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A promotoria de Milão pediu nesta quarta-feira uma sentença de cinco anos de prisão para o ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, no julgamento em que o ex-premiê de 75 anos é acusado de corrupção. O promotor Fabio De Pasquale pediu ao tribunal que condene Berlusconi, que é o homem mais rico da Itália, por ter pago US$ 600 mil a um advogado britânico, David Mills, para que ele mentisse em outro processo que envolveu acusações de evasão fiscal e falsificação contábil, relacionados a acordos feitos pelo magnata da mídia italiana.

A promotoria milanesa pressiona por um veredicto antes que as acusações prescrevam, uma vez que os eventos teriam ocorrido na década de 1990. De Pasquale calcula que o processo deverá expirar em meados de julho deste ano. Esse é um dos quatro casos abertos contra Berlusconi nos tribunais de Milão. Em outro, ele é acusado de ter pago para fazer sexo com uma menor de idade, a marroquina Kharima el-Marough, que tinha 17 anos quando frequentou festas na mansão do ex-premiê. Ele também é processado por evasão fiscal e violação de segredos de Estado.

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O advogado Mills, um especialista em paraísos fiscais fora da União Europeia (UE), foi condenado à revelia por um tribunal milanês em 2009 e sentenciado a 4 anos e meio de prisão, mas um tribunal de apelações derrubou a sentença em 2010.

"É certo, além de qualquer dúvida razoável, de que o acusado é culpado" disse o promotor De Pasquale sobre Berlusconi. O magnata diz que é inocente.

Berlusconi renunciou ao cargo de primeiro-ministro em novembro do ano passado, após fracassar em convencer os mercados de que poderia reviver a cambaleante economia italiana.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, compareceu nesta segunda-feira em um tribunal para a retomada de um dos quatro processos judiciais contra ele. Berlusconi não fez declarações na entrada, mas depois brincou com jornalistas dentro da corte. "Estou bem, são vocês que parecem mal", disse. "Vocês estão com umas caras feias", disse Berlusconi aos jornalistas. Após duas horas de audiência, Berlusconi foi embora sem falar com ninguém.

Berlusconi é acusado de subornar o advogado britânico David Mills para que este mentisse no tribunal, na década de 1990, a fim de proteger os interesses financeiros do político, que é o empresário mais rico da Itália. Mills foi condenado em 2009 por receber um suborno de US$ 600 mil, mas o veredicto foi revertido pela Suprema Corte da Itália pelo fato de o caso ter prescrito.

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O tribunal de Milão assistiu nesta segunda-feira um vídeo com a testemunha da gerente de fundos suíça Maria De Fusco, que teria pagado o suborno para Mills. O tribunal também decidiu rejeitar o testemunho de 10 pessoas convocadas pela defesa, alegando que os depoimentos são "supérfluos", informou a agência Ansa. O advogado de Berlusconi, Niccolò Ghedini, disse que isso prejudicará a defesa. "Eles eliminaram os testemunhos e por isso é impossível nos defendermos", afirmou. "Esse julgamento é impossível".

Mills deverá depor em 24 de outubro como testemunha da defesa, informou a agência Ansa. Além do caso Mills, o premiê enfrenta mais um processo acusado de evasão fiscal e outro acusado de ter pago para fazer sexo com uma menor de 17 anos, Kharima el-Marough. Ela e o premiê negam ter feito sexo.

Além disso, o empresário Giampaolo Tarantini é acusado de ter pago prostitutas para participarem das festas de Berlusconi. Ele teria pago mais de 30 mulheres entre 2008 e 2009. Tarantini, detido em Nápoles, afirma que o premiê não sabia que ele pagava às mulheres para que frequentassem as festas nas suas mansões. As chamadas telefônicas grampeadas entre Berlusconi e Tarantini foram fartamente divulgadas pela imprensa italiana nos últimos dias e levaram a oposição de centro-esquerda a pedir novamente a renúncia do premiê de 74 anos.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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