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Donos da casa e da festa, os Estados Unidos estão nas semifinais da Copa América Centenário. Nesta quinta-feira, na abertura da fase de quartas de final, a seleção anfitriã derrotou o Equador por 2 a 1, no animado estádio CenturyLink Field, em Seattle, e avançou na competição que homenageia os 100 anos de fundação da Conmebol.

Na luta por uma vaga na grande decisão, os Estados Unidos jogarão conta quem passar de Argentina e Venezuela, que se enfrentarão neste sábado, às 20 horas (de Brasília), em Boston. A semifinal envolvendo os norte-americanos acontecerá na próxima terça-feira, às 22 horas, em Houston. No outro lado da chave, o Peru encara a Colômbia e o México joga contra o Chile.

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Em campo, os Estados Unidos mostraram que são candidatos ao título da Copa América Centenário. Com um bom esquema tático armado pelo técnico alemão Jurgen Klinsmann, com jogadores dispostos a se doarem em campo e com a animação de sua fanática torcida nos estádios, os norte-americanos colocaram o Equador no bolso em boa parte da partida desta quinta-feira.

No primeiro tempo, os donos da casa não deixaram os equatorianos jogarem e criaram boas chances de gol até abrirem o placar aos 21 minutos. Em bela trama ofensiva, Wood invadiu a área, ganhou de Mina e voltou o jogo para Jones. O volante levantou de primeira na cabeça de Dempsey, que subiu e colocou a bola no ângulo esquerdo alto de Domínguez.

Em desvantagem, o Equador demorou para se encontrar em campo. Na volta do intervalo, começou a esboçar uma reação, mas o volante Antonio Valencia, do Manchester United, colocou tudo a perder ao ser expulso por armar uma confusão com o norte-americano Jermaine Jones, que também recebeu o cartão vermelho.

Sem seu melhor jogador, a seleção equatoriana viu os Estados Unidos dominarem o meio de campo e conseguirem o segundo gol aos 19 minutos. Brooks fez belo lançamento para Wood, que rolou para Besler. O lateral-esquerdo cruzou, Zardes dividiu no alto e Dempsey dominou na grande área. O camisa 8 bateu cruzado e Zardes marcou no rebote do goleiro Domínguez.

Com 2 a 0 a favor, os Estados Unidos relaxou e permitiu uma pressão equatoriana. O resultado disso foram várias chances criadas e o gol do Equador aos 28 minutos. Após jogada ensaiada, Walter Ayoví cobriu falta pela direita e rolou rasteiro para a entrada da grande área. Arroyo, bem posicionado, finalizou bem no canto direito baixo de Guzan.

Nos últimos 15 minutos, o que se viu foi um bombardeio equatoriano na área dos Estados Unidos. Os donos da casa se seguraram bem, contaram com a sorte em alguns lances e comemoraram a classificação às semifinais.

FICHA TÉCNICA

ESTADOS UNIDOS 2 x 1 EQUADOR

ESTADOS UNIDOS - Guzan; Besler, Cameron, Brooks e Fabian Johnson; Jermaine Jones, Bradley, Zardes e Bedoya (Zusi); Dempsey (Kyle Beckerman) e Bobby Wood. Técnico: Jurgen Klinsmann.

EQUADOR - Domínguez; Paredes (Jaime Ayoví), Arturo Mina, Erazo e Walter Ayoví; Gruezo (Cristian Ramírez), Noboa (Gaibor), Antonio Valencia, Arroyo e Jefferson Montero; Enner Valencia. Técnico: Gustavo Quinteros.

GOLS - Dempsey, aos 21 minutos do primeiro tempo; Zardes, aos 19, e Arroyo, aos 28 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Bedoya, Brooks e Bobby Wood (Estados Unidos); Paredes (Equador).

CARTÕES VERMELHOS - Jermaine Jones (Estados Unidos); Antonio Valencia (Equador)

ÁRBITRO - Wilmar Roldán (Fifa/Colômbia).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 47.322 pagantes.

LOCAL - Estádio CenturyLink Field, em Seattle (Estados Unidos).

Fora da Copa América Centenário, Neymar esteve muito próximo da seleção brasileira, pois estava curtindo férias nos Estados Unidos. Curiosamente, o atacante do Barcelona desembarcou no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na manhã desta terça-feira, pouco antes da chegada do avião que está trazendo alguns dos jogadores do time nacional, que foi eliminado pelo Peru no último domingo à noite, em Boston, e tinha desembarque previsto para acontecer às 11 horas.

A chegada do astro foi tumultuada. Acompanhado pelo seu pai, Neymar Santos, e de alguns amigos, ele veio de um voo que partiu de Las Vegas e desembarcou às 9h10, pelo terminal 2 do aeroporto. Inicialmente, o voo no qual embarcaram alguns atletas da seleção brasileira estava previsto para chegar quase na mesma hora do voo que trouxe o atacante, mas acabou partindo com um pouco de atraso nos Estados Unidos.

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No momento do desembarque de Neymar, houve uma confusão após pessoas que estavam no aeroporto terem conhecimento da chegada do jogador, que era aguardado por muitos jornalistas que pretendiam entrevistá-lo e também esperavam pela seleção brasileira. O craque, porém, evitou falar com a imprensa e isso provocou um tumulto, fato que obrigou seguranças particulares que acompanhavam o atleta e o escoltaram até a porta do local, onde um ônibus preto disponibilizado pela própria estrutura do aeroporto apanhou o astro e o levou embora.

Neymar usava boné, um capuz, óculos escuros e fones de ouvido durante o seu desembarque e agora ele deverá passar alguns dias de férias no Brasil antes de se reapresentar ao Barcelona. No noite do último domingo, após a eliminação da seleção da Copa América Centenário, o astro usou as redes sociais para comentar a queda da equipe nacional e manifestou apoio aos companheiros comandados por Dunga. Entretanto, causou polêmica ao proferir palavrões e prever críticas que seriam feitas à seleção por jornalistas.

"Ninguém sabe o que vocês sofrem pra estar aí e defender a seleção, vestir essa camisa é um orgulho e vocês fazem isso com amor. Agora vai aparecer um monte de babaca pra falar m..., f...-se. Faz parte, futebol é isso. Sou brasileiro e estou fechado com vocês", escreveu Neymar, em sua conta oficial no Instagram.

Neymar não participou da Copa América por causa de um acordo com o Barcelona para que tirasse férias e disputasse apenas os Jogos Olímpicos do Rio, em agosto. Durante o período de férias nos Estados Unidos, ele chegou a visitar a concentração da seleção brasileira e assistiu à partida contra o Equador no estádio do confronto ao lado cantor Justin Bieber, do ator Jamie Foxx e do piloto Lewis Hamilton.

