Tópicos | demissão coletiva

Está marcada para esta terça-feira (29) a entrega dos cargos dos 14 neurocirurgiões que compõem a equipe do Hospital Pelópidas Silveira (HPS), no bairro do Curado, Zona Oeste do Recife. A decisão foi tomada durante um encontro na semana passada.

Cientes do caso, a direção do HPS convocou uma reunião marcada para esta segunda-feira (28), às 10h, com representantes do Sindicato dos Médicos (Simepe). O presidente Mário Jorge Lobo e o diretor Wálber Stefano já confirmaram presenças.

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A categoria pretende se posicionar contra as medidas recentes da diretoria da unidade que, segundo os médicos, realizou demissões unilaterais e reduziu salários. Conforme os profissionais, provocaram um desmonte do serviço no hospital.

De acordo com o diretor do Simepe, Wálber Stefano, a economia de gastos da unidade levou a um quadro de infração ética na qual os profissionais médicos não puderam concordar.

Os neurocirurgiões do Hospital Pelópidas Silveira (HPS), bairro do Curado, Zona Oeste do Recife, decidiram pedir demissão coletiva. A carta com a solicitação será entregue à direção da unidade de saúde na próxima terça-feira (29), segundo o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe).

Os profissionais participaram de uma reunião nessa terça (22) e denunciaram o desmonte do serviço. O vice-presidente do Simepe, Tadeu Calheiros, ressaltou que o hospital decidiu deixar apenas um médico trabalhando por plantão, demitindo profissionais e reduzindo os salários dos que ficaram no HPS.

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“O Hospital da Restauração está cheio de pacientes aguardando neurocirurgias e o Hospital Pelópidas da Silveira, que deveria desafogar o HR, resolveu reduziu o quadro de profissionais ”, salientou.

Conforme o diretor do Simepe, Walber Steffano, é necessário que pelo menos dois neurocirurgiões trabalhem por plantão, uma vez que é muito complicado para um médico realizar sozinho uma cirurgia de cabeça. Os médicos, por sua vez, decidiram que não vão trabalhar nestas condições para atender os pacientes", pontuou.

Dos 14 profissionais que atuam no serviço, três já foram demitidos e quatro pediram dispensa do serviço neste mês.

Os médicos da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), localizada em Petrolina, anunciaram nesta quarta-feira (12) que irão entregar ao Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (IGSH) pedidos de demissão coletiva na próxima segunda-feira (15). O motivo seria a falta de comprometimento do Ministério da Saúde, que é responsável por repassar as verbas para o IGSH, órgão que administra o hospital.

O diretor Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Tadeu Calheiros, falou sobre o movimento dos profissionais em pedir demissão coletiva. “Anunciamos que iremos entregar a demissão coletiva na próxima segunda caso eles não atenderem nossas reivindicações. Depois que o IGSH assumiu a parte administrativa do hospital, os atrasos salariais se tornaram constantes, nosso leitos vivem superlotados e sequer temos material para trabalhar”.

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Calheiros afirmou que os salários só são pagos depois dos profissionais de saúde colocarem pressão. “Estamos há 1 mês sem receber, ai o salário do mês atual, eles só pagam no posterior e olhe que ainda temos que pressionar, para o IGSH pagar", contou.

Para solucionar os problemas, o Simepe pede que seja firmado um Termo de Ajustamento e Conduta (TAC) entre o sindicato, a gestão do hospital e o Ministério Público do Trabalho (MPT). Outras reivindicações que os médicos pedem são: adequar o número de monitores aos leitos na sala de recuperação, pagamento de salário no 5° dia útil do mês, aumentar o número de pontos de oxigênio e de leitos da sala vermelha, utilizar 100% da capacidade dos leites de enfermaria, além de garantir material e roupa cirúrgica.

“Nossa intenção não é deixar de atender o povo, mas sim ter como trabalhar. O povo já sofre com o péssimo sistema de saúde. Caso o IGSH e o Ministério da Saúde não solucionem o que pedimos, vamos entregar nosso pedido de demissão, caso contrário, continuaremos os nossos serviços”, finalizou.

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