Tópicos | desocupados

Um contingente de 3,35 milhões de desempregados no país procura trabalho há pelo menos dois anos. Isso equivale a 26,2% (ou cerca de uma em cada quatro) pessoas no total de desocupados no Brasil. Os números, do segundo trimestre deste ano, são um recorde desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), em 2012.

Os dados foram divulgados hoje (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo os dados, no segundo trimestre de 2018 o contingente de desempregados procurando trabalho há no mínimo dois anos tinha menos 196 mil pessoas, ou seja, era de 3,15 milhões.

##RECOMENDA##

No segundo trimestre de 2015, esse número era de 1,43 milhão de pessoas, ou seja, menos da metade do segundo trimestre deste ano.

“A proporção de pessoas à procura de trabalho em períodos mais curtos está diminuindo, mas tem crescido nos mais longos. Parte delas pode ter conseguido emprego, mas outra aumentou seu tempo de procura para os dois anos”, avalia a analista da PNAD Contínua Adriana Beringuy.

 

O Brasil tem 12,7 milhões de pessoas desocupadas. Este é o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), relativa ao trimestre de junho a agosto deste ano.

Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação, que mostra o índice de desemprego no país, no período foi de 12,1%. Esta indica uma queda de 0,6% em relação ao trimestre anterior: 12,7%.

##RECOMENDA##

A PNAD Contínua considera desempregada a pessoa que está sem trabalho, mas que tenha procurado emprego no período de até 30 dias antes da pesquisa.

O contingente da população ativa desalentada (4,8 milhões) no trimestre de junho a agosto de 2018 subiu em relação ao trimestre anterior (4,720 milhões). Em relação ao mesmo trimestre de 2017 (4,2 milhões), houve alta (3,9%).

São consideradas desalentadas pessoas com idade acima de 14 anos que não conseguiram emprego por não ter experiência, porque são jovens ou idosas demais para o cargo ou ficam fora da localidade.

Taxa estável

O IBGE estima que 4,3% estiveram nesta situação no trimestre de junho a agosto de 2018. A taxa ficou estável em relação ao trimestre anterior (4,4%) na comparação com o mesmo trimestre de 2017 (17,8%).

A taxa de subutilização - que soma desocupados, subocupados ou força de trabalho potencial - ficou estável.

No trimestre de junho a agosto foi de 24,4%, contra 24,6% do trimestre anterior. Em números absolutos foi de 27,5 milhões, 27,6 milhões no trimestre anterior e 26,8 milhões no mesmo trimestre de 2017.

A população ocupada é hoje de 92,1 milhões, um crescimento de 1,3%, ou mais de 1,2 milhão de pessoas, em relação ao trimestre móvel anterior. Em relação ao mesmo período de 2017, houve alta de 1,1%: 91,1 milhões.

O número de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada se manteve em 33 milhões. Já o número de pessoas que trabalham por conta própria cresceu 1,5% em relação ao trimestre anterior: 23,1 milhões.

Situado em um dos cenários mais conhecidos do Brasil, o Bloco O da Esplanada dos Ministérios é um retrato do descaso com o patrimônio público. O prédio, com capacidade de abrigar ao menos 1.700 funcionários, está vazio há 14 meses - conta apenas com três vigias, que se revezam em rondas feitas nos seis andares, antes ocupados por integrantes do Exército e da Secretaria de Assuntos Estratégicos.

De acordo com dados do próprio governo, a União tem 91 prédios comerciais desocupados espalhados pelas 27 unidades da Federação, sendo dois deles no exterior. Se o critério for ampliado e incluir residências, galpões e terrenos, o número de imóveis em desuso salta para 18.091 no País.

##RECOMENDA##

Por outro lado, a União gasta todos os anos quantias bilionárias em aluguéis para abrigar funcionários de órgãos ligados ao governo federal. O Ministério do Planejamento informou não saber quantos prédios são alugados, pois as pastas têm autonomia administrativa para cuidar de seus contratos.

No entanto, as despesas de todos os ministérios são conhecidas. Entre 2011 e 2016, a União desembolsou R$ 7,397 bilhões com aluguéis de prédios para abrigar serviços públicos. O valor é mais do que o triplo do subsídio repassado no ano passado para Minha Casa Minha Vida, que foi R$ 2 bilhões.

O maior gasto foi registrado em 2014 - R$ 1,348 bilhão.