Membros da Comissão de Arbitragem da Conmebol defenderam o árbitro uruguaio Andrés Cunha, que validou o gol feito com a mão pelo peruano Raul Ruidíaz diante do Brasil na Copa América Centenário. Os dirigentes afirmam que os erros, se acontecerem, fazer parte das regras do jogo e que o juiz agiu corretamente.

"Do ponto de vista do regulamento, o árbitro Cunha está perfeito. Ficou três minutos e cinquenta e oito segundos tentando ser o mais equânime possível e terminou marcando o que viu. E ele não viu infração. O regulamento diz que os acertos ou erros do árbitro são parte do jogo", afirmou o argentino Miguel Scime, membro da comissão de arbitragem.

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Logo após a eliminação brasileira, Dunga criticou a demora. "Passou no telão, foi mão clara, não tem como lutar contra isso. Eles estavam falando com quem? Não precisavam da comunicação por rádio, estavam os quatro juntos. Quem estava sendo consultado? De que forma? Isso é bastante estranho".

A consulta ao árbitro de vídeo ainda está em fase de testes com autorização da International Board. É usada em algumas competições, mas não na Copa América Centenário. Scime explica que o telão do Gillette Stadium só mostrou o replay do lance depois que o árbitro tomou a decisão. "Isso foi feito exatamente para eliminar dúvidas sobre o uso do árbitro de vídeo. O árbitro não teve replay".

Em relação à consulta por rádio, Scime avalia que Cunha estava ouvindo todos os assistentes. "Não falei com ele ainda e, por isso, não posso afirmar com certeza. Ele parece ter ouvido o quarto árbitro e os auxiliares. Não é fácil ouvir em um estádio com 30 mil pessoas. As opiniões podem ter sido diferentes e ele tomou a decisão".

O técnico Dunga afirma que a solução para a seleção brasileira precisa de um trabalho de continuidade. Após a derrota para o Peru por 1 a 0, que eliminou a equipe ainda não fase de grupos da Copa América, algo que só aconteceu em 1987, o treinador citou o exemplo da Alemanha para se manter no cargo. Existe grande pressão para sua demissão antes da Olimpíada.

"É um trabalho, houve uma reformulação depois da Copa do Mundo. Nós elogiamos um trabalho de 14 anos da Alemanha, mas queremos que no Brasil se encontre a solução de uma hora para outra, em um ou dois anos. E só vamos encontrar a solução com continuidade", afirmou o treinador em entrevista coletiva após a derrota no Gillette Stadium.

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A exemplo de entrevistas anteriores, Dunga também citou os longos jejuns vividos pela seleção brasileira para justificar a eliminação na Copa América, a segunda consecutiva depois da Copa do Mundo. "Dentro da seleção brasileira só cinco treinadores foram campeões mundiais, mesmo tendo passado excepcionais jogadores e treinadores, que não ganharam, mas não deixaram de ser bons por isso. Os resultados não chegam, os títulos não chegam, então a cobrança vai aumentar. Foi assim depois de 1970, até 94, agora não será diferente. Quando não se tem resultado a tolerância é menor. Tudo se reflete no futebol pelo momento que passamos no Brasil", disse o treinador.

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Um dos jogadores mais experientes da seleção brasileira, o lateral-direito Daniel Alves não procurou subterfúgios para minimizar a fracassada campanha na Copa América Centenário. Ele não usou nem o gol irregular do Peru, marcado com a mão por Ruidiaz, como justificativa para a derrota por 1 a 0, na noite de domingo, e a eliminação. "Acredito que não serve de desculpa", disse.

Ele considera que o Brasil estava fazendo "um jogo bastante correto" até o momento do gol peruano. Mesmo assim, foi direto na análise do rendimento da equipe não só no jogo de domingo como na Copa América em geral. "Infelizmente não está sendo suficiente o nosso 100%. Temos de rever o que devemos melhorar no contexto geral. Temos de entender que o momento da seleção brasileira é bastante delicado, entender onde estamos e onde queremos chegar. Para isso temos que pensar que o que estamos fazendo não é suficiente."

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Daniel Alves admite que a eliminação precoce vai fazer aumentar a pressão sobre a comissão técnica comandada por Dunga. "A pressão na seleção é sempre muito grande", disse. "Mas acredito que todos que estamos na seleção brasileira são um pouco responsáveis pelas coisas boas e as nem tão boas que se sucedem aqui dentro."

O jogador que está trocando o Barcelona pela Juventus, da Itália, entre outros motivos para "sair da zona de conforto" em que estava no time catalão, está inconformado também com a situação que vive na seleção brasileira - que desde a Copa das Confederações de 2013 não conseguiu ganhar mais nenhum título e tem sofrido eliminações traumáticas.

"O que eu estou vivendo aqui é inaceitável para mim por competidor. Não gosto dessa situação", afirmou Daniel Alves. "Temos de ter calma, não muita calma, porque não vai ser suficiente para reverter essa situação".

Frustrado por constatar que a dedicação dos jogadores não tem sido suficiente para obter bons resultados, Daniel Alves fala em mudanças, embora não indique quais. "É um fato que não estamos atravessamos o nosso melhor momento no futebol, nem como seleção brasileira. Então temos de rever conceitos, ver o que podemos fazer diferente para que os resultados sejam diferentes."

Após o vexame histórico de ser eliminado na primeira fase da Copa América com a derrota para o Peru por 1 a 0 neste domingo, o técnico Dunga reclamou da arbitragem do uruguaio Andrés Cunha, que validou o gol de mão de Ruidíazor. Com o resultado, o Peru foi o primeiro do grupo e o Equador, o segundo. A única vez que o Brasil havia sido eliminado na fase inicial do torneio foi em 1987.

"Todo um trabalho pode ser colocado fora por uma situação imponderável. Os jogadores e eu não podemos modificar o que todo mundo viu", afirmou o treinador, que criticou a maneira como a decisão foi tomada pela arbitragem. O árbitro consultou o auxiliar, mas também estava com um ponto de comunicação no ouvido, esforçando para ouvir outra pessoa, que não foi identificada pelas imagens.

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"Não deu para entender porque o bandeirinha não correu e porque levaram quatro minutos conversando. Depois passou no telão, foi mão clara, não tem como lutar contra isso. Eles estavam falando com quem? Não precisavam da comunicação por rádio, estavam os quatro juntos. Quem estava sendo consultado? De que forma? Isso é bastante estranho", afirmou Dunga em entrevista coletiva após a derrota que eliminou o Brasil da Copa América Centenário.

O técnico Dunga voltou a esconder o jogo na tarde desta sábado e não detalhes sobre a seleção brasileira que enfrenta o Peru no domingo, pelo primeiro lugar no Grupo B da Copa América. Antes do treino marcado para o gramado do Gillette Stadium, em Foxborough, ele disse que já tinha a equipe na cabeça, mas iria aproveitar o treinamento para "ver se os meus olhos veem o que estou pensando".

