Tópicos | cultura japonesa

Entre os dias 5, 6, 11, 12 e 13 de agosto ocorre a 43ª edição da Festa da Cerejeira, no Parque do Carmo, em São Paulo (SP), das 9h às 17h. O evento tradicional celebra a florada da árvore de cerejeira e conta com uma programação cultural. A iniciativa é organizada pela Federação Sakura e Ipê do Brasil, com apoio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), da Prefeitura de São Paulo.

A festa reúne vários elementos da cultura oriental, como apresentação de danças folclóricas, cantores e bailarinos da comunidade e grupos de Taiko - os tradicionais tambores japoneses. Também haverá diversos pratos típicos, como udon, yakissoba, temaki, tempurá, sushi, guioza e sakura-moti. Além disso, os visitantes poderão observar as cerejeiras “Sakura” em um “Hanami”: a arte de observar as flores. 

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Paralelamente, acontece o “Tanabata”: a terceira edição do Festival das Estrelas, onde é possível escrever seus pedidos nas tiras de papel consagradas “tanzaku”. Na cerimônia de encerramento, elas serão queimadas - levando os pedidos às estrelas.

A entrada é gratuita e as atividades serão realizadas na arena de apresentação, praça de alimentação, Bosque das Cerejeiras e no planetário. O Bosque das Cerejeiras permanece aberto ao público no horário de funcionamento do parque, todos os dias, das 5h30 às 20h.

Serviços de saúde

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) promoverá vacinação contra influenza (vírus causador da gripe) e a covid-19, durante a festa. A ação ocorrerá das 9h às 17h, nos dias 5, 6, 11, 12 e 13 de agosto. A tenda de vacinação ficará próxima ao Bosque das Cerejeiras.

Ritual da Cerejeiras

A cerejeira é a árvore símbolo do Japão e tornou-se a marca dos descendentes da comunidade nipônica, que vive na região de Itaquera. Todo ano, eles praticam um ritual chamado "hanami", que consiste em admirar as cerejeiras durante certo período de tempo - assistindo o vento soprar as pétalas das flores, assim como no Japão. 

O cultivo de cerejeiras em São Paulo começou na década de 1970, no Parque do Carmo, por influência da colônia de imigrantes e descendentes de japoneses na região. O primeiro plantio oficial foi em 1978, em comemoração aos 70 anos da imigração japonesa no Brasil. O Parque do Carmo possui hoje quase 4.000 pés dos tipos Himalaia, Yukiwari e Okinawa de cerejeira ornamental.

Serviço - 43ª edição da Festa da Cerejeira

Data: 5, 6, 11, 12 e 13 de agosto de 2023

Horário: Às sexta-feiras, das 12h às 17h. Ao sábados e domingos, 9h às 17h

Local: Parque do Carmo 

Endereço: Avenida Afonso de Sampaio e Souza, número 951 - Itaquera, São Paulo/SP

Entrada gratuita

Até o dia 8 de outubro, a Japan House em São Paulo recebe a exposição gratuita “Japão em Miniaturas”, do fotógrafo Tatsuya Tanaka. A mostra retrata as estações do ano e seus eventos, tradições japonesas, vida cotidiana e cenas do Japão moderno.

São cerca de 37 obras, criadas a partir de elementos como conchas, alimentos, maquiagem, canudos, pregadores, leques, entre outros objetos. O público verá cerdas de escovas que se tornam plantações arroz; embalagens da soja fermentada japonês nattō, que remetem à arquitetura de um importante castelo japonês; sushis enfileirados em esteiras que se transformam em carros e trens; e até canudos verdes que podem ser uma plantação de bambus, de acordo com a mudança de perspectiva e escala.

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Os visitantes poderão ver algumas obras através de lupas, em pé ou sentados, observando todos os ângulos. O agendamento online pode ser feito no link: https://agendamento.japanhousesp.com.br/agendamento.

Além disso, há uma maquete inédita, elaborada com arroz e feijão especialmente para a exibição no Brasil: "Ao ouvir sobre a feijoada, prato que se come com arroz, assim como o karê, comecei a pensar na possibilidade de expressar a areia branca e o mar utilizando esse prato típico. Também soube que no Rio de Janeiro, à beira da praia, há calçadas com padrões de ondas feitas de pedras pretas e brancas. É isso que imagino quando penso no Brasil. O feijão preto e o arroz são alimentos familiares aos japoneses também, e penso que, apesar de estarem de lados opostos do mundo, Brasil e Japão possuem culturas com aspectos semelhantes”, diz o fotógrafo Tatsuya Tanaka.

