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Para celebrar o Dia Nacional do Frevo, neste 14 de setembro de 2023, Augusto Silva & Frevo Novo (AS&FN - confira o perfil do artista @augustosilvape nas redes sociais), formado por quinteto musical, disponibiliza o clipe “Simbiose” (Assista -bit.ly/3sRNQQZ), que faz parte do primeiro EP Quebra Cabeça (2022). O videoclipe se passa dentro do Nascedouro de Peixinhos, em Olinda/PE, sendo dirigido e gravado, em julho de 2023, e editado pelo videomaker Mauricio Barreto (Maumau Studio). A composição autoral é do próprio Augusto Silva e de Renato Bandeira, ambos pernambucanos.  

 

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“Temos como essência ser um veículo de divulgação e consequentemente de manutenção criativa e econômica do frevo, reconfigurando esteticamente e valorizando o que é criado na atualidade”, define Augusto Silva.

 

Com realização de Augusto Silva Produções (direção musical) e de Alexandre Melo (produção), parceria do compositor/produtor musical Fernando Japiassu e apoio do engenheiro de som Joel Lima, “Simbiose” é o segundo clipe da AS&FN. Em 2022, no dia 14 de fevereiro, estreou no audiovisual com o videoclipe “Sabor de frevo”, trazendo o artista da terra Silvério Pessoa como parceiro.

 

O projeto Augusto Silva & Frevo Novo, que nasceu no início de 2019, é composto por Augusto Silva (bateria), Waltinho D’Souza (tuba), Liêve Ferreira (guitarra e viola), Gilberto Bala (percussões) e Jonatas Gomes (trompetes). Todos os músicos envolvidos são pernambucanos. Em maio de 2023, o quinteto ganhou o XII Prêmio da Música de Pernambuco com o EP Quebra Cabeça, considerado o melhor álbum instrumental da 12ª edição do evento que enaltece a cultura do estado. O EP foi lançado no dia 13 de maio de 2022 (Escute - spoti.fi/44HpTcg).    

 

“Além das faixas autorais, AS&FN reconfigura frevos contemporâneos, propondo-lhes novas concepções harmônicas e rítmicas e oferecendo outras possibilidades sonoras e estéticas para o gênero, com arranjos que incluem elementos do jazz, da música popular nordestina e de matriz africana”, resume Alexandre Melo, sócio-diretor da AS&FN junto com Augusto.

 

Augusto Silva & Frevo Novo, entre outras apresentações, esteve no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) em 2019 e 2022, no Janeiro de Grandes Espetáculos (festivaljge) no ano de 2021 e nos festivais Do Frevo ao Jazz (2021) e Panela do Jazz (2021 e 2022).

 

Num objetivo geral, amplo e cultural, Augusto Silva & Frevo Novo amplia o frevo pernambucano, fomentando o Patrimônio Cultural Imaterial em ambientes e para públicos onde ele chega menos. Vale destacar que um Patrimônio Cultural Imaterial se constitui nas tradições, práticas, aos rituais, conhecimentos e às obras que integram a identidade e coesão social dos povos e comunidades, transmitidos por várias gerações.

 

“Estamos contribuindo para preservar os bens materiais e imateriais do patrimônio cultural e histórico brasileiro, além de estimular a produção e a difusão de bens culturais de valor universal, formadores e informadores de conhecimento, cultura e memória”, ressalta Augusto Silva.

 

No dia 5 de dezembro de 2012 na Unesco, que é a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, o Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial mundial oficializou o Frevo — Expressão Artística do Carnaval pernambucano — como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. O frevo é o principal patrimônio cultural de Pernambuco.

 

Augusto Silva

 

O artista foi baterista e percussionista da Spokfrevo Orquestra (SFO) desde 2001, quando  surgiu a orquestra, até 2022, sendo considerado um divulgador e renovador do frevo a partir da bateria, instrumento que dá pulsação à música, guiando-lhe as variações de intensidade e suavidade.

 

Em mais de três décadas de carreira, esteve em diversas turnês internacionais por mais de 15 países com a SFO ou acompanhando grandes artistas, como Gal Costa, Elba Ramalho, Gilberto Gil, Chico César, Maria Rita, Ney Matogrosso, Dominguinhos, Edu Lobo, João Donato, Sivuca, Antônio Carlos Nóbrega, Ivete Sangalo, Daniela Mercury Frank London, Makiko Yoneda etc.

 

Com currículo de sobra, participou dos principais festivais de jazz europeus: Marciac, Juan Le Pin e o North Sea Jazz Festival. Entre experiências nacionais e internacionais, também tocou no Rock in Rio, Roskilde festival, Montreux Jazz Festival, Barbica, Pori Jazz, Womex e Fête de La Musique.

Augusto Silva foi o primeiro baterista a, nesta função, elevar o frevo a patamares mercadologicamente internacionais. Ele se firmou, por exemplo, como músico deste gênero no hall de grandes artistas da marca Pearl, juntamente com consagrados instrumentistas como Kiko Freitas.

No começo de 2019, iniciou o seu primeiro projeto musical como artista principal —  Augusto Silva & Frevo Novo (AS&FN) —, com a sua bateria acompanhada por tuba, guitarra/viola, trompetes e percussão.

*Via assessoria de imprensa. 

Nesta quinta, 9 de fevereiro, é comemorado o Dia do Frevo. Dança pernambucana que, já dizia Capiba, “terra nenhuma tem”. Apesar da data comemorativa, em Pernambuco se dança frevo todo dia e sempre é momento para celebrar esse ritmo frenético que não deixa ninguém parado. 

Às vésperas do Carnaval, o LeiaJá dá uma ajudinha para aquele folião que quer fazer bonito com o passo no pé nos dias de folia trazendo uma lista de serviço com algumas escolas e eventos que ensinam a dança pernambucana. Confira. 

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Aulão em Olinda

Nesta quinta (9), o Mestre Wilson Aguiar ministra um aulão de frevo no Mercado Ribeira, Sítio Histórico de Olinda. Serão duas horas de frevo no pé, das 15h às 17h. O evento é gratuito. 

Paço do Frevo

Também nesta quinta (9), o Paço também irá oferecer sessões especiais das “Vivências de dança”, aulas de curta duração para quem quer cair no passo, nos seguintes horários: 15h, 15h40, 16h20, 17h. O acesso é gratuito.

Escola Municipal de Frevo do Recife

A Escola Municipal de Frevo fica na Rua Castro Alves, nº 440, Encruzilhada. Para esclarecimentos e mais informações sobre os cursos, estão disponíveis o telefone (81) 99488-6094 (ligação ou WhatsApp) e o e-mail escoladefrevodorecife22@gmail.com.