Dunga terá de substituir Casemiro e deve escalar Walace, que fez sua estreia na seleção principal nos 7 a 1 contra o Haiti, entrando no segundo tempo. Deu a entender que escalará o gremista. "É um jogador de idade olímpica, não tinha jogado na seleção principal ainda, tínhamos de colocar para quebrar esse gelo, ver a reação dele jogando", disse. "Ele se entregou bem, teve personalidade e jogou como um jogador experiente."

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Apesar do segredo, Walace é o favorito à vaga no meio de campo, assim como Miranda deve voltar à defesa. E no ataque não será surpresa se Gabriel aparecer no lugar até então ocupado por Jonas.

O Brasil pode garantir o primeiro lugar na chave até com um empate, dependendo do resultado de Equador x Haiti - nesse caso os equatorianos teriam de fazer vantagem de sete gols para terminar na frente. Mas Dunga disse que a seleção só vai considerar um resultado, a vitória: "A gente quer classificar diretamente no jogo, tem essa obrigação de jogar sempre para vencer e tem essa mentalidade".

Dois anos depois do fracasso na Copa do Mundo em casa, a seleção brasileira ainda patina para reencontrar o caminho e voltar a assustar os adversários. A análise é de Zico, para quem o trabalho de Dunga tem pontos positivos, mas ainda há muita indefinição. Ele também entende que o momento turbulento por que passa o comando da CBF atrapalha o trabalho, pois acaba expondo a comissão técnica. "Não está legal", resumiu.

Zico, que jogou na seleção por cerca de uma década nos anos 1970 e 1980, conversou com o Estadão.com durante a semana e apontou alguns problemas que vê na atualmente. A equipe que disputa a Copa América Centenário não o convence. A seleção de maneira geral não o convence.

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Um dos problemas existentes, na visão de Zico, é a falta de um jogador com maior capacidade de organizar jogadas e dar ritmo ao time. Ele também faz parte do grupo que estranha o fato de o camisa 10 atual (Lucas Lima) ser reserva. "A gente tem um bom camisa 10 e se o cara é bom tem de jogar, deve ser titular. O Lucas Lima demonstrou no Campeonato Brasileiro que tem qualidade para isso."

Zico, porém, pondera que não é o número de camisa que joga e lembra que Paulo Henrique Ganso também poderia armar a seleção. Para ele, o que dificulta para um jogador exercer essa função na seleção de Dunga é a forma como o time é montado - com um cabeça de área e dois meias ou então com um segundo atacante. E o armador não fica perto do atacante. "Fica complicado. A gente não pressiona tanto. O adversário tem muita facilidade, corre pouco risco. No jogo com o Equador o Brasil só teve duas chances reais de gol", deu como exemplo.

A seleção, na opinião do ex-meia, já não consegue colocar medo nos adversários e, com isso, o respeito diminuiu. A fórmula para recolocar as coisas nos eixos é simples: jogar com coragem. "Tem de ir para cima, se impor no jogo", aconselha. Ele considera que existem bons jogadores no atual futebol brasileiro e é possível fazer time forte.

Os vacilos da seleção dentro de campo podem estar relacionados com os problemas dos dirigentes fora. A CBF é o seu presidente, Marco Polo del Nero, são alvo de CPIs na Câmara e no Senado. Del Nero, aliás, não veio aos Estados Unidos para a Copa América, não veio aos Estados Unidos porque, investigado pela Justiça americana, poderia até ser preso.

"Esses problemas extracampo acabam atrapalhando, porque, sem dirigentes por perto, a comissão técnica acaba tendo coisas para resolver que não seria problema dela", encerra Zico.

Com extrema facilidade, principalmente após a entrada do craque Lionel Messi no segundo tempo - marcou três gols -, a seleção da Argentina goleou o Panamá por 5 a 0, nesta sexta-feira, no estádio Soldier Field, em Chicago, nos Estados Unidos, e está classificada às quartas de final da Copa América Centenário - se junta a Colômbia, México e Venezuela nesta lista.

Com seis pontos, a Argentina lidera o Grupo D e na terceira e última rodada lutará apenas para confirmar a primeira colocação - na terça-feira, às 23 horas (de Brasília), em Seattle, precisa só do empate contra a eliminada Bolívia, sem ponto. Já o Panamá encara o Chile mais cedo no mesmo dia, às 21 horas, na cidade da Filadélfia. Ambos têm três pontos e os chilenos, por terem melhor saldo de gols - jogarão pelo empate para avançar.

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Assim como fez na estreia contra o Chile, o técnico Gerardo Martino resolveu começar a partida com Messi no banco de reservas. No primeiro tempo, a Argentina abriu o placar logo aos seis minutos com o zagueiro Otamendi de cabeça, após cobrança de falta pela esquerda, mas passou por dificuldades. Principalmente para controlar os nervos por causa da violenta marcação do Panamá. O resultado disso foram diversas confusões, cartões amarelos para os dois lados e o vermelho para o panamenho Aníbal Godoy.

Com a expulsão, o jogo ficou mais "tranquilo" e a Argentina, pela melhor técnica, começou a criar chances. O argentino Higuain perdeu algumas chances e os gols só saíram com a entrada de Messi, aos 15 minutos do segundo tempo. Aos 23, o craque aproveitou uma sobra na entrada da área e chutou na saído do goleiro Penedo. Aos 32, fez o segundo em uma cobrança de falta perfeita no ângulo esquerdo alto da meta panamenha. E, aos 41, a defesa do Panamá saiu jogando errado mais uma vez e a bola chega aos pés do meia, que driblou o zagueiro Baloy e mandou para o fundo das redes.

O placar de 4 a 0 já estava deixando a torcida argentina extasiada com a atuação de Messi, mas ainda houve tempo para mais um gol. Aos 44 minutos, do meio de campo o craque lançou Rojo, que só ajeitou de cabeça para o atacante Aguero, livre na pequena área, fechar a goleada.

FICHA TÉCNICA

ARGENTINA 5 x 0 PANAMÁ

ARGENTINA - Sergio Romero; Mercado, Otamendi, Funes Mori e Rojo; Augusto Fernández (Messi), Mascherano e Banega; Gaitán, Higuain (Aguero) e Di Maria (Lamela). Técnico: Gerardo Martino.

PANAMÁ - Jaime Penedo; Adolfo Machado, Baloy, Roderick Miller e Luis Henríquez; Aníbal Godoy, Gabriel Gómez, Alberto Quintero e Cooper (Abdiel Arroyo); Valentin Pimentel (Camargo) e Blas Pérez (Luis Tejada). Técnico: Hernán Darío Gomez.

GOLS - Otamendi, aos 6 minutos do primeiro tempo; Messi, aos 23, aos 32 e aos 41, e Aguero, aos 44 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Augusto Fernández, Mascherano e Gaitán (Argentina); Baloy, Luis Henríquez, Cooper e Blas Pérez (Panamá).