Iniciativa

A despesa com aluguel é considerada alta pelo próprio governo. Em 2015, durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, o Planejamento anunciou um plano para a redução desses custos.

A ideia tinha como ponto de partida a venda de imóveis da União que estavam desocupados. A verba obtida seria usada para reformar parte dos prédios abandonados. O plano previa também a construção de unidades. À época, a expectativa era arrecadar, somente em 2016, R$ 1,7 bilhão com as vendas. O resultado, no entanto, foi bem menor do que o esperado. Até agosto do ano passado, R$ 26 milhões foram obtidos com a venda de 16 unidades.

O desempenho abaixo da expectativa mostra a dificuldade em reduzir os gastos de custeio desses imóveis. Em 2016, a União desembolsou R$ 35,253 bilhões com despesas de custeio administrativo (como material de consumo, locação e conservação de imóveis, locação e conservação de bens móveis, diárias, passagens e energia elétrica). O valor é apenas 2,6% menor do que o registrado em 2015, embora o governo tenha divulgado um esforço para tentar melhorar a gestão do patrimônio e auxiliar a reestruturação fiscal.

No caso das despesas com aluguéis, a redução entre 2015 e 2016 foi de 11,7%. De acordo com o Planejamento, a queda ocorreu em parte pela renegociação de contratos.

Para o economista Fábio Klein, é essencial que o problema seja enfrentado pelo governo. "É uma questão importante. Ter prédios em desuso e um custo enorme com aluguéis sobretudo numa situação de restrição de caixa, não faz sentido", avaliou o pesquisador.

Klein observa que iniciativas para reduzir os gastos com aluguéis já foram colocadas em prática em alguns Estados, como São Paulo. Segundo ele, houve dificuldade, por exemplo, de mapear quais imóveis estavam disponíveis e a localização. "Os sistemas não foram atualizados, as informações estavam fragmentadas." Mas Klein diz que o esforço é necessário. "A estratégia deve integrar uma ação maior de racionalidade administrativa. Um processo que garanta eficiência tanto de recursos materiais quanto humanos. Quando funcionários estão dispersos em vários prédios, há sempre um gasto maior", afirmou.

Abandono

Enquanto o governo tenta avançar no programa de redução de gastos, os prédios fechados vão dando sinais de deterioração. No caso do Bloco O da Esplanada, há vidros quebrados, a fachada exibe fileiras com buracos simétricos, resultado da retirada de antigos ares-condicionados. Sem manutenção ou pintura, as ferrugens deterioraram a sustentação de janelas.

Um dos funcionários que faz a segurança no local informou à reportagem que, no fim de dezembro, destroços do prédio se soltaram do primeiro andar. "Sorte que a queda foi nos fundos do edifício, onde não há grande movimentação. Caso contrário, mesmo sendo do primeiro andar, acho que isso poderia ter provocado um estrago se atingisse alguma pessoa", disse o servidor, que não quis se identificar.

Construído no fim da década de 1950, o bloco começou a ser desocupado em 2013, quando efetivo do Exército mudou-se para novas instalações, no Setor Militar Urbano. Em 2015, foi a vez de integrantes da Secretaria de Assuntos Estratégicos saírem do local. Apesar de a mudança ter ocorrido há mais de um ano, o hall ainda exibe resquícios da desocupação.

Destino

Assim como outros prédios da União desocupados, o desfecho do Bloco O ainda permanece incerto. O Ministério do Planejamento informou que uma licitação foi aberta ano passado para que uma reforma no prédio fosse realizada. Somente depois de concluídas as obras que ainda nem foram definidas é que se saberá o destino da construção. Pelas estimativas do próprio Planejamento, quando o prédio voltar a ser ocupado, a economia somente com esse aluguel poderá ser de R$ 11,5 milhões anuais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os números da pesquisa que analisa a ocupação dos brasileiros. A entidade considera força de trabalho todas as pessoas acima de 14 anos que trabalham ou estão procurando um emprego. Outro dado analisado dentro desse grupo foi a subocupação, que é quando o indivíduo está trabalhando, mas por um período de horas que não o satisfaz, diminuindo os rendimentos.

Os subocupados por insuficiência de horas trabalhados contabilizam 4,8 milhões de pessoas. Os desocupados, que são aqueles que procuraram emprego, mas não conseguiram, somam 11,1 milhões de pessoas no país. Com o aumento, de 15,3 milhões no primeiro trimestre, para 16,4 milhões no segundo, somando-se os indicadores, a taxa de desocupação e subocupação chegou a 16% no segundo trimestre do ano, contra os 15% do período anterior.