O conceito mitate

Conhecido pelo projeto nas redes sociais “Miniature Calendar” (em português, calendário miniatura), Tatsuya Tanaka ilustra o conceito mitate em todo seu trabalho, onde a arte em miniatura é fotografada com temática de bonecos de diorama e objetos cotidianos.

Acredita-se que o mitate esteja enraizado na cultura japonesa para compensar com a imaginação coisas faltantes ou vazias. Esse senso estético também está presente na literatura, cerimônia do chá, jardinagem, entretenimentos do período Edo (Kabuki e Rakugo) e gastronomia.

“Nesses pequenos universos criados por ele, o que chama a atenção é sua percepção quase fantástica, que lembra a mais pura imaginação infantil sobre os objetos, renovando e reformulando seus significados a todo instante”, explica a curadora da exposição e diretora cultural da Japan House, Natasha Barzaghi Geenen.

Tanaka mostra o elemento que o fez iniciar a produção de miniaturas em suas fotografias: o brócolis - criando uma pequena floresta. “O brócolis é o material que me inspirou a olhar os objetos e a pensar em outras possibilidades com eles. Quando digo que se parecem árvores, pessoas em todo o mundo podem se relacionar com essa ideia”, comenta.

Quem é Tatsuya Tanaka?

Nascido em 1981, na cidade de Kumamoto, no Japão, o fotógrafo Tatsuya Tanaka se formou na Escola de Educação da Universidade de Kagoshima. Desde 2011, realiza o projeto “Miniature Calendar”, no qual ele reimagina objetos do dia-a-dia em miniatura na internet. 

Com obras inusitadas que unem elementos de surpresa e humor, o artista possui mais de 3,7 milhões de seguidores no Instagram. Em 2020, Tanaka participou da Expo Dubai como criador do pavilhão japonês. Também  é autor dos livros ‘MINIATURE LIFE’, ‘Small Wonders’, ‘MINIATURE TRIP IN JAPAN’, ‘Assemble and Resemble ‘KuMitate’’ e ‘SUSHI came to buy clothes’.

Serviço - Exposição “Japão em Miniaturas”

Data: Até 8 de outubro de 2023

Horário: Terça á sexta-feira, das 10h às 18h; sábados, 9h às 19h; domingos e feriados, 9h às 18h.

Local: Japan House São Paulo

Endereço: Avenida Paulista, número 52 – Bela Vista, São Paulo/SP

Agendamento online: https://agendamento.japanhousesp.com.br/agendamento

Acessibilidade: Audiodescrição e libras

Entrada gratuita

Entre os dias 17 e 18 de junho, ocorre o festival gratuito “VIVA! Japão”, no Museu da Imigração, em São Paulo, das 10h às 18h. O objetivo do evento é comemorar o aniversário de 30 anos do museu, que desde 2018 escolhe um país para homenagear, e nesta edição são os 115 anos da imigração japonesa. 

O jardim do museu receberá a montagem de um palco para apresentações de música e dança. Os visitantes poderão participar de oficinas de arte, caligrafia, culinária e do ateliê itinerante de cerâmica com Hideko Honma. Todas as oficinas e atividades serão gratuitas e ocorrerão de hora em hora. 

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Também haverá pratos tradicionais da culinária japonesa em tendas de gastronomia espalhadas pelo evento, como o food truck da icônica personagem Hello Kitty, símbolo da cultura pop japonesa.

Além disso, terá uma atividade de realidade virtual “Sky Bridge Experience” - desenvolvida para planetários japoneses e que reproduz o céu do Japão e a integração cultural Brasil/Japão.

Por último, a exibição do documentário "Onde as Ondas Quebram" e um debate sobre migração japonesa com a diretora Inara Chayamiti, a pesquisadora Vivian Makia e com o gestor do CPPR Henrique Trindade, com mediação de Cássio Aoqui.

O evento é realizado com apoio institucional do Consulado Geral do Japão em São Paulo, Fundação Japão e curadoria cultural da Tasa Eventos. 

Confira a programação:

Oficinas:

-Ateliê Itinerante de Cerâmica com Hideko Honma

-Gastronomia com Chefs Nikkei

-Mangá com a Escola de Mangá Japan Sunset

-Oshibana (Arte com flores e folhas desidratadas) com Mirian Tatsumi

-Ikebana (Arranjo floral) com Me. Emiko Ide

-Bonsai com Luís Sedano

Sábado, 17 de Junho

12h - Cerimônia de abertura

12h30 - Wadan Taiko Ensemble

13h - Show musical - Joe Hirata

14h - Show musical - Akatsuki Band

15h - Desfile e Concurso Cosplay

16h - Wadan Taiko Ensemble

17h - Show musical - Pamela Yuri

Domingo, 18 de Junho

12h - Kiendaiko

13h - Show musical - Karen Ito

14h - Requios Gueinou Doukoukai

14h30 - Show musical - Diogo Miyahaa

15h - Desfile e Concurso Cosplay

16h - Show musical - Bruna Higs

16h às 18h - Exibição e debate do documentário “Onde as Ondas Quebram”