CARTÃO VERMELHO - Aníbal Godoy (Panamá).

ÁRBITRO - Joel Aguilar (Fifa/El Salvador).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Soldier Field, em Chicago (Estados Unidos).

A seleção brasileira voltou a ter problemas com a organização da Copa América Centenário, nos Estados Unidos. Desta vez, no treino que realiza na Universidade de Harvard na tarde desta sexta-feira, em Boston. Os jogadores não tiveram acesso a um vestiário para poderem se trocar e não poderão tomar banho depois do trabalho.

O treino acontece em um campo anexo da universidade, do outro lado de uma avenida que dá acesso ao campus e onde existe um estádio usado para futebol americano. Mas a seleção, que havia vistoriado o local há alguns meses, não recebeu autorização para usar os vestiários. O jornal O Estado de S.Paulo apurou que a negativa ocorreu na manhã desta sexta-feira.

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Assim, os jogadores vieram para o treino de ônibus e se trocaram em um caminhão colocado no local. Usaram o baú do veículo para isso.

Apesar do desconforto, o coordenador de seleções da CBF, Gilmar Rinaldi, colocou panos quentes. "Não tem problema nenhum. Os jogadores foram avisados e todos aceitaram numa boa", disse. Os atletas vão tomar banho apenas no hotel após o treinamento. Nesta Copa América Centenário, o Brasil já teve problemas com campos de treinamento em Los Angeles e Orlando.

México e Venezuela estão garantidos nas quartas de final da Copa América Centenário. A vaga na próxima fase veio nesta quinta-feira, depois que os venezuelanos venceram o Uruguai por 1 a 0 e os mexicanos fazerem 2 a 0 na Jamaica pela segunda rodada do Grupo C. Com o resultado em Pesadena, na Califórnia (EUA), já na madrugada de sexta-feira no Brasil, Jamaica e Uruguai estão eliminados da competição.

Na segunda-feira, México e Venezuela brigam pelo primeiro lugar em Houston, no Texas, a partir das 21h de Brasília. Os mexicanos, com melhor saldo de gols, jogam pelo empate para ficarem em primeiro. No mesmo dia, Uruguai e Jamaica jogam sem compromisso às 23h em Santa Clara.

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Craque da seleção mexicana, Chicharito Hernández cabeceou bonito o cruzamento de Jesús Corona para abrir o placar aos 14 minutos. Quando a Jamaica merecia estar na frente do placar, Oribe Peralta fez o segundo, aos 35, e garantiu o resultado positivo para o México.

Mas, fosse Usain Bolt o atacante da Jamaica, possivelmente o resultado do jogo teria sido outro. Basta acreditarmos que o velocista jamais se jogaria no chão como fez duas vezes Donaldson, responsável direto pela derrota. Em dois lances nos quais tinha tudo para sofrer o pênalti, ele pareceu ter medo do choque e se atirou antes de sofrer a falta.

O primeiro desses lances foi aos 42 minutos do primeiro tempo. O segundo, aos 18 da etapa final. Em ambos, o zagueiro mexicano estava pronto para fazer o pênalti, mas Donaldson foi ansioso. Sorte dele que o árbitro era o brasileiro Wilton Sampaio, que acertou em não anotar falta nenhuma das vezes, mas errou em não expulsar o atacante por simulação - nem amarelo deu.

Mas não foi só isso. Donaldson ainda perdeu umas duas chances claras, que devem ter feito Usain Bolt pular do sofá. A primeira foi logo aos 6 minutos de partida, num chute cruzado, cara a cara com Ochoa, que passou à direita, raspando a trave. A segunda, já na segunda etapa. Ele bateu da entrada da área e novamente errou o alvo.

O placar mais justo, de fato, não seria a vitória do México. Não só Donaldson perdeu essas quatro chances, como Ochoa ainda fez duas grandes defesas, em batidas fortes de Hector.

Sob o comando de Juan Carlos Osorio, o México venceu todos os nove jogos que fez, levando apenas um gol, na vitória por 3 a 1 sobre o Uruguai. A escrita só foi mantida nesta quinta-feira por incapacidade da Jamaica, que criou chances suficientes para vencer. Se quiser ser campeão, o México tem que se proteger melhor.

FICHA TÉCNICA:

MÉXICO 2 X 0 JAMAICA

MÉXICO - Ochoa; Dueñas (Molina), Néstor Araujo, Yasser Corona e Héctor Moreno; Rafa Márquez, Herrera e Layún; Raúl Jiménez, Chicharito Hernández (Oribe Peralta) e Jesús Corona (Lozano). Técnico - Juan Carlos Osorio.

JAMAICA - Blake; Watson, Mariappa, Morgan e Jermaine Taylor; Michael Hector, Williamson (Orgill), McCleary e McAnuff (Binns); Barnes e Donaldson. Técnico - Winfried Schäfer.

GOLS - Chicharito Hernández, aos 17 minutos do primeiro tempo, e Oribe Peralta, aos 35 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Wilton Pereira Sampaio (Brasil).

CARTÃO AMARELO - Watson (Jamaica).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Rose Bowl, em Pasadena (EUA).

Machucado, Luis Suárez viu do banco de reservas o Uruguai dar vexame nesta quinta-feira na Filadélfia (EUA). Com péssima atuação de Cavani, que perdeu um gol feito no final da partida, a seleção uruguaia foi batida de Venezuela por 1 a 0, sofreu sua segunda derrota na Copa América Centenário, e se aproximou do adeus da competição.

Como também perdeu do México na estreia, por 3 a 1, o Uruguai não tem pontos no Grupo C. A Venezuela, que havia ganhado da Jamaica por 1 a 0 no domingo, chegou aos seis e está muito perto da classificação. Se o México vencer ou empatar com a seleção jamaicana logo mais no estádio Rose Bowl, em Pasadena (Califórnia), classifica a si próprio e à Venezuela e elimina o Uruguai.

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A Venezuela nunca havia vencido o Uruguai em Copas Américas e estará apenas pela terceira vez entre as oito equipes da competição, exatamente em uma edição que conta com rivais de todo o continente. Tradicional saco de pancadas na América do Sul, a Venezuela foi às quartas de final em 2007 e à semifinal em 2011. No ano passado, não avançou.

O JOGO - A primeira jogada da partida deixou claro que a Venezuela não estava com medo do Uruguai. Logo no primeiro lance, Peñaranda invadiu a área e tentou o chute. No minuto seguinte, fez nova tentativa, que parou em Muslera.