Brincantes das Ladeiras

Com o objetivo de resgatar e estimular o genuíno frevo de rua, o grupo Brincantes das Ladeiras promove aulas na Praça Laura Nigro, Sítio Histórico de Olinda, aos sábados, a partir das 15h30. Informações pelo (81)99202-1985, ou no Instagram @brincantesdasladeiras.

Frevo Capoeira e Passo

Comandado pelos mestres Carlos Loy e Tonho das Olindas, o grupo, com mais de 30 anos de história, ensina, além do passo, os conceitos históricos do frevo. As aulas acontecem nas segundas e quartas, a partir das 19h, no Varadouro,, Olinda. Informações pelo Instagram @frevocapoeiraepasso_olinda



 

Nesta quinta (9), os clarins tomam conta da cidade. Para celebrar o Dia do Frevo e os dez anos de patrimonialização do ritmo, que é embaixador inequívoco da música, da cultura, da alegria e da gente pernambucana, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, espalhará várias atrações, entre clubes de boneco, blocos líricos, orquestras de frevo, troças, clubes e grupos de passista, para se apresentar em dez pontos da cidade. Além dos locais de convergência do mais pernambucano dos ritmos, o Pátio de São Pedro irá sediar o já tradicional Acerto de Marcha dos blocos líricos à noite. 

Desde o início da manhã, o frevo toma conta da cidade na Conde da Boa Vista, Praça de Casa Forte, Largo da Encruzilhada, Agamenon Magalhães, Brasília Teimosa, Marco Zero, Pátio do Livramento, Mercado de São José e Estação Central do Recife. Em cada um dos locais, grupos culturais e agremiações,  se farão representar por grupos com 4 a 20 participantes para desfilar música e passo entre transeuntes e motoristas, transformando em festa as ruas repletas de rotina. Cada apresentação vai durar, em média, uma hora.

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Entre as atrações, participarão da programação: clarins e orquestras de frevo, Bloco Lírico e Banda de Pau e Corda Cordas e Retalhos, Troça Abanadores do Arruda e Grupo de Passistas Perna de Pau, Grupo de Passistas Cia Muganga, Clube de Bonecos Malaquias, Bloco Lírico Pierrot de São José, Clube de Boneco A Bela da Tarde, Bloco Lírico Compositores e Foliões, Banda de Pau e Corda Império Frevo Orquestra e Clube de Boneco Menino do Pátio. O frevo também vai pegar carona nas bicicletas do grupo Luden Cia de Dança, que vai distribuir acordes e cores, com a ação batizada de  Ciclofrevo por várias ruas da cidade.

À noite, a data é coroada com o tradicional Acerto de Marca de blocos de Pau e Corda no Pátio de São Pedro. A partir das 18h, se apresentam no local os Blocos Flor Do Eucalipto de Moreno, Flores do Capibaribe, Bloco Lírico Eu Quero Mais, Bloco Verde Linho e Bloco Lírico Pierrot De São José. 

FLASH MOB - Imortalizando e celebrando o Dia do Frevo, a Secretaria de Turismo e Lazer do Recife realizou, ontem (8), um flash mob em pontos estratégicos da cidade. A ação fez parte da produção de um vídeo institucional de promoção do destino às vésperas do Carnaval. A disseminação do conteúdo surge como uma festa nas redes sociais, convidando todas as pessoas a vivenciar e sentir a efervescência do ritmo que mais representa a capital pernambucana. 

A Conde da Boa Vista, o Mercado de São José, a Avenida Rio Branco e, claro, o Marco Zero foram cenários para as gravações que compreenderam uma invasão de passistas. Os cidadãos e turistas eram instigados a acionar o grupo apertando um botão que indicava para um tótem escrito FREVO. A população participou e o resultado pode ser conferido no Instagram da Secretaria de Turismo e Lazer do Recife (@viva.recife e @visitrecife).

Estrela Brilhante sedia ensaio do Tumaraca - Encontro das Nações - Na sede do Maracatu Estrela Brilhante, que fica no Alto José do Pinho, os batuqueiros se reúnem para o último ensaio em comunidades do Tumaraca - Encontro de Nações, espetáculo que vai acontecer na quinta, 16 de fevereiro, e prestará tributo aos 30 anos de Manguebeat. No total, 13 nações irão reunir 700 batuqueiros em que os mestres farão uma autorregência com a participação especial de Sandra Sá, Gilmar Bola 8 e Gabi da Pele Preta, além do Coral Voz Nagô. Entre as canções do tributo, figuram clássicos imortalizados pela geração Manguebeat como Meu Maracatu Pesa uma Tonelada, Praieira, Etnia e Manguetown. O Maracatu Nação Estrela Brilhante fica na Rua Severino Bernardino Pereira (em frente ao Caldinho do Biu) e é também presidido por dona Marivalda, rainha e matriarca da Nação, além de uma das homenageadas pelo Carnaval 2023 do Recife.

Sobre o Dia do Frevo - Em sua geografia nativa, o Frevo é celebrado no dia 9 de fevereiro. Foi nesta data, nos idos de 1907, que a palavra “frevo”, corruptela de ferver, foi registrada pela primeira vez, no Jornal Pequeno, que anunciava um ensaio do Clube Empalhadores do Feitosa. O ritmo também tem data nacional, sendo celebrado, em todo o país, no dia 14 de setembro.

Patrimonialização - O frevo sagrou-se Patrimônio Cultural da Humanidade no dia 5 de dezembro de 2012, na 7ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, na sede da Unesco, em Paris. Naquela ocasião, o frevo foi a única expressão da cultura brasileira entre 35 candidaturas de todo o mundo. Mais antigo é o título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, conferido ao frevo pelo Iphan em 2007, ano do seu centenário. O título foi revalidado no último mês de agosto, durante a 96ª reunião extraordinária do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan.

