Os médicos da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), localizada em Petrolina, anunciaram nesta quarta-feira (12) que irão entregar ao Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (IGSH) pedidos de demissão coletiva na próxima segunda-feira (15). O motivo seria a falta de comprometimento do Ministério da Saúde, que é responsável por repassar as verbas para o IGSH, órgão que administra o hospital.
O diretor Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Tadeu Calheiros, falou sobre o movimento dos profissionais em pedir demissão coletiva. “Anunciamos que iremos entregar a demissão coletiva na próxima segunda caso eles não atenderem nossas reivindicações. Depois que o IGSH assumiu a parte administrativa do hospital, os atrasos salariais se tornaram constantes, nosso leitos vivem superlotados e sequer temos material para trabalhar”.
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Calheiros afirmou que os salários só são pagos depois dos profissionais de saúde colocarem pressão. “Estamos há 1 mês sem receber, ai o salário do mês atual, eles só pagam no posterior e olhe que ainda temos que pressionar, para o IGSH pagar", contou.
Para solucionar os problemas, o Simepe pede que seja firmado um Termo de Ajustamento e Conduta (TAC) entre o sindicato, a gestão do hospital e o Ministério Público do Trabalho (MPT). Outras reivindicações que os médicos pedem são: adequar o número de monitores aos leitos na sala de recuperação, pagamento de salário no 5° dia útil do mês, aumentar o número de pontos de oxigênio e de leitos da sala vermelha, utilizar 100% da capacidade dos leites de enfermaria, além de garantir material e roupa cirúrgica.
“Nossa intenção não é deixar de atender o povo, mas sim ter como trabalhar. O povo já sofre com o péssimo sistema de saúde. Caso o IGSH e o Ministério da Saúde não solucionem o que pedimos, vamos entregar nosso pedido de demissão, caso contrário, continuaremos os nossos serviços”, finalizou.