O Uruguai, ao seu estilo, não parecia querer mandar na partida. Acredita que, se a bola chegasse ao ataque, tinha quem resolvesse. Cavani estava lá para isso, mas decepcionou. No primeiro tempo, o atacante do PSG perdeu duas chances claras. Numa, furou como um amador. Na outra, não alcançou a bola após batida de falta de Ramírez. Ao passar pelo centroavante, a bola foi na trave.

A precisão que faltou a Cavani sobrou a Alejandro Guerra. O meia, que defende o Atlético Nacional e será rival do São Paulo na Libertadores, viu Muslera adiantado e chutou de muito longe. O goleiro se recuperou e fez defesa incrível. Só que a bola bateu no travessão e sobrou para Salomon Rondón abrir o placar aos 36 minutos.

A postura de certa forma complacente do Uruguai precisava mudar no segundo tempo e mudou. O time, favorito, passou a controlar a posse de bola, encontrando a Venezuela fechada na defesa a disposta a jogar por mais uma bola.

Aos 22 minutos, Cavani caiu na área pedindo pênalti que o juiz não deu. No contra-ataque, Peñaranda ficou cara a cara com Muslera, mas chutou em cima do goleiro. Foi a melhor chance de a rede ser balançada até os 40 minutos do segundo tempo, uma vez que o Uruguai, ainda que dominasse a posse de bola, sentia falta de alguém capaz de armar o jogo.

Sem condições físicas, Suárez via tudo do banco de reservas, apreensivo. Aparentemente, ele quis entrar no jogo e a comissão técnica não deixou. Estivesse no lugar de Cavani, dificilmente perderia o gol desperdiçado pelo titular aos 44 minutos, quando limpou a jogada e, cara a cara com o goleiro, chutou para fora.

FICHA TÉCNICA:

URUGUAI 0 X 1 VENEZUELA

URUGUAI - Muslera; Maxi Pereira, José Maria Giménez, Godin e Gaston Silva; Álvaro González (Corujo), Arévalo Rios, Gaston Ramírez (Diego Rolán) e Carlos Sánchez (Lodeiro); Cavani e Stuani. Técnico - Óscar Tabárez.

VENEZUELA - Dani Hernández; Rosales (Alexander González), Wilker Ángel, Vizcarrondo e Feltscher; Tomás Rincón, Figuera (Otero), Alejandro Guerra e Peñaranda; Rondón (Seijas) e Josef Martínez. Técnico - Rafael Dudamel.

GOL - Rondón, aos 36 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO - Patricio Loustau (Argentina).

CARTÕES AMARELOS - Figuera, Seijas e Josef Martínez (Venezuela).

RENDA E PÚBLICO - Não disponível.

LOCAL - Estádio Lincoln Financial Field, na Filadélfia (EUA).

Desde o jogo amistoso com o Panamá, o meia Philippe Coutinho tem se mostrado um jogador diferente na seleção brasileira. Mais ousado, agressivo, menos titubeante no momento de definir as jogadas, ele tem sido o destaque individual da equipe. Foi o melhor em campo contra os panamenhos, voltou a ser contra o Haiti, na noite desta quarta-feira, e havia feito boa partida contra o Equador, na estreia da equipe na Copa América Centenário. Finalmente o jogador que completa 24 anos no domingo, dia da partida contra o Peru, começa a se impor na seleção.

O crescimento de Coutinho passa por um papo com o técnico Dunga, que lhe pediu que fosse na seleção o mesmo jogador do Liverpool e assumisse o protagonismo. E o meia deixou a inibição de lado. "O Dunga me deu mais liberdade para criar, ficar mais à vontade em campo", explica o jogador sobre sua evolução. "O caminho é esse: sempre evoluir e fazer bons jogos."

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Além de buscar as penetrações com a bola dominada e as tabelas, um dos fundamentos que Philippe Coutinho usou no jogo com o Haiti foram os chutes de meia distância. "Sabíamos que tínhamos de tentar isso e mostramos evolução em relação ao jogo com o Equador."

Autor de três gols contra o Haiti (goleada de 7 a 1), Coutinho não pensa em artilharia ou em repetir a dose. Para ele, o importante é o grupo atender às expectativas de Dunga. "Temos de manter a concentração e pensar no próximo jogo, que vai ser decisivo", entende o jogador, que estaria no alvo do Barcelona, de acordo com a imprensa inglesa.

Depois de golear o Haiti na quarta-feira, a seleção treina na tarde desta quinta-feira em Orlando. À noite, viaja para Boston, local do terceiro jogo pela Copa América, contra o Peru, no próximo domingo.

O técnico Dunga não quis papo e cortou rapidamente o assunto. E os jogadores da seleção brasileira garantem que não lembraram dos 7 a 1 que o time sofreu da Alemanha na Copa do Mundo de 2014 quando o mesmo placar foi atingido na noite desta quarta-feira (8) contra o Haiti, pela Copa América Centenário. Com exceção de Elias, que disse ter lembrado e sabia que a imprensa iria tocar no assunto, os outros garantiram que a goleada humilhante sofrida pela equipe de Luiz Felipe Scolari não lhes passou pela cabeça.

Presente na Copa de 2014, o lateral-direito Daniel Alves não gostou muito de falar no assunto. "Não tem nenhuma comparação. Acredito que nem os alemães acreditaram naquele resultado. Mas infelizmente isso é do futebol. Paga-se muito caro se você não está preparado para enfrentar os adversários", disse o jogador, capitão do time contra os haitianos e que ficou no banco naquela partida contra os alemães.

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Willian, que também disputou o último Mundial, garantiu que não lembrou do vexame do Mineirão. "Ele não lembrei de nada", disse. Ao ser informado que Elias disse ter se recordado do desastre, rebateu. "Se ele lembrou, é problema dele, pela minha cabeça não passou."

Nem pela cabeça de Filipe Luis, segundo o próprio lateral-esquerdo. Mas ele admitiu que o assunto foi conversado depois do jogo. "Não significa nada, porém. A maioria desse grupo não estava naquele jogo. O mais importante é a gente esquecer e pensar só no presente", entende.

Elias já tinha saído do jogo com o Haiti e estava no banco quando Philippe Coutinho marcou o sétimo gol. Imediatamente ele lembrou da partida contra os alemães. "Sabia que vocês (jornalistas) fariam alguma piada sobre isso", disse, sorrindo. "A gente lembra, não tem como, marcou. Eu não fazia parte, mas me sinto dentro desse 7 a 1 e acho que vocês jornalistas também se sentem assim porque vivem nosso mundo."

O volante corintiano afirmou saber que a goleada de quarta-feira não vai ter muito valor para os críticos. "Sei que vão falar que é contra o Haiti. Foi uma vitória contra adversário um pouco mais fraco, fizemos uma boa partida."

Principal nome do futebol uruguaio na atualidade, Luis Suárez vai seguir como desfalque para a seleção do Uruguai na Copa América Centenário. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, o técnico Oscar Tabárez confirmou que o atacante do Barcelona não fica nem no banco de reservas no duelo desta quinta-feira, às 20h30 (de Brasília), diante da Venezuela, na Filadélfia.