Confira a programação:

Marco Zero

9h30 - Bloco Lírico Pierrot de São José, Banda de Pau e Corda Cordas e Retalhos, Orquestra Metropolitan e Clube de Boneco A Bela da Tarde

Estação Central do Recife

10h30 - Império Frevo Orquestra Pernambuco, Clube de Boneco Menino do Pátio e Grupo de Passistas Perna de Pau

Ciclofaixa

9h30 – Ciclofrevo - Luden Cia de Dança

Percurso: Rua Frei Cassimiro/ Rua Tupinambás/ Rua Barros Barreto/ Avenida Agamenon Magalhães/ Avenida João de Barros/ Rua Dr. Carlos Chagas/ Rua dos Palmares/ Avenida Mário Melo/ Rua da Aurora/ Ponte Princesa Isabel/ Campo das Princesas/ Ponte Buarque de Macêdo/Avenida Rio Branco

Pátio do Livramento

12h30 – Orquestra Pernambucana, Bloco Lírico Compositores e Foliões e Grupo de Passistas Movimento Cultural

 

Pátio de São Pedro - 18h - Acerto de Marcha

- Bloco Flor Do Eucalipto De Moreno

- Bloco Flores Do Capibaribe

- Bloco Lírico Eu Quero Mais

- Bloco Verde Linho

-  Bloco Lírico Pierrot De São José 

*Da assessoria de imprensa

 

No dia 9 de fevereiro é comemorado o Dia do Frevo em Pernambuco. Para celebrar a data, no Home Center Ferreira Costa, localizado na rua Cônego Barata, 275 - Tamarineira, Recife, será realizado um aulão de frevo (focado nos idosos) com a Companhia de Frevo do Recife, ao som da Orquestra Beberibe, que tocará frevos históricos que fazem parte da vida dos recifenses. 

Para quem pretende participar do aulão, ele acontecerá das 15h às 16h no Auditório do Home Center e poderá se inscrever de forma gratuita no link.

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Da assessoria

O 9 de fevereiro tem significado especial para o Frevo: além de ser oficialmente o seu dia, marca também o aniversário do Paço do Frevo. O Centro de Referência em Salvaguarda do Frevo, no Recife Antigo, completa 8 anos de trabalho contínuo na manutenção do ritmo genuinamente pernambucano, atuando no reconhecido protagonismo do Frevo durante o ano inteiro. 

Para celebrar, o Paço oferece ao público um show inédito do Maestro Forró & Orquestra Popular da Bomba do Hemetério, em celebração aos 20 anos do grupo. A apresentação será transmitida pelo Youtube do Paço, a partir das 19h, e terá abertura da Cia de Frevo do Recife, com o espetáculo "Frevariando".

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Durante todo o mês de aniversário, o museu, mantido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, celebra a nova idade com uma programação especialmente pensada para a ocasião, mas sem perder de vista os necessários cuidados no combate à pandemia da Covid-19. 

Neste mês tradicionalmente carnavalesco, o Paço do Frevo reafirma o seu espírito folião e oferece shows-lives de Hugo Linns, Luciano Magno e Banda de Pau e Corda, além de vivências de dança e música e formações da Escola Paço do Frevo, numa programação que o espaço cultural traçou para fazer brilhar sua vocação como equipamento concebido para experimentação, pesquisa e difusão do Patrimônio Imaterial da Humanidade.  

“Uma celebração assim se faz especial, porque junta memória e presença, história e vitalidade, trajetória e reinvenção. O Frevo é isso e, no Paço, vai muito além dos passos. É movimento, além dos movimentos, faz-se caminhada e salto, faz a gente olhar para todos os lados, para trás e para a frente, vendo e sentindo o Frevo que pulsa na gente. O que vai além da música, da dança, o que é também manifesto, de identidades, sonhos, lutas, encontros e novidades. Frevo de uma cidade, Frevo da humanidade. Que tem no Paço uma de suas moradas, mas que vive no mundo”, celebra o secretário de Cultura do Recife, Ricardo Mello.

“Muito além de um museu, o Paço do Frevo é um espaço de difusão, experimentação, diálogo e inovação para toda a cadeia de fazedores da cultura popular. Por mais um ano, em meio ao cenário pandêmico, estamos investindo todos os nossos esforços para fazer valer a nossa principal missão como gestores de tão importante equipamento para cidade, que é a de fortalecer o Frevo o ano inteiro, em sua diversidade, para além da sazonalidade do Carnaval de Pernambuco. 

A cultura resiliente se redesenha, a exemplo do próprio Frevo, que jamais deixa de se movimentar e permanecer de geração a geração”, observa Maria Garibaldi, diretora executiva do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), instituição responsável pela gestão do Paço do Frevo.

Para 2022, ano que marca os 10 anos do título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, concedido ao Frevo pela Unesco em 2012, o Paço do Frevo assume o tema A Casa do Frevo é o Mundo, destacando o movimento, o poder de espalhamento do Frevo e a sua presença em locais diversos. Entre as novidades para 2022 estão a elaboração de um novo plano museológico para o espaço cultural, a continuidade das formações em economia criativa jovem do Paço Criativo, projeto do Paço do Frevo junto à Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), que culminará em um seminário sobre indústria criativa, e uma exposição voltada para a celebração dos 10 anos do título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, prevista para o mês de dezembro, além de novas parcerias.

DIA DO FREVO E ANIVERSÁRIO DO PAÇO  

Para seguir explorando a potência do ritmo além do território do museu, o Paço do Frevo dá início ao cronograma deste ano e lança o tema A Casa do Frevo é o Mundo, com programação de aniversário em formato virtual, nesta quarta-feira (9).

A partir das 19h, será transmitido ao vivo, pelo Youtube do Paço (youtube.com/museupacodofrevo), o espetáculo “Frevariando", da Cia de Frevo do Recife, que irá representar as múltiplas formas de dança que o Frevo pode assumir. 

A apresentação agregará à prática do  Frevo outras modalidades de dança, como contemporâneo, dança de salão e jazz, inovando as movimentações sem perder a origem dos passos, indo além do óbvio e desconstruindo formalidades.

Na sequência, a Praça do Frevo, no terceiro andar do museu, recebe show inédito do Maestro Forró e sua Orquestra Popular da Bomba do Hemetério: a apresentação especial abre as ações que o grupo preparou para comemorar os 20 anos de carreira em 2022, com repertório de novos sucessos dos pernambucanos, como “Pra Tirar Coco”, e músicas dos álbuns “Jorrando Cultura” e “#CabeçaNoMundo”. Composições autorais, como “Frevando em Bomba do Hemetério”, e versões, como “Tô Doidão”, irão representar as principais fases do conjunto, conhecido por fundir várias referências culturais. O aniversário do Paço do Frevo conta com o apoio cultural da Fundarpe.

FEVEREIRO NO PAÇO

O Centro de Referência em Salvaguarda do Frevo expande a sua comemoração de aniversário e oferece programações ao longo de todo o mês. No dia 11 de fevereiro, o músico Hugo Linns participa do projeto Hora do Frevo e faz a primeira apresentação do show "Atemporal", do álbum homônimo que será lançado no Dia do Frevo (09). 

A Praça do Frevo, espaço no terceiro andar do museu, recebe ainda o músico Luciano Magno para o Sábado no Paço, no dia 19 de fevereiro, e a Banda de Pau e Corda, no dia 24, que inicia, com o show no museu, a celebração dos seus 50 anos. Visando a preservação da saúde e o combate à Covid-19, as apresentações serão transmitidas on-line, para alcançar o público com maior segurança. 