17h - Requios Gueinou Doukoukai

17h30 - Show musical - Rogério Harada

Serviço - Festival Viva Japão

Data: 17 e 18 de junho de 2023

Horário: 10h às 18h 

Local: Museu da Imigração do Estado de São Paulo

Endereço: Rua Visconde de Parnaíba, número 1316 - Mooca, São Paulo/SP

Classificação Etária: Livre

Entrada gratuita

"O grande combate é o combate consigo próprio". Com essas palavras, o professor Paulo Roberto Nunes, faixa preta, 5° DAN de Aikido, tentou explicar parte da filosofia latente na arte marcial japonesa que existe há quase 100 anos. O equilíbrio mental, como contou Paulo à equipe do LeiaJá, é mais importante até do que a aplicação das técnicas da modalidade.

No Aikido, inclusive, antigos ensinamentos defendidos pelo seu criador, Morihei Ueshiba, que faleceu em 1969, são mantidos. Um deles é a proibição de competições na modalidade. O professor Paulo explica que, dessa forma, o objetivo principal - a evolução mental do ser humano - fica preservado.

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"O combate técnico, a parte competitiva, não desenvolve fortemente isso. Quando a gente fala que as artes marciais são artes que devem ajudar no trabalho do autoconhecimento, é nesse sentido, aprender a vencer a si próprio e a se superar", conta Paulo.

E a superação define bem a história que conta como a modalidade surgiu. Morihei Ueshiba, praticante de diversas artes marciais e estudioso das filosofias asiáticas, foi desafiado para uma luta contra um oficial armado com um sabre. Apenas desviando das investidas, ele cansou seu opositor. Isso aconteceu em 1925, e em 1927 os ensinamentos do Aikido começaram a ser usados, depois que a história ganhou espaço. Mas só em 1948, o governo japonês permitiu o ensino do Aikido como uma arte marcial dedicada à promoção da justiça e da paz. A primeira apresentação pública só aconteceu nos anos 60. 

"Eu não estou ensinando técnicas marciais, estou ensinando a não violência", era um dos lemas de Morihei Ueshiba. Importante para a construção das filosofias de paz do Aikido também, foram os oito anos passados nas montanhas de Ayabe. O tempo foi decisivo para seu amadurecimento espiritual pessoal antes de criar uma nova arte marcial. Nesse período, ele estudou filosofia Xintoísta e dominava o conceito de Koto-Tama.

Talvez, para a maioria das pessoas, essa imersão filosófica em uma luta pode ser incomum. Até mesmo para os próprios praticantes que no primeiro contato se surpreendem.

"Aqui a gente aprende um pouco mais além da luta, a gente aprende mais sobre nós mesmos, aprende a vencer nosso cansaço, nossa dificuldade. Eu gosto bastante (da parte filosófica), isso me motiva a pesquisar mais sobre o assunto, a realmente entender um pouco mais de como a gente pode ir além", diz a aluna Raissa Alves, que admite que desde que começou a praticar o Aikido acredita ser uma pessoa melhor.

Mas toda parte filosófica não quer dizer que não haja um combate na prática do Aikido, como explica o professor Paulo. "O combate existe, não existe a competição. A gente orienta esse combate para tomar consciência das nossas fragilidades, das nossas dificuldades e com a ajuda da técnica aprender a vencer essas fragilidades. Isso significa também preparar o aluno para o caminho da vida, não simplesmente para uma noção limitada de combate ou competição". 

Professor Paulo, responsável por trazer o aikido para Pernambuco, fala inclusive da sua vida e de como ela foi alterada desde que conheceu a modalidade. “Mudou tudo, mudou minha maneira de estar presente no mundo, a minha maneira de me relacionar comigo próprio. Há muitos aspectos benéficos em todos os sentidos e principalmente você começa a superar pequenas situações como o medo de desistir, o medo da morte", garante.

Paulo Roberto Nunes, presidente da Associação Cultural Tenchi Internacional - Brasil, dá aulas semanais no Centro Cultural Georges Stobbaerts , localizado na rua Padre Anchieta, bairro da Madalena, zona norte do Recife. 

*Fotos: Rafael Bandeira/LeiajaImagens

O bairro da Liberdade, na região central da capital paulista, recebe neste sábado (13) e domingo (14) o festival Tanabata Matsuri, ou Festival das Estrelas, evento de cultura japonesa que está em sua 41ª edição e é considerado o festival maior de rua do mundo. A expectativa dos organizadores é que cerca de 200 mil pessoas participem da festividade.

A programação do festival conta com apresentações musicais, gastronomia, entre outras atrações culturais, como danças folclóricas orientais com participação de mais de 700 dançarinas, a apresentação do grupo de Taikô (tambores japoneses), e oficina de origami (dobraduras de papel).

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O Tanabata Matsuri é celebrado desde o século 11 no Japão e é comemorado também no Brasil desde a década de 70, no bairro da Liberdade.

Lenda

O festival tem origem na lenda sobre o relacionamento amoroso entre a princesa Orihime  e o pastor Kengyu, que depois de se apaixonar, esqueceram completamente de suas obrigações. Por este motivo, foram castigados e transformados em estrelas, separados pela Via Láctea. Segundo a tradição japonesa, o Senhor Celestial, comovido com a tristeza do casal, permitiu um único encontro anual entre eles, em um dia de julho.

Em agradecimento à dádiva recebida, o casal atende aos pedidos feitos em papéis coloridos e pendurados em bambus. No Brasil, o festival é realizado nas calçadas da Praça da Liberdade-Japão, Rua Galvão Bueno e Rua dos Estudantes, onde dezenas de enfeites são pendurados em 70 bambus de aproximadamente treze metros de altura, com três enfeites de papéis coloridos.

O público pode utilizar os Tanzakus - papeletas para anotar os pedidos, e os pendurarem nos ramos dos bambus, chamados Sassadake. O ritual do Tanabata Matsuri encerra-se com uma cerimônia de queima dos Tanzakus. A fumaça gerada pela queima simboliza a entrega dos pedidos aos deuses.

O Museu da Imagem e do Som (MIS) irá promover um evento especial em parceria com o Consulado Geral do Japão em homenagem ao aniversário de 464 anos de São Paulo, comemorado nesta quinta-feira (25). As atividades são gratuitas. Confira a programação: 

Três filmes serão exibidos Auditório LABMIS (66 lugares):

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13h – O Jardim das Palavras (Kotonoha no Niwa, dir. Makoto Shinkai, 2013, livre);

15h – Um Conto sobre a Culinária Samurai – Uma Verdadeira História de Amor (Bushi no kondate, dir. Yuzo Asahara, 2013, 12 anos);

18h – A Esposa de Villon (ōtō to tanpopo, dir. Kichitaro Negishi, 2009). 

13h às 20h | Grafite | Katia Suzue: A artista Katia Suzue mostra seu trabalho com grafite ao vivo em painéis na área externa do Museu. 

12h às 20h | Exposição Híbrida | Yumi Shimada: A ilustradora e diretora de arte Yumi Shimada apresenta, no saguão de entrada do Museu, algumas de suas colagens. A seleção de obras que compõem a mostra busca expressar a conexão entre o Brasil e o Japão e os traços dessa descendência que influenciam a artista, assim como a combinação entre o moderno e o clássico. 

15h | Oficina de Caligrafia Japonesa | Associação de Shodô: Considerada como uma das artes mais tradicionais do Japão, a caligrafia japonesa é também uma das mais antigas. Os visitantes terão a oportunidade de conhecer as bases dessa arte na Oficina de Caligrafia preparada pela Associação de Shodô (15 vagas – Sala de Interface). 

17h | Música | Trio Kagurazaka: O Trio Kagurazaka procura, através da combinação dos instrumentos, interpretar um repertório clássico e também abrir novas possibilidades de arranjos para interpretar a música japonesa e outros universos musicais. A apresentação acontece na área externa do Museu. 

12h às 20h | Gastronomia | Ramen K: Durante todo o evento, o TukTuk (barraca inspirada no típico meio de transporte de países asiáticos) da Ramen K irá servir um cardápio de lámen e yakissoba a preços acessíveis. Todos os ingredientes da Ramen K são caseiros e são preparados de forma artesanal.

Neste sábado (27) e domingo (28), o Clube Internacional do Recife vira sede de mais uma ediçao do Festival Kanzen, um dos principais eventos de cultura japonesa do Estado.

O cronograma de atividades do evento conta com shows e apresentações de bandas de rock, concursos de dança e cosplay - as famosas fantasias de mangá e seriados japoneses - e  campeonato de jogos eletrônicos.

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O público ainda pode participar de oficinas e palestras com dubladores e conferir lojas e stands da cultura japonesa. O evento teve início na manhã deste sábado e segue até este domingo (28), às 21h. Confira a programação completa em http://www.festivalkanzen.com.br/programacao.



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