"Luis está fazendo uma reabilitação e que se encontra atualmente no seu 17.º dia e até que não termine com esse processo, não jogará", avisou o treinador, que fará quatro mudanças na equipe titular na comparação com a equipe que levou 3 a 1 do México na estreia, no último domingo.

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Na lateral esquerda, Gastón Silva entra no lugar de Álvaro Pereira, enquanto que no meio Álvaro González substitui o volante Vencino, expulso na estreia. Lodeiro, ex-Corinthians e atualmente no Boca Juniors, dá lugar a Gastón Ramírez. Já no ataque, Cristhian Stuani volta a ser titular, colocando Diego Rolan no banco de reservas.

A equipe será formada assim: Muslera; Maxi Pereira, José María Giménez, Godín e Gastón Silva; Carlos Sánchez, Álvaro González, Arévalo Rios e Gastón Ramírez; Stuani e Cavani. A partida será a 113.ª de Maxi Pereira com a camisa do Uruguai, igualando o recorde do atacante Diego Forlán, que se aposentou da seleção.

Neste Grupo C, o Uruguai precisa vencer a Venezuela depois da derrota na estreia - os venezuelanos bateram a Jamaica por 1 a 0 na primeira partida e lideram junto com o México. Também nesta quinta-feira, às 23 horas (de Brasília), no estádio Rose Bowl, em Pasadena (Califórnia), os mexicanos encaram os jamaicanos e uma vitória pode garantir uma vaga nas quartas de final.

O técnico Dunga não quis saber de comparações. Ele não acha possível relacionar os 7 a 1 desta quarta-feira com a goleada sofrida pela seleção diante da Alemanha na Copa de 2014, e por isso livrou-se rapidamente do tema. "O grupo é diferente, é outra época", cortou, controlando-se. "Tentamos fazer a nossa parte, colocar em prática o que treinamos. Os gols aconteceram conforme a equipe foi tendo rendimento positivo.''

Para Dunga, o mais importante ontem foi o fato de a equipe ter evoluído em relação à estreia. "Para nós, o mais importante é evoluirmos a cada jogo. É uma briga que temos com nós mesmos. Melhorar sempre", falou o treinador, que demonstrou contrariedade quando questionado sobre a fraqueza do Haiti. "O Peru só ganhou de 1 a 0. O importante foi que nós fizemos a nossa parte."

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Dunga reconheceu a excelente atuação de Phillippe Coutinho, não apenas pelos três gols, mas pelas boas jogadas que fez, e disse que a melhora de rendimento do meia passou por conversas que teve com o jogador. "Ele está aproveitando a sua oportunidade em cada jogo, em cada treinamento. Tem tido maior confiança. A gente conversou e pedi a ele para ser o Phillippe Coutinho do Liverpool. Para chamar a jogada, arriscar mais, ser protagonista."

Dunga não terá o suspenso Casemiro domingo, contra o Peru, mas não quis adiantar se Wallace joga. Da mesma maneira não garantiu que Gabriel tomará a posição de Jonas.

COBRANÇA - Após a partida, quem apareceu foi o vice-presidente da CBF, Antonio Nunes, chefe da delegação nos EUA. E disse exigir que o Brasil chegue ao menos à decisão da Copa América. "Cada jogo é um jogo, então a gente espera que vá chegando sempre e o Brasil possa disputar a final. Eu não vou aceitar a seleção brasileira fora de uma final", cobrou.

O Brasil vai chegar à última rodada da primeira fase da Copa América Centenário na liderança do Grupo B. Nesta quarta-feira, no jogo que fechou o dia nos Estados Unidos, Peru e Equador empataram em 2 a 2 em Glendale, no Arizona.

Brasileiros e peruanos têm quatro pontos, mas o saldo dos comandados de Dunga, que fizeram 7 a 1 no Haiti, é maior - seis a um. Os dois rivais se enfrentam no domingo, às 21h30 (de Brasília), nos arredores de Boston, com o Brasil jogando pelo empate para garantir a classificação. O Equador, com dois pontos, se classifica com qualquer vitória sobre o Haiti por mais de dois gols - se isso acontecer, quem perder entre Brasil e Peru está fora. A partida também será no domingo, mas às 19h30, em Nova Jersey.

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O confronto entre Peru e Equador interessou diretamente a torcedores de quatro grandes clubes brasileiros. Cueva, contratado pelo São Paulo depois de se destacar pelo Toluca, do México, fez um gol lindíssimo para abrir o placar. Bolaños, do Grêmio, empatou a partida. Guerrero, do Flamengo, brigou bastante no ataque, mas não marcou gols. Cazares, do Atlético-MG, jogou só quatro minutos. Erazo não foi utilizado.

O JOGO - Depois da goleada do Brasil, Equador e Peru sabiam que precisavam vencer para não correr o risco de ver a classificação ser decidida no saldo de gols. Isso fez com que o jogo fosse aberto desde o início, a ponto de, logo no primeiro minuto, Guerrero quase marcar. O flamenguista foi lançado em velocidade, bateu tentando tirar do goleiro, mas parou em Domínguez.

O placar foi aberto aos 4 minutos, com a pintura de Cueva. O meia-atacante recebeu de costas para Achilier e dominou já jogando por entre as pernas do marcador, que ficou desnorteado. Um 'rolinho' clássico, completado com belo toque na saída do goleiro.

O Peru era muito superior e não demorou fazer o segundo. Após Guerrero desviar de cabeça, a bola sobrou para Flores. Ele recebeu de costas para a zaga, girou e bateu. O chute, de longe, saiu fraco, mas o goleiro pulou atrasado e aceitou.

A bola passava sempre pelo pé de Cueva, que ajudava o Peru a mandar na partida. Depois de uma falta batida pelo são-paulino aos 22 minutos, Revoredo quase fez de cabeça. Três minutos depois, em mais uma cobrança de Cueva, Achilier impediu o terceiro. A torcida não se importou muito, uma vez que já brincava de "olé".

Só que ainda era cedo de mais para festa. Aos 38, o Equador, numa rara subida ao ataque, descontou. Antonio Valencia levantou na área, Enner Valencia recebeu sozinho, matou no peito, e virou sem chances para o goleiro, à queima-roupa. A zaga do Peru errou tanto na saída de bola quanto na marcação.

Mal o segundo tempo começou e o Equador marcou o segundo. Bolaños começou a jogada e deu para Noboa. O meia foi esperto para achar Montero saindo da linha de impedimento pela esquerda. Sozinho na ponta, Montero rolou para o meio da área, onde reencontrou o gremista Bolaños.