Retomando as suas atividades, a Escola Paço do Frevo recebe o compositor e guitarrista de Frevo Luciano Magno e o guitarrista de blues e rock Rodrigo Morcego, para a roda de conversa Guitarra Blues/Guitarra Frevo, no dia 20 de fevereiro. A mediação ficará a cargo de César Berton, pesquisador, músico, guitarrista e professor do IFPE Belo Jardim. O bate-papo será em formato híbrido, com público presencial reduzido e transmissão on-line para os demais interessados.

No museu, os visitantes podem participar das Vivências de Dança e Música, às terças, sábados e domingos, com o acesso incluso no ingresso do museu. As  visitações seguem de terça a sexta, das 10h às 17h, e aos sábados de domingos, das 11h às 18h. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia), com entrada gratuita às terças-feiras.  

Hora do Frevo - 11/02, às 12h

Show/Live de Hugo Linns

Sábado no Paço - 19/02, às 19h

Show/Live de Luciano Magno

Escola Paço do Frevo - 20/02

Roda de conversa Guitarra Blues/Guitarra Frevo

24/02, às 19h

Show da Banda de Pau e Corda

Terças, sábados e domingos

Vivências de Dança e Música

14h30, 15h, 15h30 e 16h (terças) e 14h, 15h, 16h e 17h (sábados). 

Aos domingos, a vivência de dança acontece às 14h, 15h, 16h e 17h. O acesso às vivências é através do ingresso do museu 

 

SERVIÇO

PAÇO DO FREVO

Funcionamento: terça a sexta, 10h às 17h. Sábado e domingo, 11h às 18h.

Endereço: Praça do Arsenal da Marinha, s/nº, Bairro do Recife.

Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia) - entrada gratuita às terças-feiras

A apresentação do comprovante de vacinação para a Covid-19 é obrigatória.

 

*Via Assessoria de Imprensa

 

Centenário e reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, o frevo, gênero musical genuinamente pernambucano, ostenta vários trunfos. Além do  título da Unesco e de ser responsável por enlouquecer multidões durante quatro dias de Carnaval, o ritmo tem dois dias para ser celebrado - 9 de fevereiro e 14 de setembro -; e ainda conta com um intérprete para chamar de seu: Claudionor Germano. Com mais de sete décadas de carreira, prestes a completar 90 anos de vida, o artista recifense consagrou-se ‘rei’ ao cantar e gravar os maiores compositores do segmento - e hoje, não parece exagero dizer que se o frevo tivesse voz, ela certamente seria a de Claudionor Germano. 

Quando ‘formalizou’ seu encontro com o frevo, em meados do século 20, Claudionor já era um respeitado cantor de rádio. Além das passagens pelas emissoras Clube, Tamandaré e Jornal do Commercio, no Recife, ele também foi responsável por animar os foliões nos tradicionais bailes de Carnaval da capital pernambucana na década de 1950. Em 1959, disputado por dois dos maiores compositores de frevo da história, Capiba e Nelson Ferreira, Claudionor tornou-se o primeiro artista a gravar discos exclusivamente de músicas carnavalescas; e a empreitada foi logo dobrada - com os álbuns ‘Capiba, 25 anos de Frevo; e ‘O que eu Fiz e você gostou’, de Nelson Ferreira; lançados pela fábrica de discos Rozenblit. Ali começaria um reinado que perdura até os dias de hoje e eternizou diversos clássicos da música pernambucana e brasileira.

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Claudionor foi o responsável por comandar a Frevioca na década de 1980. Foto: Reprodução/Instagram

O sucesso dos álbuns de Carnaval foi tão grande que a Rozenblit decidiu repetir a empreitada no ano seguinte com os discos ‘O que faltou e você pediu' (Nelson Ferreira) e ‘Carnaval com C de Capiba’. Em entrevista ao LeiaJá, o jornalista e crítico musical, autor da biografia Claudionor Germano: A voz do frevo (Cepe), José Teles, comenta sobre a importância desse momento tanto na história de Claudionor quanto na do próprio frevo: “Aí ele se firmou como um grande intérprete de frevo. Naquela época não tinha isso, qualquer cantor cantava frevo, ele foi o primeiro”, disse 

A chegada de Claudionor ao meio do frevo, de fato, imprimiu ao gênero um estilo e formato antes desconhecidos. Além do pioneirismo - tanto na gravação de discos carnavalescos quanto no comando da Frevioca - que levou o frevo para a rua de forma amplificada para rivalizar com os trios-elétricos baianos, já um pouco mais tarde, na década de 1980 - Claudionor acumula grandes números na carreira. O artista é um dos que mais gravou frevos na história da música popular brasileira - são cerca de 553 - e esteve presente em quase todas as edições do Baile Municipal do Recife (foram 52).

"Ele sempre disse: 'Cantor de frevo tem muito por aí, mas intérprete não, você cante para se fazer entendido realmente, para que o público ouça e entenda". Nonô Germano, sobre as lições que recebeu do pai. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Extremamente profissional, desde o início de sua carreira, o artista leva à risca a responsabilidade de interpretar as poesias que a ele são confiadas, e essa talvez seja a primeira lição a ser estudada por aqueles que decidem seguir a carreira. “Todos os cantores que se propõem hoje a cantar frevo hoje ouviram, e tenho certeza, que se inspiraram em Claudionor. Inclusive, até pelo repertório. Acho difícil você cantar um frevo tradicional de Pernambuco que ele não tenha gravado”, diz Nonô Germano, filho e natural sucessor do Rei do Frevo. 

Um desses cantores é André Rio. Com pouco mais de três décadas de carreira, foi assistindo a Claudionor comandar os bailes de Carnaval do Clube Português, à frente da orquestra do maestro José Menezes, quando ainda era criança, que o artista despertou para tornar-se um intérprete do ritmo.

“O maior ensinamento que recebi de Claudionor é que a gente deve, quando cantar um frevo, interpretar literalmente cada palavra que o autor o quis expressar com sua poesia. Você escuta uma canção cantada por ele (Claudionor) e não perde uma sílaba, você entende tudo o que o poeta quis dizer com a letra de sua música. O frevo é um estilo muito difícil de ser cantado, tem uma síncope muito grande, é ligeiro,  são muitos fatores que p tornam difícil e Claudionor ensina pra gente como se faz: acreditando na poesia, tendo fé cênica e cantando com muito amor ao seu frevo”.

