo cirúrgico foi muito sossegado, elas reagiram bem”, lembra.

Luiza e Clara com os pais após o implante coclear | Foto: acervo pessoal 

Mesmo conhecendo os sons depois de um ano de vida, Luiza e Clara têm uma boa adaptação com os implantes, porém, ainda é necessário acompanhamento com fonoaudiólogos. “Elas ainda estão associando os sons, pois tudo é uma novidade para as meninas. Existem alguns exercícios que fazemos em casa para estimular cada vez mais”, conta Andréa.

Segundo a otorrinolaringologista Silvia, antes do implante todos os deficientes auditivos passam por exames para saber se é possível realizar o procedimento cirúrgico, já que existem casos irreversíveis. “Nem todos os surdos podem fazer cirurgias para correção, as pessoas que possuem ausência total de audição não podem fazer cirurgias cocleares”, conclui.

 

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