No dia 8 de abril é comemorado o Dia Nacional do Braille. A data tem o objetivo de ser um momento de pensar e debater medidas em que a educação, a empregabilidade e a inclusão social de pessoas cegas e com baixa visão sejam avaliadas e novos rumos sejam apontados para que a sociedade crie seus mecanismos para favorecer o desenvolvimento intelectual, profissional e social dos deficientes visuais no Brasil. A data, que está em vigor de 2010, foi escolhida para homenagear José Álvares de Azevedo, o primeiro professor cego do Brasil. Cego de nascença, aos 10 anos de idade, seus pais o mandaram à Paris para estudar no Instituto Real dos Jovens Cegos, onde aprendeu o Braille. Voltando ao Brasil, tratou de ensinar e espalhar o sistema de educação para cegos por todo o País.
O método Braille é um sistema de códigos em alto relevo que representam letras do alfabeto, números, símbolos, entre outros elementos. O sistema é formado por seis pontos divididos em duas colunas de três pontos que podem formar um total de 63 combinações diferentes, em que cada uma representa um número, letra e pontuação. A sua autoria pertence ao francês Louis Braille, que perdeu a visão quando tinha 3 anos de idade. Louis apresentou a primeira versão do método em 1825.
##RECOMENDA##Natural de Coupvray, localizada no leste de Paris, Louis Braille nasceu em 4 de janeiro de 1809. Em 1812, quando tinha apenas três anos, se acidentou na oficina do pai. Ao tentar perfurar um pedaço de couro com uma sovela, aproximou-a do rosto, e acabou por ferir o olho esquerdo. A infecção se expandiu e atingiu o outro olho, deixando-o completamente cego. Para desenvolver um sistema de leitura e escrita para pessoas cegas, ele utilizou como base o sistema de Barbier, utilizado para a comunicação noturna entre os soldados do exército francês. Em 1837, Louis Braille apresentou a versão final do sistema que, embora tenha levado algumas décadas para ser aceito na França, antes do final do século XIX já havia se difundido pela Europa e por outras partes do mundo.
“Louis Braille foi um jovem brilhante que ao inventar um sistema de leitura e escrita para as pessoas cegas mudou a vida destas pessoas em todo o mundo. O Sistema Braille garante maior independência, autonomia e segurança, fatores indispensáveis à auto-estima de todo ser humano”, afirma Regina Fátima Caldeira de Oliveira, coordenadora da revisão Braille da Fundação Dorina Nowill para Cegos.