"Quando estou ao lado de Claudionor é quando estou literalmente abraçado ao frevo, porque o considero a voz do frevo brasileiro, aquele cantor que é um leito de rio onde a gente passa também com nossas vozes mas porque aprendemos com ele". André Rio - Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

De acordo com o jornalista José Teles, o pernambucano poderia “ter ganho muito dinheiro se tivesse ido fazer carreira no Sudeste”, como tantos outros o fizeram. E ele até foi, em 1956, porém, “foram pegar ele lá de volta”, conta. “Ele queria ser cantor de música romântica mas acabou sendo conhecido como cantor de frevo”, arremata o jornalista. O destino parece ter falado mais alto, sorte de nós, pernambucanos. 

“De quem é o frevo”

Com presença tão magnânima nos carnavais e na vida cultural de Pernambuco, é difícil encontrar aquele que, nascido por estas bandas da região Nordeste, da segunda metade do século 20 para cá, nunca tenha ouvido a poderosa voz de Claudionor Germano. “Nessa época (década de 1960), eu era menino, o que me lembro de Carnaval é a voz de Claudionor Germano. Eu e muita gente, a gente cresceu com ele”, diz o biógrafo do Rei do Frevo, José Teles. 

"Claudionor é muito reconhecido. Quando comecei a fzaer o livro, a gente foi em um bar no Bairro do Recife e todo mundo conhecia ele, todo mundo parava para cumprimentá-lo, ele é muito popular". José Teles, biógrafo do 'Rei do Frevo'. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Lembranças repletas de frevo e da forte presença de Claudionor também fazem parte da memória afetiva de seu herdeiro, Nonô Germano. Desde pequeno, o cantor que naturalmente seguiu os caminhos do pai, espelhou-se nele para encontrar a sua própria personalidade artística. “Eu lembro de pequeno estar sentado num banquinho ao lado do piano, brincando com uns carrinhos e papai ensaiando no piano com Nelson Ferreira - essa parceria com Capiba e Nelson Ferreira, compositores brilhantes que acharam em papai a voz que poderia levar sua mensagem ao público da forma mais fidedigna possível”.

Nonô conta que os ensinamentos do Claudionor pai e do Claudionor artista se misturam e que, com ele, aprendeu lições sobre generosidade, humildade, respeito ao próximo e, claro, sobre frevo. “Não ser um mero cantor de frevo e sim um intérprete. Vários compositores que não cantam nos dão suas composições para que a gente transmita aquela mensagem que ele escreveu. Essa fidelidade às composições é que fazem a gente estar onde está hoje”.

Reinado

"Me sinto uma pessoa super privilegiada de tê-lo ao meu lado, desde o início da minha carreira. Como pai exemplar que sempre foi, uma pessoa que só me orgulha e a gratidão é imensa a Deus por tê-lo a meu lado ainda". Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Suceder o Rei do Frevo,  para Nonô, é uma missão encarada de forma bastante natural. Seu caminho profissional foi trilhado sem pressões, internas ou externas, e o acolhimento do pai em relação à sua personalidade artística, além do meio no qual cresceu, rodeado de grandes compositores e artistas do segmento, criou um ambiente favorável para uma renovação do estilo. 

Assim nasceu o Frevo de Balada, projeto criado por ele em 2007 que dá nova cara ao frevo a fim de levá-lo para além do Carnaval. “A gente vê, nos tradicionalistas uma certa resistência ao Frevo de Balada. Mas papai nunca foi essa pessoa conservadora. Em 1984/85 ele fez um LP, ‘O bom do Carnaval (Vai pegar fogo)’, ele gravou Tropicana pela primeira vez em ritmo de frevo. Nesse disco ele já falou com o maestro Edson Rodrigues, que fez a direção musical, e colocou sintetizador, guitarra. O que me permite hoje ousar mais e viajar por novas histórias no frevo é essa base que eu tenho, essa fonte que eu bebi a vida toda. Não se faz o novo destruindo o passado, pelo contrário, eu só faço o que faço hoje porque existiu isso tudo. Ele (Claudionor) acha o máximo, e acha que o caminho é por aí mesmo, é inovar e trazer a garotada pra junto”. 

História viva

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Em 2022, Claudionor Germano, Rei do Frevo, e Patrimônio Vivo de Pernambuco, completa 90 anos de vida. Uma homenagem, prestada pelo bloco O Galo da Madrugada, já foi anunciada pelo presidente da agremiação, Rômulo Menezes, e além desta, a família Germano da Hora pretende celebrar muito. Alguns planos já estão sendo elaborados, ainda em segredo. “Vem muita novidade por aí nos 90 anos, não é qualquer idade. A gente aproveita ao máximo ter papai junto da gente, vivenciando tudo, lúcido. Pronto pra encarar as comemorações dos 90 anos que vai começar no carnaval e a gente só para no final do ano”, diz Nonô.

Para o jornalista José Teles, a “lenda” Claudionor Germano ainda merece ter alguns de seus álbuns relançados. “O frevo parece que tá no DNA do pernambucano, as pessoas mais jovens talvez nem se toquem mas certamente já ouviram a música dele, porque toca muito no Carnaval, ele é um exemplo de cantor bem sucedido. Ele não reconhece a importância dele. Eu fui fazer o livro e ele queria que eu botasse fotos de diploma, de honra ao mérito, cidadão de ’num sei o que’, mas tinha fotos com Gil e Caetano - não era ele tirando foto com Gil e Caetano, eram ele tirando fotos com Claudionor. Eles cresceram ouvindo Claudionor Germano cantando no Carnaval da Bahia, que (na época) não tinha um carnaval grande e não tinha uma música própria. Ele é um cara importantíssimo”. 

Já André Rio, que chama o Rei do Frevo de “professor”, recorre à poesia para declarar-se e demonstrar, além da admiração, a gratidão pela arte de Claudionor. Sentimentos que, possivelmente, todos nós pernambucanos compartilhamos um pouquinho. “A maneira mais certa de eu homenageá-lo é enaltecê-lo sempre, agradecer sempre e fazer o que ele fez a vida inteira: fazer com que o frevo seja essa a música forte que tanto nos orgulha e que atravessa gerações. O frevo veio das ruas, hoje invadiu o mundo e a gente tem que mantê-lo sempre nesse pedestal altíssimo, nessa postura daquilo que é, o nosso centenário frevo, nosso genuíno ritmo pernambucano e a alegria do Recife e Olinda. Frevo é vida; frevo é amor; frevo é alegria Viva Claudionor!”. 



 

O Paço do Frevo preparou um evento para celebrar, nesta terça-feira (9), o Dia do Frevo, com etapas virtuais e presenciais. Comemorando sete anos de atividades, o espaço vai contar com uma programação especial, que terá lançamento deum videoclipe de uma inédita orquestra de frevo digital, intitulada Frevão, comandada por César Michiles, compartilhamento de playlists assinadas por grandes artistas como Lenine, Fafá de Belém, Céu e Chico César, além de depoimentos de personalidades do frevo resgatando memórias afetivas de antigos carnavais nos vídeos 'Minha História de Carnaval'.