Foi o quarto e último gol do jogo, ainda a dois minutos do segundo tempo, mas isso não significa que Peru e Equador não tenham protagonizado bom espetáculo em Grandale na metade final. Revoredo chegou a marcar mais um para os peruanos, mas o gol foi anulado por falta de Guerrero. Do outro lado, Gallese salvou três vezes o Equador.

Nos acréscimos, o Peru teve tudo para fazer o terceiro e garantir a vitória em um contra-ataque puxado por Cueva, mas Ruidíaz, ex-Coritiba, desperdiçou. No último lance, Achilier foi expulso por falta em Guerrero e não pega o Haiti.

FICHA TÉCNICA:

EQUADOR 2 X 2 PERU

EQUADOR - Alexander Domínguez; Paredes (Jaime Ayoví), Achilier, Arturo Mina e Walter Ayovi; Gruezo, Noboa, Antonio Valencia e Jefferson Montero (Cazares); Miller Bolaños (Fidel Martínez) e Enner Valencia. Técnico - Gustavo Quinteros.

PERU - Gallese; Revoredo, Christian Ramos, Alberto Rodríguez e Trauco; Tapia, Óscar Vílchez (Ruidíaz), Hohberg (Andy Polo) e Cueva; Paolo Guerrero e Édison Flores (Yotún). Técnico - Ricardo Gareca.

GOLS - Cueva, aos 4, Flores, aos 12, e Enner Valencia, aos 38 minutos do primeiro tempo; Miller Bolaños, aos 2 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Wilmar Roldán (Colômbia).

CARTÕES AMARELOS - Gruezo (Equador); Óscar Vílchez (Peru).

CARTÃO VERMELHO - Achilier (Equador)

PÚBLICO - 11.937 pessoas.

RENDA - Não disponível.

LOCAL - Estádio da Universidade de Phoenix, em Glendale (EUA).

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Nada como pegar um adversário fraco para aliviar a pressão. Desde que se saiba aproveitar. E o Brasil soube. Goleou o Haiti na noite desta quarta-feira (8), no estádio Camping World, em Orlando (EUA), num jogo em que, apesar da goleada, o show ocorreu nas arquibancadas, com a empolgação e o amor dos haitianos à sua seleção. E, ironia, o Brasil ganha de 7 a 1.

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Assim, o Brasil vai domingo enfrentar o Peru com grandes chances de assegurar o primeiro lugar no Grupo B. Mas não terá o volante Casemiro, que tomou ainda no primeiro tempo o cartão amarelo que o tirou da partida - foi o segundo nesta Copa América em dois jogos. Wallace, do Grêmio, é uma das opções de Dunga. Miranda poderá voltar à zaga. E Jonas parece ter perdido o lugar no time, após primeiro tempo ruim. Gabriel deve ser o novo titular.

É até difícil analisar um jogo em que a diferença técnica entre as duas equipes é abissal como foi o desta noite. Dizer que o Brasil nem precisou se esforçar não é exagero. O time teve o mérito que criar jogadas pelos lados, fazer tabelas, ser objetivo. É verdade também que o oponente nada tem além da força física para tentar resistir. Ou seja, não oferece resistência.

No primeiro tempo, aliás durante todo o jogo, o melhor foi observar o entusiasmo da torcida do Haiti. Os caribenhos deram um show nas arquibancadas. Vibravam com defesa do goleiro Patrice, com desarmes, com chutes para fora do Brasil - como o de Willian cobrando falta logo aos 2 minutos. Quando o time haitiano conseguia chegar perto do gol então...

Foi assim aos 40 minutos, quando Goreux deu o solitário chute do time na etapa em direção às traves do goleiro Alisson, que defendeu sem esforço. O melhor para os haitianos, ainda estava por vir.

Mas não dava para os haitianos sonharem. E, quando aos 13 minutos Phillipe Coutinho acertou uma bomba de fora da área, aconteceu algo raro: o volume do som da arquibancada diminuiu, pois os haitianos pela primeira vez se calaram e o grito dos brasileiros em comemoração ao gol não teve a mesma pujança.

O Brasil jogava fácil, fez o segundo, de novo com Phillipe Coutinho, após cruzamento de Daniel Alves e de toque de Jonas, o terceiro (Renato Augusto marcou de cabeça, num lance que começou com uma reposição, com as mãos, do goleiro Placide nos pés de Daniel Alves) e poderia ter feito mais.

O problema é que Jonas esteve infeliz. Até fez boas jogadas, mas errou bolas fáceis, chegou a errar a cabeçada e furar no mesmo lance. Dunga ficou possesso na beira do campo. E o tirou no intervalo.

A superioridade brasileira, claro, se manteve no segundo tempo. Gabriel, que entrou no lugar de Jonas, precisou de apenas 13 minutos para fazer seu gol. Aos 22, Lucas Lima fez de cabeça o quinto. Naquela altura, Dunga estava fazendo um teste. Tirou Casemiro, recuou Renato Augusto para ser volante ao lado de Elias e colocou o meia santista. Logo depois ele pôs Wallace no lugar de Elias.

O jogo estava ficando chato quando surgiu o grande momento do Haiti. O gol de Hilaire, após rebote de Alisson. Para a torcida caribenha, o gol que diminuiu a desvantagem teve equivalência a um gol de vitória. Pela alegria demonstrada, eles mereceram esse presente.

Detalhe do lance: Alisson falhou de novo, como falhara no gol anulado do Equador na estreia.

Já o Brasil continuou perdendo gols. Até Renato Augusto fazer o sexto. E Phillipe Coutinho, já nos acréscimos, marcar seu terceiro no jogo, o sétimo da seleção brasileira: 7 a 1, que ironia.

FICHA TÉCNICA:

BRASIL 7 X 1 HAITI

BRASIL - Alisson; Daniel Alves, Gil, Marquinhos e Filipe Luis; Casemiro (Lucas Lima), Elias (Wallace), Renato Augusto, Willian e Phillipe Coutinho; Jonas (Gabriel). Técnico: Dunga.

HAITI - Placide; Alcenat (Maurice), Jrôme Mechack, Genevois e Jaggy; Goreux, La France, Marcelin, Jean Alexandre (Hilaire) e Jeff Louis; Belfort (Nazon). Técnico: Patrice Neveu.

GOLS - Phillipe Coutinho, aos 13 e aos 28, e Renato Augusto, aos 34 minutos do primeiro tempo; Gabriel, aos 13, Lucas Lima, aos 22, Hilaire, aos 24, Renato Augusto, aos 40, e Phillipe Coutinho, aos 46 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Mark Gelger (EUA).

CARTÕES AMARELOS - Goreau e Casemiro.

PÚBLICO - 28.241 pagantes.

LOCAL - Camping World, em Orlando (EUA).

