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O filme Como se tornar o pior aluno da escola, estrelado e produzido por Danilo Gentilli, entrou na mira da justiça. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) está investigando a omissão de classificação indicativa do longa em parte de suas peças de divulgação. Este tipo de informação é assegurado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

O inquérito, aberto pelo promotor de Justiça Eduardo Dias Ferreira, no último dia 11 de outubro, indica que foi realizada uma pesquisa no material de divulgação da obra, banners e trailer, e que, em ambos, o local no qual deveria conter a indicação etária do longa constava a frase 'o pior aluno da escola nunca verifica a classificação indicativa do filme'.

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O filme foi avaliado pelo Ministério da Justiça, como impróprio para menores de 14 anos. O livro homônimo, escrito pelo comediante, teve conteúdo recomendado para maiores de 18 anos, pelo MPSP, anteriormente. No filme, dois alunos encontram, no banheiro da escola, um manual de como ser bagunceiro e 'causar' no colégio.

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Às vésperas de seu lançamento em circuito nacional, o filme Aquarius - do pernambucano Kleber Mendonça Filho - enfrentou um embate com o Ministério da Justiça. O órgão classificou o longa para a faixa etária de 18 anos. A decisão foi contestada pela distribuidora da produção, mas o pedido foi negado. Aquarius estreia em todo o Brasil no próximo dia 1° de setembro. 

Sob a alegação de haver uma "situação sexual complexa" em seu conteúdo, a produção foi julgada imprópria para menores de idade. A Vitrine Filmes, que distribui o longa, entrou com recurso para que a classificação fosse revista para 16 anos, mas teve o pedido negado. Por telefone, o diretor Kleber Mendonça Filho falou ao Portal LeiaJá sobre a decisão: "Eu acho um absurdo. Não só pela falta de análise do filme pelo que ele é. Você tem Boi Neon e Para minha amada morte, que são filmes mais fortes, e eles foram classificados para 16 e 14 anos. Acho que é uma questão de dois pesos e duas medidas", disse.

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Mendonça explicou ainda sobre o conteúdo sexual do longa: "Existe um material de sexualidade muito breve no filme e ele é parte integrante da história. Além do que é muito rápido" - são três os momentos em que há imagens com teor sexual na produção. Quando perguntando se a medida poderia ter alguma relação com o protesto realizado pelo elenco do longa quando de seua participação no Festival de Canne, em maio deste ano, o diretor concluiu: "Considerando o absurdo desta decisão, acho que há espaço para alguém achar isso sim. Isso já passou pela minha cabeça". Finalizando, o cineasta lamentou a classificação recebida: "Faz parte da história do cinema filmes serem controvertidos. Mas eu só queria que ele fosse '18 anos' por questões justas".

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