Como não pode faltar frevo nesta celebração, ainda que virtual, a SpokFrevo Orquestra fará uma apresentação usando o Paço como palco, que será exibida pelo Youtube, no dia do aniversário da instituição, 9 de fevereiro, a partir das 16h30. A live foi um dos projetos aprovados pelo Governo do Estado para executar os recursos da Lei Aldir Blanc, de estímulo à produção cultural durante a pandemia.

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A agenda inclui ainda a estreia da exposição 'Manifestações Culturais do Brasil - A celebração viva do patrimônio imaterial' e o lançamento de uma modalidade de visita virtual mediada, que passará a ser oferecida para escolas e grupos educacionais, mediante agendamento. O Paço fez também uma parceria com a ilustradora Joana Lira, que já participou da concepção da decoração de alguns carnavais recifenses, para a criação de um quebra-cabeças comemorativo para presentear colaboradores e parceiros e ajudar a colorir esta programação possível, em tempos tão duros.

Para aplacar a saudade e a vontade dos recifenses de cair nos braços do aniversariante, o museu vai ainda estender um bocadinho seus expedientes de visitação entre os próximos dias 9 e 14 de fevereiro. Abrirá das 10h às 16h, de terça a sexta próximas e, das 11h às 17h, no sábado e no domingo. O Paço está funcionando em regime especial, com rigorosos protocolos de segurança sanitária, que estabelecem, entre outras coisas, o uso obrigatório de máscaras, o distanciamento e a limitação do quantitativo de visitantes por dia.

As comemorações dos sete anos de atividades reafirmam o compromisso em manter vivas as tradições e a cultura frevista ininterruptamente e abrem o cronograma de 2021, em que será trabalhado o eixo temático Refrevar Existências.

Como parte da engrenagem da indústria criativa pernambucana, o Paço do Frevo, reconhecido Centro de Referência em Salvaguarda do Frevo - título recebido do Iphan em 2017 - seguirá buscando soluções diante do atual paradoxo da gestão cultural entre a necessidade imperativa de sustentabilidade das comunidades do Frevo, a demanda por permanência das atividades e a priorização da saúde coletiva que impõe impactantes restrições ao setor.

Entre as estratégias desenhadas e que já começaram a ser postas em prática, o Paço do Frevo renovou patrocínios com marcas como Itaú e Grupo Globo, além de atrair como novos patrocinadores White Martins e Uninassau, e firmar parceria técnico-financeira com a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) para o programa Paço Criativo, voltada à formação de  1.800 jovens em empreendedorismo cultural. Mais informações disponíveis nas redes sociais do Paço.

*Da assessoria

Houve tempo em que ao se pensar sobre a participação das mulheres no frevo, ritmo genuinamente pernambucano, reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco, era preciso um pouco de esforço para se lembrar de nomes e personalidades que se destacaram nesse segmento. 

Talvez, os rostos das integrantes dos corais de blocos líricos e de cantoras mais famosas na mídia, como Elba Ramalho e Nena Queiroga, surgissem como alento na busca pela representatividade feminina na área. Esse esforço, no entanto, vem diminuindo consideravelmente ao longo da história 'frevística' que, cada vez mais, conta com a contribuição efetiva de mulheres, instrumentistas, maestrinas e passistas, para ser construída. 

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Até pouco tempo, era raro encontrar uma mulher nas orquestras de frevo, sobretudo nas itinerantes. Paradoxalmente, uma das músicas mais tocadas por esses grupos havia sido escrita por uma. Fato também de recente descoberta. O Frevo Nº 1 de Vassourinhas, considerado um dos hinos do Carnaval pernambucano, tem composição assinada por Joana Batista Ramos, mulher negra que divide a autoria da música, feita em 1909, com o violonista Matias da Rocha. 

Segundo documentos encontrados pelo pesquisador Evandro Rabello no 2º Cartório de Registro Especial de Títulos e Documentos, ela própria teria feito o registro da criação. "A marcha intitulada Vassourinhas pertencente ao Clube Carna Mixto Vassourinhas. Foi composta por mim e o maestro Matias da Rocha no dia 6 de janeiro de 1909, no Arrabalde de Beberibe em um Mocambo de frente à estação do Porto da Madeira, dito mocambo, hoje é uma casa moderna", diz o documento. Em 1910, a dupla cedeu  os direitos da música para o Clube por três mil réis, de acordo com recibo assinado por eles, localizado no acervo do clube carnavalesco.

Joana Batista Ramos em uma das poucas imagens que se conhece dela. Pintura constante no documentário Cem Anos de Vassourinhas. Foto: Reprodução.

O apagamento dessa história, e de tantas outras que certamente houveram nos mais de 100 anos de tradição do frevo, pode ser explicado como reflexo de uma sociedade patriarcal que relega às mulheres posições inferiores ou mesmo o silenciamento. No entanto, essas poucas referências femininas no segmento vêm aumentando ao passo que mais mulheres se dedicam a ele tomando posse de seu lugar de protagonistas. Uma delas é a maestrina Carmem Pontes, fundadora da Orquestra 100% Mulher.

Em 2003, Carmem começou a procurar instrumentistas para formar um grupo só de meninas. Não foi fácil, e ela chegou a bater os interiores do Estado em busca de mulheres que tocassem o ritmo. A insistência da maestrina deu tão certo que um ano depois sua orquestra feminina já estava integrando a programação oficial do Carnaval do Recife. "A ideia decolou e foi estimulando mais musicistas a tocarem os instrumentos e hoje a gente tem outras orquestras e grupos femininos, eu fico muito feliz de ter dado esse pontapé inicial", disse em entrevista exclusiva ao LeiaJá. 

Em mais de 15 anos de estrada, as dificuldades da 100% Mulher foram imensas. Provar seu talento no meio do frevo, segmento ainda majoritariamente masculino, foi uma luta à parte. Entre as batalhas, as musicistas precisaram desviar de cachês menores simplesmente em virtude de seu gênero; provar que sabiam de fato tocar e não faziam uso de playback; e enfrentar contratantes que as chamavam apenas pelo "visual" e não por seus atributos enquanto instrumentistas. 

A Maestrina Carmem é hoje uma das maiores referências femininas no Frevo em Pernambuco. Foto: Reprodução/Instagram

Tais lutas, com o passar do tempo e o aumento do empoderamento das mulheres em todas as áreas, estão ficando um pouco menos árduas. "Hoje é até mais fácil eu brigar e ter mais argumentos, antes a gente não tinha toda essa base mas quando aparecem pagantes que pensam que estamos fazendo aquilo ali por lazer e querem pagar a menos, é quando eu argumento e mostro nosso material, que a gente trabalha e estuda, que a gente vive da música e que aquilo não é só um hobby. Isso é primordial para que eles entendam". 

