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Após a repercussão negativa de sua sugestão de homenagem ao ditador chileno Augusto Pinochet, que governou seu país entre 1973 e 1990, o deputado Frederico D’Ávila (PSL-SP) afirmou, em entrevista à Folha de São Paulo, na última quinta-feira (21), que está sofrendo “censura” e “seletividade”. A sessão em louvor à memória do general, solicitada para o dia 10 de dezembro, deverá ser cancelada pelo presidente da casa, Cauê Macris (PSDB).

“Aqui já houve sessão em homenagem ao Che Guevara, ao Stedile (líder do MST), à Dilma, e ninguém falou nada. O PC do B faz congresso em que exalta Trotski, Lenin, Stalin e fica por isso mesmo”, afirmou D’Ávila. O deputado é um dos maiores apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) e líder ruralista.

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A tragédia humanitária ocorrida no Chile sob o governo Pinochet está ampla e oficialmente documentada pela Comissão de Verdade e Reconciliação, a Corporação Nacional de Reparação e Reconciliação e a Comissão Nacional sobre Prisão Política e Tortura. Calcula-se que o número de vítimas da ditadura militar no país chegue a 40.018, entre presos, torturados e mortos. No ano passado, o Chile destituiu o coronel Germán Villaroel, responsável por uma homenagem feita nas dependências da Escola Militar do país ao genocida Miguel Krassnoff Martchenko, que cumpre pena por 71 crimes contra a humanidade cometidos durante o governo Pinochet.

Na semana passada, o pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) causou mais uma vez após um vídeo mostrar o presidenciável ensinando uma criança a imitar uma arma. Algumas pessoas defenderam o deputado, mas também teve que criticou com veemência a atitude de Bolsonaro. Definindo Bolsonaro como “inominável”, a pré-candidata a presidente Manuela D’Ávila (PCdoB) também condenou a postura dele. 

D’Ávila disse que seu sonho é viver em um Brasil no qual nenhuma criança seja submetida a qualquer tipo de violência. “O inominável pegou no colo uma criança e fez, na mão de um ser ainda tão indefeso, o gesto que representava uma arma. O Brasil que eu sonho viver é aquele em que nenhuma criança seja submetida a qualquer tipo de violência. Em que educação forme brasileirinhas e brasileirinhos para a paz”, ressaltou. 

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A presidenciável também falou que a imagem é muito violenta. “Essa imagem é tão violenta, tão violenta que o sorriso na cara do inominável deve ser apenas uma expressão de deboche”, continuou criticando. 

Por sua vez, Bolsonaro minimizou as imagens e chegou a classificar como “frescura” os julgamentos negativos dos opositores. "Chega de frescura, quando eu era criança brincava de arma o tempo todo. Nas favelas, tem gente de fuzil por todo o lado", disse em entrevista ao jornal O Globo. 

 

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