A Colômbia é a primeira equipe garantida nas quartas de final da Copa América Centenário deste ano. A classificação com uma rodada de antecipação foi garantida nesta terça-feira, com a vitória por 2 a 1 sobre o Paraguai no estádio Rose Bowl, em Pasadena, graças a uma atuação de gala de James Rodríguez no primeiro tempo.

O meia do Real Madrid deixou qualquer crítica a seu desempenho recente no clube espanhol para trás e tem conduzido a Colômbia nesta Copa América. Nesta terça, marcou seu segundo gol no torneio e foi responsável pela criação de quase todas as chances do país no primeiro tempo. Na etapa final, com a vantagem colombiana, ele e a seleção caíram de rendimento.

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Mas isso não impediu que a Colômbia chegasse aos seis pontos, na ponta do Grupo A e com a classificação garantida. Se empatar com a Costa Rica na última rodada, sábado, às 22 horas (de Brasília), em Houston, garantirá a liderança da chave. Já o Paraguai precisa vencer os Estados Unidos também no sábado, na Filadélfia.

O JOGO - O show de James Rodríguez no primeiro tempo começou cedo e ele quase marcou aos oito minutos, quando aproveitou sobra e bateu de fora da área rente ao travessão. Aos 11, o meia do Real Madrid cobrou escanteio pela direita na cabeça de Bacca, que ganhou do zagueiro e cabeceou no canto direito de Villar para abrir o placar.

O gol não diminuiu o ímpeto da Colômbia e, principalmente, de James, que seguia dono do meio de campo. Aos 16, ele recebeu de Díaz pela esquerda e encheu o pé, mas parou em Villar. Aos 29, não teve jeito. Bacca fez ótima jogada pela direita, cortou a marcação e tocou para Cardona. Na marca do pênalti, o meia foi travado na hora da finalização, mas a sobra ficou para James Rodríguez, que dominou e bateu cruzado.

Só então a Colômbia finalmente diminuiu o ritmo e o Paraguai conseguiu chegar ao ataque. Ainda sem grande inspiração, é verdade, mas a equipe já ocupava o campo ofensivo, ao menos. Aos 33, Romero cobrou falta pela direita e Paulo da Silva desviou para o gol, mas o trio de arbitragem brasileiro assinalou impedimento corretamente.

As melhores oportunidades do Paraguai aconteceriam nos últimos minutos do primeiro tempo. Aos 43, Romero cobrou outra falta pela direita, a bola passou por todo mundo e Ospina precisou mostrar reflexo. Novamente de bola parada, aos 49, Lezcano encheu o pé da meia-lua, o goleiro colombiano fez grande defesa e a bola ainda tocou no travessão.

No início do segundo tempo, Heber Roberto Lopes e seu trio se complicaram. Após cobrança de falta para a área, o árbitro brasileiro viu pênalti sobre Valdez e marcou. Mas voltou atrás depois que o auxiliar assinalou impedimento de Gustavo Gómez, que tocou posteriormente na bola.

Diante do crescimento do adversário, a Colômbia se fechou demais e o Paraguai passou a dominar, mas, sem grande qualidade técnica, assustava somente em lances de bola parada. Aos 16, Ayala aproveitou escanteio da direita e cabeceou da marca do pênalti no ângulo direito. Ospina voou e deu um tapa na bola para fazer uma defesa incrível.

Aos trancos e barrancos, o Paraguai castigou a Colômbia por sua postura no segundo tempo. Se não conseguia entrar na área adversária, o jeito foi tentar de longe. Aos 25 minutos, Ayala tentou, e de muito longe. Mas o chute foi forte, no ângulo direito de Ospina, que desta vez só olhou a bola entrar.

O Paraguai, então, se lançou ao ataque, mas antes que pudesse tentar o empate, sofreu um duro golpe com a perda de Romero, expulso por matar um contra-ataque colombiano. O vermelho acabou com qualquer chance de reação, e aí foi a vez da Colômbia de tentar matar o jogo com Cardona, que acertou a trave. O time paraguaio ainda teve uma última boa oportunidade aos 42, quando Sanabria bateu dentro da área, mas Murillo salvou quase em cima da linha.

 

FICHA TÉCNICA:

COLÔMBIA 2 X 1 PARAGUAI

COLÔMBIA - Ospina; Arias, Zapata (Mina), Murillo e Farid Díaz; Sebastian Pérez (Celis), Daniel Torres, Cuadrado (Marlos Moreno), James Rodríguez e Cardona; Bacca. Técnico: José Pékerman.

PARAGUAI - Justo Villar; Bruno Valdez, Gustavo Gómez, Paulo da Silva e Samudio; Almirón, Piris (Ayala), Ortíz e Oscar Romero; Lezcano (Sanabria) e Edgar Benítez (Jorge Benítez). Técnico: Ramón Díaz.

GOLS - Bacca, aos 11, e James Rodríguez, aos 29 minutos do primeiro tempo. Ayala, aos 25 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Heber Roberto Lopes (Fifa/Brasil).

CARTÕES AMARELOS - Murillo (Colômbia); Lezcano, Romero (Paraguai).

CARTÃO VERMELHO - Romero (Paraguai).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Rose Bowl, em Pasadena (EUA).

Depois de estrear na Copa América com uma vitória por 1 a 0 sobre o Haiti, o Peru tem a chance de conquistar a classificação antecipada para as quartas de final da Copa América nesta quarta-feira, a partir das 23 horas (de Brasília), contra o Equador, em Glendale, no estádio da Universidade de Phoenix, em confronto válido pela segunda rodada do Grupo B.

Líder isolada da chave, a seleção peruana tem três pontos, contra um de Equador e Brasil, que empataram por 0 a 0 no último sábado. Pouco antes deste confronto em Phoenix, brasileiros e haitianos abrem a segunda rodada do grupo em duelo às 20h30 (de Brasília), em Orlando.

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Terceiro colocado nas duas últimas edições da Copa América, na Argentina-2011 e Chile-2015, o Peru poderá, por sinal, se tornar o primeiro país da chave a garantir a ida às quartas de final. Na estreia, derrotou o Haiti como um gol de Paolo Guerrero, do Flamengo.

Ao projetar o confronto, o técnico Ricardo Gareca disse ter um "grande respeito pelo Equador", cuja principal preocupação defensiva será justamente anular Guerrero, máximo goleador em atividade na Copa América, com 11 bolas na rede em suas participações até aqui.

"O Peru é muito perigoso no ataque, Guerrero é um grande atacante, um dos melhores do mundo, e temos de tratar de estar atentos para detê-lo e aproveitar as oportunidades de gols que criarmos", afirmou o atacante equatoriano Enner Valencia, do West Ham.

Como empatou na estreia, o Equador sabe que uma nova igualdade poderá ser um péssimo resultado, pois é grande a chance de o Brasil bater o Haiti no outro duelo da chave. Portanto, buscará uma vitória a qualquer custo diante dos peruanos nesta quarta.

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