Nesse movimento de insistência, autoconhecimento e amor pelo frevo, a maestrina Carmem passou da falta de referências femininas no frevo a ser ela própria uma grande referência. Ela conta que quando se aproxima o Carnaval, instrumentistas de todo o país a procuram interessadas em ingressar no grupo. Atualmente, a 100% Mulher conta com 17 musicistas no formato de palco e cerca de 50 no formato itinerante. 

Segundo Carmem, o ritmo genuinamente pernambucano, que é festejado nacionalmente nesta segunda (14), é uma música de difícil de ser tocada e é preciso muito estudo e dedicação para executá-lo bem, mas a maestrina garante que o segredo para se tocar direito aquele frevo que leva a massa à loucura nas ladeiras de Olinda e ruas do Recife não está no gênero: "Só toca bem mesmo quem tem o frevo no sangue". 

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No próximo sábado (14), o Dia do Frevo será celebrado por toda a Região Metropolitana do Recife com atividades gratuitas e diversas, mas todas com o mesmo objetivo, homenagear a música e a dança que coloca, não só os pernambucanos, mas todos os brasileiros para 'frever'.

Abrindo as comemorações, na sexta (13), o Paço do Frevo - museu dedicado ao ritmo no Bairro do Recife - promove uma edição especial da Hora do Frevo. Quem se apresenta é o Quinteto Arraial, formado pelos músicos Paulo Nascimento, Gilda ALves, Fábio César, Romero Bonfim e Parrô Melo. O show começa às 12h e tem entrada gratuita.

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Já no sábado (14), na cidade de Olinda, acontece o 13º Festival Dia do Frevo Frevolinda. O evento começa às 9h, no Alto da Sé, e contará com oficinas, shows, lançamento de CD e cortejo pelas ladeiras históricas. Também em Olinda, no Shopping Patteo, o dia será celebrado com desfile com orquestra e passistas além da aula de revo ministrada pelo grupo Brincantes das Ladeiras. A programação começa às 14h. 

Serviço

Dia Nacional do Frevo

Hora do Frevo

Sexta (13) - 12h

Paço do Frevo (Bairro do Recife)

Gratuito

13º Festival Dia do Frevo Frevolinda

Sábado (14) - 9h

Alto da Sé (Sítio Histórico de Olinda)

Gratuito

Shopping Patteo

Sábado (14) 

Aula com Brincantes das Ladeiras - 14h

Cortejo com Orquestra Paranampuka - 18h

Gratuito

Neste sábado (9) é celebrado o dia nacional do Frevo, ritmo que é considerado patrimônio imaterial pela UNESCO desde 2012. Para celebrar a data, o museu Paço do Frevo, no Bairro do Recife, uniu a festa com o seu quinto aniversário nesta tarde. Para a festa, apresentações artísticas foram apresentadas para o público que foi conferir a celebração. Alunos e professores do Paço do Frevo realizaram vivência do ritmo, e apresentação com canto coral, além de um show com a Transversal Frevo orquestra, comanda por Cézar Michilis, filho do músico J. Michilis. Para Nicole Bastos, que representou o museu na festa, a o evento é de grande relevância para o museu e para o ritmo. \"São cinco anos de museu e são cinco anos de muitas conquistas e para nós e para o frevo. Já tivemos mais de 520 mil visitantes, entre turistas, passeios escolares, além dos alunos que formamos aqui, com aulas de dança e outras representações artísticas\", ressalta Nicole.

O Frevo é um ritmo centenário, mas não velho. Com 111 anos, o frevo tem renovado seu fôlego através de artistas que buscam nele referência e motivação para fazer música. Nesta sexta (14), em que se comemora o Dia Nacional do Frevo, conheça, ou reconheça, alguns nomes da nova geração que estão usando o mais pernambucano dos ritmos como nunca antes se ouviu. 

Maestro Spok

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Um dos mais importantes maestros de sua geração, Spok renovou o frevo e o levou aos quatro cantos do mundo. Com a Spok Frevo Orquestra, ele misturou o ritmo brasileiro com o gringo, o jazz, rodando os palcos mais célebres do planeta com a música pernambucana. 


Romero Ferro

Romero Ferro vestiu de pop o frevo pernambucano em seu projeto Frevália. Assim, ele deu nova cara à tradicionais músicas do cancioneiro pernambucano com o propósito de fazê-lo tocar durante o ano inteiro. 


SerTão Jazz

O quinteto formado por estudantes do Conservatório Pernambucano de Música também mistura o jazz à musicalidade nordestina. Dentre os ritmos trabalhados, o frevo é um daqueles que não podem faltar. O objetivo do grupo é criar novas sonoridades.


Eddie

A banda Eddie vem misturando o frevo com ouros ritmos há quase três décadas. Nessa miscelânia entram o punk, o dub e a música eletrônica. A alquimia da Eddie rendeu à banda uma sonoridade bem particular. 


China

China é outro músico que vem bebendo da fonte do frevo há muitos anos. Com o Sheik Tosado, sua primeira banda, China misturava o ritmo com outro bem diferente, o hardcore; agora, em sua carreira solo, ele continua usando tons de frevo para temperar sua musicalidade. 


Luciano Magno

O guitarrista Luciano Magno não só é adepto da introdução da guitarra no frevo como criou uma metodologia própria para o uso do instrumento neste gênero musical. Ele é autor do livro Guitarra no frevo, que ensina tal metodologia. 


Frevotron

Frevotron é a união de três músicos, Maestro Spok, Yuri Queiroga e o DJ Dolores. Eles se uniram com o objetivo de reinventar o frevo, dando a ele uma pegada eletrônica e contemporânea. 


Atroça

O lema d'Atroça é "resistêcia cultural". Assim, eles abusam de todas as possibilidades rítmicas que o frevo lhes proporciona misturando-o com o rock e rebatizando o gênero como "alternative frevo".

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Além do Dia Estadual do Frevo, celebrado a cada 9 de fevereiro, a música, a dança e a história pernambucanas também são festejadas em todo o Brasil, no Dia Nacional do Frevo, comemorado amanhã, 14 de setembro. E o Recife não poderia ficar de fora dessa festa.

No Paço do Frevo, equipamento gerido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e pela Fundação de Cultura Cidade do Recife, o Quinteto Arraial se apresenta de graça, a partir das 12h, dedicando seus cinco saxofones ao frevo de rua, a mais popular e contagiante faceta do frevo. A apresentação será na entrada do Paço, no salão em que funciona o Café Malakoff.