##RECOMENDA##

Também existe a chamada força de trabalho potencial: são aquelas pessoas em idade de trabalhar que por algum motivo não procuram emprego ou não querem trabalhar. O indicador para esse grupo era de 5,4 milhões no primeiro trimestre e, nesse semestre, subiu para 6,2 milhões. Foi verificado durante a pesquisa que, da força de trabalho ativa, ou seja, empregada, 2,8% das pessoas trabalhavam em mais de um emprego.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), analisou, ainda, o número de pessoas que trabalham por conta própria. Dos 22,9 milhões de trabalhadores autônomos, 4,4 milhões estavam inscritos no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), o que representa 19,3% do total de trabalhadores nessa modalidade.

Herdeira de 327 imóveis no Estado, a Universidade de São Paulo (USP) tem 71,8% desses bens ocupados irregularmente (222 deles) ou sem uso (13). A instituição - que vive uma de suas mais graves crises financeiras - usa só 4 desses imóveis para si e aluga 88, arrecadando cerca de R$ 77 mil por mês. A previsão é de que o déficit orçamentário da universidade chegue neste ano a R$ 868 milhões.

Pela legislação estadual, todo recurso proveniente dessas propriedades deve ser aplicado obrigatoriamente na construção e na melhoria de moradias estudantis, apoio a programas de assistência social aos estudantes e em pesquisa e aperfeiçoamento do ensino. A universidade tem autonomia para a venda dos imóveis, ou seja, sem precisar de autorização da Assembleia Legislativa. Desde 2012, cerca de 70 já foram vendidos.

##RECOMENDA##

Esses imóveis foram adquiridos de heranças vacantes - quando o proprietário morre sem deixar herdeiros ou quando estes renunciam aos bens. Todos os 327 foram recebidos até 1990 e incluem casas, apartamentos, lojas, terrenos e fazendas. São 153 na capital, 172 no interior do Estado, 1 em Santa Catarina e 1 em Minas Gerais. Desde 1990, com a mudança na legislação, as heranças vacantes passaram a ser destinadas aos municípios. Só os imóveis herdados pela USP na capital somam R$ 77 milhões em valores venais.

Um desses bens, com valor venal, de R$ 7,4 milhões, fica na Rua Henrique Dias, no Brás, região central. A casa está ocupada por uma família, que mantém quatro lojas de roupas no local. Os comerciantes disseram alugar o imóvel há dois anos, mas não quiseram informar o valor do aluguel e disseram desconhecer o proprietário. A universidade informou ao jornal O Estado de S. Paulo que a propriedade não está alugada e não sabe de lojas.

Residentes

Solange Margarida das Neves, de 51 anos, mora há mais de 30 anos em um imóvel na Casa Verde, zona norte da capital, herdado pela USP. Ela conta que o marido pagava aluguel pela casa, até que o proprietário morreu, sem deixar herdeiros. "Um dia vieram uns funcionários da USP e disseram que o terreno era deles e teríamos de sair. Arranjei um advogado. Porque, se fossem nos tirar daqui, eu queria o ressarcimento. Investimos todo o nosso dinheiro para reformar e melhorar essa casa, temos direito."

Segundo ela, depois que pediu o ressarcimento, funcionários da instituição nunca mais pediram para que deixasse o local, mas já voltaram para fiscalizar o terreno. "Eles vieram para ver se não tínhamos transformado em cortiço ou construído barracos." A universidade não informou se já entrou com ação contra os moradores. Em outra casa, na Água Fria, também na zona norte, foram construídos 26 pequenos apartamentos (com quarto e cozinha). Os moradores mais antigos do local disseram ter comprado as unidades há mais de 30 anos e nunca receberam ninguém da USP. A instituição não informou se existe ação para a desocupação.

Interesse

Em nota, a USP informou que "a venda e a gestão desses bens são dificultadas por pendências administrativas e jurídicas quanto à documentação e ao fato de estarem ocupados irregularmente". A universidade não informou para quantos dos 222 imóveis ocupados já entrou com ação para reintegração de posse. Também não informou se tem interesse em regularizar a situação das propriedades para venda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A população desocupada cresceu 4,8% em maio ante abril, com 75 mil pessoas a mais na fila do desemprego, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com maio de 2014, a diferença foi ainda mais significativa. O aumento nos desempregados foi de 38,5%, o que significa 454 mil pessoas a mais nesta condição.

