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O ex-médico Roger Abdelmassih comprou cotas de uma aeronave enquanto esteve foragido no Paraguai. Segundo investigadores, o avião ficou um ano parado até ser vendido. O negócio teria causado prejuízo a Abdelmassih que, embora vivesse num aparente luxo, não tinha uma situação financeira confortável e acabou se desfazendo de bem para se capitalizar.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que Abdelmassih também tentou fazer um empréstimo, mas não foi bem sucedido. A mulher dele, Larissa Maria Sacco teria, inclusive, se movimentado para receber, em vida, uma herança a que tem direito para capitalizar o casal.

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Um dos objetivos da família era fugir do Paraguai para o Líbano ou a Itália, plano que não foi concretizado, entre outros motivos, pela falta de recursos. Abdelmassih ficou três anos foragido no Paraguai após fugir do Brasil ao ser condenado pelo estupro de dezena de mulheres.

A Polícia Federal chegou ao paradeiro do ex-médico com base em várias fontes. O Estado apurou, contudo, que a informação sobre o possível paradeiro foi repassada à PF por um jornalista que investigava o caso e tinha fontes no Ministério Público. O MP de São Paulo tinha informações sobre o possível paradeiro graças a uma interceptação telefônica no telefone de uma irmã do ex-médico, mas só teria comunicado à PF esse fato quando os investigadores já estavam no Paraguai.

Sobre a situação, o diretor geral da PF, Leandro Daiello, teria comentado com interlocutores que "enquanto o MP procura, a PF prende." Procurada, a PF informou que chegou ao ex-médico com base em diversas fontes de informação e órgãos públicos. No nota que a instituição divulgou à imprensa quando da prisão do ex-médico, entretanto, a PF menciona apenas a parceira com a "Secretaria Nacional Antidrogas paraguaia (Senad)".

O Ministério Público informou, por meio da assessoria, que "todas as provas e indícios obtidos pelo Ministério Público do Estado de São Paulo que indicavam o paradeiro de Roger Abdelmassih no Paraguai foram compartilhados com a Polícia Federal, mediante autorização judicial."

O MP não informou, contudo, quando compartilhou as informações. "O procedimento tem o seu conteúdo resguardado por sigilo legal." Em nota, complementou: "A investigação contou, entre outros, com a colaboração da imprensa e o compartilhamento com a Polícia Federal fez-se necessário quando evidenciou-se o paradeiro do ex-médico além do território nacional."

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