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Mas no equipamento onde a história do frevo faz morada, dedicado à documentação, transmissão, salvaguarda e valorização de uma das principais tradições culturais brasileiras, todo dia é do frevo.

Nestes sábado (15) e domingo (16), das 14h às 17h, os visitantes também estão convidados a cair no passo, numa vivência de 10 passos do enorme acervo produzido nas ruas, desde que a polca, o dobrado, a marcha e o jazz se misturaram, dando origem à música que foi buscar na capoeira inspiração para ser coreografada.

No fim de semana, o Paço do Frevo funciona das 14h às 18h e os ingressos custam R$ 8 e R$ 4 (meia). O museu fica na Praça do Arsenal da Marinha, no Bairro do Recife. Na Escola Municipal de Frevo Maestro Fernando Borges, também conhecida como Escola de Frevo do Recife, que já formou muitas gerações de passistas desde que foi criada, em 1996, a festa será na próxima quarta-feira (19), às 15h.

Na ocasião, haverá um concerto aula do Quarteto Encore, acompanhado por um solo de Nicole Nascimento, 14 anos, aluna da escola e do Instituto de Música Dom da Paz.

A Escola de Frevo atende hoje um total de 600 alunos, que recebem aulas gratuitas, divididos em 30 turmas, nos turnos da manhã, tarde e noite.  A escola fica na Rua Castro Alves, 440, Encruzilhada.

Da assessoria da PCR

Na próxima sexta (14) é celebrado o Dia Nacional do Frevo e, para comemorar a data, a cidade de Olinda promove atividades durante todo o dia. Além de oficinas, apresentações, e bolo para o ritmo homenageado, o evento batizado de Frevolinda tentará, mais uma vez, quebrar o recorde de maior dança de frevo do mundo. 

As comemorações começam às 8h, no Alto da Sé, no Sítio Histórico da cidade, com a 11ª edição do Frevolinda. Espera-se cerca de 250 passistas para realizar a maior dança de frevo do mundo e, assim, entrar para o Guiness World Records, o livro dos recordes. 

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Além disso, os visitantes contarão com oficinas de passos de frevo, com a participação de profissionais de seis escolas de frevo de Pernambuco. Às 18h, haverá um cortejo, em direção à Pitombeira, acompanhado por orquestra e pela Boneca Gigante do Frevo. O bloco sairá da Praça do Carmo onde haverá um bolo de aniversário para o ritmo. 

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Se existe um ritmo tipicamente pernambucano e que mais demonstra a força da cultura local, esse ritmo é o frevo. Ele, mais que merecidamente, será celebrado pela Prefeitura do Recife no próximo dia 9, na terça-feira de Carnaval, dia oficial do frevo. O evento de celebração será realizado com a participação de 20 agremiações carnavalescas.

Entre as atividades da homenagem ao Dia do Frevo, as vinte agremiações, ao passarem em frente ao Paço do Frevo, no Bairro do Recife, receberão a Placa Evandro Rabello. O ato homenageará os 109 anos do ritmo que aquece e alegra os festejos carnavalescos.

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De acordo com a Prefeitura do Recife, a placa recebe o nome de Evandro Rabello por causa dos serviços prestados ao frevo pernambucano pelo carnavalesco. Natural de Aliança, na Zona da Mata do Estado, Rabello estudou diversas manifestações culturais. Nos anos 90, após uma detalhada pesquisa, ele chegou à conclusão de que o termo “frevo” foi publicado pela primeira vez na imprensa em uma nota acerca de um ensaio dos Empalhadores do Feitosa, no Jornal Pequeno, no dia 9 de fevereiro de 1907. A partir da descoberta, a data passou a ser oficializada como o Dia do Frevo.

Em 2012, no dia 5 de dezembro, a Unesco concedeu ao frevo o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade, em cerimônia realizada em Paris. Antes, no ano de 2007, o ritmo havia conquistado o título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro.    

 

Neste domingo (9), Dia do Frevo, a mania de grandeza do pernambucano esteve presente na Maior Dança de Frevo do Mundo, encontro de passistas realizado no Largo de São Bento, em Olinda. O evento foi realizado pela Escola Frevolinda e pelo Centro Cultural Off Broadway de Olinda, e contou com apoio da Secretaria de Patrimônio e Cultura de Olinda (SEPAC).

A previsão era de reunir 300 passistas no local, mas pouco mais de 150 participaram do encontro com direito a duas orquestras. A proposta foi colocar a intervenção no Guinness Book, o livro dos recordes mundiais.

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Para Mariana Lima, passista do grupo Gravat’art, de Gravará, o momento é de muita emoção. “Desde o início que eu estou bem ansiosa, porque o frevo sempre fez parte da minha vida”, contou. Já Marcelo José, também de Gravatá, mas integrante do grupo Balé Popular de Bezerros – Papanguart há cinco anos, contava os segundos para começar a fazer os passos. “Eu não posso ouvir uma batucada e uma orquestra que meus pés começam a ferver e a querer dançar”, brinca Marcelo.

A iniciativa foi coordenada por Walkíria Leal, passista de Alceu Valença e produtora cultural. “A ideia surgiu para fazer uma homenagem à altura de um Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Faz sete anos que estou envolvida com este projeto e deu um trabalhão convidar todo esse pessoal para participar”, revela Walkíria. Além dos já citados, participaram também passistas de grupos como Brincantes de Olinda, Frevolinda, Companhia de Frevo de Gravatá e Guerreiros do Passo, entre outros.

Às 17h, os passistas e as orquestras saíram em desfile pelas ladeiras do Sítio Histórico de Olinda, que se encerrou no Centro Cultural Off Broadway de Olinda, no Largo de São Bento.

In-Concretos

Em frente ao prédio da UFRPE localizado no Largo de São Bento, o artista plástico Raurício Barbosa, do Maranhão, aproveitou a multidão que foi conferir a Maior Dança de Frevo do Mundo para realizar uma intervenção com a proposta de aproximar as pessoas da arquitetura da cidade. “Esse projeto já existe há quatro anos e a ideia é adequar o corpo dos modelos à textura das paredes e torná-la mais humanas. O público pode ver os detalhes, o desgaste, e se sentir mais próximo da sua realidade”, comenta Raurício, que disse ter recebido apoio do Centro Cultural Off Broadway de Olinda para a realização da intervenção artística.

“O projeto de mimetismo se chama In-Concretos e passará por 11 estados brasileiros. Os pontos que Raucício faz as abordagens são simbólicos nas cidades que ele passa. Daqui ele vai para a Paraíba e depois deve descer pro Sul e Sudeste do Brasil”, disse Andréa Hunka, produtora do artista plástico.

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