Na comparação interanual, também houve queda no emprego. O número de pessoas ocupadas diminuiu em 155 mil, uma queda de 0,7% em maio ante maio do ano passado. Na comparação de maio ante abril de 2015, houve aumento de 0,1%, ou 19 mil vagas criadas.

##RECOMENDA##

A população economicamente ativa - que trabalha ou está em busca de emprego - subiu nas duas comparações. Ante abril, o avanço foi de 0,4% (+94 mil pessoas). Já na comparação com maio de 2014, o aumento foi de 1,2% (299 mil pessoas a mais).

Por outro lado, a população não economicamente ativa - que está em idade de trabalhar, mas não demonstra interesse - ficou estável em maio ante abril e subiu 0,3% na comparação com maio do ano passado. No confronto interanual, 62 mil pessoas migraram para a inatividade, segundo o IBGE.

Embora a taxa de desemprego de 5,0% no mês de março tenha sido a menor para o mês desde o início da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), em 2002, não houve geração de vagas no período de um ano. A população ocupada ficou estável (0,0%) em relação a março do ano passado, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"A população ocupada é praticamente igual à de março do ano passado. A taxa caiu porque teve uma redução da população desocupada. Mas, como a população ocupada está estável, então houve aumento da inatividade", concluiu Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

##RECOMENDA##

A população desocupada recuou 11,6% em março ante março de 2013, o equivalente a menos 159 mil pessoas na fila do desemprego. Ao mesmo tempo, houve uma elevação de 4,2% no número de inativos no período, o mesmo que 760 mil pessoas migrando para a inatividade.

A população desocupada nas seis principais regiões metropolitanas do País somou 1,2 milhão de pessoas em janeiro, o que representa uma elevação de 9,6% em relação a dezembro ou o equivalente a mais 102 mil pessoas em busca de trabalho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira, 20. No entanto, o contingente de desocupados ficou 12,6% abaixo do verificado em janeiro de 2013 - 168 mil pessoas a menos na fila do desemprego.

A população ocupada totalizou 23,1 milhões de pessoas, uma queda de 0,9% em relação a dezembro, com a dispensa de 217 mil trabalhadores. Na comparação com janeiro do ano passado, houve ligeiro recuo, de 0,1%, o equivalente a 31 mil vagas a menos.

##RECOMENDA##

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado totalizou 11,8 milhões em janeiro. Houve recuo de 0,4% em relação a dezembro, com a eliminação de 46 mil vagas formais. Na comparação com janeiro de 2013, o número de postos de trabalho com carteira assinada aumentou 1,6%, o equivalente à criação de 182 mil vagas formais.

A população desocupada diminuiu 4,4% no mês de outubro em relação a setembro, para 1,27 milhão de pessoas, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada nesta quinta-feira, 21, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado equivale a 58 mil pessoas a menos em busca de trabalho.

Na comparação com outubro de 2012, a população desocupada caiu 3,3%, o equivalente a 44 mil pessoas a menos à procura de emprego. Em relação a setembro, houve ligeiro aumento na população ocupada, de 0,4%, o equivalente a 85 mil vagas. No entanto, em relação a outubro de 2012, houve extinção de 87 mil vagas, com queda de 0,4% na população ocupada.

##RECOMENDA##

O contingente de desocupados no País no mês de abril foi estimado em 1,5 milhão de pessoas nas seis regiões metropolitanas analisadas pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), apresentando estabilidade em relação ao mês anterior e a abril de 2011, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população ocupada somou 22,7 milhões, também sem variação significativa em relação ao mês de março.

Na comparação com abril de 2011, no entanto, foi verificado um aumento de 1,8%, o que representou um adicional de 396 mil vagas. O número de pessoas com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 11,1 milhões em abril, resultado considerado estável ante março. Na comparação com abril de 2011, houve crescimento de 2,8%, o equivalente a um acréscimo de 308 mil postos de trabalho.

##RECOMENDA##

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi de R$ 1.719,50 em abril, valor que representa uma queda de 1,2% em relação a março, quando a renda média tinha ficado em R$ 1.740,10. Em abril de 2011, a renda média do trabalhador foi de R$ 1.618,60.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando